Heloneida Studart

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Heloneida Studart
Deputada estadual do Rio de Janeiro
Periodo 1979 a 1983
Deputada estadual do Rio de Janeiro
Periodo 1983 a 1987
Deputada estadual do Rio de Janeiro
Periodo 1987 a 1991
Deputada estadual do Sao Paulo
Periodo 1991 a 1995
Deputada estadual do Rio de Janeiro
Periodo 1995 a 1999
Deputada estadual do Rio de Janeiro
Periodo 2003 a 2007
Dados pessoais
Nascimento 25 de abril de 1932
Fortaleza , Ceara , Brasil
Morte 3 de dezembro de 2007  (75 anos)
Rio de Janeiro , RJ , Brasil
Nacionalidade brasileira
Progenitores Pai: Soares Bezerra de Menezes
Alma mater Universidade Federal do Rio de Janeiro
Conjuge Franz Orban
Partido MDB
PSDB
PT
Profissao Escritora , ensaista , teatrologa , jornalista e politica

Heloneida Studart ( Fortaleza , 25 de abril de 1932 ? Rio de Janeiro , 3 de dezembro de 2007 ) foi uma escritora , ensaista , teatrologa , jornalista , defensora dos direitos das mulheres e politica brasileira . [ 1 ]

Foi seis vezes deputada estadual do Rio de Janeiro pelo MDB , pelo PSDB e pelo Partido dos Trabalhadores . Heloneida foi uma das grandes figuras da politica e do movimento feminista brasileiro. Perseguida e presa pela ditadura militar em 1969, elegeu-se deputada estadual pelo Rio de Janeiro em 1978, pelo MDB com 60 mil votos. Seria reeleita em 1982 e, em 1988 ela deixaria o MDB para se filiar ao PT. Ao todo, Heloneida exerceu seis mandatos como deputada estadual.

Foi vice-presidente da Comissao Parlamentar de Controle do Meio-Ambiente, presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) de 1981 a 1982; foi integrante das comissoes especiais sobre os direitos da mulher e, durante o seu terceiro mandato, foi vice-lider da bancada do PT na Assembleia Legislativa. Foi uma das principais articuladoras do Centro da Mulher Brasileira, considerada a primeira entidade feminista do Brasil. Atuou como foi constituinte e fez parte da articulacao feminista no Congresso que atuou para instituir os 120 dias de licenca-maternidade. [ 2 ]

Biografia [ editar | editar codigo-fonte ]

Heloneida nasceu em 1932, em Fortaleza, no Ceara . Era sobrinha-neta, por parte de mae, do medico e historiador barao de Studart , sudito do rei Jorge V , vice-consul do Reino Unido no Ceara. Seu trisavo por parte de pai, Antonio Marcos Bezerra de Menezes, foi ministro da guerra da Confederacao do Equador . Seu tio, Antonio Bezerra de Menezes , foi o abolicionista mais destacado do Ceara. [ 3 ]

Seu pai, Soares Bezerra de Menezes, era natural de Baturite , no interior do Ceara. Funcionario publico, nao tinha curso superior, mas era um avido leitor e concedeu acesso a Heloneida a sua biblioteca pessoal. Desde pequena, Heloneida expressava o desejo de ser escritora e jornalista, mas a familia desdenhava de seus desejos como sendo sonhos infantis. Diziam que quando ela crescesse e arrumasse um namorado, o desejo passaria. Sua mae era Edite Studart. [ 3 ]

Heloneida estudou no Colegio da Imaculada Conceicao, das irmas de caridade vicentinas, em Fortaleza, e aos 16 anos comecou a escrever no jornal O Nordeste . [ 2 ] Aos 18 anos, escreveu seu primeiro romance, A primeira pedra . Na epoca, tendo gostado do livro que escrevera, Heloneida imaginou que nao conseguiria publica-lo no Ceara e que apenas no Rio de Janeiro ela teria essa chance. Seu tio, o engenheiro Osvaldo Studart [ 4 ] , era deputado pelo PSD no Rio de Janeiro, e assim Heloneida chegou a entao capital federal para conseguir seguir carreira. [ 3 ]

Carreira [ editar | editar codigo-fonte ]

Heloneida conseguiu contrato com a editora Saraiva e A primeira pedra foi publicado em 1952, tendo otimas criticas. Em 1955, publicou seu segundo livro, Diz-me o teu nome , ganhador do premio Julia Lopes de Almeida da Academia Brasileira de Letras e o premio Orlando Dantas , organizado pelo Diario de Noticias . [ 3 ] [ 5 ]

No Rio de Janeiro, Heloneida comecou a trabalhar no Sesi . Depois de escrever uma tese sobre favelas que fez bastante sucesso, o Sesi a colocou a frente de um projeto de uma biblioteca itinerante, que consistia em um onibus adaptado para carregar 500 livros, que frequentava os conjuntos habitacionais da classe trabalhadora construidos por Getulio Vargas . A cada dia o onibus ia a um conjunto diferente, onde Heloneida fazia uma palestra educativa sobre saude e depois oferecia livros para emprestimo ou apresentava um filme de carater educativo. Este trabalho foi de grande ajuda para o desenvolvimento de sua consciencia politica: ela pode presenciar as consequencias das injusticas sociais no contato direto com os moradores dos conjuntos. No primeiro dia apos o golpe militar , em 1964, o projeto acabou. [ 3 ]

Ao mesmo tempo, Heloneida escrevia para os jornais Correio da Manha e Diario de Noticias . Em 1963, ela conheceu um professor, Jose Candido Filho, militante do Partido Comunista Brasileiro , que a convidou para organizar um sindicato para a categoria, do qual ela foi vice-presidente. em 1966, a repressao comecou a apertar contra o sindicato e Jose Candido, sendo perseguido, passou a presidencia para Heloneida. Pouco depois de uma manifestacao contra o arrocho salarial, Heloneida recebeu uma portaria destituindo-a do cargo pelo pelo AI-5 , e que a presidencia deveria ser passada para o vice. Poucos dias apos essa instrucao, Heloneida foi presa pelo regime. [ 3 ]

Prisao [ editar | editar codigo-fonte ]

Heloneida foi presa em casa, na Tijuca, por um inspetor e dois policiais, na presenca dos filhos pequenos. Seu filho mais velho, na epoca com 11 anos, ficou encarregado de queimar sua agenda de trabalho, para evitar cair nas maos da repressao e foi dele a funcao de acalmar os irmaos mais novos. Heloneida foi para o presidio Sao Judas Tadeu, na rua da Relacao, no centro do Rio de Janeiro. Na prisao, contou com a cooperacao das presas em varios momentos. Foi baseado no caso de uma das presas que conheceu que Heloneida escreveu um “Caso Verdade” para a TV Globo . Heloneida ficou presa por 12 dias. [ 3 ]

Manchete [ editar | editar codigo-fonte ]

Ao sair da prisao, descobriu que tinha sido demitida do Sesi devido a pressao dos militares. Ela tambem nao conseguiu mais emprego em nenhum jornal da epoca. Um dia, encontrou com o historiador Raimundo Magalhaes Junior, grande admirador de seu trabalho. Ao perguntar o que ela andava fazendo naqueles dias, descobriu que Heloneida estava desempregada e assim a levou para trabalhar na revista Manchete . Apos um teste bem sucedido, Heloneida foi rapidamente contratada e trabalhou na revista por oito anos,(1970-1978). [ 3 ]

Mesmo apos ser convidada para fazer um jornal feminino na TV Globo, Heloneida se manteve na Manchete . Continuou com sua militancia politica e fundou uma editora com Luiz Ignacio Maranhao Filho , a editora Encontro, na Cinelandia . Ele queria fundar uma casa editorial para publicar ensaios de cristaos e de autores marxistas, em um modelo parecido com o que havia na Italia , com o Partido Comunista Italiano. A editora publicou dois ensaios, mas Maranhao acabou preso pelo regime, torturado e morto em data incerta em 1975. [ 3 ]

Na redacao da revista Manchete , Heloneida se tornou amiga de Zuzu Angel . A busca de Zuzu pelo filho inspirou Heloneida e escrever Estandarte da agonia , um dos livros de uma trilogia sobre tortura. [ 3 ]

Feminismo [ editar | editar codigo-fonte ]

Heloneida comecou a esbocar uma base teorica feminista atraves de leituras de varias autoras como Simone de Beauvoir . Em 1963, participou do Congresso das Mulheres na Uniao Sovietica . Em meados da decada de 1970, Heloneida publicou um de seus livros mais famosos, Mulher, objeto de cama e mesa . Em 1975, a Organizacao das Nacoes Unidas (ONU) instituiu o Ano Internacional da Mulher. Heloneida participou do Congresso Internacional de Mulheres, no Mexico , evento que marcou muito sua trajetoria ao entrar em contato com mulheres do mundo todo. A experiencia a inspirou a fundar o Centro da Mulher Brasileira, ao lado de Moema Toscano , Branca Moreira Alves , Rose Marie Muraro , Fanny Tabak e Maria do Espirito Santo Cardoso , a primeira organizacao feminista do Brasil. Alem de denunciar leis retrogradas, o centro tambem falava da relacao entre homens e mulheres e os efeitos do patriarcado nas vidas das mulheres. [ 3 ]

O centro tinha reunioes toda semana. Tambem tinha sede, um jornal proprio e tinha representantes em associacoes de moradores e sindicatos. Era visado pela policia do regime, que costumava colocar policiais nas reunioes. Ainda que o Centro da Mulher Brasileira nao tenha crescido enquanto organizacao, ele ajudou a germinar outros nucleos de luta feminista pelo pais. [ 3 ]

Parlamentar [ editar | editar codigo-fonte ]

Alguns intelectuais de esquerda a procuraram em 1978, na redacao da Manchete , e sugeriram que Heloneida deveria se candidatar a um cargo publico como deputada estadual. Em duas reunioes da cupula do Partido Comunista Brasileiro, seu nome surgira para uma indicacao a assembleia. Fazendo campanhas em favelas, universidades, ou em comicios na rua, Heloneida se elegeu com seu nome de casada, ao inves do nome de solteira com o qual assinava seus textos e seus livros. Em sua primeira candidatura ela se elegeu com 58 mil votos pelo MDB . [ 3 ]

Seu primeiro mandato foi bastante agitado. Havia uma convulsao popular pedindo o fim da ditadura, que era fortemente reprimida pelo regime. Nao havia imunidade parlamentar, entao politicos que apoiassem manifestacoes sofriam agressoes fisicas e eram presos. Heloneida foi bastante ativa nos movimentos pedindo a redemocratizacao do pais, por anistia a presos politicos e pela volta do Estado de direito. Heloneida seria reeleita para mais cinco mandatos, pelo PSDB e depois pelo PT . [ 3 ]

Durante a sua atuacao como parlamentar, Heloneida exerceu varios cargos importantes, como por exemplo vice-presidente da Comissao Parlamentar de Controle do Meio Ambiente, de 1979 a 1980; presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, de 1981 a 1982; integrante das comissoes especiais relativas aos direitos da mulher, no que diz respeito aos direitos reprodutivos; vice-lider da bancada do PT; e, de 1995 a 1999, presidente de uma comissao especial destinada a apurar as formas de arrecadacao e distribuicao dos direitos autorais no Rio de Janeiro. Ainda foi presidente da Comissao Permanente de Defesa dos Direitos Humanos. [ 5 ]

Visando a protecao das atividades culturais do Estado do Rio de Janeiro num momento em que varias salas de cinemas estavam sendo fechadas, em 1996 Heloneida Studart envolveu-se em uma polemica com alguns segmentos evangelicos , notoriamente com a Igreja Universal , ao ser autora da Lei nº 2663, de 27 de dezembro de 1996 ; onde na qual ficava proibido em todo o territorio estadual o fechamento de qualquer Espaco Cultural Publico sem criacao, na mesma area, de espaco equivalente. Isto inviabilizava, de certo modo, a aquisicao de antigos cinemas de rua pelas igrejas, que entao os transformavam em seus templos, o que era uma pratica muito comum naquela epoca. No ano seguinte, em 1997 , uma Proposta De Emenda Constitucional sobre o assunto passou a ser discutida. [ 6 ] [ 7 ] [ 8 ]

Sua atuacao na Assembleia Legislativa tambem se destacou por criar leis que beneficiaram mulheres trabalhadoras, tais como a lei que garantiu o exame de DNA para maes de baixa renda; a lei que obriga as unidades publicas e conveniadas de saude a realizar cirurgia reconstrutiva de mama em mulheres que sofreram mutilacoes decorrentes de cancer; a que garantiu a distribuicao gratuita de medicamentos para tratamento e monitoramento da diabetes , e a lei que obriga o servico publico a conceder um dia de licenca por ano a funcionarios com 40 anos ou mais para exame preventivo de cancer. [ 5 ]

Vida pessoal [ editar | editar codigo-fonte ]

Heloneida conheceu o marido, Franz Orban, enquanto trabalhava no onibus itinerante do Sesi. Ele era de origem hungara, gerente de fabrica, com quem teve seis filhos. Apesar de Orban nao se envolver com seu trabalho no sindicato, ele nao se intrometia. [ 3 ]

Morte [ editar | editar codigo-fonte ]

Heloneida morreu em 3 de dezembro de 2007 , na cidade do Rio de Janeiro , aos 75 anos, devido a uma parada cardiaca. Seis dias antes, ela passara por uma cirurgia, na Clinica Sao Jose, em Humaita , para a troca da valvula mitral. Ela foi velada no saguao principal do Palacio Tiradentes e foi cremada no crematorio do Cemiterio do Caju, na Zona Portuaria do Rio. [ 9 ] [ 10 ] [ 11 ] [ 12 ]

Homenagens [ editar | editar codigo-fonte ]

O Diploma Heloneida Studart, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, e entregue todos os anos. O diploma e um instrumento de reconhecimento e estimulo as boas praticas culturais no estado. [ 13 ]

O Hospital da Mulher Heloneida Studart, em Sao Joao de Meriti , no Rio de Janeiro, leva seu nome em sua homenagem. O hospital e um centro de servico de referencia em alto risco para gestantes e bebes. [ 14 ]

Em Niteroi , no bairro de Varzea das Moscas, a Escola Municipal Heloneida Studart tambem e em sua homenagem.

O Premio Mulher Cidada Heloneida Studart, da prefeitura de Marica , e entregue anualmente pela Coordenacao de Politicas para as Mulheres de Marica, vinculada a Secretaria de Participacao Popular, Diretos Humanos e Mulher e homenageia mulheres que se destacam na luta pela equidade de genero e de direitos nas categorias Nacional, Estadual, Municipal alem de uma Homenagem Postuma. [ 15 ]

Obras [ editar | editar codigo-fonte ]

  • A primeira pedra . Sao Paulo: Saraiva, 1953. (Romance).
  • Dize-me o teu nome! Rio de Janeiro: Editora Sao Jose, 1955. (Romance).
  • A culpa . Rio de Janeiro: Livraria Agir Editora, 1963. (Romance).
  • Deus nao paga em dolar . Rio de Janeiro: Editora Encontro, 1968. (Romance).
  • No reino da boneca encantada . Rio de Janeiro: Editora do Brasil, s/d. (Infantil).
  • Mulher, brinquedo do homem? . Petropolis: Vozes, 1969. (Ensaio).
  • A deusa da radio e outros deuses . Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1970. (Romance).
  • O pardal e um passaro azul . Rio de Janeiro: Civilizacao Brasileira, 1975 (Romance).
  • Mulher, objeto de cama e mesa . Petropolis: Vozes, 1975. (Ensaio).
  • China, o nordeste que deu certo . Rio de Janeiro: Nosso Tempo, 1977. (Reportagem).
  • O estandarte da agonia . Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981. (Romance).
  • O torturador em romaria . Rio de Janeiro: Rocco, 1986. (Romance).
  • Mulher, a quem pertence seu corpo? . Petropolis: Vozes, 1989. (Ensaio).
  • Selo das despedidas . Rio de Janeiro: Bluhm, 2000. (Romance).
  • Jesus de Jacana . Sao Paulo: Elevacao, 2000. (Romance).
  • Luiz, o santo ateu . Natal: Editora da EDUFRN/Diario de Natal, 2006. (Biografia).

Referencias

  1. ≪Morre ex-deputada Heloneida Studart≫ . O Globo . Consultado em 12 de julho de 2022  
  2. a b Marcelo Hailer, ed. (13 de julho de 2022). ≪Quem foi Heloneida Studart, a feminista e deputada do PT que da nome ao Hospital da Mulher no RJ≫ . Revista Forum . Consultado em 14 de julho de 2022  
  3. a b c d e f g h i j k l m n o Americo Oscar Freire e Marieta de Moraes Ferreira, ed. (1999). ≪Depoimento Heloneida Studart≫ (PDF) . Nucleo de Memoria Politica Carioca e Fluminense da Fundacao Getulio Vargas . Consultado em 14 de julho de 2022  
  4. ≪Osvaldo Studart≫ . Camara dos Deputados . Consultado em 14 de julho de 2022  
  5. a b c Cunha, Cecilia (abril de 2008). ≪Uma escritora feminista: fragmentos de uma vida≫ . Revista de Estudos Feministas . 16 (1). doi : 10.1590/S0104-026X2008000100028  
  6. Heloneida Studart (27 de dezembro de 1996). ≪Lei nº 2663, de 27 de dezembro de 1996≫ . Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) . Consultado em 28 de abril de 2024  
  7. Heloneida Studart (29 de abril de 1998). ≪Ordem do dia: Proposta De Emenda Constitucional 33/97≫ . Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) . Consultado em 28 de abril de 2024  
  8. Antonio Puga (29 de junho de 1997). ≪Cinema Fechado≫ 34925 ed. Niteroi : jornal O Fluminense , disponivel na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional . p. 6 . Consultado em 13 de abril de 2024  
  9. ≪Morre ex-deputada Heloneida Studart≫ . Jornal Extra. 3 de dezembro de 2007 . Consultado em 14 de julho de 2022  
  10. ≪Morre a ex-deputada Heloneida Studart≫ . Fiocruz. 5 de dezembro de 2007 . Consultado em 14 de julho de 2022  
  11. ≪Morre ex-deputada estadual Heloneida Studart≫ . G1. 3 de dezembro de 2007 . Consultado em 14 de julho de 2022  
  12. ≪Ideli Salvatti apresenta voto de pesar pelo falecimento da feminista Heloneida Studart≫ . Agencia Senado. 5 de dezembro de 2007 . Consultado em 14 de julho de 2022  
  13. Vanessa Costa (ed.). ≪Alerj entrega diploma Heloneida Studart de cultura na proxima segunda-feira≫ . Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro . Consultado em 14 de julho de 2022  
  14. Governo do Estado do Rio de Janeiro (ed.). ≪Heloneida Studart≫ . Informacao em Saude do RJ . Consultado em 14 de julho de 2022  
  15. ≪Mulheres sao homenageadas com Premio Heloneida Studart≫ . Prefeitura de Marica . Consultado em 14 de julho de 2022