한국   대만   중국   일본 
Rife ? Wikipedia, a enciclopedia livre Saltar para o conteudo

Rife

Origem: Wikipedia, a enciclopedia livre.
  Nota: Para o rabino, veja Isaac Alfasi .
Rife
Rife
Vista de Xexuao (Chefchaouen), uma das cidades situada nas montanhas do Rife
Localizacao
Coordenadas 35° N 4° O
Localizacao Magrebe
Pais(es) Marrocos
Caracteristicas
Altitude maxima 2 456 m
Cumes mais altos Jbel Tidirhine
Comprimento 360
Notas Faz parte do Arco de Gibraltar juntamente com a Cordilheira Betica
Rife está localizado em: Marrocos
Rife
Localizacao do Rife em Marrocos

O Rife [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ] (em frances : Rif ; em berbere : Arif ou Arrif ???? ; em arabe : ????? ; romaniz. : er-Rif ) e uma regiao montanhosa no norte de Marrocos , que se estende do Cabo Espartel e Tanger , a oeste, ate ao Cabo das Tres Forcas , Melilha e Nador , praticamente ate a fronteira com a Argelia , a leste, e do Mar Mediterraneo , a norte, ate ao rio Uarga e Alto Mulucha ( Moulouya ) a sul. E um regiao tradicionalmente isolada e desfavorecida, habitada sobretudo por populacoes berberes , embora tambem haja populacoes minoritarias de origem arabe . Uma das etnias berberes caracteristica da regiao, os rifenhos , concentra-se sobretudo junto a Al Hoceima e Nador. A populacao da regiao e cerca de 2 500 000 habitantes. A lingua materna da maior parte dos habitantes do Rife e o rifenho (ou tamazight rifenho, ou ainda tarifit), embora muita gente, principalmente os mais jovens, falem tambem arabe marroquino , castelhano e frances . As regioes historicas de Jebala e Kebdana fazem parte do Rife. Modernamente, a regiao e partilhada pelas seguintes provincias marroquinas (de oeste para leste): Tetuao , Ouezzane , Xexuao , Taounate , Taza , Al Hoceima , Nador , Driouch e Berkane . O enclave espanhol de Melilha, situado a norte de Nador. Entre as cidades maiores cabe destacar Al Hoceima, Nador e Melilha.

Geografia e geologia [ editar | editar codigo-fonte ]

Em termos geologicos , a cadeia do Rife faz parte do Arco de Gibraltar (juntamente com a Cordilheira Betica do outro lado do Mediterraneo ), uma orogenia do Terciario . As montanhas do Rife apresentam um relvo abrupto nas margens do Mediterraneo desde Saidia ate Tetuao e e frequente que as montanhas terminem em escarpas muito acentuadas, que contrastam com as colinas relativamente suaves dos arredores de Tanger . Embora segundo algumas classificacoes situem os limites noroeste do Rife em El Jebha , na provincia de Xexuao, numa perspetiva mais alargada Tanger e Ceuta fazem tambem parte do Rife, uma designacao que abarca todas as zonas montanhosas situadas entre Tanger e Ceuta ate ao vale do Moulouya e a fronteira argelina, a norte do Medio Atlas .

As montanhas mais altas da cordilheira encontram-se a oeste (Rife Ocidental, relativamente perto de Tetuao , Xexuao , Issaguen e Targuist ) e a leste (Rife Oriental, perto de Al Hoceima, Nador e Melilha). A montanha mais alta e o Jbel Tidirhine , com pouco mais de 2 450 m de altitude, situado entre Taounate , cerca de 100 km a sudoeste de Al Hoceima. Fora dessas duas regioes onde as montanhas sao mais altas, o relevo e muito menos acentuado e ha varias zonas planas entre as zonas montanhosas.

A leste, os cumes calcarios estao povoados por arvores, nomeadamente azinheiras , que na seccao central dao lugar a bosques de altitude de cedros , onde habita, entre outras especies, o macaco da Barbaria (ou de Gibraltar ). Sobretudo na regiao de Ketama , uma das culturas mais usuais e a Cannabis sativa (localmente conhecido como kif ). Na regiao de Al Hoceima os terrenos tem tendencia a ser quase desprovidos de vegetacao. Dai ate Oujda (situada a sul de uma fertil planicie costeira, junto a fronteira com a Argelia ) o terreno esta pejado de leitos de cursos de agua secos, chamados localmente ighezran .

As praias da costa do Rife, ao pe das montanhas, sao das melhores de Marrocos, e constituem um atrativo turistico. [ carece de fontes ? ]

Geologia [ editar | editar codigo-fonte ]

A orogenia alpina (segunda metade do Terciario ), originada pelo deslocamento de Africa para norte e o choque consequente com a Europa , iniciou a sua elevacao, bem como a das cadeias montanhosas atuais que rodeiam o Mediterraneo. O Rife e entao, pela sua idade e pela sua forma, uma tipica cadeia alpina, com um sope antigo sobre o qual se apoiam series sedimentares do Secundario e Terciario, muito deformadas por dobras e falhas de cavalgamento , sobrepondo-se os do norte aos do sul. Esta compressao originou um metamorfismo em grau variavel, sendo especialmente intenso na zona da costa.

A nivel estrutural, o Rife divide-se em tres partes: Rife interno, Rife medio e Rife externo.

Rife interno [ editar | editar codigo-fonte ]

Estende-se desde Ceuta ate Jebha e reaparece perto de Nador , no cabo das Tres Forcas e no macico de Beni Bucraa. No interior compreende as zonas de Tetuao e Xexuao . E formado por unidades tectonicas cavalgamentos orientadas para sudoeste, umas sobre as outras.

As unidades mais antigas sao as denominadas Sebtidas e sao formadas por rochas plutonicas ( peridotitos ) e rochas metamorficas de grau alto ( gnaisses de cabo Negro ). Seguem-se em antiguidade as Gomarides, formadas por materiais paleozoicos ( quartzitos , xistos e ardosias ).

No interior encontra-se a dorsal calcaria , que apresenta tres conjuntos separados:

  • El Hauz, que se vai do monte Hacho (Ceuta) e chega ate ao monte Dersa, em Tetuao.
  • A dorsal calcaria propriamente dita, que vai dos montes Gorgues e Bu Zaitun, das proximidades de Tetuao, ate Bab Taza e Asifan.
  • Os Bocoya, perto de Al Hoceima.

A dorsal calcaria e formada por materiais do Secundario que abarcam o Triassico , Jurassico Medio e Cretaceo Inferior . Na sua base aparecem dolomitos cinzentos e nos cumes calcarios claros, por vezes misturados com calcarios detriticos verdes violaceos. A dorsal cavalga sobre as unidades do Rife medio.

Rife medio [ editar | editar codigo-fonte ]

A sul das unidades anteriores aparecem as capas de Flysch , que se empilham de norte a sul. Sao depositos do Secundario e Terciario que se depositaram em zonas mais ou menos ditanciadas de taludes continentais e embora em todos esses depositos se observe uma alternancia de arenitos , argilas e por vezes calcarios, cada conjunto tem a sua propria historia. Em muitos casos sao mantos aloctones que nao tem relacao entre si.

A dorsal soprepoe-se a oeste a capa de Beni Ider e a leste a capa de Tisiren, e estas ultimas cavalgam sobre as capas de Tanger e Ketama .

Rife externo [ editar | editar codigo-fonte ]

Compreende as colinas de Ouezzane e arredores de Meknes , formadas por margas depositadas no Mioceno Superior . Na zonas mais oriental houve uma intensa atividade vulcanica durante o Mioceno Superior, visivel no cabo Quilates, cabo das Tres Forcas, no monte Gurugu e Beni Bu Ifrur.

O levantamento recente da costa e evidenciado pela existencia de praias e falesias costeiras por cima do nivel atual do mar, pela inclinacao pronunciada das torrentes de desaguam no mar e pelo predominio de escarpas.

Encontram-se as paisagens tipicamente carsticas , formadas sobre capas calcarias muito deformadas, por vezes quase verticais. A rede fluvial instalada desde o Pleistoceno Inferior escavou gargantas e vales profundos, com cascatas , arcos naturais de rocha e formacoes de tufa calcaria . Sao frequentes as grutas, afloramentos de agua, dolinas e lapiases em sulco. As encostas, que com frequencia ultrapassam os mil metros, a inexistencia de estradas ou pistas, tornam o transito dificil na regiao e muitos locais so sao acessiveis por caminhos pedonais.

Flora [ editar | editar codigo-fonte ]

A medida que se vai de Xexuao para Ketama pelas acidentadas alturas do Rife, aumentam os bosques de cedro e carvalho devido ao aumento da humidade e precipitacao associado a altitude, o que torna a zona ideal para tipos de cultivo diferentes dos praticados nas planicies costeiras. A pluviosidade , que ultrapassa os 1 000 mm anuais, e a neve dos cumes, que duram ate maio, mantem bosques tipicos de latitudes mais humidas. A vegetacao e tipicamente mediterranica e vai desde as partes baixas com bosques de coniferas e Tetraclinis e zambujeiros , que na maior parte das vezes se encontram muito degradados, mas conservam exemplares centenarios em pequenos bosques junto de santuarios e cemiterios. Nesses bosques desenvolvem-se sub-bosques de lentisco , murta e medronheiro , alem de ser frequente encontrar especimes de grande porte de alfarrobeiras . A medida que se sobe em altitude, vao aparecendo os bosques mais humidos de carvalhos, sobreiros , abetos e cedros.

Nos leitos dos rios e barrancos crescem bosques de aloendros e freixos e, em lugares mais altos, laurissilvas e alguns amieiros centenarios.

Florestas de abetos e cedros [ editar | editar codigo-fonte ]

O abeto-espanhol ( Abies pinsapo ) forma bosques relativamente bem conservados, situados nos cumes das montanhas calcarias do Rife ocidental (montes Tisuka, Meggu, Lakraa, Tazaot, Tisirene, etc.), entre 1 500 e 2 000 metros de altitude. E frequente que esses bosques nao sejam puros e juntamente com os abetos crescam cedros, pinheiros-bravos ( Pinus pinaster hamiltonii ), pinheiros-laricios norteafricano ( Pinus nigra subsp. mauritanica ), azinheiras ( Quercus ilex ), carvalhos-portugueses ( Quercus faginea ), aceres ( Acer opalus granatense ), teixos ( Taxus baccata ), azevinhos ( Ilex aquifolium ), espinheiros-brancos ( Crataegus ), que no Hauz (regiao de Tetuao) chegam a formar pequenos bosques com exemplares arboreos.

As matas de abetos estao protegidas e a maior parte delas encontram-se no Parque Nacional de Talassemtane (leste de Xexuao), mas sofrem de diversas ameacas, como os incendios provocados pelos camponeses para conseguirem mais terras agricolas e as mudancas climaticas globais que estao a aumentar a temperatura media.

O cedro-do-atlas ( Cedrus atlantica ) e uma arvore florestal que forma bosques frondosos no Rife ocidental e central, que oucpam cerca de 15 000  ha . Cresce entre os 1 200 e 2 400 m e e usual marcar o limite superior do bosque nas altas montanhas do norte de Africa.

Montados [ editar | editar codigo-fonte ]

A azinheira ( Quercus ilex ) forma bosques que ocupam as encostas mais quentes, junto aos bosques de abetos. Tambem se encontra dispersa entre outras formacoes florestais, como as de cedros, pinheiros e sobreiros. Cresce em todo o tipo de solos, desde o nivel do mar ate aos 2 400 m, tolerando diferencas de temperatura ate 40 °C.

O sobreiro ( Quercus suber ) e uma arvore tipicamente mediterranica que forma grandes bosques em solos siliciosos , soltos, bem arejados e relativamente humidos. Ainda que cresca em altitudes que vao do nivel do mar ate aos 1 500 m, necessita precipitacao elevada ou se isso nao acontece, o solo e o ambiente devem ser muito humidos. Nao suporta bem as geadas .

Carvalhais [ editar | editar codigo-fonte ]

Este tipo de florestas sao formadas principalmente por carvalho-das-canarias ( Quercus canariensis ), mas tambem por carvalho-portugues ( Quercus faginea ). Crescem em qualquer tipo de solo, embora o ultimo prefira os terrenos calcarios acima dos 1 000 m e o carvalho-das-canarias prefira os terrenos siliciosos desde o nivel do mar ate aos 1 700 m. Ambos requerem bastante humidade, pelo que os melhores bosques crescem em zonas onde as precipitacoes medias anuais sao superiores aos 1 000 mm.

Os bosques de carvalho-das-canarias encontram-se muito desenvolvidos no Rife centro-oriental, misturando-se frequentemente com montados de sobreiro. Os bosques de carvalho-portugues ocorrem principalmente nas montanhas calcarias do Rife ocidental e nos xistos do Rife central, como a regiao do Jbel Tidirhine .

Florestas de Tetraclinis [ editar | editar codigo-fonte ]

Estas florestas de coniferas, exclusivas do Norte de Africa , constituem provavelmente as formacoes florestais vivas mais antigas do Rife, remontando a sua existencia ao Terciario .

A Tetraclinis articulata (tuia-da-argelia, cipreste-do-atlas, tuia da Barbaria, arar ou sandarac) cobre uma superficie de 750 000 ha em Marrocos. Cresce em qualquer tipo de solos, embora prefira os calcarios, desde o nivel do mar ate aos 1 200 m. Pode viver em solos muito pobres, em ambientes semiaridos, mas nao suporta a geada nem clima excessivamente continental . A maioria dos bosques atualmente existentes estao muito degradados e sao pouco densos, com arvores de pequeno porte.

A madeira e de muito boa qualidade, aromatica, duravel, nao racha facilmente e e facil de trabalhar. Quando a parte aerea e cortada, forma-se uma cepa subterranea que volta a brotar. Esta cepa, chamada lubia , pode ter ate um metro diametro e a sua madeira apresenta belos desenhos multicoloridos. Atualmente e usada para fabricar pequenos objetos na regiao de Essaouira e e comercializada com o nome de "madeira de tuia".

Fauna [ editar | editar codigo-fonte ]

As montanhas do Rife albergam uma subespecie propria de abelha melifera , a Apis mellifera major , usada em apicultura . Entre as especies endemicas de anfibios destaca-se a Rana saharica . Os repteis sao semelhantes aos europeus, destacando-se apenas uma especie endemica, a Lacerta pater , semelhante ao sardao . A tartaruga-grega ( Testudo graeca ) e cagados sao especialmente abundantes.

Os protagonistas da regiao sao o javali e o macaco-de-gibraltar (ou da Barbaria, Macaca sylvanus ), o primeiro pela sua abundancia, patenteada nos rastos que deixa, e o segundo por ser o unico primata do Norte de Africa. Dizimados pelo homem, os macacos refugiaram-se em zonas isoladas de dificil acesso e so se mostram a quem passa na regiao de Akchour , dentro do Parque Nacional de Talassemtane.

Outras especies de mamiferos presentes no Rife sao o chacal , a raposa , texugo , gineta , o gato-montes africano ( Felis libyca ), porco-espinho, Atelerix algirus (ourico-mulato[?]), doninha ( Mustela nivalis ) e lontra .

A avifauna e diversa, abundante e facil de avistar. Apesar de aparentemente os pica-paus , chapins , tentilhoes , perdizes , gaios , trepadeiras , etc. serem como os europeis, na realidade ha muitas diferencas marcantes. O pombos-torcazes ( Columba palumbus ), falcoes , alveolas ( Motacilla ) e rolas sao muito abundantes.

Historia [ editar | editar codigo-fonte ]

Antiguidade e Idade Media [ editar | editar codigo-fonte ]

O Rife e povoado desde a Pre-historia . No seculo XI a.C. os fenicios estabeleceram-se nas costas mediterranicas e atlanticas , fundando entrepostos comerciais e cidades como Tetuao , Melilha e, no seculo V a.C. , Tanger .

Mais tarde, os cartagineses substituiram os fenicios como potencia dominante na regiao. Na Terceira Guerra Punica (149?146 a.C.) , os Roma derrotou Cartago e o Rife passou a fazer parte da provincia romana da Mauritania . Durante o reinado do imperador Claudio (e. 41?54 d.C.) , Tinjis (Tanger) tornou-se a capital da provincia da Mauritania Tingitana .

No seculo V a regiao foi invadida pelos vandalos , que desalojaram os romanos. No seculo VI os bizantinos conquistaram uma parte da regiao.

Em 710, o lider arabe Sale I ibne Almancor Alimiari ( al-Abd as-Sali ) fundou o Emirado de Necor , convertendo algumas tribos berberes ao Islao . Os arabes fundaram entao numerosas cidades. No seculo XV muitos muculmanos vindos da Peninsula Iberica exilaram-se no Rife, trazendo consigo a sua cultura, nomeadamente a musica andalusina (do Alandalus ), e chegaram a fundar a cidade de Xexuao . Em 1415 Ceuta foi conquistada pelos portugueses e em 1497 os espanhois da Casa de Medina Sidonia ocuparam Melilha com o beneplacito da rainha Isabel, a Catolica .

Influencia espanhola [ editar | editar codigo-fonte ]

As influencias espanholas no Rife remontam ao seculo XV , quando muitos muculmanos fugidos de Espanha durante o reinado dos Reis Catolicos ali se instalaram. No seculo XX a regiao fez parte do chamado Marrocos Espanhol , o protetorado que vigorou entre 1912 e 1956. Isso explica o estilo " andaluz " observado em muitos edificios, o dominio generalizado da lingua espanhola e influencias na gastronomia , como o uso da tortilha e da paella .

No entanto, as tribos do Rife resistiram durante muito tempo a serem subjugados pelos espanhois. Com desejos independentistas, os berberes nunca viram com bons olhos que o seu povo fosse absorvido por Espanha ou pelo reino de Marrocos. Durante os seculos XIX e XX ocorreram diversos confrontos, dos quais se destacam os seguintes:

O Rife em Marrocos [ editar | editar codigo-fonte ]

Devido as pressoes a favor da independencia dos territorios marroquinas sob o seu controlo, Espanha assinou em abril de 1956 a independencia do Rife. No entanto, a regiao foi praticamente excluida da vida politica de Marrocos independente e em 1958 estalou a Revolta do Rife contra o exercito marroquino, que se saldou em cerca de 8 000 mortos rifenhos. A laia de punicao, o rei Hassan II ( r. 1961?1999) , que liderou o esmagamento da rebeliao, pouco ou nada fez durante o seu reinado ? um periodo que e conhecido como anos de chumbo ? para desenvolver a regiao, que se afundou na pobreza e analfabetismo. O ensino e estudo da lingua e cultura berberes foram suprimidos, com o objetivo de evitar uma nova revolta e o recrudescimento de desejos de independencia. O castigo foi levantado pelo rei Maome VI quando chegou ao poder e atualmente ja se estuda a cultura e sobretudo a lingua berbere em diversos institutos.

No enclave espanhol de Melilha, a situacao dos rifenhos mudou radicalmente com os acontecimentos de 1986, quando uma revolta popular dirigida por Aomar Mohamedi Dudu exigiu que os rifenhos fossem reconhecidos como cidadaos espanhois. O entao delegado do governo espanhol Manuel Cespedes (do PSOE ), concedeu uma medida sem precedentes, outorgando a grande maioria dos berberes residentes em Melilha (portadores do chamado cartao de estatistica) o Documento Nacional de Identidade , uma medida sem precedentes que teve a oposicao, entre outros, dos partidos Alianca Popular e Uniao do Povo Melilhense . Desde entao, os rifenhos melillenses, agora espanhois, reivindicam a sua condicao cultural e a sua lingua como "autoctones".

Em 2008 o rei marroquino declarou como "fora da lei" o principal partido politico berbere, o Partido Democratico Amazigue Marroquino (PDAM), o que originou muito descontentamento popular.

Populacao [ editar | editar codigo-fonte ]

Ha diferencas entre o que e o Rife em termos geograficos e o que e em termos culturais. O termo rifenho nao se aplica aos habitantes das montanhas proximas de Tetuao e Xexuao, uma regiao que e chamada de Jebala (ou Yebala), patria dos jeblis (ou yeblis ou yebala , que significa "montanheses"), que sao etnicamente berberes mas falam arabe . Os rifenhos vivem sobretudo em volta de Al Hoceima e de Nador, onde ha povoacoes que pouco ou nada foram alterados pelas potencias colonizadoras francesa e espanhola ou pela chamada "marroquinizacao" que se seguiu a independencia deste pais.

O aspeto fisico da maior parte dos habitantes contradiz o estereotipo (muitas vezes erroneo no que respeita a muitas etnias berberes) sobre os marroquinos serem todos de tez e cabelos escuros, pois ha uma proporcao consideravel de individuos de pele e olhos claros (azuis, verdes ou cinzentos) e cabelo loiro ou ruivo, que fazem lembrar os norte-europeus.

Notas e referencias [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Texto inicialmente baseado na traducao dos artigos Rif na Wikipedia em castelhano (acessado nesta versao ) e Rif na Wikipedia em frances (acessado nesta versao ).
  1. ≪rifenho≫ . Dicionario da Lingua Portuguesa (www.infopedia.pt) . Porto Editora . Consultado em 11 de janeiro de 2012 . Copia arquivada em 11 de janeiro de 2012  
  2. ≪rifenho≫ . Dicionario Aulete (aulete.uol.com.br) . Lexikon Editora Digital . Consultado em 11 de janeiro de 2012 . Copia arquivada em 11 de janeiro de 2012  
  3. Correia, Paulo (2023). ≪Berberes ? geografia e linguas≫ (PDF) . A folha ? Boletim da lingua portuguesa nas instituicoes europeias (73 ? outono de 2023). pp. 10?19. ISSN   1830-7809  
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre o Rife