Estatistica

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  Nota: Para a definicao da funcao (e.g. Estatistica suficiente), veja Estatistica (funcao) .
Um exemplo de grafico .

Estatistica e a ciencia que utiliza as teorias probabilisticas para explicar a frequencia da ocorrencia de eventos, [ 1 ] tanto em estudos observacionais quanto em experimentos para modelar a aleatoriedade e a incerteza de forma a estimar ou possibilitar a previsao de fenomenos futuros, conforme o caso.

Se dedica a coleta, analise e interpretacao de dados e preocupa-se com os metodos de coleta, organizacao, resumo, apresentacao e interpretacao dos dados, assim como tirar conclusoes sobre as caracteristicas das fontes donde estes foram retirados, para melhor compreender as situacoes.

Algumas praticas estatisticas incluem, por exemplo, o planejamento, a sumarizacao e a interpretacao de observacoes. Dado que o objetivo da estatistica e a producao da melhor informacao possivel a partir dos dados disponiveis, alguns autores sugerem que a estatistica seja um ramo da teoria da decisao .

Devido as suas raizes empiricas e seu foco em aplicacoes, a estatistica geralmente e considerada uma disciplina distinta da matematica , e nao um ramo dessa. [ 2 ] [ 3 ]

Etimologia [ editar | editar codigo-fonte ]

O termo "estatistica" surge da expressao em latim statisticum collegium, "palestra sobre os assuntos do Estado ", de onde surgiu a palavra em lingua italiana statista , que significa "homem de estado", ou politico , e a palavra alema Statistik , designando a analise de dados sobre o Estado. A palavra foi proposta pela primeira vez no seculo XVII , em latim, por Schmeitzel na Universidade de Jena e adotada pelo academico alemao Godofredo Achenwall. Aparece como vocabulario na Enciclopedia Britanica em 1797 , e adquiriu um significado de coleta e classificacao de dados, no inicio do seculo XIX .

Historia [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Historia da estatistica

De acordo com a Revista do Instituto Internacional de Estatistica , Cinco homens, Hermann Conring , Gottfried Achenwall , Johann Peter Sussmilch , John Graunt e William Petty ja receberam a honra de serem chamados de fundadores da estatistica por diferentes autores. [ 4 ]

Alguns autores dizem que e comum encontrar como marco inicial da estatistica a publicacao do " Observations on the Bills of Mortality " (Observacoes sobre os Censos de Mortalidade, 1662) de John Graunt. As primeiras aplicacoes do pensamento estatistico estavam voltadas para as necessidades de Estado , na formulacao de politicas publicas, fornecendo dados demograficos e economicos . A abrangencia da estatistica aumentou no comeco do seculo XIX para incluir a acumulacao e analise de dados de maneira geral. Hoje, a estatistica e largamente aplicada nas ciencias naturais , e sociais , inclusive na administracao publica e privada .

Seus fundamentos matematicos foram postos no seculo XVII com o desenvolvimento da teoria das probabilidades por Pascal e Fermat , que surgiu com o estudo dos jogos de azar. O metodo dos minimos quadrados foi descrito pela primeira vez por Carl Friedrich Gauss , aproximadamente no ano de 1794. O uso de computadores modernos tem permitido a computacao de dados estatisticos em larga escala e tambem tornaram possivel novos metodos antes impraticaveis.

Fundamentos [ editar | editar codigo-fonte ]

Ligacoes para estatistica observacional fenomeno sao coletados pelos fenomenos estatisticos .

  • Estatistica inferencial e o conjunto de tecnicas utilizadas para identificar relacoes entre variaveis que representem ou nao relacoes de causa e efeito;
  • Estatistica robusta e o conjunto de tecnicas utilizadas para atenuar o efeito de outliers e preservar a forma de uma distribuicao tao aderente quanto possivel aos dados empiricos.

A estatistica nao e uma ferramenta matematica que nos informa sobre o quanto de erro nossas observacoes apresentam sobre a realidade pesquisada . A estatistica baseia-se na medicao do erro que existe entre a estimativa de quanto uma amostra representa adequadamente a populacao da qual foi extraida. Assim o conhecimento de teoria de conjuntos , analise combinatoria e calculo sao indispensaveis para compreender como o erro se comporta e a magnitude do mesmo. E o erro (erro amostral) que define a qualidade da observacao e do delineamento experimental.

A faceta dessa ferramenta mais palpavel e a estatistica descritiva . A descricao dos dados coletados e comumente apresentado em graficos ou relatorios e serve tanto a prospeccao de uma ou mais variaveis para posterior aplicacao ou nao de testes estatisticos bem como a apresentacao de resultados de delineamentos experimentais.

Nos descrevemos o nosso conhecimento de forma matematica e tentamos aprender mais sobre aquilo que podemos observar. Isto requer:

  • O planejamento das observacoes por forma a controlar a sua variabilidade (concepcao do experimento);
  • Sumarizacao da colecao de observacoes;
  • Inferencia estatistica - obter um consenso sobre o que as observacoes nos dizem sobre o mundo que observamos.

Em algumas formas de estatistica descritiva , nomeadamente mineracao de dados ( data mining ), os segundo e terceiro passos tornam-se normalmente mais importantes que o primeiro.

A probabilidade de um evento e definida como um numero entre zero e um.

Normalmente aproximamos a probabilidade de alguma coisa para cima ou para baixo porque elas sao tao provaveis ou improvaveis de ocorrer, que e facil de reconhece-las como probabilidade de um ou zero. Entretanto, isso pode levar a desentendimentos e comportamentos perigosos, porque e dificil distinguir entre, uma probabilidade de 10 ?4 e uma de 10 ?9 , a despeito da grande diferenca numerica entre elas. Por exemplo, se voce espera atravessar uma estrada 10 5 ou 10 6 vezes na sua vida, definir o risco de atravessa-la em 10 ?9 significa que voce esta bem seguro pelo resto da sua vida. Entretanto, um risco de 10 ?4 significa que e bem provavel que voce tenha um acidente, mesmo que intuitivamente um risco de 0,01% pareca muito baixo.

Estatistica computacional [ editar | editar codigo-fonte ]

O crescimento rapido e sustentados no poder de processamento dos computadores a partir da segunda metade do seculo XX teve um forte impacto na pratica da estatistica. Os modelos estatisticos mais antigos eram quase sempre lineares , mas os computadores modernos, junto com algoritmos numericos apropriados, causaram um aumento do interesse nos modelos nao-lineares (especialmente redes neurais e arvores de decisao ) assim como na criacao de novos tipos, como o modelo linear generalizado e o modelo multi-nivel .

O aumento na capacidade de computacao tambem tem levado a popularizacao de metodos que demandam muitos calculos baseados em reamostragem (em ingles e no jargao do meio resampling ), como testes de permutacao e bootstrap , enquanto tecnicas como a amostragem de Gibbs tem feito com que os metodos de Bayes fiquem mais faceis. A revolucao informatica tambem tem levado a um aumento na enfase na estatistica "experimental" e "empirica". Um grande numero de softwares estatisticos, de uso tanto geral como especifico estao disponiveis no mercado.

Aplicacoes [ editar | editar codigo-fonte ]

Algumas ciencias usam a estatistica aplicada tao extensivamente que elas tem uma terminologia especializada. Estas disciplinas incluem:

Estatistica forma uma ferramenta chave nos negocios e na industrializacao como um todo. E utilizada a fim de entender sistemas variaveis, controle de processos (chamado de " controle estatistico de processo " ou CEP), custos financeiros (contabil) e de qualidade e para sumarizacao de dados e tambem tomada de decisao baseada em dados. Nessas funcoes ela e uma ferramenta chave, e e a unica ferramenta segura.

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

Referencias

  1. Weber, Saulo Henrique (2006). ≪Desenvolvimento de Nova Funcao Densidade de Probabilidade para Avaliacao de Regeneracao Natural≫ (PDF) . Universidade Federal do Parana . Consultado em 2 de fevereiro de 2012  
  2. Moore, David (1992). ≪Teaching Statistics as a Respectable Subject≫. Statistics for the Twenty-First Century . Washington, DC: The Mathematical Association of America. pp. 14?25  
  3. Chance, Beth L.; Rossman, Allan J. (2005). ≪Preface≫. Investigating Statistical Concepts, Applications, and Methods (PDF) . [S.l.]: Duxbury Press. ISBN   978-0495050643  
  4. WILLCOX, Walter (1938) The Founder of Statistics . Review of the International Statistical Institute 5(4):321-328.

Bibliografia [ editar | editar codigo-fonte ]

Ligacoes externas [ editar | editar codigo-fonte ]

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Em Portugues [ editar | editar codigo-fonte ]

Em ingles [ editar | editar codigo-fonte ]