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A Historia do Declinio e Queda do Imperio Romano

Origem: Wikipedia, a enciclopedia livre.
Edward Gibbon,
por Henry Walton [ 1 ]

A Historia do Declinio e Queda do Imperio Romano (no original em ingles The History of the Decline and Fall of the Roman Empire ) e uma obra monumental de Edward Gibbon . E considerada um marco no campo da historia e e frequentemente considerada a primeira obra "moderna" de historia. Foi publicado em seis volumes. O primeiro volume foi publicado em 1776 e o ultimo volume em 1788 . Gibbon devotou grande parte da sua vida a esta obra.

Gibbon, como muitos historiadores antes do estabelecimento da ciencia da arqueologia , dependia de fontes literarias. Ele recorreu muito raramente a fontes secundarias de historiadores ou literatos ja falecidos, preferindo recorrer a contemporaneos ou quase-contemporaneos. Uma razao importante para que a obra de Gibbon tenha prevalecido no tempo foi o seu julgamento prudente e esclarecido quanto a fidelidade das fontes e ainda o seu esforco diligente na sistematizacao das afirmacoes de outros historiadores. Um livro que Gibbon certamente consultou foi Grandeur et decadence des Romains (seu titulo menos utilizado, por extenso: Considerations sur les causes de la grandeur des Romains et de leur decadence ) por Montesquieu .

A obra e considerada a primeira da historia "moderna" porque procura explicacoes para eventos historicos em termos de sociedade, cultura e politica, em vez de seguir uma logica de um plano divino. Autores cristaos previos quase sempre explicaram acontecimentos em termos religiosos e nao procuraram as explicacoes "neste mundo". Gibbon manteve-se fiel a um cepticismo critico e escreveu uma versao bem diferente da historia.

Apos a sua publicacao inicial, provocou uma consideravel controversia. Nao apenas rejeitou a atribuicao do curso da historia a um plano divino, mas tambem escreveu extensivamente sobre a cristandade no seu inicio, em termos que apesar de serem historicamente precisos e detalhados, nem sempre sao favoraveis aos cristaos da antiguidade.

Controversia: capitulos XV, XVI [ editar | editar codigo-fonte ]

O volume I foi originalmente publicado em secoes, como era comum para grandes trabalhos na epoca. As duas primeiras foram bem recebidas e muito elogiadas. A quarta secao do volume I, especialmente os capitulos XV e XVI, foram altamente controversos, e Gibbon foi atacado como "pagao". Gibbon desafiou a historia ao estimar numeros de martires cristaos bem menores do que o tradicionalmente aceito. Devido ao fato de que a Igreja Catolica tinha o virtual monopolio e suas proprias interpretacoes latinas eram consideradas sacrossantas, o resultado foi que os escritos da Igreja raramente foram questionados antes. Para Gibbon, porem, os escritos da Igreja eram fontes secundarias, e ele as preteriu em favor de fontes primarias contemporaneas do periodo estudado. Esta e a razao de Gibbon ser considerado "o primeiro historiador moderno".

Ele comparou o reinado de Diocleciano (284?305), e Carlos V (1519?1556) e o eleitorado do Sacro Imperio Romano-Germanico , construindo o argumento de que os dois eram surpreendentemente similares. Ambos imperadores foram assolados por guerras continuas e taxacao excessiva; ambos escolheram abdicar como imperadores aproximadamente com a mesma idade; e ambos escolheram uma vida tranquila apos a aposentadoria.

O excerto que se segue, do capitulo XV, e o ultimo paragrafo do volume I. Este excelente exemplo demonstra o estilo da escrita de Gibbon, o seu uso da ironia e de humor e o seu cepticismo acerca da historia da cristandade num paragrafo:

"Mas como deveremos perdoar a negligencia indiferente do mundo pagao e filosofico que foram apresentadas, nao para seu julgamento mas para os seus sentidos? Durante a epoca de Cristo e seus apostolos , e dos seus primeiros discipulos, a doutrina que eles professavam era confirmada por inumeros prodigios. Os coxos caminhavam, os cegos viam, os doentes eram curados, os mortos ressuscitavam, demonios eram esconjurados e as leis da Natureza eram frequentemente suspensas em beneficio da igreja. Mas os sabios de Roma e da Grecia desinteressaram-se deste horrivel espetaculo e, prosseguindo as suas ocupacoes normais da vida e do estudo, pareciam inconscientes de quaisquer alteracoes na moral e no governo material do mundo. Sob o reinado de Tiberio , o mundo inteiro, ou pelo menos a celebrada provincia do Imperio Romano , estava envolvido na obscuridade sobrenatural. Mesmo este evento miraculoso, que deve ter apelado a curiosidade e devocao da humanidade, passou sem grande noticia numa epoca de ciencia e de historia. Aconteceu durante a vida de Seneca e de Plinio o Velho , que devem ter experimentado os efeitos imediatos ou recebido a informacao mais privilegiada do prodigio. Qualquer um destes filosofos recolheu detalhadamente os fenomenos da natureza, tremores de terra , cometas e eclipses que a curiosidade infatigavel pode recolher. Quer um quer outro omitiram uma mencao ao maior fenomeno que algum mortal testemunhou desde a criacao do globo."

Porem, no que diz respeito as origens do cristianismo, Gibbon omite os seguintes fatos:

I) Se o velho Plinio nao mencionou nada a respeito de Cristo e dos cristaos, o mesmo nao se pode dizer de seu sobrinho, Plinio, o moco, que viveu ate o inicio do seculo II, quando o cristianismo ja estava mais difundido pelo territorio do imperio romano.

II) Seneca e o velho Plinio foram contemporaneos de Cristo, mas viviam numa regiao muito distante da Palestina e num tempo em que as noticias demoravam para chegar e, quando eram entremeadas de eventos extraordinarios, provavelmente recebiam pouco credito, ja que diversas narrativas fantasticas de diversos povos "barbaros" deviam circular corriqueiramente pelo imperio. Por que acreditariam de imediato numa historia sobre um judeu taumaturgo ressuscitado apos uma morte por crucifixao? Talvez, se Cristo tivesse aparecido ao proprio Pilatos, o governador romano da Judeia, os grandes do imperio poderiam ter dado algum credito a historia, mas nao foi o caso. Cristo apareceu apenas aos seus e a unica excecao foi o perseguidor fariseu Saulo de Tarso e ninguem mais.

III) Como hoje sabemos, existem outras fontes antigas e extra biblicas que mencionam o cristianismo nas suas origens, como Suetonio, Luciano de Samosata, Flavio Josefo e Publio Cornelio Tacito.

A data de 476 d.C. , ano da deposicao do ultimo imperador de Roma ( Romulo Augusto ) pelo herulo Odoacro e apontada como Edward Gibbon como o ano da queda do Imperio Romano do Ocidente , o que e convencionalmente aceito e considerado como o fim da Antiguidade e inicio da Idade Media .

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Constantino I (272-337) - primeiro imperador romano a reconhecer o Cristianismo
  • Edito de Milao (313) - documento historico. O Cristianismo deixa de ser perseguido
  • Primeiro Concilio de Niceia (325) - primeira conferencia dos bispos da igreja com a tolerancia (e mesmo o apoio) do imperador romano
  • Jeronimo de Estridao (340-420) - tradutor da Biblia para o Latim. Um passo importante na expansao da religiao crista no Imperio Romano, imediatamente antes do colapso deste

Referencias

  1. ≪National Portrait Galery≫ (em ingles). National Portrait Galery - Edward Gibbon. 2009 . Consultado em 7 de janeiro de 2010  

Bibliografia [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Gibbon, Edward (1989). Declinio e queda do Imperio Romano . Sao Paulo: Companhia da Letras: Circulo do Livro  

Ligacoes externas [ editar | editar codigo-fonte ]

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