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Pardos

Origem: Wikipedia, a enciclopedia livre.
  Nota: Para outros significados, veja Pardos (desambiguacao) .
Brasileiros pardos
Populacao total

Pardos
92 083 286 brasileiros pardos (2022)
45,34% da populacao do Brasil [ 24 ]

Regioes com populacao significativa
Todas as regioes do Brasil. Predominantes nas regioes Norte , Nordeste e Centro-Oeste e nos estados de Minas Gerais e Espirito Santo .
Linguas
lingua portuguesa
Religioes
catolicos romanos 74% · protestantes 18,2% · sem religiao 5,6% · outras denominacoes 2%
Etnia
No sentido concreto, estrito, a palavra pardo e um termo usado para referir-se aos brasileiros possuidores de variadas ascendencias etnicas, que sao descendentes principalmente de portugueses e outros povos de origem europeia , que se misturaram com elementos indigenas e africanos .
Grupos etnicos relacionados
Outros grupos multiraciais ao redor do mundo: metis (canadenses descendentes de brancos e indigenas da era colonial), coloureds (sul-africanos mesticos), hispano-americanos mesticos , melungos (estadunidenses descendentes de brancos e negros da era colonial), Garifunas (descendentes de indigenas do Caribe e America Central e escravos africanos)

Pardo e um termo usado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE) para configurar um dos cinco grupos de "cor ou raca" que compoem a populacao brasileira , junto com brancos , pretos , amarelos e indigenas . [ 24 ] No sentido concreto, estrito, a palavra pardo e usada para referir-se aos brasileiros com variadas ascendencias etnicas . [ 25 ] O manual do IBGE define o significado atribuido ao termo como pessoas com uma mistura de cores de pele , seja essa miscigenacao mulata (descendentes de brancos e negros ), cabocla (descendentes de brancos e amerindios ), cafuza (descendentes de negros e indigenas) ou mestica . [ 25 ] [ 26 ] Historicamente, "pardo" foi usado como sinonimo de um sistema de castas usado na America de colonizacao espanhola entre os seculos XVI e XVIII. O termo era mais utilizado em pequenas areas da America Hispanica que tinham sua economia baseada na escravidao durante a era colonial .

De acordo com o Censo Demografico de 2022, os pardos compoem 92 milhoes de pessoas, ou 45,34% da populacao do Brasil , [ 27 ] o que faz desse grupo racial o maior componente do povo brasileiro. O percentual de pardos na populacao brasileira cresceu significativamente nas ultimas decadas. Alem disso, o percentual de pardos e o que mais cresce na populacao brasileira. Em 2000, por exemplo, apenas 38,4% dos brasileiros que se autodeclaravam pardos, [ 28 ] enquanto em 2006 o indice passou para 42,6% e, em 2009, para 44,2% da populacao total do pais. [ 29 ] Desde 2015, a proporcao tem se mantido estavel, em torno de 46%. [ 30 ] Estudos geneticos atuais revelam que os pardos podem possuir ancestralidade europeia , indigena e negra , variando as proporcoes de acordo com o individuo e a regiao. [ 31 ] [ 32 ]

Definicao [ editar | editar codigo-fonte ]

Origem do termo [ editar | editar codigo-fonte ]

Nao existe um acordo ente os historiadores sobre a origem do termo "pardo", mas e consenso, conforme Corominas ( apud Petrucelli), que a origem do termo esta no Latim , onde "pardus" se relaciona com Leopardo (leao-pardo). Na Peninsula Iberica o termo passou a ser utilizado oficialmente desde o ano de 1073 . O termo "pardo" tem origem em Portugal a partir de 1111. [ 33 ] Nos registros dos expostos da Santa Casa da Misericordia de Lisboa , do seculo XVIII , as criancas eram classificadas racialmente em cinco categorias: "preto", "pardo", "negro", "mulato" e "branco". [ 34 ]

Na famosa carta de Pero Vaz de Caminha para o rei Manuel I de Portugal , do ano de 1500 , ele chamou os indios de "pardos": "Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas maos traziam arcos com suas setas. Vinham todos rijos sobre o batel". [ 35 ]

Mulato , por Albert Eckhout .

O emprego historico da palavra pardo nem sempre significou apenas mulato . Basta uma leitura atenta dos testamentos e documentos do periodo colonial. Diogo de Vasconcelos , conhecido historiador mineiro, relata o caso de Andresa de Castilhos, conforme informacao contida em testamento do seculo XVIII: "Declaro que Andreza de Castilhos, mulher parda, que tem assistido comigo ha muitos anos, de quem tive tres filhas, e forra por tres sentencas e por uma carta de alforria [...] por ser esta mulher uma parte descendente de gentio da terra [...] Declaro que a dita Andreza de Castilhos e filha de homem branco e de mulher neofita". [ 36 ]

A historiadora Maria Leonia Chaves de Resende da varios exemplos para o emprego da palavra pardo quanto a pessoas de origem indigena em Minas Gerais: um Manoel, filho natural de Ana carijo, foi batizado como 'pardo'; em campanha diz ter encontrado varios registros onde indios foram classificados como 'pardos'; informa, por exemplo, que os indios Joao Ferreira, Joana Rodrigues, e Andreza Pedrosa foram classificados como 'pardos forros'; um Damaso se declarou 'pardo forro' do 'gentio da terra'; etc. Informa, assim, que os termos pardo e mestico teriam sido usados para descrever inclusive os proprios indios. Aduz, ademais, que: "O crescimento do segmento "pardo" na populacao no final do seculo XVIII e inicio do seculo XIX nao dizia respeito exclusivamente a descendentes de escravos africanos, mas tambem incluia indios e seus descendentes, em especial carijos e bastardos, que foram categorizados na condicao de 'pardos'. [ 37 ]

A historiadora Hebe Mattos mostra que a categoria "pardo", tipica do final do periodo colonial, tem um significado muito mais abrangente que "mulato" ou "mestico". [ 38 ] Com o crescimento de uma populacao livre de ascendencia africana, o termo teve sua significacao ampliada. A categoria de "pardo livre" passou a englobar essa crescente populacao de origem africana, nao necessariamente mestica, mas ja dissociada da escravidao por algumas geracoes, para a qual os termos "crioulo" ou "preto", que remetiam diretamente a escravidao ou a recente alforria, nao eram pertinentes. [ 38 ]

Representacao de uma crianca cafuza na "Pintura das Castas", do Vice-Reino da Nova Espanha , no seculo XVIII . A pintura ilustra: "De um negro e uma india sai um lobo ", que e sinonimo para cafuzo.

Portanto, o termo "pardo" tambem remetia a uma ascendencia africana, mestica ou nao, que remarcava uma diferenciacao social entre o grupo cujos ancestrais ja haviam se libertado da escravidao ha algumas geracoes e o grupo de escravos ou libertos recem-saidos do cativeiro, para os quais os termos "crioulo" ou "preto" eram mais empregados. Ao mesmo tempo, refletia a discriminacao em relacao a populacao branca. Assim, hierarquia e posicao social influenciavam na "cor" da pessoa, sendo esses elementos fluidos e dependendo das circunstancias sociais, sendo negociada e reatualizada. [ 38 ]

Exemplos de pessoas que "mudavam de cor" nao faltam na historiografia brasileira. O historiador Roberto Guedes Ferreira, em sua tese de doutorado , ilustra esse fenomeno com alguns casos de casais moradores de Porto Feliz . No recenseamento de 1803, Alexandre de Madureira e sua esposa Inacia Maria foram classificados como "negros" mas, em 1808, foram identificados como "pardos". O inverso aconteceu com o casal Antonio de Pontes e Beatriz Maria: recenseados como "mulatos" em 1813 e como "negros" em 1818. Por outro lado, o casal Antonio Goncalves e Constantina Maciel, classificado como "pardo" em 1803, 1808 e 1813, tornou-se "branco" em 1818. [ 38 ]

Em nenhum lugar como na America Portuguesa a classificacao fenotipa foi tao influenciada por diferentes variaveis. Nao eram apenas a cor, o cabelo e as constituicoes fisicas e faciais que determinavam a "cor" de um individuo. Alem disso, o status social, o economico e a propria cor do observador e do observado, assim como a epoca e a regiao, tinham influencia decisiva. Assim, um individuo poderia "enegrecer", "embranquecer" ou "empardecer" de um contexto para outro. Normalmente, a pobreza "escurecia" o individuo, e a riqueza o "embranquecia". [ 38 ]

Definicao dada pelo IBGE [ editar | editar codigo-fonte ]

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica ( IBGE ) e o orgao responsavel pelas pesquisas censitarias no Brasil. O Manual do Recenseador do IBGE, com orientacoes para o censo nacional de 2020, assim define a categoria "parda":

O censo usa o criterio da autodeclaracao, portanto os entrevistados podem se classificar racialmente da maneira que bem entenderem e a sua autodeclaracao nao pode ser questionada pelo recenseador. O entrevistado so podera escolher uma das cinco opcoes disponiveis: branca, preta, parda, amarela ou indigena.

Ademais, o manual do IBGE deixa claro que se o entrevistado se declarar de cor ou raca "negra", o entrevistador nao deve pressupor nem a classificacao na categoria parda, nem a classificacao na categoria preta, e sim insistir para que o entrevistado escolha uma das 5 categorias: "Explique que o IBGE usa apenas as 5 (cinco) categorias mencionadas, desde o Censo 1991, e peca que o informante escolha uma das opcoes. Jamais assuma que negra e preta ou parda". [ 39 ]

Caso algum morador do domicilio esteja ausente, a sua cor ou raca sera atribuida pelo morador que estiver respondendo ao questionario. [ 39 ]

Historia [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Composicao etnica do Brasil
A princesa indigena tupinamba Catarina Paraguacu , que foi esposa do Diogo Alvares Correa ( Caramuru ), e convertida ao catolicismo .

A Historia do povo pardo ou mestico no Brasil comeca nos primeiros anos do seculo XVI, com o inicio da exploracao do pau-brasil na zona costeira. Embora as relacoes consensuais e nao consensuais entre homens europeus e mulheres indigenas ocorram desde os primordios da colonia, o primeiro caso documentado de individuo branco a se fixar em territorio brasileiro, e a prosperar em uma comunidade indigena no Brasil , foi o do portugues Diogo Alvares Correa , que naufragou na costa do reconcavo da Bahia em 1509. [ 40 ] [ 41 ]

Diogo Alvares, o "Caramuru" (apelido recebido pelos indigenas tupinambas ), atraves da sua uniao com a princesa indigena Catarina Paraguassu , comecaram a miscigenacao racial baiana, e deram origem a " raca brasileira ", juntos deixaram uma extensa descendencia cabocla . [ 42 ] A cabocla Madalena Caramuru (filha do Caramuru com a Catarina), e considerada a primeira mulher mestica brasileira alfabetizada. [ 43 ]

Obra A Redencao de Cam (1895), de Modesto Brocos , mostrando uma avo negra , uma filha mulata e genro e neto brancos. Para o governo brasileiro da epoca, a cada geracao o brasileiro ficaria mais branco . [ 44 ]

Uma caracteristica da colonizacao portuguesa e que ela era majoritariamente masculina. A imigracao portuguesa para o Brasil nos seculos XVI e XVII foi composta praticamente somente por homens. Dada essa ausencia de mulheres brancas disponiveis ao matrimonio, mostrava-se inevitavel que o colono portugues tomasse como amante uma mulher de origem africana ou indigena, fato que explica o grande numero de pardos presente na populacao brasileira atual. [ 45 ] Com a chegada dos portugueses ao atual territorio brasileiro, operou-se inicialmente a miscigenacao deles com as mulheres indigenas e, posteriormente, com as africanas, dando origem a diversos tipos de cruzamentos e, em decorrencia, a diversas denominacoes para classificar essas pessoas: mulato (branco e negro), mameluco (branco e indio), cafuzo ou cabra (negro e indio), bem como pardo, entre outros. [ 46 ]

Em certas regioes do Brasil, houve o predominio da miscigenacao entre europeus , africanos e indios ; em outras regioes, predominou a miscigenacao entre apenas os europeus e os indigenas; [ 47 ] e, em outras regioes, houve o predominio da miscigenacao entre europeus e africanos , sendo essa ultima forma de miscigenacao citada tida por muitos como sendo a que ocorreu com mais frequencia. [ 48 ] [ 49 ]

Igreja de Nossa Senhora do Livramento dos Homens Pardos no Recife (c. 1880).

Os pardos sempre estiveram presentes em todas as classes sociais brasileiras, inclusive entre a elite. [ 50 ] No final do seculo XIX, o frances conde de Gobineau observou que havia mulatos no Senado brasileiro e que o Barao de Cotegipe , entao ministro das Relacoes Exteriores, tambem era mulato e concluiu: "Eles estao em todos os escaloes sociais". [ 51 ] Karl von Martirius e Johann Baptist von Spix, que viveram no Brasil entre 1817 e 1820, afirmaram ser "dificil determinar o limite entre as pessoas de cor e os brancos legitimos", ou seja, "saber onde terminavam o caboclo e o mulato e comecavam o branco". Quando vigorava a escravidao, a sociedade brasileira dividia-se entre uma camada livre e outra escrava, e o mulato, o cafuzo ou o mestico indefinido funcionavam como "amortecedores do antagonismo" entre essas duas classes e, os que tinham a pele mais clara, eram tratados como brancos ou quase brancos. Mesmo entre os considerados "brancos", haveria consideravel numero de caboclos ou mulatos claros, haja vista que os colonizadores portugueses continentais tendiam a imigrar para o Brasil sozinhos, sem trazer esposas, e a miscigenacao era a regra entre os brasileiros. [ 50 ]

Os pardos podem ter os mais variados perfis fenotipos (aparencia) e comportamentais. A rigor, o que caracteriza um pardo e, para alguns autores, simplesmente, sua miscigenacao. Nao ha um senso de pertencimento etnico entre os integrantes deste segmento e, geralmente, os pardos se percebem mais como "brasileiros" do que como "mesticos", [ 52 ] mas a existencia de movimentos proprios organizados mostra que alguns integrantes deste segmento possuem senso de pertencimento a identidade etnica distinta. [ 53 ]

Nos censos brasileiros [ editar | editar codigo-fonte ]

O poeta Goncalves Dias , filho de pai portugues e mae cafuza , representava a sintese do povo brasileiro

A categoria "pardo" foi usada no primeiro censo brasileiro de 1872 . Em 1890 , foi substituida pelo termo "mestico". Ja nos Censos de 1900 e 1920 , as informacoes sobre cor ou raca nao foram coletadas, enquanto em 1910 e 1930, as operacoes censitarias nao foram realizadas. No Censo de 1940 , foram estabelecidos tres categorias (denominadas de "cor"): branco, preto e amarelo. Aqueles que mencionassem outra opcao diferente das apresentadas, seria lancado um traco (?) no campo de "cor". Mais tarde, o traco acabou sendo interpretado como "pardo", uma categoria residual que tambem englobaria tambem os indigenas. A categoria "pardo" foi utilizada novamente nos Censos de 1950 e 1960 , mas foi excluida do Censo de 1970 . Em seguida, no Censo de 1980 , o "pardo" voltou a ser pesquisado. No Censo de 1991 , no qual ocorreu a insercao da categoria "indigena", o "pardo" foi uma das opcoes do campo denominado "raca ou cor". Ja nos Censos de 2000 , 2010 e 2022 , a categoria "pardo" foi uma das possibilidades de escolha no campo "raca ou cor". [ 54 ]

Em 1872, os pardos eram 38,3% da populacao, os brancos 38,1% e os pretos 19,7%. Em 1940, a populacao parda havia se reduzido para 21,2%, a preta para 14,6% e a branca aumentado para 63,8%. [ 55 ] Esse processo de "branqueamento" tem varias explicacoes. Primeiro, a grande imigracao trouxe milhoes de europeus para o Brasil nas decadas antecedentes. As taxas de reproducao dos nao brancos eram menores do que dos brancos. A miscigenacao aumentou, gerando uma prole de pele mais clara. [ 56 ] E, por fim, muitas pessoas que, nos censos anteriores, se classificavam como "pretas" migraram para a categoria "parda", assim como muitos que se diziam "pardos" migraram para a categoria "branca". Este fenomeno estava associado a ascensao social de pessoas de pele mais escura que foram "migrando" para as categorias mais claras de cor, uma vez que, no Brasil, a classe social interfere na classificacao racial. [ 57 ]

O demografo Giorgio Mortara calculou que, do censo de 1872 ao de 1940, 59 mil brasileiros anualmente "passaram" da categoria parda para a branca. Assim, no censo de 1940, pelo menos 4 milhoes de pessoas classificadas como brancas foram classificadas como pardas nos censos anteriores ou descendiam destas. [ 58 ]

Quadrilha junina em Belem , na Paraiba . Nesse estado, a maioria da populacao e de cor parda.

Por outro lado, do censo de 1950 ao de 1991, a populacao branca caiu constantemente e a parda cresceu. Em 1950, os pardos eram 29,5% mas, em 1991, 42,4%. Os brancos, por outro lado, diminuiram de 61,7% para 51,6% e os pretos de 11% para 5%. As taxas de fecundidade e mortalidade nao sao suficientes para explicar essa brusca alteracao. O que houve nesse periodo foi uma grande "emigracao" de "pretos" para a categoria "parda". Das pessoas de 14 a 19 anos de idade que, em 1950, se classificaram como "pretas", cerca de 38% se reclassificaram como pardas ou brancas no censo de 1980. Era o ideal do "branqueamento", com raizes no periodo colonial, ainda persistindo no imaginario brasileiro. [ 58 ]

Entre 1991 e 2000, os pardos decresceram de 42,4% para 38,5%. Em 2010, aumentaram para 43,1%. O continuo crescimento da populacao parda durante o seculo XX e descrito por alguns como o fenomeno da "pardizacao" do Brasil. [ 59 ]

Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica, o crescimento das pessoas que se dizem pardas ou pretas reflete a "revalorizacao da identidade de grupos raciais historicamente discriminados". [ 60 ]

Porem, na Pesquisa Nacional de Amostra por Domicilio de 2011, a tendencia historica se alterou: so a populacao preta e que vem aumentando, entre 2009 e 2011 cresceu de 6,9% para 8,2%, enquanto a populacao parda e branca diminuiu nesse periodo. [ 61 ] No entanto, existe uma tendencia para o aumento da populacao parda no Brasil, quando comparamos o numero de pessoas que se declaram como pessoas pardas, atraves dos censos. Com base no levantamento dos censos realizados pelo IBGE, realizado por Silva e Leao, o historiador Denis Moura Dos Santos, descreve uma tendencia de aumento do numero de pessoas pardas a partir do Censo de 2022, quando, segundo o pesquisador, havera o predominio de pessoas que se declaram pardas na populacao brasileira. [ 33 ]

De acordo com o censo demografico do IBGE , em 2022 45,3% da populacao brasileira se declarou parda. Esta foi a primeira vez, desde 1991, que os pardos constituiram o maior grupo populacional do pais. [ 62 ]

Pardos como negros: Estatuto da Igualdade Racial e criticas [ editar | editar codigo-fonte ]

Nos ultimos anos, diversos estudos publicados no Brasil sobre indicadores socioeconomicos vem agregando as categorias parda e preta numa categoria unica denominada "negra". [ 63 ] Essa definicao foi incorporada no Estatuto da Igualdade Racial , promulgado em 2010.

Frequentemente, afirma-se que essa metodologia foi tambem adotada pelo IBGE, [ 64 ] porem essa informacao e incorreta. O IBGE, que e o orgao responsavel pelas pesquisas censitarias no Brasil, considera as categorias "preta" e "parda" como separadas. Em algumas publicacoes do IBGE, os dois grupos sao reunidos, mas a soma de ambos e referida como "pretos e pardos", [ 65 ] e nao como "negros".

De fato, a soma de pretos e pardos como negros nao tem relacao com o IBGE, mas sim com trabalhos de sociologos, do Movimento Negro e institutos de pesquisa. [ 66 ] Na decada de 1970, os sociologos Carlos Hasenbalg e Nelson do Valle Silva utilizaram dados do censo para produzir estatisticas sobre a desigualdade racial no Brasil. Eles chegaram a conclusao de que pretos e pardos estavam em pior situacao socioeconomica que brancos. Nessas pesquisas, os dois sociologos separaram a populacao em "brancos" e "nao brancos", essa ultima categoria juntando os pretos e pardos. Embora eles nao explicassem o motivo dessa juncao, ela pode ser explicada pelo pequeno numero de pretos na sociedade brasileira, em comparacao ao numero maior de pardos (segundo o censo de 2010, apenas 7,4% dos brasileiros sao pretos, comparados a 43,2% de pardos e 47,9% de brancos). [ 66 ]

Apos as publicacoes de Hasenbalg e Silva na decada de 1970, praticamente todos os estudos sobre desigualdade racial no Brasil passaram a reunir pretos e pardos sob uma mesma categoria, mas denominando-a "nao brancos" ou "pretos e pardos". [ 66 ]

A decisao de juntar pretos e pardos como "negros" partiu do Movimento Negro. Para alguns militantes desse movimento, o maior indice de pobreza entre os pardos prova que essa populacao e vista como negra pelos outros. Ademais, alegam que haveria no Brasil uma "vergonha" dos pardos em se assumirem como negros, portanto a juncao de pretos e pardos contribuiria para o aumento da conscientizacao em torno da identidade racial dessas pessoas. [ 66 ]

Porem, a consagracao desse modelo que separa o povo brasileiro somente entre "brancos" e "negros" apenas ocorreu na metade da decada de 1990 , quando passou a ser adotado por pesquisadores do IPEA , orgao ligado ao governo federal, na epoca sob a presidencia de Fernando Henrique Cardoso . Ao inves de utilizarem a nomenclatura "nao brancos", os pesquisadores do IPEA preferiram renomear a soma de pretos e pardos como "negro", em sintonia com o defendido pelo Movimento Negro. [ 66 ]

Essas discussoes raciais, contudo, tinham pouca relevancia na vida pratica dos brasileiros, ate a adocao das quotas raciais pelas universidades publicas, a partir de 2001. A adocao das quotas fez a discussao racial transcender os meios academicos e chegar a esfera publica, uma vez que passou a ser necessario definir quem e negro no Brasil, problema este que sempre se soube que seria de dificil solucao. [ 67 ] Essas discussoes suscitam inumeras polemicas, como acusacoes de "fraudes" nas cotas, denuncias de que pardos estao sendo injustamente desclassificados de concursos ou casos de gemeos univitelinos sendo classificados como racialmente diferentes por bancas incumbidas de verificar a raca dos candidatos. [ 66 ] [ 68 ] [ 69 ] [ 70 ]

Segundo uma fonte, a juncao de pretos e pardos como negros nao esta relacionada a questoes de ordem racial, cultural, de cor, genetica ou antropologica, mas apenas a avaliacao das "condicoes de vida" dos brasileiros. A explicacao por quem defende essa metodologia e que os indicadores de condicao de vida dos pardos e dos pretos sao parecidos e que a origem da palavra "negro" faz com que ela possa ser usada em outros contextos e nao so quando se trata de populacoes africanas. [ 71 ]

Porem, esta decisao tem causado muitas polemicas, pois nao e um consenso geral na sociedade brasileira. Os brasileiros, geralmente, utilizam-se dos mais variados "termos raciais" para denominarem uns aos outros numa perspectiva multirracial. Entre os brasileiros, a "raca" de um individuo e baseada mais na aparencia e alguns criterios subjetivos do que propriamente na ancestralidade. Isto gera, obviamente, equivocos e ambiguidades, porem e um traco da cultura brasileira que nao pode ser ignorado. Os enganos causados pelo desconhecimento dessa metodologia sao grandes, sendo cometidos ate por jornais e politicos. [ 72 ]

Essa metodologia de considerar todos os pardos como "negros" [ 73 ] tambem e criticada por alguns estudiosos. Para o sociologo Demetrio Magnoli , os pardos sao um grupo mestico, que nao se ve nem como branco, nem como negro, mas como um grupo separado. [ 59 ] Ja o geneticista da Universidade Federal de Minas Gerais Sergio Pena mostra, por meio de estudos geneticos, que, no Brasil, existem pardos e negros que tem ancestralidade predominantemente europeia , [ 74 ] enquanto outros tem ancestralidade indigena , nao fazendo sentido que todos sejam classificados sob a mesma categoria de "negros". [ 75 ] Por sua vez, o cientista politico e historiador Jose Murilo de Carvalho classifica essa metodologia como "genocidio racial estatistico", uma vez que a categoria "parda" sempre incluiu muitos brasileiros mesticos de indios , predominantes nos estados do Norte , os quais estao sendo excluidos das estatisticas com essa nova metodologia. Ainda segundo Murilo de Carvalho, essa metodologia de dividir a populacao brasileira somente entre "brancos" e "negros" passou a ser adotada por certos grupos apos campanha "liderada por ativistas do movimento negro, sociologos, economistas, demografos, organizacoes nao-governamentais, orgaos federais de pesquisa", numa tentativa de copiar o modelo de classificacao racial norte-americano para a realidade brasileira. [ 76 ]

Consequencias da metodologia [ editar | editar codigo-fonte ]

Uma consequencia dessa nova metodologia que reune pardos e pretos como negros e que na lei nº 12.990/2014, que reserva 20% das vagas nos concursos publicos federais para candidatos "negros", os "pardos", juntos aos "pretos", estao explicitamente sendo contados como "negros" e, portanto, fazendo jus a concorrer as vagas reservadas para os negros. Embora o texto da lei fale que basta a "autodeclaracao" do candidato como preto ou pardo para concorrer as vagas, [ 77 ] haja vista supostas "fraudes" nas autodeclaracoes terem ocorrido, uma Instrucao Normativa do Ministerio do Planejamento e Gestao (MPOG) de 2016 estabeleceu que todos os candidatos cotistas, em concursos de ambito federal, deverao ser submetidos a uma "comissao", com o objetivo de averiguar a sua aparencia fisica (" aspectos fenotipicos do candidato, os quais serao verificados obrigatoriamente com a presenca do candidato "). [ 68 ]

Outra consequencia e o possivel uso da soma de pretos e pardos como negros para produzir estatisticas enganosas. Segundo a jurista Roberta Kaufmann, existe uma "grotesca manipulacao dos indices relacionados aos negros". Ela cita que muitos ativistas contam os pardos como negros para dizer que a maioria da populacao brasileira e negra, mas excluem os pardos quando afirmam, por exemplo, que ha apenas 3% de negros nas universidades brasileiras. [ 78 ] O escritor Leandro Narloch denomina essa estrategia de "pardo de Schrodinger", que ocorre quando os pardos ora sao contados como negros e ora nao, fato que produz dados estatisticos conflitantes, como em relacao ao numero da populacao carceraria ou de vitimas de homicidios . [ 79 ] Por exemplo, quando brancos, pretos e pardos sao contados separadamente, encontra-se que a maioria dos presos no Brasil sao pardos (43,7%) ou brancos (35,7%), sendo os pretos uma minoria (17%); [ 80 ] por sua vez, quando pretos e pardos sao contados juntos, encontra-se uma maioria de presos "negros". [ 81 ]

Comparacao com os Estados Unidos [ editar | editar codigo-fonte ]

O antropologo Kabengele Munanga afirma que a reuniao de "pretos" e "pardos" sob a mesma categoria de "negros", que vem sendo adotada recentemente no Brasil, e uma tentativa dos brasileiros de copiar os Estados Unidos: "Trata-se, sem duvida, de uma definicao politica embasada na divisao birracial ou bipolar norte-americana, e nao biologica", afirmou ele. [ 82 ] O antropologo Antonio Riserio explica que, por pressao dos movimentos negros e racialistas, tem-se tentando impor no Brasil uma visao racial norte-americana, em oposicao a brasileira, o que, segundo ele, e algo negativo: "E a importacao desse modelo dicotomico falsifica a realidade brasileira. A experiencia historica de um povo nao pode ser substituida pela experiencia historica de outro". [ 83 ]

A divisao birracial dos Estados Unidos tem origem na "regra de uma gota" (" one-drop rule "), que foi um conceito racista que imperou no pais durante a maior parte do seculo XX . [ 84 ] Com o objetivo de garantir a "pureza racial" dos brancos americanos, os americanos de ascendencia mestica passaram a ser contados como "negros". Em consequencia, os mesticos nao poderiam fazer sexo ou se casar com brancos e, assim, se garantia a "pureza racial" dos brancos. [ 85 ] Em 1920, a categoria "mulato", que existia nos Estados Unidos desde 1840, foi excluida do censo, o que forcou os mesticos a se identificarem como negros, criando-se dois polos antagonicos (brancos versus negros). Porem, juridicamente, o conceito da "regra de uma gota" ja nao existe ha muito tempo nos Estados Unidos. Desde o ano 2000, os americanos podem escolher mais de uma "raca" com o qual se identificam ao responderem o censo, e o numero de americanos que se identificam como "mesticos" tem crescido exponencialmente. [ 86 ] [ 87 ] Ademais, devido ao aumento da populacao oriunda de paises da America Latina , onde a miscigenacao sempre foi muito intensa, [ 88 ] uma identidade "brown" (parda) esta cada vez mais presente nos Estados Unidos atuais. [ 89 ]

A divisao da populacao somente entre "brancos" e "negros" apenas existiu nos Estados Unidos. [ 90 ] Na Africa do Sul , a categoria intermediaria dos mesticos (" coloured ") sempre existiu, mesmo durante o regime do Apartheid . [ 91 ] Em Angola , os descendentes mistos de negros e brancos sao chamados de "cabritos", "mesticos" ou "mulatos" e nos paises de lingua espanhola , termos que traduzem uma miscigenacao, como "mestizo", "mulato" e "moreno", tambem sao amplamente usados pela populacao. [ 88 ] [ 92 ]

Ademais, a historia da miscigenacao no Brasil e nos Estados Unidos foi muito diferente. Nos Estados Unidos, os colonos europeus chegavam com suas familias inteiras, trazendo esposas, o que limitou o processo de miscigenacao. Ademais, as leis anti-miscigenacao nos Estados Unidos impediam que as pessoas pudessem escolher livremente seus parceiros sexuais. [ 93 ] No Brasil, por outro lado, os colonos portugueses quase sempre chegavam sozinhos, sem trazer esposas, o que os empurrou para um processo de mesticagem com as mulheres indigenas e africanas. Alem do mais, a ausencia de leis anti-miscigenacao no Brasil facilitou o contato sexual entre pessoas de origens etnicas diferentes. [ 94 ] Estudos geneticos mostram essa diferenca: em geral, os brancos americanos sao mais europeus que os brancos brasileiros, assim como os negros americanos sao mais africanos que os negros brasileiros. Segundo estudo genetico de 2015, o americano branco medio tem 98,6% de ancestralidade europeia, 0,19% africana e 0,18% indigena, o negro medio tem 73,2% de ancestralidade africana, 24% europeia e 0,8% indigena e o latino medio tem 65,1% de ancestralidade europeia, 18% indigena e 6,2% africana. [ 95 ] Ja no Brasil, segundo estudo de 2014, o branco medio tem 84,6% de ancestralidade europeia, 9,7% africana e 5,6% indigena, o negro medio 53,6% africana, 38,1% europeia e 8,3% indigena e o pardo medio 64,7% de ancestralidade europeia, 25,3% africana e 10% indigena, estando o pardo geneticamente mais proximo dos europeus do que dos africanos, portanto. [ 96 ]

Embora a maioria dos norte-americanos considerados negros tenham significativa ancestralidade europeia, eles mantiveram uma ancestralidade predominantemente africana: apenas 1% dos negros americanos tem 50% ou mais de ancestralidade europeia, [ 97 ] diferentemente dos pardos brasileiros, cuja ancestralidade e majoritariamente europeia, com uma media de 59% de ancestrais oriundos da Europa, segundo estudo genetico de 2019. Portanto, a realidade racial dos norte-americanos e bastante diferente da dos brasileiros, porquanto os primeiros sao muito menos miscigenados que os segundos. [ 98 ]

Ancestralidade genetica de brasileiros e norte-americanos
Nacionalidade Cor/Etnia Europeia Africana Indigena
Brasileiros [ 96 ] Brancos 84,6% 9,7% 5,6%
Pardos 64,7% 25,3% 10%
Negros 38,1% 53,6% 8,3%
Norte-Americanos [ 95 ] Brancos 98,6% 0,19% 0,18%
"Latinos" 65,1% 6,2% 18%
Negros 24% 73,2% 0,8%

Segundo o sociologo Reginald Daniel da Universidade da California em Santa Barbara , os Estados Unidos tem abandonado a rigida estratificacao de "brancos" e "negros" e estao cada vez mais parecidos com o Brasil em seu modelo de classificacao racial: "Com a imigracao latina e o crescimento de casamentos inter-raciais, cada vez mais americanos se veem como multirraciais". Ja no Brasil, tem acontecido o caminho inverso: "cresce no pais o numero de pessoas que se identificam como pretas ou negras e repelem termos que designam grupos intermediarios, como pardo ou mestico", explicou ele. [ 99 ]

Como os pardos se veem [ editar | editar codigo-fonte ]

De acordo com uma pesquisa, quando solicitados a se classificarem racialmente da maneira que bem entenderem, 43% dos entrevistados previamente classificados como pardos continuam a dizer que sao pardos e 38% optam por dizer que sao morenos . Apenas 3% dizem que sao negros e 1% pretos. O resultado esta na tabela a seguir: [ 100 ]

Como os pardos se classificam racialmente, quando solicitados a faze-lo espontaneamente [ 100 ]
Respostas Porcentagem
Brancos 0%
Pardos 43%
Pretos 1%
Mulatos 8%
Mesticos 7%
Negros 3%
Morenos 38%

Segundo um outro estudo, quando a categoria "parda" e eliminada, deixando apenas as categorias "branca" e "preta" como opcao, cerca de 40% dos pardos optam por dizer que sao brancos, o que desconstroi a falacia de que os pardos podem ser classificados como "negros de pele clara". [ 100 ]

Conforme outro estudo, os pardos sao o grupo com maior "fluidez racial" no Brasil. No periodo analisado de nove meses, entre 2002 e 2014, 22,9% dos brasileiros "mudaram" de raca. Do total dos pardos, 19,6% se reclassificaram como brancos e 8% como pretos, na segunda entrevista (72% permaneceram pardos). Os dados sao oriundos da Pesquisa Mensal de Emprego, do Enem e da RAIS/MTE. [ 101 ]

Segundo o pesquisador do IBGE Jose Luiz Petruccelli, os pardos "normalmente sao as pessoas que se classificam como ‘ morenas ’ ou ‘ mulatas ’, mas isso depende na regiao", afirma. [ 25 ]

Incidencia do racismo [ editar | editar codigo-fonte ]

Segundo pesquisas, a grande maioria dos pardos brasileiros nunca foi vitima de racismo. Segundo pesquisa do Datafolha , de 2019, 18% dos entrevistados pardos relataram ja terem sido vitimas de racismo, um numero mais proximo dos brancos (11%) e bastante inferior ao dos pretos (55%). O resultado esta na tabela abaixo:

Voce ja sofreu preconceito por causa da sua cor ou raca? [ 102 ]
Cor do entrevistado Presenca na amostra Ja sofreu Nunca sofreu
Pardo 40% 18% 82%
Branco 33% 11% 89%
Preto 16% 55% 45%
Amarelo 4% 9% 91%
Indigena 2% 30% 70%
Outro 5% - -
Total 100% 22% 78%

Uma pesquisa anterior tambem encontrou numeros semelhantes: 16% dos pardos entrevistados foram vitimas de racismo, comparado a 36% dos pretos. [ 103 ]

Reinterpretacoes do conceito [ editar | editar codigo-fonte ]

Nascimento de caboclo representado no Monumento aos Bandeirantes, em Santana de Parnaiba , Sao Paulo .

O conceito de miscigenacao em si nao contem nenhum sentido politico. Porem, atualmente, ha grupos que entendem que este conceito deve ser reinterpretado, embora reconhecam que a miscigenacao e um traco marcante da sociedade brasileira.

A partir da decada de 1990, os movimentos sociais de cunho racial comecam a ter maior visibilidade sociopolitica. Alguns destes grupos passam a adotar uma retorica birracial, pleiteando um rotulo unico para os nao brancos num esquema similar ao estadunidense . As alegacoes destes grupos sao que os indicadores socioeconomicos entre os nao brancos sao bastante similares, e que uma categoria unica facilitaria a implementacao de politicas publicas de inclusao social. [ 104 ] Refutam a ideia de "pureza racial" e dizem que o termo "negro" se referiria a uma classe social, e nao propriamente a uma "raca", nos moldes convencionais.

Porem, ha grupos que sao criticos a esta visao birracial da sociedade, pois alegam que ha um percentual significativo de "brancos" pobres que nao serao beneficiados por politicas publicas especificas para determinadas "racas". [ 105 ] Alem disso, dizem que as pessoas tem o direito de se autodeclararem da forma que bem entenderem, e que a imposicao de identidades arbitrarias fere o direito a liberdade de expressao, bem como gera constrangimentos desnecessarios.

O movimento de mesticos, por sua vez, opoem-se a inclusao dos pardos na categoria "negra" por entenderem que pardo refere-se a identidade mestica e que esta e distinta daquelas que lhes deram origem. [ 106 ]

O termo "moreno" [ editar | editar codigo-fonte ]

No Brasil, o termo "moreno" e o mais usado quando as pessoas classificam sua cor de pele. Segundo pesquisa do Datafolha de 1995, 43% dos brasileiros classificaram espontaneamente sua cor como "morena" e suas variacoes ("morena clara" e "morena escura"). O termo "pardo", adotado oficialmente pelo IBGE , foi usado por apenas 6% dos entrevistados. [ 107 ]

O termo "moreno" nao existe apenas no Brasil. Ele tambem e amplamente usado em outros paises da America Latina para designar a cor da pele das pessoas. [ 108 ]

Estudos geneticos [ editar | editar codigo-fonte ]

Estudos geneticos mostram que os pardos brasileiros tem ancestralidades europeia, africana e indigena. De acordo com um estudo genetico de 2014, os brasileiros que se classificaram como pardos apresentaram 64,7% de ancestralidade europeia, 25,3% africana e 10% indigena. Por sua vez, os que disseram ser brancos tiveram 84,6% de ancestralidade europeia, 9,7% africana e 5,6% indigena e os negros 53,6% africana, 38,1% europeia e 8,3% indigena. De maneira geral, os brasileiros, sejam pardos, brancos ou negros, apresentam as tres ancestralidades (europeia, africana e indigena), variando apenas o grau. Ademais, os pardos tem mais ancestralidade europeia do que africana ou indigena. [ 96 ] [ 109 ]

De acordo com um estudo genetico de 2011, realizado com pessoas de cinco estados, em quatro deles os brasileiros de cor parda apresentaram ancestralidade predominantemente europeia, acima de 59%, sendo a unica excecao o Rio Grande do Sul, onde os pardos tiveram praticamente a mesma proporcao de mistura europeia e africana. No estado do Para, os pardos tiveram o dobro de ancestralidade indigena (20,9%) em relacao a ancestralidade africana (10,6%), enquanto que nos outros estados a ancestralidade africana foi maior que a indigena. Os resultados estao na tabela a seguir: [ 110 ]

Ancestralidade genetica dos brasileiros de cor parda (de 2011) [ 110 ]
Estado Indigena Africana Europeia
Bahia 11,9% 28,8% 59,3%
Rio Grande do Sul 15,4% 42,4% 42,2%
Para 20,9% 10,6% 68,6%
Ceara 12,8% 14,4% 72,8%
Rio de Janeiro 8,7% 23,8% 67,5%

Segundo estudo genetico de 2007, realizado no Rio de Janeiro, os pardos apresentaram 68,1% de ancestralidade europeia, 23,6% africana e 7,3% indigena. O geneticista Sergio Pena concluiu: "Salta aos olhos que a ancestralidade africana dos individuos pardos (0,236) e intermediaria entre a dos brancos (0,069) e pretos (0,509), estando de fato mais proxima dos primeiros do que dos ultimos. Assim, pela analise desta amostra, nao ha qualquer fator que justifique a agregacao proposta de pardos e pretos em negros". [ 31 ] [ 111 ]

Conforme estudo genetico de 2019, que analisou o DNA de 9.834 pessoas de seis cidades brasileiras, o brasileiro de cor parda apresentou 59% de ancestralidade europeia, 26,4% africana e 11,4% indigena. A proporcao de ancestralidade africana variou de 20% em Porto Alegre a 32,8% em Salvador e a proporcao de ancestralidade europeia variou de 58,1% em Salvador a 67,9% em Belo Horizonte, ao passo que a ancestralidade indigena foi desde 7,4% em Salvador a 17% em Porto Alegre. Os resultados estao na tabela a seguir:

Ancestralidade genetica dos brasileiros de cor parda (de 2019) [ 98 ]
Cidade Indigena Africana Europeia
Salvador 7,4% 32,7% 58,1%
Vitoria 12,2% 21,4% 64%
Belo Horizonte 7,7% 23,1% 67,9%
Rio de Janeiro 14,9% 23% 58,6%
Sao Paulo 15% 29,4% 53,8%
Porto Alegre 17% 20,2% 56,7%
Total 11,4% 26,4% 59%

Conforme informado pelos autores na secao de limitacoes do estudo, [ 98 ] este nao e um estudo populacional, e nao pode ser generalizado para toda a populacao brasileira. O estudo utiliza participantes do Estudo Longitudinal de Saude do Adulto , que inclui funcionarios ativos e aposentados de universidades brasileiras. Os participantes possuem maiores niveis educacionais que a populacao geral, e aqueles nas camadas mais baixas e mais altas da sociedade nao estao devidamente representados no estudo.

Legislacao sobre multirracialidade [ editar | editar codigo-fonte ]

Nunca houve no Brasil leis que proibissem casamentos mistos, a miscigenacao ou que instituissem entre os brasileiros segregacao racial institucionalizada. Tambem nunca foi implantada no Brasil a chamada One-Drop Rule ("Regra de uma gota"), um tipo de regra que vigorava nos Estados Unidos ate ser considerada inconstitucional pela Suprema Corte , e que considerava todos os que tivessem "sangue preto" (ou seja, que tivessem um ascendente qualquer preto, por mais remoto que fosse) como pretos, sem que essas pessoas tivessem a possibilidade de se autoidentificarem ou nao como pretos.

De acordo com a Constituicao Republicana de 1891 : [ 112 ]

Art° 72 A Constituicao assegura a brasileiros e a estrangeiros residentes no Pais a inviolabilidade dos direitos concernentes a liberdade, a seguranca individual e a propriedade, nos termos seguintes:
$1º- Ninguem pode ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senao em virtude de lei.
$2º- Todos sao iguais perante a lei.
A Republica nao admite privilegios de nascimento, desconhece foros de nobreza e extingue as ordens honorificas existentes e todas as suas prerrogativas e regalias, bem como os titulos nobiliarquicos e de conselho.

O Estado Republicano brasileiro sempre reconheceu, formalmente, a igualdade entre os seus cidadaos.

Demografia [ editar | editar codigo-fonte ]

Por regiao [ editar | editar codigo-fonte ]

Mapa dos municipios do Brasil, mostrando que a maior concentracao de pardos se da no Norte e no Nordeste do pais (censo de 2010)

As regioes do Brasil por porcentagem de individuos pardos, segundo dados do Censo de 2022: [ 113 ] [ 114 ]

  1. Regiao Norte ? 67,15%
  2. Regiao Nordeste ? 59,57%
  3. Regiao Centro-Oeste ? 52,40%
  4. Regiao Sudeste ? 38,7%
  5. Regiao Sul ? 21,71%

Por estado [ editar | editar codigo-fonte ]

Estados de acordo com a percentagem de pardos em 2009

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica do Censo de 2022, dos dez estados brasileiros com maior populacao parda, cinco estavam na Regiao Norte e cinco na Regiao Nordeste : [ 113 ] [ 114 ]

  1. Para ? 69,67%
  2. Amazonas ? 68,79%
  3. Maranhao ? 66,39%
  4. Acre ? 66,25%
  5. Amapa ? 65,28%
  6. Piaui ? 64,83%
  7. Ceara ? 64,71%
  8. Tocantins ? 62,14%
  9. Sergipe ? 61,61%
  10. Alagoas ? 60,36%

Por municipio [ editar | editar codigo-fonte ]

Segundo dados do Censo de 2022 feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica, [ 115 ] os dez municipios brasileiros com maior populacao parda estavam localizados nos estados do Amazonas , Para e Maranhao . Sete estavam na na Regiao Norte e tres na Regiao Nordeste ː

  1. Boa Vista do Ramos (Amazonas) ? 92,68%
  2. Sao Joao da Ponta (Para) ? 87,43%
  3. Tracuateua (Para) ? 87,40%
  4. Cachoeira Grande (Maranhao) ? 86,23%
  5. Urucara (Amazonas) ? 86,21%
  6. Nhamunda (Amazonas) ? 86,20%
  7. Primeira Cruz (Maranhao) ? 85,57%
  8. Augusto Correa (Para) ? 85,49%
  9. Belagua (Maranhao) ? 85,22%
  10. Caapiranga (Amazonas) ? 84,98%

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

Referencias

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Bibliografia [ editar | editar codigo-fonte ]

Ligacoes externas [ editar | editar codigo-fonte ]