한국   대만   중국   일본 
Guilherme de Ockham ? Wikipedia, a enciclopedia livre Saltar para o conteudo

Guilherme de Ockham

Origem: Wikipedia, a enciclopedia livre.
(Redirecionado de William of Ockham )
Guilherme de Ockham
Guilherme de Ockham
Representacio de Guillem d'Occam en una vidriera emplomada de l'esglesia de Tots els Sants a Ockham ( Surrey ).
Nascimento William of Ockham
Desconhecido
Ockham ( Reino da Inglaterra )
Morte 9 de abril de 1349
Munique ( Ducado da Baviera )
Cidadania Reino da Inglaterra
Alma mater
Ocupacao filosofo , teologo , logico , fisico , escritor
Empregador(a) Universidade de Oxford
Obras destacadas Sum of Logic
Movimento estetico nominalismo , Escolastica
Religiao Igreja Catolica

Guilherme de Ockham , em ingles William of Ockham (existem varias grafias para o nome deste franciscano: Ockham, Occam, Auquam, Hotham e Olram; [ 1 ] Ockham , 1285 ? Munique , 9 de abril de 1347 ), foi um frade franciscano , filosofo , logico e teologo escolastico ingles, considerado como o representante mais eminente da escola nominalista , principal corrente oriunda do pensamento de Roscelino de Compiegne (1050-1120). Guilherme de Ockham, tambem conhecido como o "doutor invencivel" ( Doctor Invincibilis ) e o "iniciador veneravel" ( Venerabilis Inceptor ), nasceu na vila de Ockham , nos arredores de Londres , na Inglaterra , em 1285, e dedicou seus ultimos anos ao estudo e a meditacao num convento de Munique , onde morreu em 9 de abril de 1347, possivelmente vitima da peste negra .

Ockham e reconhecido como um importante contribuinte para o desenvolvimento de ideias constitucionais ocidentais, especialmente para a ideia de governo com responsabilidade limitada. [ 2 ] Ele foi um dos primeiros autores medievais a defender uma forma de separacao igreja/Estado, foi importante para o desenvolvimento precoce da nocao de direitos de propriedade. Suas ideias politicas sao consideradas "naturais" ou "seculares", defendendo um absolutismo secular. As opinioes sobre a responsabilizacao monarquica defendida em seu Dialogo (escrito entre 1332 e 1347) influenciaram muito o movimento Conciliar e ajudaram no surgimento de ideologias democraticas liberais. [ 2 ] [ 3 ] Para ele, os papas e os lideres religiosos nao tem nenhum direito ou motivos para tratar um governo secular como sua propriedade. Isto faz parte de um governo unicamente terreno, que tambem pode acusar o Papa de crimes, se necessario. [ 4 ]

Na logica, Ockham escreveu em palavras as formulas que mais tarde seriam chamadas de Leis de De Morgan , [ 5 ] alem de escrever sobre a logica ternaria, ou seja, sobre um sistema logico com tres valores da verdade. Este conceito que seria retomado na logica matematica dos seculos XIX e XX. Suas contribuicoes para a semantica, especialmente para a teoria do amadurecimento da suposicao, ainda sao estudadas por logicos. [ 6 ] [ 7 ] William de Ockham foi provavelmente o primeiro logico a tratar efetivamente de termos vazios no silogismo aristotelico. [ 8 ]

Biografia [ editar | editar codigo-fonte ]

Quaestiones in quattuor libros sententiarum

Quando ainda em idade precoce, ingressou na Ordem Franciscana , onde estudou Filosofia . Acredita-se que ainda jovem, foi para a Universidade de Oxford ensinar ciencias filosoficas e matematica , mas nunca teria concluido seu mestrado (o habitual grau de graduacao naqueles tempos). [ 9 ] Teve contato com outro franciscano, o filosofo e teologo, Duns Scot , do qual se tornou discipulo. Escreveu varios ensaios sobre as Sententiarum Libri (Sentencas) do teologo Pedro Lombardo .

Um ponto drastico de sua vida ocorreu quando Occam chegou a conclusao de que o papa Joao XXII estava defendendo uma heresia acerca da pobreza evangelica. [ 10 ] Em funcao da controversia que surgiu, Occam fugiu para Pisa , e, em seguida, acompanhou o imperador Luis da Baviera para Munique . Em Munique, continuou a atacar a figura do Papa, redigiu varios ensaios abordando a infalibilidade papal, defendendo a tese de que a autoridade do lider e limitada pelo direito natural e pela liberdade dos liderados , esta afirmada nos Evangelhos, deixando sua situacao com a Igreja cada vez mais dificil. Um de seus argumentos mais fortes foi a afirmacao categorica que um cristao nao contraria os ensinamentos evangelicos ao se colocar ao lado do poder temporal em disputa com o poder papal .

Guilherme de Ockham e o conceito de Liberdade [ editar | editar codigo-fonte ]

Esboco de uma Summa logicae - Manuscrito de 1341 com a inscricao frater Occham iste

E um filosofo que deixa transparecer sua intensa luta pela liberdade . O individuo seria capaz de escolher e saber o que e certo e errado sem nenhuma intervencao exterior. O homem teria o direito de decidir o seu fim e a sociedade nao deveria impor nada a ele. Para a etica , a liberdade e o assunto por excelencia. A liberdade e muito importante para a etica, porque se ocupa do livre arbitrio, da finalidade de nossa vida e existencia.

Para Ockham, a liberdade apresenta-se como a possibilidade que se tem de escolher entre o sim ou o nao, de poder escolher entre o que me convem ou nao e decidir e dar conta da decisao tomada ou de simplesmente deixar acontecer.

A preocupacao de Guilherme de Ockham e com o fato de que o poder organizado e moralizado e contrario a natureza e a liberdade a nos concedida por Deus . Isto nao e admitido como verdade por todos os filosofos, e no pensamento medieval do qual Ockham e um representante, isso era uma total desestruturacao de uma cultura organizacional e sociedades vigentes.

Ockham denuncia aqueles que em nome da religiao , passaram a usurpar o livre arbitrio. E que tais usurpadores entendem, assim como ele, a liberdade como um dom de Deus e da natureza.

Ockham situa a acao humana no individuo e suas escolhas reais e concretas, presentes nao em verdade ou entes universais, mas nas coisas e situacoes particulares, individuais. Distingue faculdades humanas de faculdades animais, ou seja, o homem possui a capacidade de viver pela arte e pela razao , que no entendimento do filosofo seriam as faculdades humanas e e por elas que deve agir e nao pelas faculdades animais (seus instintos ). Pressupoe-se assim que e de nossa propria natureza a capacidade de escolha exercida por meio do livre arbitrio, entendida como presente de Deus e da natureza .

O principio de Ockham [ editar | editar codigo-fonte ]

Ockham escreveu sua obra cognominada Ordinatio , esta discorria que todo conhecimento racional tem base na logica, de acordo com os dados proporcionados pelos sentidos.

Uma vez que nos so conhecemos entidades palpaveis, concretas, os nossos conceitos nao passam de meios linguisticos para expressar uma ideia, portanto, precisam da realidade fisica, para as comprovacoes.

Criou a maximas pluralidades nao devem ser postas sem necessidade (em latim : pluralitas non est ponenda sine neccesitate ), chamado de a Navalha de Occam , no ingles, Occam's Razor .

A Navalha de Ockham [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Navalha de Ockham

Conceito bastante revolucionario para a epoca, a Navalha de Occam defende a intuicao como ponto de partida para o conhecimento do universo.

Ockham com destreza conseguiu demonstrar que o "Duns Scotus" , principio da economia , conhecido como a "navalha de Occam" , estabelece que "as entidades nao devem ser multiplicadas alem do necessario, a natureza e por si economica e nao se multiplica em vao" .

O confronto de duas teorias [ editar | editar codigo-fonte ]

Este e um principio filosofico que reza o seguinte: existindo diversas teorias e nao havendo evidencias que comprovem se e mais verdadeira alguma em relacao a outras, vale a mais simples , ou se existirem dois caminhos que levem ao mesmo resultado, usa-se o mais curto, e que pode ser provado sensorialmente . Em outras palavras, nao se deve aplicar a um fenomeno nenhuma causa que nao seja logicamente dedutivel da experiencia sensorial . A regra, inspirada na economia medieval, foi usada pelo filosofo para eliminar muitas das entidades com que os pensadores escolasticos explicavam a realidade .

O erro do simplismo [ editar | editar codigo-fonte ]

O simplismo aparente da Navalha de Occam , se mal aplicado, pode muitas vezes nos induzir a erros de avaliacao em determinados momentos da logica . Por exemplo, ao efetuarmos determinados experimentos, nem sempre a simplificacao e correta, mesmo que o resultado seja muito proximo, ou ate identico, porem e bastante util quando o utilizamos em experimentos praticos para comprovar se teorias matematicas num determinado campo sao concordantes.

Simplicidade e perfeicao [ editar | editar codigo-fonte ]

Nem sempre a simplicidade e a perfeicao, mas a perfeicao quase sempre e simples. Muitos autores usam a expressao de que, a simplicidade e a perfeicao , quando se lida com experimentos que exigem certo grau de complexidade. Ao utilizar solucoes simplistas de analise, poder-se-a incorrer em erros que podem destruir muitas vezes um trabalho de anos. Simplicidade nao e sinonimo de facilidade ou simplismo. Em geral obter uma visao ou uma explicacao simples para temas complexos exige um esforco maior do que criar visoes complexas, mesmo que corretas, sobre o mesmo tema.

O Calculo Diferencial e Integral , assim como grande parte das descobertas cientificas da humanidade certamente passou, ao longo de sua historia , por inumeras reformulacoes decorrentes do aprendizado e realimentacao pelas comunidades cientificas (Em geral na fisica e na matematica ) ate chegar ao curriculo basico de qualquer curso de matematica de nivel superior. A simplicidade e consequencia da experiencia, da criatividade e da capacidade de sintetizacao, alem de outros talentos.

Principios de analise logica [ editar | editar codigo-fonte ]

Um dos mais importantes e a falta de dados para comprovar se a teoria A e mais correta que a teoria B , ambas tendo o mesmo resultado, porem os calculos e argumentos da teoria A sendo muito mais complexa que para a teoria B. A comunidade cientifica escolhera sempre a segunda opcao, a mais simples.

Einstein e as simplificacoes [ editar | editar codigo-fonte ]

Provavelmente, quando escreveu que as teorias devem ser tao simples quanto possivel, mas nem sempre devemos escolher as mais simples , Albert Einstein estava se referindo ao principio de Occam em sua Teoria da Relatividade , pois sabia que as hipoteses testadas muitas vezes caiam em contradicoes, apesar do resultado ser aparentemente perfeitas. Dai pode ter sido a utilizacao do principio de Occam em alguns pontos considerados contraditorios em seu postulado, pois em matematica, as vezes verdades claras a luz das deducoes tornam-se contraditorias ao passar para uma linguagem coloquial.

Trabalhos [ editar | editar codigo-fonte ]

A edicao padrao das obras filosoficas e teologicas e: William de Ockham: Opera philosophica et theologica , Gedeon Gal, et al., Eds. 17 vols. St. Bonaventure, NY: The Franciscan Institute, 1967?88. O setimo volume da Opera Philosophica contem as obras duvidosas e espurias. Todas as obras politicas, exceto o Dialogus , foram editadas em HS Offler, et al., Eds. Guilelmi de Ockham Opera Politica , 4 vols., 1940?97, Manchester: Manchester University Press [vols. 1-3]; Oxford: Oxford University Press [vol. 4].

Legenda das abreviacoes: OT = Opera Theologica voll. 1?10; OP = Opera Philosophica voll. 1-7.

Escritos filosoficos [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Summa logicae (c. 1323, OP 1).
  • Expositionis in Libros artis logicae prooemium , 1321?24, OP 2).
  • Expositio in librum Porphyrii de Praedicabilibus , 1321?24, OP 2).
  • Expositio in librum Praedicamentorum Aristotelis , 1321?24, OP 2).
  • Expositio in librum in librum Perihermenias Aristotelis , 1321?24, OP 2).
  • Tractatus de praedestinatione et de prescientia dei respectu futurorum contingentium (Tratado sobre Predestinacao e o Pre-conhecimento de Deus com respeito aos Contingentes Futuros, 1322-24, OP 2).
  • Expositio super libros Elenchorum (Exposicao das refutacoes sofisticas de Aristoteles, 1322?24, OP 3).
  • Expositio in libros Physicorum Aristotelis. Prologus et Libri I?III (Exposicao da Fisica de Aristoteles) (1322?24, OP 4).
  • Expositio in libros Physicorum Aristotelis. Prologus et Libri IV?VIII (Exposicao da Fisica de Aristoteles) (1322?24, OP 5).
  • Brevis summa libri Physicorum (Breve Summa da Fisica, 1322?23, OP 6).
  • Summula philosophiae naturalis (Pequena Summa da Filosofia Natural, 1319?21, OP 6).
  • Quaestiones in libros Physicorum Aristotelis (erguntas sobre os Livros de Fisica de Aristoteles, antes de 1324, OP 6).

Escritos teologicos [ editar | editar codigo-fonte ]

  • In libros Sententiarum (Comentario sobre as sentencas de Peter Lombard).
    • Book I (Ordinatio) foi concluido pouco depois de julho de 1318 (OT 1?4).
    • Books II?IV (Reportatio) 1317?18 (transcricao das palestras; OT 5?7).
  • Quaestiones variae (OT 8).
  • Quodlibeta septem (before 1327), (OT 9).
  • Tractatus de quantitate (1323?24. OT 10).
  • Tractatus de corpore Christi (1323?24, OT 10).

Escritos politicos [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Opus nonaginta dierum (1332?34).
  • Epistola ad fratres minores (1334).
  • Dialogus (before 1335).
  • Tractatus contra Johannem [XXII] (1335).
  • Tractatus contra Benedictum [XII] (1337?38).
  • Octo quaestiones de potestate papae (1340?41).
  • Consultatio de causa matrimoniali (1341?42).
  • Breviloquium (1341?42).
  • De imperatorum et pontifcum potestate [tambem conhecido como "Defensorium"] (1346?47).

Escritos duvidosos [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Tractatus minor logicae (1340?47?, OP 7).
  • Elementarium logicae (1340?47?, OP 7).

Escritos espurios [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Tractatus de praedicamentis (OP 7).
  • Quaestio de relatione (OP 7).
  • Centiloquium (OP 7).
  • Tractatus de principiis theologiae (OP 7).

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

Wikiquote
Wikiquote
O Wikiquote possui citacoes de ou sobre: William de Ockham

Referencias

  1. MERINO, Jose A. "Historia de la Filosofia Medieval", p. 288
  2. a b William of Ockham (Stanford Encyclopedia of Philosophy): Stanford.edu
  3. ≪British Academy ? William of Ockham: Dialogus≫ . www.britac.ac.uk  
  4. Virpi Makinen, Keskiajan aatehistoria , Atena Kustannus Oy, Jyvaskyla, 2003, ISBN   9517963106 , ISBN   9789517963107 . Pages 160, 167?168, 202, 204, 207?209.
  5. In his Summa Logicae , part II, sections 32 and 33.Translated on page 80 of Philosophical Writings , tr. P. Boehner, rev. S. Brown, (Indianapolis, IN, 1990)
  6. Priest, Graham ; Read, S. (1977). ≪The Formalization of Ockham's Theory of Supposition≫ (PDF) . Mind . LXXXVI (341): 109?113. doi : 10.1093/mind/LXXXVI.341.109  
  7. Corcoran, John ; Swiniarski, John (1978). ≪Logical Structures of Ockham's Theory of Supposition≫. Franciscan Studies . 38 : 161?83. JSTOR   41975391 . doi : 10.1353/frc.1978.0010  
  8. John Corcoran (1981). "Ockham's Syllogistic Semantics", Journal of Symbolic Logic , 46 : 197?198.
  9. Brundage, James (2008). Wilfried Hartmann e Kenneth Pennington, ed. The history of medieval canon law in the classical period (em ingles). . [S.l.]: Catholic University of America Press. p. 115. 456 paginas. ISBN   0813214912 . Consultado em 19 de dezembro de 2012  
  10. Spade, Paul Vincent, "William of Ockham" , The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Fall 2008 Edition), Edward N. Zalta (ed.).

Ligacoes externas [ editar | editar codigo-fonte ]