Francisco de Melo da Cunha de Mendonca e Meneses

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Francisco de Melo da Cunha de Mendonca e Meneses
Francisco de Melo da Cunha de Mendonca e Meneses
Nascimento 26 de abril de 1761
Morte 7 de abril de 1821
Cidadania Reino de Portugal
Ocupacao politico

Francisco de Melo da Cunha de Mendonca e Meneses ( 26 de abril de 1761 ? 7 de abril de 1821 ) foi um militar e politico portugues .

Foi monteiro-mor do reino, gentil-homem da camara da rainha D. Maria I, gra-cruz da Ordem de Cristo e da Ordem de Nossa Senhora da Conceicao , presidente do senado da Camara de Lisboa, governador e capitao general do Algarve, governador da Torre de Belem , tenente-general , e um dos governadores do reino em 1807 e 1809 .

Em 1802 o principe regente D. Joao (actuando em nome da rainha D. Maria I de Portugal ) deu-lhe o titulo de 1º conde de Castro Marim e em 1808 o titulo de Marques de Olhao .

Entre 1809 e 1820 foi reconduzido a governador do Reino de Portugal . [ 1 ]

Biografia [ editar | editar codigo-fonte ]

Entrou para o Exercito como cadete, sendo promovido a alferes em maio de 1782, no Regimento de Infantaria N.º 4 .

Sucedeu na casa dos Cunhas em 1778 a seu pai. Casou em 29 de novembro de 1783 com D. Joaquina Teles da Silva, filha dos marqueses de Penalva .

Foi promovido a capitao em setembro de 1786 e foi nomeado coronel do Regimento de Cascais em 1793.

Sucedeu ao seu primo Francisco de Melo no oficio de monteiro-mor do Reino em 16 de fevereiro de 1789 .

Partiu para a Catalunha a 1793 participando, como comandante do seu regimento, em toda a campanha do Rossilhao , de 1793 a 1795, por este ter integrado a Divisao Auxiliar que foi apoiar o exercito espanhol na guerra contra a Republica francesa .

Foi incluido na promocao que premiou os servicos prestados durante aquela expedicao a Espanha, sendo graduado em marechal de campo . Em 1797 foi nomeado capitao-general e governador das Armas do Algarve.

Na Guerra de 1801 defendeu o Algarve de uma tentativa de invasao espanhola, o que lhe valeu o titulo de Conde de Castro Marim, dado por decreto de 14 de novembro de 1802, outorgado para premiar o unico feito de armas da Guerra de 1801, na Europa.

Em 1807 , estando ao cargo do governo das armas do Algarve e ja como tenente-general, as tropas francesas comandadas por Junot , entraram em Portugal. Com a ida da corte para o Brasil, foi nomeado presidente do Senado da Camara de Lisboa e do Conselho de Regencia , tendo regressado ao Algarve , quando Junot assumiu o governo de Portugal em nome de Napoleao .

Em junho de 1808, encontrando-se em Tavira , ocorreu no Algarve uma revolta contra a invasao francesa . Assumiu desde logo a presidencia da junta que se constituiu em Faro . Quando as forcas populares se congregaram para expulsar os soldados de Napoleao , o conde de Castro Marim comandou as tropas que entao se organizaram no Algarve, passou ao Alentejo, chegou a Beja no dia 19 de Agosto, e seguindo depois para Lisboa.

A revolta do Algarve foi a primeira de que se teve noticia no Brasil, devido a noticias dadas por pescadores de Olhao que atravessaram o Atlantico ate ao Rio de Janeiro numa embarcacao de pesca . Devido a esse feito foi nomeado marques de Olhao em 21 de dezembro de 1808.

Encontrava-se nas imediacoes de Palmela quando foi assinada a convencao de Sintra , em 30 de Agosto, contra a qual protestou da mesma forma que fez o general das tropas do norte Bernardim Freire de Andrade .

Foi escolhido para integrar a nova Regencia, e ate 1820 exerceu os cargos da governador do reino e de membro do Conselho de Guerra . Depois da revolucao de 1820 afastou-se dos negocios publicos, tendo falecido no ano seguinte. [ 2 ] [ 3 ]

Referencias