Moshe Dayan

Origem: Wikipedia, a enciclopedia livre.
Moshe Dayan
Moshe Dayan
Dayan
Nascimento 20 de maio de 1915
Degania Alef , Imperio Otomano
Morte 16 de outubro de 1981  (66 anos)
Tel Aviv , Israel
Nacionalidade Israelense
Ocupacao arqueologo , escritor , politico
Cargo Ministro da Agricultura (1959 ? 1964)
Ministro da Defesa (1967 ? 1974)
Ministro das Relacoes Exteriores (1977 ? 1979)
Servico militar
Pais   Israel
Servico Haganah
Exercito Britanico
Exercito Israelense
Anos de servico 1929 ? 1959
Patente General ( Aluf )
Comando Chefe do Estado-Maior
Comando do Sul
Comando do Norte
Conflitos Revolta arabe de 1936?1939
Segunda Guerra Mundial
Guerra arabe-israelense de 1948
Guerra do Suez
Guerra dos Seis Dias
Guerra de Desgaste
Guerra do Yom Kipur
Condecoracoes Ordem de Servicos Distintos
Ordem Nacional da Legiao de Honra
Carreira musical
Afiliacoes

Moshe Dayan ( Degania Alef , 20 de maio de 1915 ? Tel Aviv , 16 de outubro de 1981 ), foi um militar e politico israelense ( portugues brasileiro ) ou israelita ( portugues europeu ) . Como comandante da frente de Jerusalem na Guerra Arabe-Israelense de 1948 , Chefe do Estado-Maior das Forcas de Defesa de Israel ( 1953 - 1958 ) durante a Crise de Suez de 1956 , mas principalmente como Ministro da Defesa durante a Guerra dos Seis Dias em 1967 , tornou-se um simbolo da luta mundial do novo Estado de Israel . [ 1 ] [ 2 ] Na decada de 1930 , Dayan ingressou no Haganah , a forca de defesa pre- Estado judaico do Mandato Britanico da Palestina , [ 3 ] e serviu nos Esquadroes Noturnos Especiais sob Orde Wingate durante a revolta arabe na Palestina . [ 4 ] Como oficial da Palmach , perdeu um olho em uma incursao contra forcas de Vichy no Libano , durante a Segunda Guerra Mundial . [ 5 ] [ 6 ] Deste ferimento veio o iconico tapa-olho pelo qual e conhecido. [ 7 ] [ 8 ]

Dayan era proximo de David Ben-Gurion e se juntou a ele ao deixar o partido Mapai e fundar o partido Rafi, em 1965, com Shimon Peres . Dayan tornou-se Ministro da Defesa pouco antes da Guerra dos Seis Dias de 1967. Na Guerra do Yom Kippur de 1973, o General Dayan serviu como Ministro da Defesa. Apesar da guerra terminar favoravelmente para Israel , e junto aos demais na alta lideranca, Dayan foi culpado pelo publico pela falta de preparacao do pais. Apesar de ser absolvido, [ 9 ] Dayan permaneceu sendo hostilizado pela midia e opiniao publica, renunciando depois de um certo tempo. Durante o primeiro ano de sua renuncia, Moshe Dayan escreveu suas memorias . [ 10 ] Em 1977, apos a eleicao de Menachem Begin como primeiro-ministro , Dayan foi expulso do Partido Trabalhista porque ingressou no governo liderado pelo Likud como ministro das Relacoes Exteriores , desempenhando um papel importante na negociacao do tratado de paz entre o Egito e Israel . [ 11 ]

Vida pregressa [ editar | editar codigo-fonte ]

Infancia [ editar | editar codigo-fonte ]

O pequeno Moshe com seus pais Shmuel e Dvora em 1918

Moshe Dayan nasceu em 20 de maio de 1915 , no kibbutz Degania , proximo ao Mar da Galileia na Palestina , localizada na entao Siria otomana e que era parte do Imperio Turco Otomano . Moshe foi o primogenito de tres filhos de Shmuel e Devorah Dayan, judeus - ucranianos emigrados do Imperio Russo . Dayan foi a segunda crianca nascida em Degania, depois de Gideon Baratz (1913?1988). [ 12 ] [ 13 ] [ 14 ] O primeiro nome Moshe, significando Moises em hebraico , foi dado em homenagem a Moshe Barsky, um dos primeiros integrantes de Degania. [ 15 ] Em novembro de 1913 , o jovem de 18 anos Moshe Barsky foi ao assentamento vizinho de Menahamia, no Vale do Jordao , para comprar medicamentos para Shmuel Dayan. [ 16 ] [ 17 ] No caminho de volta, ele foi morto por saqueadores arabes que queriam roubar a sua mula . [ 16 ] [ 18 ] Esse tipo de violencia era tipico dos pequenos conflitos da Palestina da epoca, seguindo o antigo sistema onde os beduinos , que viviam nas montanhas e desertos , pilhavam os agricultores ; fossem eles judeus ou arabes . [ 16 ]

Seu pai , Shmuel Dayan, nasceu em 1890 de uma familia hassidica pobre perto de Kiev . [ 19 ] Shmuel tinha pouco estudo e, aos 13 anos, foi trabalhar como aprendiz de comerciante e foi pego nos pogrons de 1905 ; [ 20 ] os quais impulsionariam as migracoes da segunda alia . Esta nova rodada de massacres comecou no preludio da Revolucao Russa de 1905 , com o pogrom em Kishinev em abril de 1903 e depois em Homel em setembro . [ 21 ] Em outubro de 1905, no auge do fervor revolucionario, aproximadamente 690 pogrons separados foram registrados, principalmente na Ucrania ; [ 21 ] com um total de 876 judeus massacrados. [ 21 ] Em 1908 , Shmuel e sua irma se mudaram para a Palestina seguindo o ideal sionista . [ 22 ] Ele passou os proximos tres anos mudando de um assentamento para outro, primeiro realizando trabalhos manuais e depois trabalhando como seguranca . [ 22 ] Em 1911 , Shmuel fundou o assentamento de Degania, o primeiro kibbutz . [ 23 ] [ 24 ] As terras onde fora construido foram compradas do proprietario persa Majid a-Din, que nao morava ali, com fundos da Associacao de Colonizacao Judaica; a qual tambem forneceu aos colonos animais de criacao, equipamento e credito para ajuda-los ate a colheita das primeiras safras. Degania tinha uma populacao inicial de 14 pessoas, com doze homens e duas mulheres . [ 25 ] Todos eram jovens recem-chegados do Leste Europeu e totalmente despossuidos. [ 25 ] O idioma comum em Degania era o iidiche , a lingua franca dos judeus na regiao, e o russo . [ 25 ]

A mae de Moshe Dayan, Dvora Zatulovsky, tambem nasceu no ano de 1890 na Ucrania, de uma familia de ricos comerciantes e teve boa escolaridade. [ 22 ] Dvora foi aluna da Universidade de Sao Petesburgo numa epoca em que era incomum que mulheres recebessem educacao . [ 22 ] Assim como muitos jovens russos de classe alta da epoca, ela foi influenciada pelos ideais socialistas e por seu principal representante, o escritor Leon Tolstoi . [ 22 ] Em 1910 , esteve presente no seu velorio entre a multidao chorando e tentando tocar em seu corpo . [ 22 ] Sob a influencia de Tolstoi, planejou dedicar sua vida a ajudar "o povo" a sair do atraso em que vivia. Durante a Guerra dos Balcas em 1911 , Dvora serviu como enfermeira voluntaria. [ 26 ] Depois tentou trabalhar como assistente social em Kiev , mas descobriu que o povo que tentava ajudar era profundamente anti-semita e nao tinha interesse em jovens intelectuais judias. Mantendo seus ideias apesar das frustracoes, emigrou em 1913 para a Palestina otomana. [ 27 ] Ela recebera uma carta de apresentacao enderecada a alguem em Degania e se apresentou no kibbutz. Dvora era delicada e sem experiencia agricola e no inicio os membros do kibbutz ( kibbutzniks ) nao a queriam; [ 27 ] mas no outono de 1914 ela se casou com Shmuel e se tornou um membro mesmo assim. [ 27 ]

Shmuel viajava muito pela Europa e Estados Unidos e deixava Dvora sozinha com os filhos. [ 27 ] A partir da decada de 1920 , ela publicou regularmente artigos em jornal , os quais tiveram muito sucesso na epoca ao mostrar imagens da vida simples no vilarejo de Nahalal . [ 15 ] Um dos seus temas favoritos era a posicao das mulheres nessa nova sociedade desbravadora agraria. [ 15 ] A ideia de independencia e forca femininas provaram-se uma ilusao - como a propria Dvora acabou reconhecendo - pois quanto melhor estabelecido o vilarejo, mais as mulheres tendiam a retomar suas tarefas tradicionais dentro da familia . [ 15 ] Dvora era uma intelectual e sempre pedia que Shmuel lhe enviasse livros . [ 15 ] No sistema socialista do kibbutz , o novo judeu seria uma pessoa totalmente dedicada ao trabalho agrario, mas Dvora acreditava na importancia da educacao intelectual alem do trabalho fisico, e incutiu nos seus filhos o amor pela leitura . Ela, Moshe e a filha competiam entre si para ver quem conhecia melhor Tolstoi ou Dostoievski . Eles eram tao familiarizados com seus poetas preferidos que conseguiam localizar versos isolados e cita-los de cor. [ 15 ]

Soldado paramilitar [ editar | editar codigo-fonte ]

Moshe Dayan (esquerda) com Yitzhak Sadeh e Yigal Allon no kibbutz Hanita , 1938

Aos 14 anos de idade Moshe Dayan iniciou sua carreira militar na Hagana , a forca de autodefesa sionista . Na primavera de 1937 , durante a Grande Revolta Arabe , ele se juntou a Policia Supranumeraria , a forca auxiliar judaica organizada pelos britanicos . [ 28 ] " Orgulhoso " do seu soldo de oito libras esterlinas por mes, foi encarregado de seis homens e uma picape . [ 28 ] Aos 21 anos, o jovem comandante de pelotao patrulhava as estradas poeirentas em volta de Nahalal durante o dia e realizava emboscadas contra infiltradores arabes a noite. [ 29 ] A patrulha motorizada de Dayan ("MAN") era famosa na regiao, com uma musica em sua homenagem dizendo "A picape esta circulando, a picape esta aqui". [ 29 ]

No outono de 1937 houve uma calmaria na insurgencia e Moshe foi mandado para um curso de sargentos do Exercito Britanico , o qual foi ministrado em ingles . [ 29 ] Dayan achou tudo "limpinho demais" e sentiu uma antipatia imediata. [ 29 ] Ele qualificou as tecnicas como necessarias aos britanicos no comando do Imperio , mas inadequadas a guerra irregular da Palestina . [ 29 ] A este treinamento seguiu-se um curso de comandante de pelotao ministrado pelo Hagana , em hebraico , com duracao de seis semanas . [ 29 ] Este treinamento era mais adequado a "guerra suja" da regiao, e nele, Moshe Dayan foi ensinado tecnicas de infantaria : aprendeu o que vestir quando saisse em campanha, a escolher e explorar uma boa posicao, a avancar sem ser notado pelo inimigo, a arrombar uma cerca de perimetro, a atirar com armas portateis e a lancar granadas . [ 29 ] Destacou-se por seu condicionamento fisico - seus bracos eram incrivelmente fortes por anos de trabalho agrario no kibbutz e no moshav - e por suas solucoes "pouco ortodoxas" e altamente agressivas para problemas taticos. [ 30 ] O que mais gostava de fazer era servir na equipe "vermelha", a forca oponente que representava os inimigos arabes. Uma vez nesta funcao, recrutou alguns camaradas e se infiltrou numa base, que era supostamente muito bem vigiada. Os guardas nao foram avisados do exercicio e teriam atirado nos instruendos se os tivesse descoberto. [ 4 ]

O Capitao Orde Wingate , "O Terror do Sudao", que era considerado um genio por Moshe Dayan, [ 4 ] criou uma forca especial de contra- guerrilha cuja missao era erradicar o terrorismo arabe na parte norte da Palestina britanica . [ 4 ] Essa unidade movel de uma centena de homens chamou-se Esquadroes Noturnos Especiais (SNS). Durante o verao de 1938 , Orde Wingate chamou Moshe Dayan pois os SNS precisavam de guias locais, e a experiencia de Dayan nas patrulhas em Nahalal eram reconhecidas. [ 4 ] Pelos proximos meses, os SNS circularam por Esdraelon e pela baixa Galileia , atacando os arabes com eficiencia impiedosa. Wingate era um homem culto e experiente; ao contrario da maioria dos oficiais britanicos, falava hebraico e arabe . A sua sofisticacao era acompanhada da excentricidade , a maior delas o habito de ficar totalmente pelado entre operacoes com um colar pendendo uma cebola , a qual mordia como um lanche enquanto falava. [ 31 ] Em outras ocasioes, saia do chuveiro totalmente nu, usando apenas uma touca de banho, e dava ordens aos recrutas enquanto se esfregava com a escova de banho. [ 31 ] Seus multiplos interesses incluia a musica e o misticismo judaico , o que o tornava um inveterado sionista . Ele acreditava que a restauracao do sionismo era o cumprimento da promessa biblica e era conhecido pela lideranca sionista como "O Amigo". [ 4 ] Os homens sob o seu comando o consideravam brilhante, e Moshe Dayan aprendeu muito com ele. Foi com Wingate que Moshe Dayan aprendeu que o comandante motiva seus homens seguindo sempre a frente e que os recompensa depois de um arduo dia de trabalho. [ 32 ] Tambem aprendeu a escolher o melhor local para uma emboscada e a surpreender o inimigo com truques, como colocar as lanternas caseiras na frente do carro. [ 33 ]

Combatentes judeus e britanicos dos Esquadroes Noturnos Especiais (SNS), 1938

Quando forcas paramilitares judaicas foram declaradas ilegais pelos britanicos em 1939 , Dayan e outros elementos judeus foram presos durante 1 ano e tres meses pelas autoridades britanicas. Em 1941 , ja durante a Segunda Guerra Mundial , o Hagana formou unidades especiais chamadas Palmach - Plugot Ma?atz , companhias de assalto - armadas pelos britanicos e criadas para apoiar o esforco de guerra atuando na retaguarda do Eixo , sob o comando de Yitzhak Sadeh . Nessa epoca, a prioridade britanica na Palestina era a invasao do Levante frances sob o governo colaboracionista de Vichy ; os britanicos novamente precisavam de guias experientes e ex-operadores SNS se faziam necessarios. [ 34 ] Moshe Dayan organizou e treinou uma unidade de 30 homens escolhida a dedo, [ 35 ] entre eles um jovem de 19 anos chamado Yitzhak Rabin , [ 35 ] para missoes de reconhecimento e vigilancia atras das linhas inimigas vestindo roupas tradicionais arabes. Acompanhado de um guia arabe, Rachid, Moshe Dayan passou dez dias e dez noites reconhecendo estradas e pontes no territorio libanes. [ 36 ]

O tapa-olho [ editar | editar codigo-fonte ]

Um dia antes da invasao britanica , Dayan cruzou a fronteira com o Libano com uma forca de 5 homens do Hagana, 10 soldados australianos e Rachid na noite do dia 6 para o 7 de junho de 1941. [ 36 ] Sua missao era tomar duas pequenas pontes sobre o rio Litani na estrada para Beirute e impedir que os franceses as explodissem. [ 36 ] Encontrando as pontes desertas e sem quaisquer preparativos para demolicao , a equipe incursora ficou "deslumbrada" com o seu sucesso mas logo souberam que os franceses os bloqueavam pela estrada mais ao sul. [ 36 ] Estando em um vale e com o risco do raiar do dia, encontravam-se numa posicao vulneravel. Rachid, o guia arabe, sugeriu que tomassem um posto policial proximo por ser a melhor posicao defensiva. [ 36 ] Coberto pelo restante dos homens, Moshe Dayan foi a frente lancando duas granadas-de-mao e silenciou a metralhadora que protegia o predio. [ 36 ]

Ocupando o posto, Dayan e os demais se postaram no telhado e assestaram uma metralhadora capturada. [ 36 ] Logo ficaram sob fogo dos franceses e enquanto Dayan tentava encontrar a origem dos tiros, uma bala atingiu o seu binoculo , destruindo-o. [ 37 ] Estilhacos entraram no seu olho esquerdo, na base do nariz e na mao . Com o que foi descrito pelo historiador Martin Van Creveld como "um estoicismo espantoso", Dayan nao gritou ou chorou, mas simplesmente deitou e esperou ate poder ser evacuado; [ 37 ] o que so aconteceu seis horas depois. Dayan ainda teve que esperar horas descendo pelas "torturantes" estradas libanesas ate chegar ao hospital em Haifa . [ 37 ]

O ferimento no olho era muito grave e levou meses para cicatrizar, o dano aos musculos extraoculares foi tal que varias tentativas de colocar um olho de vidro fracassaram e Dayan foi obrigado a adotar o tapa-olho preto , que se tornou sua marca registrada. [ 7 ] [ 38 ] Moshe Dayan odiou o tapa-olho no inicio, tirando-o assim que chegou em casa. [ 7 ] Segundo escreveu em suas memorias , a atencao que o objeto provocava lhe era intoleravel: [ 38 ]

“Eu estava pronto para fazer qualquer esforco e suportar qualquer sofrimento, se ao menos pudesse me livrar do meu tapa-olho preto. A atencao que atraia era intoleravel pra mim. Eu preferia me fechar em casa, fazendo qualquer coisa, a enfrentar as reacoes das pessoas onde quer que eu fosse.”

Depois da fama, uma decada depois, Dayan foi presenteado com varios tapa-olhos por seus admiradores ao redor do mundo; formando uma grande colecao. [ 7 ] Pelo menos um modelo que ele recebeu era coberto de ouro , com uma Estrela de Davi gravada. [ 7 ]

Alem da perda do olho esquerdo, o ferimento lhe ocasionava dores de cabeca intermitentes, o que tornava ler qualquer coisa muito dificil. [ 7 ] Apesar de conseguir dirigir e ate mesmo atravessar grandes distancias a pe a noite, Dayan sofria de insonia. [ 7 ] Isso lhe causava mau humor e introversao, que cresceram com o tempo. [ 7 ] [ 39 ] Moshe Dayan chegou a passar por uma cirurgia ocular em Paris , mas a operacao se provou um insucesso. [ 38 ]

Carreira militar [ editar | editar codigo-fonte ]

Retrato de Moshe Dayan por Ludwig Blum em 1949

Em 1947, Dayan foi nomeado para o Estado-Maior do Hagana , trabalhando no setor de "assuntos arabes", codigo para estabelecimento de redes de inteligencia . [ 40 ] Isto era feito recrutando agentes para obter informacoes sobre forcas arabes irregulares na Palestina. [ 40 ] [ 41 ] Comecando uma rede de colaboradores em Nahalal , a sua rede se expandiu pelo pais. No fim do ano, Dayan se envolveu no treinamento de comandos que infiltrar-se-iam na Siria para coletar informacoes de inteligencia e estabelecer contatos onde possivel. No inicio de 1948, na vespera da guerra, participou de varias reunioes do Hagana, para decidir o destino de diversas areas habitadas por arabes. Em abril, um batalhao druso veio de Siria para ajudar os arabes palestinos, e Moshe Dayan ajudou a subornar seus oficiais para que o batalhao mudasse de lado; sendo provavel que essa manobra tenha ligacao com as conexoes feitas anteriormente. [ 40 ] No mesmo mes, atuou na obtencao da rendicao da cidade portuaria de Acre , a primeira cidade arabe a ser ocupada pelo Hagana sem que a populacao arabe fugisse em massa. [ 40 ] Em meio a todos estes acontecimentos, Moshe Dayan teve que lidar com uma tragedia pessoal.

Em 14 de abril de 1948 , seu irmao, Zorik, foi morto em combate aos 22 anos nas proximidades de Nahalal : [ 40 ]

"Ele era alto, loiro e bonito, e seu corpo foi deixado ao sol por varios dias antes de ser resgatado. Moshe foi convocado e o identificou por uma cicatriz no pulso. Foi uma das poucas vezes em que o intocavel e auto-suficiente Dayan teve de pedir apoio emocional."

 - Martin Van Creveld, Moshe Dayan: Uma Biografia , pg. 60.

Em 22 de abril, Dayan foi encarregado de uma propriedade arabe abandonada na recem-conquistada Haifa . Para acabar com a pilhagem descontrolada, ele ordenou que qualquer coisa que pudesse ser usada pelo exercito fosse armazenada em armazens do Hagana e o restante distribuido entre assentamentos agricolas judeus. A fuga em massa das populacoes arabes liquidou as redes de inteligencia de Dayan e ele ficou sem funcao por um curto periodo. [ 42 ] Em 14 de maio de 1948 , o primeiro-ministro David Ben-Gurion declarou a criacao do Estado de Israel e no dia seguinte o pais foi invadido pelos exercitos arabes do Egito , Transjordania , Siria , Libano e Iraque . [ 42 ]

A Batalha das Deganias [ editar | editar codigo-fonte ]

O ataque arabe foi aberto pelo Egito na manha de 15 de maio, quando avioes bombardearam Tel Aviv . [ 43 ] Apenas algumas horas mais tarde, a Siria invadiu o norte de Israel com tres batalhoes de infantaria , um batalhao de carros blindados , uma companhia de tanques franceses Renault R35 e um regimento de artilharia . [ 44 ] Esta forca, a 1ª Brigada, avancou pelo sul do Mar da Galileia e se entrincheirou diante do assentamento de Samakh , como preludio a um ataque. Este avanco no Vale do Jordao pegou os israelense completamente de surpresa, pois esperavam o ataque mais ao norte. [ 45 ] [ 46 ] O Hagana contava apenas com um batalhao de 400 soldados da Brigada Golani, e um punhado de fazendeiros armados. [ 45 ] O kibbutz Degania A , vendo o perigo, enviou uma delegacao de tres homens para Tel Aviv para pedir ajuda. [ 45 ] Durante a noite de 15 para 16 de maio, os sirios lancaram um ataque inicial com infantaria apoiada por carros blindados e a companhia de tanques Renault. [ 46 ] A infantaria e os blindados avancaram de forma descoordenada, os israelenses detectaram o flanqueamento da infantaria pelo sul e os bloquearam. Os sirios recuaram para se reagrupar. [ 46 ]

Um tanque Renault R35 sirio destruido por um tiro de PIAT na torre na Batalha da Degania Alef

O Hagana ainda estava no processo de sair da clandestinidade para um exercito convencional, havia sido sangrado na guerra comunal de 1947-48 , e o ataque simultaneo fez com que todos os comandos de setor gritassem por socorro a Tel Aviv. O exercito israelense nao poderia estar em todo lugar e Ben-Gurion disse a delegacao que nao havia reforco possivel e, nesse momento, o veterano da Degania A, Ben-Zion Ysraeli, desmoronou e chorou inconsolavel. [ 45 ] Em um clima de desespero, em 17 de maio , o entao Major Moshe Dayan - "na falta de uma alternativa melhor" [ 42 ] - foi designado comandante da defesa das Deganias.

Enquanto isso, os kibutzim das Deganias A e B tentaram criar a impressao de que estavam sendo amplamente reforcados. [ 45 ] A noite, eles repetidamente dirigiram seus veiculos nas encostas das montanhas a oeste do Vale do Jordao, desligando os farois na descida de volta para voltarem com eles acesos. Alem disso, usaram motores de trator para imitar o som de tanques. [ 45 ] Tais artificios nao impressionaram os sirios, e nas primeiras horas da manha de 18 de maio, Samakh foi macetada por uma concentracao de artilharia . As trincheiras israelenses improvisadas eram muito rasas e os sobreviventes da saraivada tiveram que fugir enquanto os tanques sirios avancavam acompanhando a barragem de artilharia. [ 45 ] Os sirios haviam pre-registrado as missoes de fogo da artilharia durante os dois dias precedentes, e o voleio inicial foi muito preciso. [ 47 ] Os tanques Renault R35 se moveram pelo sul da cidade e os israelenses nao puderam conte-los, estando armados apenas com dois canhoes antiaereos de 20mm. O fogo dos obuseiros de 75mm e morteiros de 81mm foi preciso e mortifero. [ 48 ] Os defensores fugiram em confusao para a Degania A, deixando feridos e moribundos nos escombros do assentamento, enquanto eram perseguidos pela artilharia siria. [ 48 ] Os israelenses entao tentaram segurar o avanco sirio em um forte policial, os quais eram os pontos mais fortificados na Palestina, mas a concentracao de poder de fogo dos sirios os sobrepujou e o forte foi tomado ao meio-dia. [ 48 ] Os israelenses perderam 54 combatentes e tiveram tres capturados; a maioria deles kibbutzniks do Vale do Jordao. [ 48 ] A situacao era desesperadora e os assentamentos vizinhos de Shaar Hagolan e Masada foram abandonados sem ordens. Mulheres e criancas foram evacuadas das Deganias. [ 48 ]

Com a queda de Samakh (hoje Zemach), os israelenses perceberam que enfrentavam uma ameaca seria ao sul do Mar da Galileia , e comecaram a trazer reforcos improvisados de todo o leste da Galileia e os enviaram para as Deganias. Moshe Dayan assumiu o comando e tentou um contra-ataque a Samakh com a companhia da Brigada Yiftach que trouxe de Tel Aviv, composta de jovens de 16 e 17 anos de idade, mas os sirios lutaram com firmeza e repeliram os israelenses. [ 47 ] [ 48 ] A companhia relatou que se deparou com "dezenas de cadaveres " de judeus mortos no ataque sirio ao assentamento. [ 48 ] Naquela mesma noite , um pelotao do kibutz 'Ein-Gev vindo pelo mar e desembarcando em Samra, ao sul, realizou uma incursao contra a concentracao siria em Tel al-Qasir. [ 49 ] Apesar de mal-sucedida, a incursao atrasou os sirios em 24 horas, dando mais tempo para os defensores melhorarem suas defesas. Ainda naquela noite, outra companhia da Brigada Yiftach cruzou o Jordao e atacou o acampamento sirio na alfandega proxima a Ponte B'nat Ya'cov. A incursao foi um completo sucesso. [ 50 ] Os defensores sirios - uma ou duas companhias - foram pegos completamente de surpresa e fugiram apos um breve tiroteio. Os palmachniks, sem quaisquer perdas, destruiram o acampamento e alguns veiculos, incluindo dois carros blindados . [ 50 ] O moral israelense, no entanto, continuava extremamente baixo devido as vitorias sirias e a presenca de tanques inimigos. [ 50 ]

Um canon de 65 mm de montagne modele 1906 , apelidados em Israel de "Napoleonchik" ("Napoleaozinho"), no Museu Batey ha-Osef de Tel Aviv , Israel

No dia 20 de maio , os sirios atacaram as duas Deganias. [ 47 ] Os defensores israelenses eram em sua maioria habitantes dos kibutz, reforcados por efetivos do Hagana e Palmach ; cerca de 70 na Degania Alef e 80 na Degania Bet . [ 50 ] Os defensores foram ordenados a lutar e morrer onde estavam, nao haveria retirada. [ 50 ] Os 70 defensores da Degania A foram confrontados com 5 tanques Renault R35, carros blindados, uma companhia de infantaria e um batalhao de artilharia; seu armamento pesado se resumia a um PIAT, um canhao AAe 20mm e um morteiro de 81mm. Os blindados lideraram o assalto com a infantaria seguindo atras, sendo apoiados pela artilharia. Apos destruirem as casamatas e bunkers de concreto, os tanques romperam a cerca externa do kibutz. O avanco foi deixando a infantaria para tras. [ 47 ] Dois carros blindados foram destruidos por um canhao de 20mm enquanto um tanque se aproximou da cerca interna. Um jovem lancou um coquetel Molotov no tanque a 10 metros, o incendiando e matando os dois tripulantes. Outros veiculos foram destruidos pelo morteiro de 81mm disparado em fogo direto, coqueteis Molotov e um tanque Renault R35 foi destruido por um de tres PIAT que Dayan trouxe de Tel Aviv, com um tiro na torre. [ 47 ] Os israelenses destruiram quatro carros blindados e quatro tanques. [ 47 ] Quando a infantaria siria chegou, os seus blindados haviam sido derrotados e estavam recuando. A infantaria agora exposta foi metralhada pelos israelenses, sendo forcada a recuar. [ 47 ] [ 51 ]

O ataque a Degania B deveria ter ocorrido simultaneamente mas se iniciou apenas horas depois por desorganizacao. Novamente, os sirios tentaram manter a infantaria e os blindados juntos em apoio mutuo, mas atacaram frontalmente de novo. Dois assaltos sucessivos de tanque e infantaria, chegando a 30 metros das posicoes dos defensores, foram similarmente repelidos. [ 51 ] Conforme o dia avancou, a batalha das Deganias foi decidida com a chegada de quatro canhoes de montanha franceses de 65mm antiquados da Primeira Guerra Mundial , recem desembarcados, que foram trazidas as pressas. Os canhoes foram apelidados pelos israelenses de "Napoleonchiks", [ 52 ] e de tao raros e desesperadamente necessarios em outras frentes, foram cedidos a Moshe Dayan por apenas 24h. [ 51 ] Eles nao tinham sistemas de mira e seus artilheiros conheciam a sua operacao apenas vagamente. [ 52 ] Quando eles foram posicionados em uma elevacao observando o Vale do Jordao , os artilheiros praticaram disparando no Lago Kinneret e, conforme eles obtiveram um minimo de compreensao da sua operacao, eles comecaram a praticar atirando nos blindados sirios localizados entre Samakh e as Deganias. [ 53 ] Um dos canhoes enferrujados sofreu uma engripagem e explodiu, ferindo um artilheiro, mas os outros tres dispararam cerca de 500 obuses, matando cerca de 30 sirios enquanto eles se reagrupavam para um novo assalto as Deganias. [ 47 ] [ 53 ] A precisao dos tiros nao foi grande mas os sirios se imaginavam os unicos possuidores de artilharia pesada, e depois de gozar desse monopolio durante uma semana, a subita aparicao de artilharia inimiga desestabilizou o seu moral . [ 54 ] Nao percebendo que os israelenses tinham apenas 4 pecas, os sirios recuaram.

As forcas sirias em torno de Samakh estavam com pouca municao e o re-suprimento prometido foi redirecionado para a 2ª Brigada ao norte do Mar da Galileia. [ 55 ] Em resposta, a 1ª Brigada se retirou, abandonando as suas posicoes em Samakh e recuando para as faldas das Colinas de Gola ; [ 55 ] mas nao antes de arrasarem Shaar Hagolan e Masada. [ 53 ] Uma certa quantidade de blindados foi abandonada pelos sirios, levemente danificados ou inoperantes, os quais foram reparados e usados pelos israelenses. Embora os sirios fossem muito mais numerosos que os israelenses neste setor, com muito mais artilharia e blindados, eles nunca mais montariam uma ofensiva ao sul. [ 55 ]

89º Batalhao [ editar | editar codigo-fonte ]

Em junho, tornou-se o primeiro comandante do 89º Batalhao, integrante da Brigada Blindada de Yitzhak Sadeh . Seus metodos de recrutamento de voluntarios de outras unidades do exercito, como as Brigadas Golani e Kiryati, provocaram reclamacoes de seus comandantes. Em 20 de junho de 1948, dois homens de uma de suas companhias foram mortos em um confronto com membros do Irgun que tentavam trazer armas no navio Altalena para Kfar Vitkin. Durante a Operacao Danny, ele liderou seu batalhao em uma breve incursao por Lod, no qual nove de seus homens foram mortos e o dispositivo jordaniano foi desestabilizado. Seu batalhao foi entao transferido para o sul, onde capturaram Karatiya, perto de Faluja, em 15 de julho.

Jerusalem [ editar | editar codigo-fonte ]

O Ramatkal Moshe Dayan, com seu notorio tapa-olho , ao lado do General Avraham Yoffe , comandante da 9ª Brigada Oded , em Sharm el-Sheikh no final da Operacao Kadesh , 1956

Em 23 de julho de 1948 , por insistencia de David Ben-Gurion sobre a oposicao do Estado-Maior , Dayan foi nomeado comandante militar das areas controladas pelos judeus em Jerusalem . No outono de 1948, ele se envolveu em negociacoes com Abdullah el-Tell , o comandante militar jordaniano de Jerusalem Oriental , sobre um cessar-fogo duradouro para a area de Jerusalem. Em 1949 , ele teve pelo menos cinco reunioes presenciais com o rei Abdullah da Jordania sobre o Acordo de Armisticio e a busca por um acordo de paz de longo prazo.

Chefe do Estado-Maior [ editar | editar codigo-fonte ]

Na chefia das forcas armadas desde 1953 por cinco anos, planejou e liderou a invasao da peninsula do Sinai , em 1956 , o que lhe valeu a reputacao de grande comandante militar. Dayan foi eleito para o Knesset (Parlamento) em 1959 e designado Ministro da Agricultura no governo de David Ben-Gurion .

Em junho de 1967 , como Ministro da Defesa, comandou a vitoriosa guerra dos seis dias e passou a exercer crescente influencia na politica externa. Seu prestigio declinou em outubro de 1973 , quando o Egito e a Siria atacaram Israel de surpresa e desencadearam a guerra do Yom Kippur .

Em 1978 , Ministro das Relacoes Exteriores do governo de Menachem Begin , tornou-se um dos arquitetos dos acordos de Camp David , assinados no ano seguinte por Egito e Israel. Faleceu devido a insuficiencia cardiaca , no Hospital Tel Hashomer de Telavive, onde estava internado para tratamento de cancer de estomago . [ 39 ] Sua filha, Yael Dayan e escritora.

Dayan tambem foi arqueologo amador e escritor. Entre as obras publicados no Brasil esta “Guerra do Sinai” (Bloch Editores).

Trabalhos publicados [ editar | editar codigo-fonte ]

Referencias

  1. Crompton, Samuel Willard (2007). Ariel Sharon (em ingles). Nova iorque: Chelsea House. p. 37. ISBN   978-0-7910-9263-7 . OCLC   72353814  
  2. Bar-On, Mordechai (2012). Moshe Dayan: Israel's controversial hero (em ingles) 1ª ed. New Haven: Yale University Press. p. xii-x. ISBN   978-0300149418 . OCLC   802047004  
  3. Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 45-46. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  4. a b c d e f Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 47. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  5. Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 54-56. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  6. Stein, Leslie (2009). The Making of Modern Israel: 1948-1967 (em ingles). Cambridge : Polity Press. p. 12. ISBN   978-0745644660 . OCLC   286484828  
  7. a b c d e f g h Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 56. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  8. Niv, Tal (17 de maio de 2017). ≪Israeli General Moshe Dayan, Beyond the Eye Patch≫ . Haaretz (em ingles) . Consultado em 16 de janeiro de 2023  
  9. Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 191. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  10. Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 195. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  11. Van Creveld, Martin L. (2006). ≪Capitulo 7: Queda e Ascensao≫. Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 195-216. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  12. Morris, Benny (1999). Righteous Victims: A History of the Zionist-Arab Conflict, 1881-1999 (em ingles) 1ª ed. Nova Iorque: Knopf. p.  684 . ISBN   9780679744757 . OCLC   40200220  
  13. Teveth, Shabtai (1973). Moshe Dayan: The soldier, the man, the legend (em ingles) 1ª ed. Boston: Houghton Mifflin. p.  1 . ISBN   9780395154755 . OCLC   569861  
  14. Sinai, Smadar. ≪Miriam Baratz≫ . Jewish Women's Archive (em ingles) . Consultado em 16 de janeiro de 2023  
  15. a b c d e f Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 25. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  16. a b c Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 25-26. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  17. Stein, Leslie (2003). The Hope Fulfilled: The Rise of Modern Israel (em ingles). Westport, Conn.: Praeger Publishers. p. 102. ISBN   9780275971410 . OCLC   650307335  
  18. Dayan, Moshe (1976). Moshe Dayan: Story of my life (em ingles). Londres: Weidenfeld and Nicolson. p. 21, 27. ISBN   978-0722128732 . OCLC   2731586  
  19. Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 22. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  20. Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 22-23. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  21. a b c Stein, Leslie (2009). The Making of Modern Israel: 1948-1967 (em ingles). Cambridge : Polity Press. p. 4. ISBN   978-0745644660 . OCLC   286484828  
  22. a b c d e f Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 23. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  23. Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 21, 23. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  24. Stein, Leslie (2009). The Making of Modern Israel: 1948-1967 (em ingles). Cambridge : Polity Press. p. 5. ISBN   978-0745644660 . OCLC   286484828  
  25. a b c Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 21. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  26. Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 23-24. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  27. a b c d Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 24. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  28. a b Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 45. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  29. a b c d e f g Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 46. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  30. Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 46-47. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  31. a b Caufield, Catherine (1981). The Emperor of the United States of America and Other Magnificent British Eccentrics (em ingles). Londres: Routledge & Kegan. p. 213. ISBN   978-0710009579 . OCLC   8144053  
  32. Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 47-48. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  33. Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 48. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  34. Katzberg, Major Allan A. (1988). ≪Foundations Of Excellence: Moshe Dayan And Israel's Military Tradition (1880 To 1950)≫ . Global Security.org (em ingles) . Consultado em 17 de janeiro de 2023  
  35. a b Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 54-55. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  36. a b c d e f g Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 55. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  37. a b c Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 55-56. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  38. a b c ≪Letters describing Dayan losing his eye to be auctioned≫ . Times of Israel (em ingles). 27 de julho de 2015 . Consultado em 17 de janeiro de 2023  
  39. a b Veja , edicao 685, de 21 de outubro de 1981
  40. a b c d e Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 60. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  41. Dayan, Moshe (1976). Moshe Dayan: Story of my Life (em ingles). William Morrow. Nova Iorque: Sphere. p. 80. ISBN   0-688-03076-9 . OCLC   2284086  
  42. a b c Van Creveld, Martin L. (2006). Moshe Dayan: Uma Biografia . Sao Paulo: Editora Globo. p. 61. ISBN   9788525041159 . OCLC   685243824  
  43. Stein, Leslie (2009). The Making of Modern Israel: 1948-1967 (em ingles). Cambridge: Polity Press. p. 19. ISBN   978-0745644660 . OCLC   286484828  
  44. Stein, Leslie (2009). The Making of Modern Israel: 1948-1967 (em ingles). Cambridge: Polity Press. p. 21-22. ISBN   978-0745644660 . OCLC   286484828  
  45. a b c d e f g Stein, Leslie (2009). The Making of Modern Israel: 1948-1967 (em ingles). Cambridge: Polity Press. p. 22. ISBN   978-0745644660 . OCLC   286484828  
  46. a b c Pollack, Kenneth M. (2004). ≪Chapter 6: Syria≫. Arabs at War: Military Effectiveness, 1948-1991 . Col: Studies in War, Society, and the Military (em ingles). Lincoln, NE: University of Nebraska Press. p. 450. ISBN   978-0803287839 . OCLC   49225708  
  47. a b c d e f g h Pollack, Kenneth M. (2004). ≪Chapter 6: Syria≫. Arabs at War: Military Effectiveness, 1948-1991 . Col: Studies in War, Society, and the Military (em ingles). Lincoln, NE: University of Nebraska Press. p. 452. ISBN   978-0803287839 . OCLC   49225708  
  48. a b c d e f g Morris, Benny (2008). 1948: A History of the First Arab-Israeli War (em ingles). New Haven, Connecticut: Yale University Press. p. 254. ISBN   978-0300126969 . OCLC   402826490  
  49. Morris, Benny (2008). 1948: A History of the First Arab-Israeli War (em ingles). New Haven, Connecticut: Yale University Press. p. 254-255. ISBN   978-0300126969 . OCLC   402826490  
  50. a b c d e Morris, Benny (2008). 1948: A History of the First Arab-Israeli War (em ingles). New Haven, Connecticut: Yale University Press. p. 255. ISBN   978-0300126969 . OCLC   402826490  
  51. a b c Stein, Leslie (2009). The Making of Modern Israel: 1948-1967 (em ingles). Cambridge: Polity Press. p. 23. ISBN   978-0745644660 . OCLC   286484828  
  52. a b Stein, Leslie (2009). The Making of Modern Israel: 1948-1967 (em ingles). Cambridge: Polity Press. p. 23-24. ISBN   978-0745644660 . OCLC   286484828  
  53. a b c Stein, Leslie (2009). The Making of Modern Israel: 1948-1967 (em ingles). Cambridge: Polity Press. p. 24. ISBN   978-0745644660 . OCLC   286484828  
  54. Pollack, Kenneth M. (2004). ≪Chapter 6: Syria≫. Arabs at War: Military Effectiveness, 1948-1991 . Col: Studies in War, Society, and the Military (em ingles). Lincoln, NE: University of Nebraska Press. p. 452-453. ISBN   978-0803287839 . OCLC   49225708  
  55. a b c Pollack, Kenneth M. (2004). ≪Chapter 6: Syria≫. Arabs at War: Military Effectiveness, 1948-1991 . Col: Studies in War, Society, and the Military (em ingles). Lincoln, NE: University of Nebraska Press. p. 453. ISBN   978-0803287839 . OCLC   49225708  

Ligacoes externas [ editar | editar codigo-fonte ]

Wikiquote
Wikiquote
O Wikiquote possui citacoes de ou sobre: Moshe Dayan