A
Serra do Marao
e a setima maior elevacao de
Portugal Continental
, com 1416 metros de altitude, 681 metros de
proeminencia topografica
e 59,9 km de
isolamento topografico
.
[
1
]
Situa-se na regiao de transicao do
Douro Litoral
para
Tras os Montes e Alto Douro
.
No ponto mais alto encontra-se o
vertice geodesico
do Marao e o Observatorio Astronomico do Marao.
A sua presenca confere ao clima do interior transmontano um carater continental. Apresenta uma boa mancha vegetal. Embora sejam frequentes os incendios de Verao, e essencialmente constituida por
pinheiros
. A vinha e a cultura dominante nas zonas habitadas das suas encostas meridionais.
Geologicamente e composta ou por largas manchas
xistosas
ou
graniticas
, existindo na zona da localidade de
Campanho
uma pequena bolsa calcaria, que e explorada para fins agricolas (para correccao da acidez dos solos).
Ao longo da serra encontram-se diversas instalacoes abandonadas da exploracao de minas de
volframio
que tiveram o seu auge nos tempos da
Segunda Guerra Mundial
.
Constitui um obstaculo natural que atrasou de forma significativa o progresso do Interior Trasmontano ate o seculo XIX. Contornado-o pelo Sul, a
Linha do Douro
afigurou-se a via mais rapida para ultrapassar o Marao desde a decada de 1880, para onde convergiram outras vias ferreas paralelas ao Marao, garantindo um fluxo de passageiros e mercadorias continuo.
Com a chegada da
EN15
, a situacao pouco mudou, dadas as caracteristicas de estrada de montanha sinuosa que esta representa ainda hoje. O
IP4
foi a primeira rodovia a marcar de forma visivel uma mudanca no acesso entre Tras-os-Montes e o Litoral, mas devido ao seu tracado ainda o Marao constitui um perigoso ponto de passagem, somando acidentes entre
Amarante
e
Vila Real
.
Em 2016 foi completado o prolongamento da
A4
entre Amarante e a fronteira de
Quintanilha
(Braganca), denominada ≪Autoestrada Transmontana≫, incluindo o novo troco entre Amarante e Vila Real (alternativo ao IP4) o
Tunel do Marao
, o maior tunel rodoviario da
Peninsula Iberica
, o que permite percorrer este caminho de uma forma mais segura, tendo surgido como forma de evitar os acidentes que se sucediam, ano apos ano, no IP4.
Referencias