Vincent-Marie Vienot de Vaublanc

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O Conde de Vaublanc
Vincent-Marie Vienot de Vaublanc
31º Ministro do Interior da Franca
Periodo 26 de Setembro de 1815
ate 7 de Maio de 1816
Monarca Luis XVIII
Antecessor(a) Etienne-Denis Pasquier
Sucessor(a) Joseph, Visconde de Laine
Dados pessoais
Nome completo Vincent-Marie Vienot de Vaublanc
Nascimento 2 de Marco de 1756
Forte Dauphin , Saint-Domingue , Franca
Morte 21 de Agosto de 1845
Paris , Franca
Partido Casa de Bourbon , Ultra- monarquista

Vincent-Marie Vienot , Conde de Vaublanc ( Saint-Domingue , 2 de marco de 1756 ? Paris , 21 de agosto de 1845 ) foi um politico , escritor frances e catolico com tendencias monarquistas .

Sua carreira politica colocou-o lado a lado sucessivamente de Luis XVI , Paul Barras, Napoleao , o Conde de Artois, futuramente Carlos X , e enfim Luis XVIII . Exilado e procurado quatro vezes por diferentes regimes politicos, jamais foi preso, reaparecendo a cada vez em estado de graca. Sua carreira foi longa e movimentada, sendo sucessivamente deputado monarquista durante a Revolucao Francesa e durante o Diretorio , exilado durante o Terror , prefeito de Napoleao, ministro do interior de Luis XVIII e no fim de sua vida politica, deputado ultramonarquista. Tornou-se conhecido pela eloquencia entusiasmada de seus discursos e a reorganizacao controversa na Academia Francesa em 1816, quando era ministro do Interior.

Ele faz parte dos personagens secundarios que atravessaram e marcaram este periodo da historia da Franca. Homem de carater firme e integro, apoiante moderado das evolucoes de 1789, terminou sua vida politica na epoca da Restauracao , alcancando a posicao de contra-revolucionario extremista.

Formacao classica militar durante o Antigo Regime [ editar | editar codigo-fonte ]

Brasao da familia Vaublanc.

Originario de uma familia nobre da Borgonha , ele e o filho mais velho do major Vivant-Francois Vienot de Vaublanc, comandante do Forte Sao-Luis, no Forte-Delfim. Nasceu e cresceu em Santo Domingo , onde seu pai era aquartelado. Veio para a Franca metropolitana pela primeira vez aos sete anos de idade. [ carece de fontes ? ]

Apos os estudos militares na Escola de cadetes em La Fleche e na Escola militar de Paris entre 1770 e 1774, foi condecorado com a ordem de Sao Lazaro , antes mesmo de ser expulso da escola pelo conde da Provenca e futuro Luis XVIII , grao-mestre da ordem. [ carece de fontes ? ]

Foi tenente no regimento da Sarra, propriedade do duque Francois Alexandre Frederic de La Rochefoucauld, cujo tio Carlos foi tenente-coronel entre 1776 e 1782. Exerceu o cargo nas guarnicoes de Metz , Rouen e Lille , recebendo uma ordem de missao para Santo Domingo, onde encontrou alguns problemas familiares. [ 1 ]

Casou-se entao com Charlotte de Fontenelle, que lhe deu uma filha, voltando a Franca em 1782. Comprou o posto de lieutenant des marechaux de France para Dammarie-les-Lys, perto de Melun. Adquiriu ao mesmo tempo uma casa na regiao. A profissao designada ao assumir sua funcao foi a de proprietario-cultivador. [ carece de fontes ? ]

A missao, consistindo em reconciliar os gentis-homens em caso de litigio, permitiu-lhe conhecer muitos aristocratas de sua regiao e deixou-lhe tambem tempo para cultivar a agricultura, as letras e as artes. [ carece de fontes ? ]

Entra na politica durante a Revolucao [ editar | editar codigo-fonte ]

Brasao de Seine-et-Marne criado em 1790.

Primeiras funcoes locais quando da convocacao dos Estados Gerais [ editar | editar codigo-fonte ]

Seduzido no inicio pelas novas ideias da Revolucao francesa , ele se lanca na carreira politica e se torna membro da nobreza para o Bailio de Melun , em 1789. Foi eleito secretario da assembleia durante a presidencia de Louis-Marthe de Gouy d'Arsy, grande agente do rei encarregado de funcoes administrativas e judiciarias em Melun, onde trabalhava tambem o celebre marinheiro e explorador Louis Antoine de Bougainville . Esta assembleia era encarregada de redigir um caderno de queixas para o Rei e nomear um deputado para os Estados Gerais . Ele apoia a candidatura de Emmanuel Marie Michel Philippe Freteau de Saint Just, eleito deputado da nobreza para a administracao de Melun e, mais tarde, membro da Assembleia constituinte de 1789. [ 2 ]

Em 1790, Vaublanc e chamado para as funcoes de membro e depois de presidente do conselho departamental, tambem chamado Conselho geral, de Seine-et-Marne . Sua funcao da-lhe o direito de presidir o diretorio administrativo deste departamento. [ 3 ]

Queda-de-braco perdida com os jacobinos na Assembleia legislativa [ editar | editar codigo-fonte ]

Na epoca da dissolucao da Assembleia constituinte, colegios eleitorais sao formados para eleger novos deputados. Vaublanc elegeu-se presidente do colegio do Seine e Marne. Em 1 de setembro de 1791, foi eleito oitavo deputado (numa lista de onze) de Seine-et-Marne para a Assembleia legislativa , obtendo 273 votos dos 345 votantes. [ 4 ] Ele foi um dos unicos a ter uma experiencia politica, especialmente sobre questoes relacionadas com as colonias antilhanas, nessa assembleia composta sobretudo de novicos em politica, visto que fieis a seus sermoes, nenhum membro da Assembleia constituinte de 1789 havia se candidatado. [ carece de fontes ? ]

Simbolo do " Clube dos Feuillants " [ editar | editar codigo-fonte ]

Memoires sur la Revolution de France , de Vaublanc, escrito em 1833.

Logo na sessao do primeiro dia, destacou-se ao pronunciar um discurso denunciando as mas condicoes na assembleia, [ 5 ] na qual Luis XVI seria acolhido pela Assembleia no dia seguinte. [ 6 ] Por causa dessas declaracoes, Vaublanc foi eleito vice-presidente em 3 de novembro de 1791, obtendo 104 votos (contra 92 para Brissot, um dos chefes dos Girondinos ), por uma assembleia na epoca sobretudo monarquista. Tornou-se depois o seu presidente, entre 15 de novembro e 28 de novembro de 1791. [ 7 ] No dia 29 de novembro, Vaublanc foi designado para redigir uma mensagem pedindo que o rei retirasse o veto que ele emitira contra o decreto de 9 de novembro da Assembleia, cuja finalidade era de acabar com a emigracao macica (encorajada notadamente pelos padres e nobres), e que ameacava ao mesmo tempo os principes alemaes de represalias, se eles continuassem a dar refugio ao exercito dos principes (o Conde de Artois e o principe de Conde). A Assembleia ficou tao satisfeita com a atuacao de Vaublanc que, por meio de uma derrogacao formal as suas regras, pediu para que ele conduzisse uma delegacao de 24 deputados e fosse ler, pessoalmente, sua mensagem ao proprio rei. [ 8 ] Luis XVI respondeu que levaria muito a serio a mensagem da Assembleia e, alguns dias mais tarde, informou-o pessoalmente de suas decisoes a este respeito. [ carece de fontes ? ]

Por esta ocasiao, Vaublanc ganhou fama ao indicar a Assembleia que o rei se tinha prostrado primeiro e que ele so havia retribuido a saudacao . [ 9 ] A anedota revela a oscilacao da relacao de forcas constitucionais: o poder legislativo, encarnado pela Assembleia Legislativa, tornou-se claramente preponderante com relacao ao poder executivo, encarnado por um Luis XVI que so e o Rei dos Franceses . [ carece de fontes ? ]

Vaublanc fica do lado do partido dos monarquistas constitucionais e entra para o " Club des Feuillants " (Clube dos Folhentos), como 263 outros colegas (dentre os 745 deputados). Tornou-se um dos chefes da Assembleia juntamente com Jacques Claude Beugnot, Mathieu Dumas e Francois Jaucourt, ja que seus principais dirigentes, como Antoine Barnave ou Alexandre Theodore Victor de Lameth, nao faziam mais parte da Assembleia . Ele se opoe vivamente aos governos revolucionarios, destacando sua lealdade para com o rei, sua oposicao as medidas repressivas relativas aos padres refratarios, as leis votadas que confiscam os bens dos emigrados e por ultimo ao denunciar os Massacres d'Avignon. [ 10 ] As discussoes radicalizam-se. A multidao que assiste aos debates interrompe-o frequentemente com gritos, enderecados tambem a alguns colegas dele como Charles de Lacretelle. [ 11 ] Nicolas de Condorcet, seu colega da Assembleia Legislativa em 1791, que nao o apreciava muito, disse sobre ele: "Existem em toda a assembleia oradores barulhentos de cabeca vazia que impressionam muito com tolices redundantes". [ 12 ] Brissot, por sua vez, chama-o de "chefe" dos bicameralistas . [ 13 ]

A inevitavel queda da monarquia [ editar | editar codigo-fonte ]

Em 1792, ele sera um dos defensores de Jean Marie Donatien de Vimeur de Rochambeau (Conde de Rochambeau) na Assembleia e conseguira sua absolvicao. [ 14 ]

De acordo com a maioria da Assembleia que quer abolir a escravidao nas Antilhas , ele adverte, num discurso em 20 de marco , os abolicionistas puros e duros como Brissot, que conhecem mal a vida nas colonias, sobre os riscos possiveis de guerra civil, por causa da diversidade das categorias etnicas e sociais da populacao de Santo Domingo. Por outro lado, ele apoia a lei de 4 de abril de 1792 outorgando a cidadania a todos os homens de cor e negros livres . [ 14 ] Durante a sessao do 10 abril, ele se pronuncia em favor da abolicao progressiva do trafico de escravos nas colonias, a exemplo da Dinamarca e da Gra-Bretanha.

Em 3 de maio de 1792, Vaublanc apoia a proposta de Jacques Claude Beugnot e suscita um decreto acusando Jean Paul Marat e Thomas-Marie Royou (o abade Royou), e, em 8 de maio, na Assembleia, ele se dirige aos Jacobinos nestes termos: Quereis, Senhores, salvar a Constituicao; pois bem, so alcancareis isto derrubando as faccoes e os sediciosos; combatendo unicamente pela lei; morrendo com ela e por ela, e eu vos declaro que nao serei o ultimo a perir convosco para a sua realizacao; crede-me, Senhores . [ 15 ]

Em 18 de junho, ele foi eleito membro da Comissao extraordinaria dos Doze, criada por uma proposta de Marat, encarregado de examinar a situacao da Franca e sugerir os meios para salvar a Constituicao, a liberdade e o Imperio. Ele pediu demissao em 30 de julho. [ carece de fontes ? ]

Defesa de La Fayette [ editar | editar codigo-fonte ]
La Fayette.

Apos os acontecimentos do 20 de junho de 1792, quando os sans-culottes assaltaram as Tuileries e obrigaram o rei Luis XVI a colocar o barrete frigio , La Fayette foi a Paris em 28 de junho para convencer o Rei de deixa-la e assumir o comando de seus exercitos reunidos no Norte. Utilizando a Guarda Nacional, tenta fechar os clubes, mas a sua tentativa fracassa, em parte por causa da recusa da Corte de apoia-lo. Reagindo a esta tentativa de acao violenta, a esquerda da Assembleia decide propor um decreto de traicao contra La Fayette. [ carece de fontes ? ]

Em 8 de agosto de 1792, inquieto e surpreso pelos acontecimentos, Vaublanc pronuncia um discurso diante da Assembleia no qual defende, vigorosa e corajosamente, apesar da fortissima oposicao dos Jacobinos que dominavam a Assembleia e as ruas, o general La Fayette, acusado pelo decreto de haver violado a Constituicao. Ele consegue, com a ajuda de Antoine Chrysostome Quatremere de Quincy, aliciar, segundo ele, 200 deputados indecisos do centro em seu favor. La Fayette e absolvido por 406 votos entre os 630 votantes. [ 16 ]

Ao sair da sessao, Vaublanc, com trinta outros deputados, foi ameacado, insultado e empurrado por uma multidao hostil que assistira aos debates. Alguns desses deputados tiveram ate de se refugiar no corpo da guarda do Palais-Royal , donde escaparam pelas janelas. Segundo Hippolyte Taine : [ 17 ] Enquanto o principal defensor de La Fayette, M. de Vaublanc, tres vezes assaltado, tomou a precaucao de nao voltar para a sua casa, pessoas furiosas invadiram-na, gritando que iriam matar oitenta cidadaos com suas proprias maos, e Vaublanc em primeiro lugar; doze homens subiram ate o seu domicilio, vasculharam tudo e recomecaram as buscas nas casas vizinhas, e, nao conseguindo agarra-lo, buscaram a sua familia; e advertiram-no que se voltasse ao seu domicilio, seria assassinado . [ carece de fontes ? ]

Em 9 de agosto, Vaublanc pede, em decorrencia, seu afastamento dos "federados" e dos "marselheses". O pedido e rejeitado pela maioria da Assembleia. [ 18 ]

Ainda no mesmo mes,Vaublanc e contra o restabelecimento dos passaportes, sustentando o projeto de Stanislas Gerardin, antigo aluno de Rousseau , originario do departamento de Oise . Suscitando polemica na assembleia, afirmou que “decisoes irrefletidas poderiam transformar a Franca num convento onde a liberdade seria apenas um nome”. [ carece de fontes ? ]

Jornada do 10 de Agosto de 1792 [ editar | editar codigo-fonte ]
A Tomada das Tuileries em 10 de agosto de 1792 Jean Duplessis-Bertaux, Museu do castelo de Versalhes.

Durante os acontecimentos ocorridos em 10 de agosto de 1792, que marcaram a destituicao do regime da Assembleia Legislativa pela Comuna de Paris e o fim da monarquia, Vaublanc assistiu de sua carruagem a derrubada da estatua de Luis XIV , na atual praca Vendome . Ele ordenou que a Assembleia deixasse Paris e fosse para Rouen (na epoca monarquista) a fim de escapar a pressao revolucionaria; ele saiu ileso de uma tentativa de assassinato, gracas a um golpe de sabre dado por um jovem oficial do corpo de Engenheiros, o capitao Louis Bertrand de Sivray, futuro general do Imperio Frances, Bertrand. [ carece de fontes ? ]

Ele foi uma das testemunhas oculares da chegada da familia real fugindo das Tulherias assediadas para ficar sob a protecao da Assembleia legislativa, e que ele descreveu mais tarde nas suas Memorias. [ 19 ]

Proscrito durante a Convencao e o Terror (1792-1795) [ editar | editar codigo-fonte ]

O caminho de Vaublanc.

Na noite de 10 de agosto teve de se refugiar na casa de Armand-Gaston Camus, arquivista da Assembleia. Dias depois, refugiou-se no hotel de Estrasburgo , na rua Neuve Saint Eustache. Em 3 de setembro de 1792 ouviu gritos prolongados no patio de sua residencia e pensou que alguem o havia denunciado, porem na realidade tratava-se da passagem da multidao exibindo a cabeca de Maria Luisa de Saboia-Carignan , princesa de Lamballe, espetada numa lanca. [ carece de fontes ? ]

Quando os Comites de Salvacao Publica e de vigilancia da Convencao, recentemente empossados, emitem uma ordem na qual Vaublanc e declarado fora da lei , ele e inscrito na lista dos proscritos pela municipalidade de Paris. Este decreto obriga-o a deixar a cidade e a se refugiar inicialmente na Normandia - onde voltou a encontrar a sua familia - e, em seguida, na sua casa de campo, em Belombres, perto de Melun . Ele viveu recluso nessa casa durante varios meses. Soube entao que o jornal Gorsas o acusava, junto com outros, de ter recebido 300 000 francos da rainha para organizar a contra-revolucao em Provence e que ele a via secretamente . [ carece de fontes ? ]

A lei dos suspeitos foi votada em 17 de setembro de 1793. Seu nome constava nela. Um destacamento revolucionario vem inspecionar-lhe a casa, o que o obriga a percorrer grandes estradas , so e a pe, deslocando-se sem rumo fixo. Ele passa de um albergue a outro e descreve sua angustia pela possibilidade de ser denunciado quando chega a uma cidade e deve pedir o visto de seu passaporte ao comite de vigilancia local. [ carece de fontes ? ]

Durante o processo da rainha Maria Antonieta , nos dias 14 e 16 de outubro de 1793, seu nome aparece num documento que o acusa, juntamente com Francois Jaucourt. [ 20 ] [ 21 ]

Ao tomar consciencia do risco que corria, decide ir para Bordeus , no sudoeste da Franca, mas muda de direcao ao saber que reinava ali uma repressao feroz comandada por Jean-Lambert Tallien, o representante da Convencao. Vaublanc passa por Poitiers e La Rochelle , onde permanece por um mes. Para evitar o risco de ser incorporado na Guarda Nacional, se viesse a ser reconhecido, finge estar doente e obtem uma cura termal em Castera-Verduzan , no Gers . Para evitar suspeitas sobre sua pretensa doenca, ele se pica frequentemente nas gengivas a fim de reproduzir os sintomas do " escorbuto incuravel". E nessa cidade que recebe noticias sobre a queda de Robespierre , em 9 de termidor (27 de julho) de 1794. Ele devera entretanto esperar ainda mais quatro meses, antes de retornar a Paris, para dar tempo a sua familia, de obter a anulacao do seu decreto de desterro . [ carece de fontes ? ]

Ativista contra-revolucionario durante o Diretorio (1795-1799) [ editar | editar codigo-fonte ]

Ao voltar a Paris na primavera de 1795, publicou de maneira anonima suas Reflexoes sobre as bases de uma constituicao para o cidadao , sob o pseudonimo de Louis-Philippe de Segur, prefaciado pelo seu amigo Jean-Baptiste-Marie-Francois Bresson, entao deputado da Convencao Nacional, que mandou imprimir o texto. Neste livro, propos a criacao de duas camaras parlamentares em lugar de uma so, como ocorria sob a Convencao, ja que em sua opiniao, o regime da camara unica da Convencao, cuja Constituicao (a de 1793) ele criticava, era para ele uma das causas do Terror . Propos tambem a nomeacao de uma unica pessoa para dirigir o executivo, na perspectiva de torna-lo mais eficiente. Opoe-se assim, no plano constitucional, ao regime do Diretorio com os seus cinco dirigentes. [ 22 ]

Apos a publicacao deste livro, a comissao composta por Daunou e Francois-Antoine de Boissy d'Anglas, encarregada de elaborar a futura Constituicao do Ano III (a do Diretorio), convida-o a defender as suas ideias, mas Vaublanc recusa. Seus conselhos sao seguidos parcialmente, ja que pela primeira vez e instaurado na Franca um sistema com duas camaras, chamadas Conselho dos Antigos e Conselho dos Quinhentos , a fim de representar o poder legislativo. [ carece de fontes ? ]

Desempenhou um papel ativo contra o decreto dos dois tercos, ao lado de Antoine Chrysostome Quatremere de Quincy, durante a Insurreicao monarquista do 13 de vendemiario do ano IV (5 de outubro de 1795. Nesta ocasiao, descobriu o genio tatico do general Bonaparte , cognominado o general Vendemario. Tornou-se membro do comite central monarquista que substituiu a Convencao. [ carece de fontes ? ]

≪ Ataque da Convencao nacional. Jornada inesquecivel do 13 vendemiario. Ano IV da Republica francesa. ≫
Agua-forte de Pierre Gabriel Berthault segundo Abraham Girardet(1795).

Chefe da secao monarquista do Faubourg Poissonniere, foi condenado a morte por contumacia em 17 de outubro, a comissao militar sendo presidida pelo general Lostange e sediada no Teatro Frances. Esta nova condenacao obrigou-o outra vez a se esconder e a se refugiar na casa de Sophie Cottin, amiga da esposa de Jean-Baptiste-Marie-Francois Bresson. Aproveitou-se do isolamento forcado para se dedicar novamente ao desenho, uma de suas paixoes. [ carece de fontes ? ]

Alguns dias antes, a Convencao fora obrigada a realizar novas eleicoes e convocar os colegios eleitorais. A eleicao trouxe como consequencia uma maioria de monarquistas para o Senado e o Conselho dos Quinhentos. O colegio de Melun elegeu Vaublanc deputado de Seine-et-Marne em 15 de outubro de 1795, no Conselho dos Quinhentos. Ele deve entretanto esperar para assumir o seu cargo, a anulacao de sua condenacao por inconstitucionalidade da parte de seus amigos no conselho, Edme Etienne Borne Desfourneaux e Claude-Emmanuel de Pastoret, anulacao facilitada pelo medo engendrado no seio da Assembleia pela Conjuracao dos Iguais, em fim de agosto de 1796. Pronunciou em 2 de setembro de 1796 o famoso sermao: " Juro odiar a realeza e a anarquia". Um dos seus auxiliares da Montanha teria gritado: "Fale mais alto!", a quem Vaublanc respondeu, sem perder a calma: "E o senhor mais baixo!". [ carece de fontes ? ]

As eleicoes do ano V (maio de 1797), que renovaram um terco das camaras, modificaram o equilibrio de forcas em favor dos monarquistas, que passaram a ser majoritarios nas duas camaras. Assim, em 20 de maio de 1797 (20 Pradial ano V), Jean-Charles Pichegru e eleito Presidente do Conselho dos Quinhentos, e Barbe-Marbois do Conselho dos Antigos. Por sua vez, Vaublanc foi nomeado membro da mesa do Conselho dos Quinhentos. [ 23 ]

Neste mesmo dia, o corpo legislativo substitui o diretor republicano Etienne-Francois Le Tourneur, que havia sido sorteado pelo realista moderado Francois de Barthelemy, entao embaixador da Franca na Suica. Vaublanc votou contra esta nominacao, preferindo apoiar o general Pierre Riel de Beurnonville, conhecido por sua grande firmeza. [ carece de fontes ? ]

A nova maioria apoia a liberdade da imprensa, que permite atacar livremente o Diretorio . O Clube de Clichy, do qual Vaublanc e um membro eminente, controla desde entao os dois Conselhos e ameaca diretamente o Diretorio. Ele e nomeado para a comissao dos inspetores do clube de Clichy, cujo papel e de ordem policial consiste em manter a seguranca nos conselhos. Por isso ele dispoe, na realidade, do poder de dar ordens aos brigadeiros dos conselhos. [ 24 ]

Paul Barras, o homem forte do regime, disse em suas Memoires que ele e Vaublanc tinham as mesmas opinioes a respeito da colonia de Santo Domingo. [ 25 ]

Com o Diretorio encurralado, contra-atacou enviando perto de Paris o exercito de Sambre-et-Meuse, com cerca de 80 000 homens comandados por Hoche. No mesmo momento, Vaublanc defendeu e obteve do Conselho, a dissolucao dos clubes, entre eles o Clube dos Jacobinos. [ 26 ]

Em 16 de julho de 1797, sob a pressao dos conselhos, os tres diretores republicanos Barras, Reubell e La Reveilliere-Lepeaux, decidem uma modificacao ministerial, em desfavor dos monarquistas. Em 3 de setembro, Vaublanc, com o seu colega almirante Louis Thomas Villaret de Joyeuse e outros clichianos, esta a dois passos de dar um Golpe de Estado contra o triunvirato dos diretores republicanos. O plano dos clichianos, que convenceu o diretor Lazare Nicolas Marguerite Carnot, e simples. Vaublanc e encarregado de pronunciar um discurso em 4 de setembro, diante do Conselho dos Quinhentos, exigindo a cassacao do mandato dos tres diretores republicanos. Durante este tempo, o general Pichegru foi convencido por Carnot de participar da conspiracao como chefe da Guarda do Corpo Legislativo, prendendo os diretores. [ 27 ] [ 28 ]

Infelizmente para ele, o general Bonaparte, entao chefe do exercito da Italia , interceptou no mesmo momento um agente monarquista, Louis-Alexandre de Launay, conde de Antraigues , em cuja possessao foram encontrados documentos relativos a conspiracao e traicao de Pichegru. Ele enviou imediatamente o general Augereau e seu exercito a Paris e deu ordem de cobrir as ruas com cartazes sobre a traicao de Pichegru: foi o Golpe de Estado do 18 de Frutidor do ano V (4 de setembro de 1797). Alguns dos principais conspiradores, como Pichegru e Barthelemy, foram presos e deportados na Guiana Francesa , e outros como Carnot ou Vaublanc foram obrigados a fugir. Este ultimo conseguiu deixar as imediacoes de Paris, em estado de sitio, e escondeu-se numa carruagem com a ajuda de Rochambeau. Exilou-se na Italia , disfarcado com trajos ridiculos, passando pela Suica com seu amigo Pastoret. [ 28 ]

Aliado a Napoleao Bonaparte [ editar | editar codigo-fonte ]

O Golpe de Estado do 18 brumario do ano VIII (10 de novembro de 1799) e o advento do Consulado , emite um decreto permitindo o retorno dos proscritos para a Franca e a Vaublanc de ser apresentado a Bonaparte . [ carece de fontes ? ]

Deputado no Corpo legislativo [ editar | editar codigo-fonte ]

Em 1800 Vaublanc foi eleito pelo Senado conservador deputado do Calvados , entre os 300 membros do Corpo legislativo onde ele exerce as funcoes de inspetor, com um mandato de cinco anos. [ 29 ] Ele e encarregado, entre outras coisas, de redigir um relatorio sobre o Consulado vitalicio. [ carece de fontes ? ]

A admiracao e o reconhecimento que ele sentiu por Napoleao, que restabeleceu "a ordem na Franca e acabou com as perseguicoes dos padres", podem ser percebidos em alguns discursos que ele pronunciou nesta epoca, como o proferido no 24 floral do ano X aos consules, em sua qualidade de deputado do Corpo legislativo, discurso muito elogioso para o primeiro consul, ou ainda o discurso de 13 de janeiro de 1805 (24 nivoso ano XIII), desta vez perante Napoleao I, que havia sido promovido a Imperador dos Franceses , com Jean-Pierre Louis de Fontanes, presidente do Corpo legislativo em exercicio, durante a inauguracao de uma estatua de marmore do Imperador no vestibulo do Corpo legislativo, a fim de honrar o pai do codigo civil. [ 30 ]

Foi presidente do Corpo legislativo entre 21 de abril e 7 de maio de 1803. [ 31 ]

Em 4 de novembro de 1804 o Papa Pio VII , fez uma etapa durante uma viagem a Paris por ocasiao da coroacao do Imperador, pernoitando em sua casa de Montargis , no 28 da rua de Loing. [ 32 ]

Prefeito da Mosela 1805-1814 [ editar | editar codigo-fonte ]

Ao fim de seu mandato de deputado em 1805, o colegio eleitoral de Seine-et-Marne apresenta-o como candidato ao Senado , mas ele nao foi eleito. Interessando-se a nova organizacao administrativa e territorial recentemente aplicada, ele solicita e obtem uma prefeitura. Foi nomeado em 1 de fevereiro de 1805 prefeito da Mosela, em Metz , ate 1814, tornando-se conhecido por seu ativismo. Segundo Odette Voillard, ele mantinha muito boas relacoes com os notaveis locais. Elegante gentil-homem que percorreu a cavalo seu departamento, ele tem tendencia a recolocar nos postos dirigentes as principais familias da antiga sociedade . [ 33 ]

Napoleao nao deixara de lhe agradecer o zelo durante este periodo, cobrindo-o de honras. [ 34 ] Ele e nomeado Comendador da Legiao de honra, [ 35 ] cavaleiro em 28 de novembro de 1809 e depois Barao de Imperio por cartas patentes do 19 de dezembro de 1809 (titulo hereditario regular), gratificado ademais 17 de julho de 1810 com um morgado em Hanovre. [ 36 ] Por ultimo, em 1813, foi nomeado Conde de Imperio. Contudo, este ultimo titulo nao lhe foi outorgado por cartas patentes, nao sendo assim um titulo hereditario. Isto nao lhe impediu de fazer-se chamar conde de Vaublanc e de obter a reversao deste titulo em beneficio de seu neto Adolphe de Segond. [ carece de fontes ? ]

Em junho de 1812, tem uma audiencia com o imperador, de passagem em Metz. Ele lhe explica suas objecoes a proposito da futura campanha na Russia mas o Imperador nao o escuta. [ 37 ] Durante a campanha da Franca em 1813 e do recuo do exercito de Mayence derrotada em Leipzig , muitos soldados feridos refugiaram-se em Metz, propagando uma epidemia de tifo . O proprio Vaublanc foi atingido e quase morreu. [ carece de fontes ? ]

Em 1814, abre as portas de Metz e recebe com entusiasmo os coligados. [ carece de fontes ? ]

Aliado de Luis XVIII [ editar | editar codigo-fonte ]

Com a primeira Restauracao e apesar dos Cem Dias [ editar | editar codigo-fonte ]

Mantido em seu cargo de prefeito da Mosela na epoca da primeira Restauracao, foi promovido oficial da Legiao de Honra em 23 de agosto de 1814. Na epoca dos Cem-Dias(retorno de Napoleao, ele continua prefeito com a esperanca de preservar Metz para Luis XVIII, onde ele tenta com o marechal Nicolas Charles Oudinot , governador militar da cidade de Metz , de impedir a reuniao dos bonapartistas. Uma ordem de detencao publicada pelo marechal Louis Nicolas Davout em Le Moniteur Universel o obriga a fugir para Luxemburgo a fim de encontrar-se com Luis XVIII em Gante, onde este ultimo se refugiou. [ carece de fontes ? ]

A pequena historia conta que ele disse ao oficial preocupado por ter de prende-lo em Metz :"Fique tranquilo no que me diz respeito. Mas e preciso pensar em voce mesmo; evite ser visto ao sair do patio principal da prefeitura". E Vaublanc o reconduziu por uma saida anexa, antes de fugir a cavalo. [ 38 ]

Ao chegar a Gante, aproxima-se de Francois-Rene de Chateaubriand que o cita em suas Memorias do alem-tumulo  : M. de Vaublanc et M. Capelle encontraram-nos. O primeiro dizia ter de tudo em sua carteira. Querem Montesquieu ? Ei-lo aqui; Bossuet ? Ei-lo aqui. [ 39 ] Ele entrega ao Rei, mediante o conde de Artois, varios informes sobre o estado do pais e prediz que "voltara a Paris antes de dois meses". [ 40 ]

Na epoca da Segunda Restauracao, para agradece-lo pelo seu apoio durante os Cem Dias, Luis XVIII nomeia-o imediatamente Conselheiro de Estado , e em 27 de dezembro de 1815, grande oficial da Legiao de Honra . [ carece de fontes ? ]

Em 12 de julho de 1815, [ 41 ] Luis XVIII o nomeia prefeito de Bouches-du-Rhone com a missao de libertar de 500 a 600 prisioneiros bonapartistas detidos em Marselha , tarefa que ele cumpre corretamente dado o contexto da epoca (Marselha se entrega aos ingleses e vive sangrentas revoltas antibonapartistas). [ carece de fontes ? ]

Ministro do Interior ultra-monarquista (26 de setembro de 1815 ? 7 de maio de 1816) [ editar | editar codigo-fonte ]

Querendo fazer esquecer o seu passado bonapartista, tornou-se conhecido por ser um dos mais ferventes animadores do partido dos Ultras: Victor Hugo em Os Miseraveis zomba dele por haver mandado tirar, ao ser nomeado Ministro do Interior, ate os "N" das pontes de Paris como o da Ponte de Iena. [ 42 ]

Em 26 de setembro de 1815, gracas ao apoio decisivo de conde de Artois do qual e intimo, e nomeado pelo Rei ministro do Interior. O novo presidente do conselho, Armand Emmanuel du Plessis de Richelieu(Duque de Richelieu) que havia sido obrigado a nomea-lo, teria demorado a instituir a nomeacao, mas Vaublanc, ja conhecendo a noticia, corre para ocupar seu ministerio. [ 43 ]

Esta nomeacao proposta pelo conde de Artois mostra a influencia que ele pretende exercer nos governos sucessivos de seu irmao. Ele mantem uma corte paralela no pavilhao Marsan e procura restaurar a monarquia absoluta anulando o essencial dos contributos da Revolucao Francesa . [ carece de fontes ? ]

Rudolf von Thadden historiador alemao contemporaneo que se apoia no discurso de Martignac em 2 de abril de 1829, estima que sua nomeacao se deve mais ao seu passado do que ao seu talento. [ 44 ] Os historiadores Emmmanuel de Waresquiel e Benoit Yvert vao ainda mais longe ao reconhecerem que a "incompetencia dele igualava com a sua fatuidade". [ 45 ]

Vaublanc desdobra uma atividade contra-revolucionaria e ultramonarquista apaixonada a frente do seu ministerio, de tal maneira que o proprio rei qualifica seu ativismo de "dedicacao a perder o folego". Durante os debates relativos a apresentacao pelo "garde des Sceaux" de uma lei sobre o restabelecimento das cortes prebostais perante a Camara inatingivel, Vaublanc toma a palavra e exclama: "A Franca quer o seu Rei". Numa grande aclamacao, os deputados da Camara e as pessoas presentes nas tribunas levantam-se repetindo: "Sim, a Franca quer o seu Rei. [ 46 ]

A partir de 2 de outubro de 1815, ele envia uma circular a todos os prefeitos lembrando-lhes as prioridades de sua funcao durante este periodo perturbado pelo terror branco: "Ponham na primeira fila de seus deveres a manutencao da ordem (…) a vigilancia previne as desordens e torna inutil o uso da forca". [ 47 ] Aproveita para aferrolhar o corpo prefeitoral em favor dos monarquistas afastando ou destituindo 22 prefeitos [ 48 ] de modo que, ao fim de seu ministerio, nao existia um unico prefeito mantendo uma atividade qualquer durante os Cem Dias. [ 49 ]

Em 18 de novembro, assina um decreto para substituir o Estado Maior da Guarda Nacional por um comite de tres inspetores gerais que formam o conselho do coronel geral, que e o proprio conde de Artois. Este decreto impede o direito de inspecao dos demais ministros quando da nomeacao destes ultimos. Isto permite aos Ultras de infiltrarem-se nessa instituicao. [ 50 ]

Mediante decreto de 13 de janeiro de 1816 encurta em dois anos a renovacao dos prefeitos e adjuntos. Vaublanc explica esta medida ao prefeito: "Mediante esta renovacao, devem ser afastados tambem os prefeitos e os adjuntos, os quais, sem serem merecedores de uma convocacao formal, parecem pouco adequados aos cargos que ocupam. [ 51 ]

Subscrevendo o decreto de 21 de marco de 1816, participa a controversa reorganizacao do Instituto de Franca , apos uma carta de Jean Baptiste Antoine Suard, secretario perpetuo da Academia Francesa , na qual este escrevera: "Nao me canso de repetir que existe um espirito revolucionario cuja influencia e urgente parar, mediante uma sabia atencao a determinadas disposicoes dos estatutos que voces vao se atribuir", o que permitira a nomeacao direta de nove dos onze academicos. [ carece de fontes ? ]

O Instituto da Franca sede da Academia Francesa .

Esta grande perturbacao academica, qualificada de "real benevolencia", foi apreciada de maneira diferente. O partido liberal criticou sobretudo a substituicao do poeta Arnault pelo duque de Richelieu, de Roederer pelo Duque de Levis e de Charles-Guillaume Etienne pelo Conde Choiseul-Gouffier, academicos considerados como de valor literario pouco representativo. Ele ganha com este assunto o apelido de "Maupeou da literatura≫. [ 52 ] Ainda nesta busca de purificacao, propoe a criacao de um ministerio das Belas Artes para Chateaubriand, proposta rejeitada pelo duque de Richelieu. Em 6 de abril de 1816, foi eleito membro facultativo da Academia das Belas-Artes, ocupando o lugar do pintor Jacques-Louis David . [ carece de fontes ? ]

Como Ministro do Interior, deve apresentar uma nova lei eleitoral. Vaublanc propoe sem conviccao, apoiando-se no artigo 37 da Carta de 1814, a renovacao todos os anos de um quinto da Camara. A maneira de eleger os representantes da Camara esta baseada num sistema com dois escaloes que tem novamente por objetivo reservar o acesso a Camara somente aos monarquistas. [ 53 ] [ 54 ] Este projeto e rejeitado por 89 votos contra 57 pela Camara dos Deputados dos departamentos em 3 de abril de 1816. Esta, desejando efetivamente permanecer no poder o maximo de tempo possivel, faz entao uma contra-proposta consistindo numa renovacao geral a cada cinco anos, recusada pelo governo. A Franca continua, assim, sem lei eleitoral. [ 55 ]

Em 10 de abril de 1816, em pleno conselho de ministros, Decazes, o ministro da policia, interpela Vaublanc com a frase: "Vos sois apenas o ministro do conde de Artois mas quereis ser mais poderoso do que os ministros do rei?". Vaublanc responde-lhe de maneira fustigante: "Se eu fosse mais poderoso do que voce, eu utilizaria o meu poder para acusa-lo de traicao porque voce e, Senhor Decazes, traidor do rei e do pais". [ 56 ]

Em 13 de abril de 1816, participa da expulsao dos alunos da Escola Politecnica , acusados de: "algazarras e atos indisciplinares", na realidade porque a maioria era bonapartista, [ 57 ] apos a Segunda Restauracao l. [ 58 ]

Os aliados que continuam ocupando a Franca inquietam-se pelas dissensoes que surgem no seio do governo frances. O embaixador russo em Paris, o corso Carlo Andrea Pozzo di Borgo, chega ate a colocar em causa Vaublanc. [ 59 ]

Rivalidades pessoais entre o ministro do Interior Vaublanc e o casal Richelieu-Decazes, os lacos muito estreitos entre o primeiro e o Monsenhor (futuro Carlos X), juntos a explosao de 10 abril e por ultimo o memorando entregue ao Rei no qual Vaublanc insiste sobre a "indispensavel necessidade de uma marcha mais firme, mais resoluta", acarreta a sua queda. [ carece de fontes ? ]

O ministro Richelieu forca o Rei a demiti-lo, colocando na balanca sua propria demissao. O rei acabou aceitando e quando ele pediu o decreto para subscreve-lo, como escreveu Louis-Mathieu Mole, o episodio se transformou em comedia. [ 60 ]

Deixa o Ministerio em 8 de maio de 1816, juntamente com Francois Barbe-Marbois, ministro da Justica, demitido para compensar o pedido do conde de Artois. Substituido por Joseph Henri Joachim Laine, recebe do Rei como compensacao os titulos honorificos de ministro de Estado e de membro do Conselho Privado da Restauracao. [ carece de fontes ? ]

Deputado da camara de 1820 a 1827 [ editar | editar codigo-fonte ]

E eleito em 13 de novembro de 1820 (em seguida reeleito em 10 de outubro de 1821 e em 6 de marco de 1824, porem nao em 1827) pelo colegio departamental do Calvados por ocasiao de uma renovacao de um quinto da Camara. Ele senta-se ao lado dos Ultramonarquistas. Durante a sessao de Lors de 1822, foi ate eleito um dos vice-presidentes da Camara. [ carece de fontes ? ]

Ele foi ao mesmo tempo escolhido em Guadalupe , onde era co-proprietario de uma usina de acucar na paroquia de Basse-Terre , como deputado ao lado do governo do Rei, entre 1820 e 1830. Ele propoe entao varias mudancas na ordem juridica e na administracao das colonias, como a criacao de um armazem. [ carece de fontes ? ]

Com os colegas da Camara, Francois Regis de La Bourdonnais, conde da Breteche e Eugene Francois Auguste d'Arnaud(o barao de Vitrolles), ele controla uma parte da imprensa ultramonarquista, comecando por La Quotidienne e Le Drapeau Blanc . [ 61 ]

Em janeiro de 1823 se pronunciou em favor da Expedicao da Espanha e foi nomeado membro da comissao de inquerito solicitada pelo Rei e presidida pelo marechal Etienne Jacques Joseph Macdonald para examinar os abusos cometidos. [ 62 ] [ 63 ]

Ele volta a ser nomeado para o Conselho de Estado em 25 de julho de 1830 [ 64 ] com a promessa escrita de ser nomeado para a Camara dos pares, quando seriam publicados os decretos de julho de 1830 que ele havia recusado. Foi entao que ocorreu a queda de Carlos X . [ carece de fontes ? ]

Ele se retira da vida publica apos a ascensao ao trono de Luis Filipe I de Franca em 1830. Ele se dedica entao a escrever as suas Memorias. Morreu em 21 de agosto de 1845, aos 90 anos, quase cego, na rua do Bac em Paris. [ 65 ]

Obras [ editar | editar codigo-fonte ]

  • 1792 Rapport sur les honneurs et recompenses militaires, le 28 janvier 1792, fait a l'Assemblee nationale, au nom du Comite d'instruction publique . Texto em linha : [1]
  • 1795 Reflexions sur les bases d'une constitution par le citoyen *** (sob o pseudonimo de Louis-Philippe de Segur). Paris Imprimerie nationale, Pradial ano III (70 paginas)
  • 1804 Rivalite de la France et de l'Angleterre: depuis la conquete de l'Angleterre par Guillaume, duc de Normandie, jusqu'a la rupture du Traite d'Amiens par l'Angleterre , Paris, editor Bernard, (378 paginas)
  • 1818 Tables synchroniques de l'histoire de France
  • 1819 Le dernier des Cesars ou la chute de l'Empire romain d'Orient (poema em doze cantos)
  • 1822 Du commerce de la France em 1820 et 1821 , Paris, chez J-C Trouve et chez Goujon
  • 1828 Des administrations provinciales et municipales . Texto em linha: [2]
  • 1833 Memoires sur la Revolution de France et recherches sur les causes qui ont amene la Revolution de 1789 et celles qui l'ont suivie (4 volumes). Texto em linha: [3] , [4] e [5]
  • 1833 Essai sur l'instruction et l'education d'un prince au XIXeme siecle, destine au duc de Bordeaux . [ 66 ]
  • 1838 Fastes memorables de la France
  • 1839 Souvenirs (em 2 volumes), Paris, chez Ponce Lebas et Cie
  • 1839 Soliman II, Attila, Aristomene , (colecao de tragedias, tiragem: 200 exemplares). [ 67 ]
  • 1843 De la navigation des colonies
  • Un an sur la grand'route chez Montsouris
  • Le courage des francaises

Referencias

  1. Michaud, p. 170.
  2. Vaublanc, 1, p. 182.
  3. Vaublanc, 1, p. 256
  4. Robert, Bourloton, Cougny.
  5. .Segundo um costume, havia uma poltrona em forma de trono, coberta de ouro e de flor de lirio, que era destinada ao rei. Couthon propos dar-lhe uma poltrona semelhante a do presidente, Jean-Antoine de Grangeneuve e pediu que os titulos de Senhor e de Majestade , inventados pelo servilismo, fossem substituidos pelo titulo muito mais bonito de Rei dos Franceses . Uma emenda foi entao votada, decidindo que a poltrona do Rei fosse abaixada de um degrau. Em represalia, Luis XVI ameacou de nao ir a Assembleia, mas um compromisso foi encontrado e a poltrona do rei foi abaixada de um degrau (pagina 17) Folhentos e Girondinos agosto de 1791 - 20 de abril de 1792 , de Dom H Leclerc, Paris, 1940, livraria Letouzet e Ane 87 boulevard Raspail.
  6. Vaublanc, 1, p. 285.
  7. O amigo dos cidadaos, jornal fraternal, por JL Tallien, numero 13, publicado em 16 de novembro de 1791, tipografia Demonville.
  8. Alteza , disse a Louis XVI, desde que a Assembleia nacional se deu conta da situacao do Reino, ela percebeu que as perturbacoes que agitavam-no tinham por causa os preparativos criminosos dos emigrantes franceses. A audacia deles e sustentada pelos principes alemaes que ignoram os tratados assinados entre eles e a Franca, fingindo esquecer que devem a este imperio o tratado de Vestfalia, que lhes garantiu direitos e seguranca. Estes preparativos hostis, as ameacas de invasao necessitam armamentos que absorvem somas imensas de dinheiro que a nacao teria depositado com alegria nas maos de seus credores. Cabe a vossa Alteza acabar com isto e adotar com as potencias estrangeiras, a linguagem que convem ao rei dos Franceses! Dizer-lhes que em toda parte onde sofrermos por causa dos preparativos contra a Franca, que a Franca so podera ver inimigos; que conservaremos religiosamente o juramento de nao efetuar qualquer conquista; que oferecemos-lhes boa vizinhanca, a amizade inviolavel de um povo livre e poderoso; que respeitaremos suas leis, seus usos, suas constituicoes; mas que queremos que a nossa seja respeitada. Diga-lhes por ultimo que, se os principes da Alemanha continuarem a favorecer preparativos dirigidos contra os Franceses, que os Franceses levarao ao pais deles, nao o ferro ou a chama, mas a liberdade ! Cabe-lhes calcular quais poderiam ser as consequencias deste despertar das nacoes" Adolphe Thiers , Histoire de la revolution 1823 a 1827, tomo2.
  9. Michaud, p. 171.
  10. ≪Copia arquivada≫ . Consultado em 3 de janeiro de 2008 . Arquivado do original em 18 de dezembro de 2009  
  11. Charles de Lacretelle, Dix annees d'epreuve pendant la Revolution (1842).
  12. Pierre Larousse , Grand dictionnaire universel du XIXeme siecle .
  13. Vaublanc, 1, p. 338.
  14. a b ≪Copia arquivada≫ . Consultado em 13 de novembro de 2007 . Arquivado do original em 30 de setembro de 2007  
  15. . Dicionario dos parlamentares franceses desde 1 de maio de 1789 ate 1 de maio de 1889, publicado sob a direcao dos Senhores Adolphe Robert, Edgar Bourloton e Gaston Cougny, Paris, Bourloton Editeur, 1889-1891, 5 vol. ; in-8.
  16. Memoires sur la Revolution de France et recherches sur les causes qui ont amene la Revolution de 1789 et celles qui l’ont suivie (tome 2, pagina 202), em G-A. Dentu, imprimeur-libraire, rue d'Erfurth, n 1 bis, Paris, 1833
  17. Taine, Les origines de la France contemporaine L'ancien regime, La revolution, L'anarchie, la conquete jacobine , pag. 691, da edicao de 1986, Robert Lafont(tomo1)
  18. Memoires sur la Revolution de France et recherches sur les causes qui ont amene la Revolution de 1789 et celles qui l'ont suivie (tomo 2, livro III, cap. IX )
  19. (Memoires sur la Revolution de France et recherches sur les causes qui ont amene la Revolution de 1789 et celles qui l'ont suivie, tomo 2, livro 3, pag. 232) : "A rainha retornou com muita dignidade. Um ministro dava-lhe a mao (…) O rei apareceu, e todos os olhos voltaram-se para ele. Estava vestido com um traje de seda violeta, porque estava de luto. Colocado perto do presidente, disse 'venho aqui para evitar um grande crime, pois me sinto sempre em seguranca com a minha familia no meio dos representantes da nacao.' Estas palavras suscitaram calorosos aplausos. Depois acrescentou 'passarei o dia aqui'".
  20. Marie-Antoinette , de Andre Castelot, Librairie Academique Perrin, Paris, 1962, (page 534)
  21. ≪royet.org≫ . Consultado em 22 de novembro de 2007 . Arquivado do original em 28 de janeiro de 2011  
  22. ≪Copia arquivada≫ (PDF) . Consultado em 25 de novembro de 2007 . Arquivado do original (PDF) em 26 de agosto de 2014  
  23. ≪Copia arquivada≫ . Consultado em 29 de novembro de 2007 . Arquivado do original em 8 de junho de 2011  
  24. ≪Bibliotheq.net≫ . bibliotheq.net . Consultado em 2 de marco de 2021  
  25. " Vaublanc me enviou um bilhete escrito a mao por intermedio de Morainville, com uma amavel obsequiosidade. E me confirmou que o procedimento das comissoes coloniais devia provar ao Diretorio seu desejo de fazer o bem Memoires de Barras pag. 415
  26. Biographie universelle ancienne et moderne de Michaud (suplemento pagina 173)
  27. Histoire e dictionnaire de la revolution francaise 1789-1799, J Tulard, J-F Fayard e A Fierro, pagina 222, edicao Robert Laffont, Paris, 1987, ISBN 2-221-04588-2
  28. a b Memoires sur la Revolution de France et recherches sur les causes qui ont amene la Revolution de 1789 et celles qui l’ont suivie (tomo 2, livro IV, capitulo IV)
  29. Biographie universelle ancienne et moderne de Michaud (suplemento pag. 173)
  30. ≪snowy.arsc.alaska.edu≫ . Consultado em 19 de dezembro de 2007 . Arquivado do original em 12 de maio de 2008  
  31. Assembleia Nacional Francesa [ligacao inativa]
  32. Eclaireur du Gatinais numero 2807, em 19 de Agosto de 1999 Arquivado em 26 de setembro de 2007, no Wayback Machine .
  33. Grands Notables du premiers empire , Editions du CNRS, 15 quai Anatole-France 75700 Paris, 1984, tomo 10
  34. Memorias do Conde de Miot, (tomo 2, pag. 221)
  35. ≪The French Imperial Almanac of 1810≫ . www.napoleon-series.org . Consultado em 2 de marco de 2021  
  36. E. Ducoudray in Dictionnaire de la Revolution francaise de Albert Soboul pag. 1089
  37. (Memorias tomo 3)
  38. Memoires sur la Revolution de France et recherches sur les causes qui ont amene la Revolution de 1789 et celles qui l'ont suivie
  39. Memorias do alem-tumulo, Francois-Rene de Chateaubriand, (terceira parte, livro sexto, capitulo 6)
  40. Memoires
  41. E. Ducoudray, no Dictionnaire de la Revolution francaise de Albert Soboul pagina 1 089
  42. : "Zombamos de M. de Vaublanc que apagava os N da ponte de Iena! O que fazia pois? O que nos fazemos . Os Miseraveis de Victor Hugo, tomo 3, livro 3, capitulo 1 Um antigo salao.
  43. Biographie universelle ancienne et moderne de Michaud (suplemento pagina 175)
  44. La centralisation contestee de Rudolph von Thadden, Acte Sud, 1989, (paginas 112 a 122)
  45. (Histoire de la Restauration 1814-1830 Naissance de la France moderne, edicao Perrin d'Emmanuel de Waresquiel e Benoit Yvert, Paris, 1991
  46. Memoires sur la Revolution de France et recherches sur les causes qui ont amene la Revolution de 1789 et celles qui l'ont suivie (tomo 3, pagina 282)
  47. Memoires, tomo 3, pagina 270
  48. Biographie universelle ancienne et moderne de Michaud (suplemento pagina 176)
  49. La centralisation contestee de Rudolph Von Thadden, Actes Sud, 1989, paginas 112 a 122
  50. Histoire de la Restauration 1814-1830 Naissance de la France moderne, edicao Perrin d'Emmanuel de Waresquiel e Benoit Yvert, Paris, pagina 180 1991
  51. La centralisation contestee de Rudolph Von Thadden, Acte Sud, 1989, paginas 112 a 122
  52. Grand dictionnaire universel du XIXeme siecle de Pierre Larousse
  53. Este projeto de lei estabelece dois escaloes eleitorais: os colegios cantonais compostos de funcionarios publicos e dos sessenta maiores contribuintes, especialmente os candidatos, entre os quais sera definitivemente escolhido o colegio do departamento formado tambem pelos principais funcionarios publicos, os setenta contribuintes mais importantes; e um suplemento de eleitores designados pelos colegios dos cantoes entre os cidadaos pagando 300 francos alem de uma contribuicao direta.
  54. Biographie universelle ancienne et moderne de Michaud (suplemento pagina 176)
  55. Histoire de la Restauration 1814-1830 Naissance de la France moderne, edicao Perrin d'Emmanuel de Waresquiel e Benoit Yvert, Paris, pagina 186, 1991
  56. Louis XVIII , de Evelyne Lever, pagina 449, edicao Fayard, 1988
  57. ≪Copia arquivada≫ . Consultado em 26 de dezembro de 2007 . Arquivado do original em 12 de novembro de 2007  
  58. Biographie universelle ancienne et moderne de Michaud (suplemento pagina 175)
  59. : "Uma das principais fontes da desordem foi a composicao heterogenea do Ministerio; a defeccao do ministro do Interior paralisou toda a forca da autoridade e a influencia da Coroa nas Camaras Chambres… "A centralizacao contestada de Rudolph von Thadden, Acte Sud, 1989, Rudolph, paginas 112 a 122, segundo Clerel conde de Tocqueville, De la Charte provinciale, Paris, 1829 pagina 47)
  60. Mole conta que "Monsenhor de Richelieu se prepara a obedecer mas se da conta de que havia esquecido ou perdido a chave de sua pasta; ele sente o quanto e importante nao perder a ocasiao, fica vermelho de raiva, desesperado, e por ultimo, pegando a pasta com as maos, rasga-a, tira o decreto, e o Rei, sem mostrar nenhuma emocao ou surpresa, assina a nomeacao do Monsenhor Laine para o ministerio do Interior . Histoire de la Restauration 1814-1830 Naissance de la France moderne , ed. Perrin d'Emmanuel de Waresquiel e Benoit Yvert, Paris, pagina 189, 1991
  61. Histoire de la Restauration 1814-1830 Naissance de la France moderne, edition Perrin d'Emmanuel de Waresquiel e Benoit Yvert, Paris, pagina 336, 1991
  62. Memoires sur la Revolution de France et recherches sur les causes qui ont amene la Revolution de 1789 et celles qui l'ont suivie (tomo 4, livro VII, capitulo X, pagina 244-245), em G-A. Dentu, imprimeur-libraire, rue d'Erfurth, n 1 bis, Paris, 1833.
  63. Louis XVIII, d'Evelyne Lever, pagina 548, edicao Fayard, 1988
  64. E. Ducoudray em Dictionnaire de la Revolution francaise de Albert Soboul pagina 1089
  65. Biographie universelle ancienne et moderne de Michaud (suplemento pagina 180)
  66. Biographie universelle ancienne et moderne de Michaud (suplemento pagina 179)
  67. Biographie universelle ancienne et moderne de Michaud (suplemento pagina 170)

Bibliografia [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Evelyne Lever: Louis XVIII , Fayard, 1988.
  • Emmanuel de Waresquiel e Benoit Yvert: Histoire de la Restauration. 1814-1830. Naissance de la France moderne. , Perrin, 1991.
  • Biographie universelle ancienne et moderne: histoire par ordre alphabetique de la vie publique et privee de tous les hommes (Michaud) (suplemento)
  • Adolphe Robert, Edgar Bourloton, Gaston Cougny (s.d.) : Dictionnaire des parlementaires francais depuis le 1er mai 1789 jusqu'au 1er mai 1889 , Paris : Bourloton Editeur, 1889-1891, 5 vol.
  • Memorias de Vincent-Marie Vienot, conde de Vaublanc: Memoires sur la Revolution de France et recherches sur les causes qui ont amene la Revolution de 1789 et celles qui l'ont suivie (4 volumes), Chez G-A. Dentu, imprimeur-libraire, rue d'Erfurth, n 1 bis, Paris, 1833. Texto em linha em Gallica. [6] , [7] e [8] .
  • Biografia de Vincent-Marie Vienot de Vaublanc feita por Emile Decoudray, na pagina 1049 da obra Dictionnaire historique de la Revolution francaise , sob a direcao de Albert Soboul, M. Suratteau e Francois Gendron, Presses Universitaire de France, 1989.
  • Arquivos parlamentares de 1787 a 1860 : colecao completa dos debates legislativos e politicos das Camaras francesas. Premeira serie, 1787 a 1789. Tomos LI, XLII e XLIII.

Ligacoes externas [ editar | editar codigo-fonte ]

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