Rebecca Gomperts
(
Paramaribo
,
29 de julho
de
1966
) e uma medica radicada em
Amsterda
e fundadora das organizacoes sem fins lucrativos
Women on Waves
e
Women on Web
, que fornecem servicos de
saude reprodutiva
para mulheres em paises onde nao sao prestados. Em 2013 e 2014 ela foi incluida na lista
100 Mulheres
, da
BBC
.
[
1
]
[
2
]
Em
2018
Gomperts fundou a organizacao sem fins lucrativos Aid Access, que atua nos
Estados Unidos
. Uma especialista em
aborto
e ativista, ela e geralmente considerada a primeira ativista pelo direito ao aborto a cruzar as fronteiras internacionais.
[
3
]
Gomperts foi incluida na
lista das 100 pessoas mais influentes
de 2020 da revista
Time
.
[
4
]
Rebecca Gomperts nasceu em
1966
em
Paramaribo
, capital do
Suriname
.
[
5
]
Ela mudou-se para os
Paises Baixos
aos tres anos de idade e cresceu na cidade portuaria de
Vlissingen
.
[
6
]
Seus movimentos pela
Europa
desde muito cedo criaram nela uma consciencia internacional que impulsionaria sua futura carreira.
Gomperts mudou-se para
Amsterda
em meados da
decada de 1980
, apos a conclusao do ensino medio.
[
3
]
Tendo um interesse por artes e ciencias, Gomperts estudou
artes visuais
e
medicina
. Ela completou um curso de quatro anos de arte na Gerrit Rietveld Academie, estudando
arte conceitual
, enquanto ao mesmo tempo frequentava a faculdade de medicina.
[
7
]
Ao descobrir que a arte nao era o caminho que desejava seguir, mergulhou no mundo da medicina; Gomperts nao encontrou sua vocacao no campo da medicina reprodutiva ate mais tarde em sua carreira medica.
Apos formar-se em medicina, Gomperts trabalhou em um pequeno hospital na
Guiana
como medica estagiaria.
[
6
]
Foi la que, aos 25 anos, ela testemunhou a realidade do aborto ilegal pela primeira vez.
[
8
]
Em 1997, ela era uma medica de 31 anos radicada em
Amesterdao
que realizava abortos legais.
[
3
]
Entre 1997-1998, Gomperts navegou com um navio do
Greenpeace
chamado
Rainbow Warrior
II como medica residente e ativista ambiental.
[
3
]
Apos suas viagens com o Greenpeace, o interesse de Gomperts em s
aude reprodutiva
aumentou. Gomperts queria que os danos a saude e as taxas de mortalidade por abortos em casa diminuissem, entao elaborou um programa baseado na ideia radical de que as mulheres podem fazer abortos em lugares onde as clinicas de aborto sao altamente restritas ou nao existem.
[
9
]
Gomperts usou contatos que ela fez durante a escola de arte para ajuda-la a projetar e financiar uma clinica movel.
[
9
]
Um amigo proximo dela, Joep van Lieshout, concordou em ajudar a projetar a clinica. A ideia colaborativa era que a clinica fosse uma obra de arte funcional, uma clinica movel a bordo de um navio, para que pudesse passar legalmente pelas fronteiras internacionais sem que o equipamento medico fosse apreendido. Gomperts solicitou fundos do Conselho Nacional de Artes, precisando de
$
500 000 em equipamentos medicos e
$
190 000 no total de capital inicial.
[
10
]
A bolsa para a clinica movel veio da Fundacao
Mondriaan
.
[
7
]
A formacao de Gomperts em arte permitiu que ela colocasse seu sonho em acao, e sua clinica movel tornou-se “um espaco de fusao do trabalho que e simbolico com o trabalho social”.
Gomperts fundou sua organizacao
Women on Waves
em 1999, apos retornar da sua viagem no navio Rainbow Warrior II. A
Women on Waves
estava levando servicos de aborto nao cirurgico e educacao para paises em todo o mundo que nao os tinham.
[
11
]
Usando a doacao da Fundacao Mondriaan, a Women on Waves alugou um barco no qual a clinica movel seria montada. Muitos meios de comunicacao ficaram chocados com o fato de Gomperts nao estar nem um pouco preocupada com a possibilidade de seu navio ser detido, apreendido ou afundado ao entrar nas aguas de uma nacao.
[
10
]
Women on Waves fez muitas viagens. A noticia se espalhou rapidamente de que ela estava tentando alcancar paises onde o aborto era ilegal atraves de suas aguas, e muitos desses paises adotaram medidas para impedi-la.
[
3
]
A primeira viagem foi para a
Irlanda
, depois
Polonia
,
Portugal
,
Espanha
,
Marrocos
e
Guatemala
.
[
6
]
Embora sua primeira viagem de onze dias a
Dublin
tenha sido considerada mal sucedida pela midia, a Women On Waves recebeu mais de 200 pedidos de aborto de mulheres em terra que precisavam de sua ajuda, o que foi mais atencao do que Gomperts jamais imaginou. O Women on Waves nunca teve a intencao de resolver o problema do aborto inseguro, mas de ajudar a criar precedentes legais nas areas cinzentas das leis de aborto dos paises, para alcancar todas as mulheres que nao tiveram ajuda de seus proprios medicos, e para prevenir o ato perigoso de abortos ilegais.
O Women on Waves enfrentou muitos desafios durante as viagens.
[
12
]
Em uma de suas viagens a
Portugal
, sua clinica movel nao foi autorizada a atracar. Ao inves disso, Gomperts fez uma aparicao em um
talk show
local.
[
9
]
Ela falou sobre como uma mulher poderia fazer um aborto seguro sozinha em casa e todos os outros conselhos medicos que ela poderia dar no ar. Foi entao que Gomperts percebeu que poderia alcancar mais pessoas pela internet do que de barco. “No final, nosso navio nunca sera uma solucao estrutural para o enorme numero de mulheres que precisam de aborto,”
[
3
]
disse ela.
Foi quando, em 2005, foi fundada a segunda organizacao de Gomperts,
Women on Web
. Em 2016, a Women on Web estava recebendo mais de 10 000 emails por mes de mais de 123 paises em todo o mundo,
[
6
]
onde mulheres perguntavam questoes variadas, desde como administrar
pilulas abortivas
e conselhos sobre
contraceptivos
ate consultoria de relacionamento.
Gomperts tem dois filhos e vive em Amsterdao.
[
5
]
Vessel
, um documentario sobre a missao de Gomperts no Women on Waves, estreou em
2014
no Southwest Film Festival. Este documentario testemunhou a criacao de uma rede de ativistas da saude reprodutiva liderada por Gomperts.
[
13
]
O
Women on Web
tambem teve uma campanha publicitaria que anunciou seus servicos por meio da marca de roupas
Diesel
.
[
14
]
Referencias
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipedia em
ingles
cujo titulo e ≪
Rebecca Gomperts
≫.