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Italianos

Origem: Wikipedia, a enciclopedia livre.
(Redirecionado de Povo italiano )
Italianos
Bandeira da Italia
Mapa da diaspora italiana ao redor do mundo.
Populacao total

~ 60 milhoes no mundo (Italianos: c 54 929 091 na Italia; 6 013 216 no exterior)

Regioes com populacao significativa
  Italia 55 818 099 [ 1 ]
  Argentina 869 000 [ 2 ]
  Alemanha 785 088 [ 2 ]
Suica 557 000 [ 2 ]
  Brasil 477 952 [ 2 ]
  Franca 434 085 [ 2 ]
  Reino Unido 359 995 [ 2 ]
  Estados Unidos 283 350 [ 2 ]
  Belgica 274 404 [ 2 ]
Espanha 192 036 [ 2 ]
  Australia 152 982 [ 2 ]
  Canada 142 192 [ 2 ]
  Venezuela 107 778 [ 2 ]
Uruguai 103 780 [ 2 ]
Linguas
Predominantemente italiano .
Religioes
Predominantemente catolicos .

Os italianos sao uma etnia da Europa Ocidental , primariamente associados a lingua italiana . Sao um grupo etnico que vive predominantemente na Italia e, atraves da emigracao italiana , em paises como Brasil , Argentina , Estados Unidos , Venezuela , Colombia , Paraguai , Chile , Alemanha , Franca , Uruguai , Canada e Australia .

Origens [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Historia genetica da Italia

A historia genetica dos italianos atuais foi muito influenciada pela geografia e pela historia. Os ancestrais da maioria dos italianos sao identificados como povos italicos (dos quais os mais notaveis sao os latinos , mas tambem os umbrios , sabinos e outros) e e geralmente aceito que as migracoes dos povos germanicos que se seguiram durante os seculos apos a queda do Imperio Romano nao alteraram significativamente a composicao genetica dos italianos, por causa do numero relativamente pequeno de invasores, em comparacao com a grande populacao que constituia a Italia romana. [ 3 ]

O povo italiano e, geneticamente, um dos mais diversos da Europa . Diferentes populacoes se estabeleceram no atual territorio italiano ao longo dos milenios: agricultores do Oriente Proximo , italicos, ligures , etruscos , fenicios , gregos , celtas , ostrogodos , lombardos , francos , normandos , arabes , berberes , albaneses , austriacos entre outros. Todos eles deixaram seu legado genetico na atual populacao italiana, alguns em proporcoes maiores, outros superficialmente. [ 4 ]

A genetica e ancestralidade dos italianos e oriunda sobretudo dos agricultores da Anatolia , que chegaram a Italia no Neolitico . [ 5 ] [ 6 ]

Ha uma notavel diferenca genetica entre os sardos , os italianos do norte e os italianos do sul. Os nativos do norte da Italia estao mais proximos aos espanhois e occitanos , [ 7 ] [ 8 ] [ 9 ] [ 10 ] enquanto os do sul da Italia estao mais proximos aos gregos . [ 11 ] No entanto, a distancia genetica entre os italianos do norte e do sul, embora grande do ponto de vista da “nacionalidade”, e aproximadamente igual a dos alemaes do norte e do sul da Alemanha . [ 12 ] O fosso genetico entre os italianos do norte e do sul e preenchido por um aglomerado intermediario do centro da Italia, criando uma linha continua de variacao na Peninsula Italica e nas ilhas (com os sardos como isolados), que espelha a geografia. [ 13 ]

A antropologia molecular nao encontrou evidencias de um fluxo genetico do norte significativo na peninsula italiana nos ultimos 1 500 anos. Portanto, a maior parte da etnogenese italiana ocorreu antes das invasoes germanicas ou nao europeias. Estudos de DNA mostram que apenas a colonizacao grega da Sicilia e do sul da Italia teve um efeito duradouro na paisagem genetica local. [ 14 ] [ 15 ]

Do Paleolitico ao Neolitico [ editar | editar codigo-fonte ]

Todas as populacoes humanas nao africanas descendem de um unico grupo que saiu da Africa ha, pelo menos, 60 mil anos, se fixando no Oriente Medio , dali migrando para a Europa pela primeira vez ha 45 mil anos. [ 16 ]

A Europa vem sendo habitada por seres humanos ha pelo menos 40 mil anos. Todas as populacoes humanas nao africanas descendem de um unico grupo que saiu da Africa ha cerca de 100 mil anos e foi para o Oriente Medio. Assim, africanos e asiaticos foram os responsaveis pelo povoamento do continente europeu, mesmo que essas migracoes tenham ocorrido em momentos diferentes e talvez repetidamente. [ 17 ] [ 18 ] [ 19 ]

Durante o Ultimo maximo glacial , que durou aproximadamente entre ha 26,5 mil anos e 19 mil anos, grande parte da Europa estava coberta pelo gelo, tornando praticamente impossivel a presenca humana. Dessa forma, os europeus paleoliticos foram forcados a se fixar em regioes mais ao sul de clima mais ameno, como a Italia. [ 4 ]

A agricultura foi descoberta no Levante ha aproximadamente 12 mil anos e foi adotada pelos povos da Anatolia logo em seguida. [ 20 ] Os agricultores anatolios introduziram a agricultura na Grecia ha cerca de nove mil anos, alcancando o sul da Italia mil anos depois, dali levando a agricultura para o restante do territorio italiano ao longo dos seculos seguintes. [ 4 ]

Com a chegada dos agricultores neoliticos, a maioria dos cacadores-coletores que anteriormente habitavam a Italia fugiram da peninsula e os que permaneceram ali se miscigenaram aos recem-chegados. [ 4 ] [ 5 ]

Povos italicos [ editar | editar codigo-fonte ]

Na Idade do Bronze , chegaram a Europa, vindos da Estepe Pontica , povos proto-indo-europeus , que inicialmente migraram para os Balcas ha cerca de seis mil anos. Dali, subiram o rio Danubio e invadiram a Europa Central e Ocidental a partir de 4,5 mil anos atras. Acredita-se que um povo do ramo indo-europeu, falante de uma lingua proto-italica , cruzou os Alpes e invadiu a Italia ha cerca de 3 200 anos, estabelecendo a cultura Villanova . Essas tribos italicas conquistaram toda a peninsula, mas se estabeleceram principalmente no norte e centro da Italia, sobretudo ao longo do rio Po e na Toscana , se miscigenando com as populacoes que ja viviam ali. Durante o fim da Idade do Bronze e o comeco da Idade do Ferro , outras tribos indo-europeias se estabeleceram no norte da Italia, tais como os ligures na Liguria , os leponcios e os gauleses no Piemonte e os venetos no Veneto . [ 4 ]

Etruscos, fenicios, gregos e romanos [ editar | editar codigo-fonte ]

Entre 1200 e 539 a.C. , os fenicios construiram um vasto imperio comercial que se estendia do Libano , sua terra de origem, passando pelo sul do mar Mediterraneo ate atingir a Peninsula Iberica . Na Italia, eles tiveram colonias no oeste da Sicilia e no sul e oeste da Sardenha. [ 4 ]

Outro povo que habitou a Italia foram os etruscos , que apareceram por volta de 750 a.C.. A sua origem continua um misterio: alguns acreditam que eram originarios da Anatolia, mas ainda nao ha certeza quanto a isso. Os etruscos falavam uma lingua nao indo-europeia e que nao tem nenhuma relacao com nenhum outro idioma antigo a parte do retico dos Alpes e do lemnio da regiao do mar Egeu . E provavel que os etruscos vieram de algum lugar do Mediterraneo Oriental e impuseram seu idioma sobre as tribos italicas que viviam na Toscana e ao longo do rio Po. [ 4 ]

Mapa das linguas italicas antes da expansao do latim .

No sul da Italia, os gregos antigos tambem se estabeleceram. A partir do seculo VIII a.C., os gregos estabeleceram colonias por toda a costa de Campania , Calabria , Basilicata , sul da Apulia e na Sicilia (menos na ponta ocidental). Toda essa regiao ficou conhecida como Magna Grecia . Os gregos tambem colonizaram algumas porcoes do norte italiano, especificamente a Liguria, onde fundaram Genova . [ 4 ] O impacto que os gregos tiveram na composicao etnica do Sul da Italia e motivo de debate, com um estudo genetico estimando que 37% da ancestralidade dos atuais sicilianos tem origem grega, [ 15 ] enquanto outro estudo estima que apenas poucos milhares de gregos e algumas centenas de gregas imigraram para a Italia e que os atuais italianos do sul sao geneticamente mais proximos dos gregos das ilhas do que dos do continente. [ 21 ]

No seculo I , Roma se tornou a capital de um imperio vasto e cosmopolita. A imigracao para Roma fez a cidade crescer de 400 000 habitantes no seculo III a.C. para um milhao entre 27 a.C. e 14 d.C. . Como esses imigrantes vieram de todas as partes do imperio, e dificil estimar o impacto que tiveram na demografia de Roma e da peninsula Italica, mas foi consideravel, pelo menos na regiao do Lacio . [ 4 ]

Germanicos e bizantinos [ editar | editar codigo-fonte ]

Nos seculos IV e V, tribos germanicas e eslavas migraram para o sul e oeste e invadiram o Imperio Romano em busca de terras ferteis. Os vandalos foram os primeiros a chegar a Italia e, em seguida, foram para a Peninsula Iberica , para onde rumaram para o Magrebe em 429, onde fundaram um reino que tambem englobava a Sicilia, Sardenha e Corsega . Ao longo do seculo V, varios povos germanicos se estabeleceram na Peninsula Italica, como os ostrogodos , que reinaram sobre toda a Italia, exceto a Sardenha, ate 553. Eles foram sucedidos pelos lombardos (568-774), tambem germanicos, que tiveram que lutar pelo controle da Italia com os bizantinos . Os lombardos se estabeleceram mais densamente no nordeste italiano e na Lombardia , que recebeu este nome por causa deles. [ 4 ]

Afresco da cena de um banquete , Pompeia .

Os godos se originaram na Escandinavia e migraram para o sul, atingindo o Mar Negro , onde se misturaram com a populacao local. Depois, migraram para os Balcas no seculo III e ali permaneceram por duzentos anos, havendo tambem mistura com os locais. Assim, quando invadiram a Italia, os godos nao apenas trouxeram sua ascendencia germanica, mas tambem eslava e balcanica. Igualmente, os vandalos, antes de atingirem os territorios do Imperio Romano, ja haviam se estabelecido na Polonia , constituindo uma tribo heterogenea. Por outro lado, os lombardos, apos sairem da Escandinavia, passaram pela Europa Central , algumas poucas decadas antes de invadirem a Italia. Dessa forma, estes ultimos trouxeram uma maior contribuicao germanica para a Italia que os outros dois povos. [ 4 ]

De qualquer maneira, os invasores germanicos chegaram em numero pequeno a Italia e se dispersaram geograficamente a fim de governar e administrar o reino. Em consequencia, foram rapidamente diluidos dentro da populacao local. Algumas regioes da Italia nunca estiveram sob dominio lombardo, incluindo a Sardenha, Sicilia, Calabria, sul da Apulia, Napoles e Lacio. [ 4 ]

No Sul da Italia, a chegada dos bizantinos so fez aumentar a contribuicao etnica greco-anatolica que ja predominava na regiao desde os tempos da Magna Grecia. No Norte da Italia, por outro lado, que nunca foi colonizado pelos gregos (exceto a Liguria), os bizantinos introduziram novos elementos etnicos, particularmente na Emilia-Romanha , nas Marcas e no litoral do Veneto e da Liguria. [ 4 ]

Francos, arabes e normandos [ editar | editar codigo-fonte ]

Os francos conquistaram o Reino Lombardo em 774. Ao contrario de outros povos germanicos, a intencao dos francos nao era encontrar uma nova patria. Consequentemente, eles nao imigraram em massa para a Italia, limitando-se a trazer soldados e administradores, que nao eram necessariamente de ascendencia franca, mas tambem galo-romana . O seu impacto etnico na Italia foi, portanto, pouco expressivo. [ 4 ]

Logo apos a chegada dos francos, os sarracenos , de origem arabe, invadiram a Sicilia e o Sul da Italia, onde estabeleceram um emirado (831-1072). A maioria desses muculmanos saiu da Italia apos a conquista normanda no seculo XI . Os normandos , oriundos da Normandia e descendente de vikings dinamarqueses , invadiram a Sicilia em 1061 e conquistaram toda a ilha em 1091. [ 4 ]

Caracteristicas fisicas [ editar | editar codigo-fonte ]

Sardos em trajes tipicos.

A maioria dos italianos, em todas as regioes do pais, tem cabelos e olhos escuros. Segundo uma pesquisa, realizada no seculo XIX com milhares de italianos, a cor do cabelo da populacao italiana foi assim descrita: [ 22 ]

  • 60,14% tem cabelos castanhos;
  • 31,06% tem cabelos pretos;
  • 8,21% tem cabelos loiros;
  • 0,57% tem cabelos ruivos.

Existe, contudo, variacao regional. A proporcao de pessoas com cabelos escuros vai aumentando do Norte para o Sul. Assim, no Veneto (norte), 12,56% da populacao tem cabelos loiros, 61,73% castanhos e 24,93% pretos. Por outro lado, na Ilha da Sardenha (sul), apenas 1,72% tem cabelos loiros e 43,39% castanhos e 54,64% pretos.

No tocante a cor do olhos, a distribuicao na Italia foi a seguinte:

  • 60,30% tem olhos castanhos;
  • 20,61% tem olhos cinza;
  • 10,36% tem olhos azuis ou verdes;
  • 8,74% tem olhos pretos.

Em relacao a cor da pele, um estudo comparou quatro populacoes europeias, oriundas de Dublin ( Irlanda ), Varsovia ( Polonia ), Roma ( Italia ) e Porto ( Portugal ). Nessa amostra, os irlandeses tinham o tom de pele mais claro, seguidos pelos poloneses. Portugueses do Porto apresentaram pele mais clara que italianos de Roma. No tocante a cor dos olhos, novamente irlandeses apresentaram proporcao maior de olhos claros, seguidos pelos poloneses. Porem, italianos apresentaram maior incidencia de olhos claros que portugueses. [ 23 ]

Diaspora italiana [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Diaspora italiana
Napoleao , a personalidade italo-francesa mais notavel.
Papa Francisco , argentino de ascendencia italiana. [ 24 ] Segundo uma fonte, 63% da populacao argentina teria ancestralidade italiana. [ 25 ]
Mapa da diaspora italiana no mundo por numero.
   Italia
   + 10.000.000
   + 1.000.000
   + 100.000
   + 10.000

A migracao italiana para fora da Italia ocorreu em diferentes ciclos migratorios, durante seculos. [ 26 ] Uma diaspora em grande numero ocorreu apos a unificacao da Italia, em 1861, e continuou ate 1914, com o inicio da Primeira Guerra Mundial . Essa rapida saida de italianos para varias partes do mundo pode ser atribuida a fatores como a crise economica interna, que surgiu junto com a unificacao da Italia, a preocupacao com familia e o boom industrial que ocorreu no mundo ao redor da Italia. [ 27 ] [ 28 ]

Depois de sua unificacao, a Italia nao buscou o nacionalismo, mas, em vez disso, buscou trabalho. [ 27 ] No entanto, um Estado unificado nao constitui automaticamente uma economia solida. A expansao economica global, desde a Revolucao Industrial da Gra-Bretanha, no final do seculo XVIII e ate meados do seculo XIX, ate o uso de trabalho escravo nas Americas, nao atingiu a Italia ate muito mais tarde (com excecao do "triangulo industrial" entre Milao , Genova e Torino ). [ 27 ] Esse atraso resultou em um deficit de trabalho disponivel na Italia e na necessidade de procurar trabalho em outro lugar. A industrializacao em massa e a urbanizacao globalmente resultaram em maior mobilidade de mao de obra e a necessidade de os italianos permanecerem presos a terra para obter apoio economico diminuiu. [ 28 ]

Alem disso, melhores oportunidades de trabalho nao eram o unico incentivo para mudar; a familia desempenhou um papel importante na dispersao dos italianos em todo o mundo. Os italianos eram mais propensos a migrar para paises onde ja tinham uma familia estabelecida. [ 28 ] Esses lacos se mostram em muitos casos mais fortes do que o incentivo monetario para a migracao, levando em consideracao uma base familiar e possivelmente uma comunidade migrante italiana, maiores conexoes para encontrar oportunidades de trabalho, moradia etc. [ 28 ] Assim, milhares de homens e mulheres italianos partiram da Italia e se espalharam pelo mundo e essa tendencia so aumentou com a aproximacao da Primeira Guerra Mundial. [ 28 ]

Notavelmente, nao era como se os italianos nunca tivessem migrado antes; a migracao interna entre o norte e o sul da Italia antes da unificacao era comum. O norte da Italia se industrializou mais cedo do que o sul da Italia, portanto, era considerado mais moderno tecnologicamente e tendia a ser habitado pela burguesia. [ 29 ] Alternativamente, o sul da Italia, rural e agro-intensivo, era visto como economicamente atrasado e era povoado principalmente por camponeses de classe baixa. [ 29 ] Dadas essas disparidades, antes da unificacao (e possivelmente depois), as duas secoes da Italia, Norte e Sul, eram essencialmente vistas pelos italianos e outras nacoes como paises separados. Assim, migrar de uma parte da Italia para a outra poderia ser visto como se estivessem de fato migrando para outro pais ou mesmo outro continente. [ 29 ]

Alem disso, os fenomenos de migracao em grande escala nao retrocederam ate o final da decada de 1920, bem dentro do regime fascista, e uma onda subsequente pode ser observada apos o fim da Segunda Guerra Mundial . Outra onda esta acontecendo atualmente devido a crise da divida em curso.

Entre 1870 e 1970, cerca de 24 milhoes de italianos emigraram, sendo que o maior numero foi para os Estados Unidos, com 5,6 milhoes. O Brasil recebeu 1,5 milhao de italianos, sendo o sexto principal destino no mundo, conforme tabela abaixo:

Emigracao italiana (1870-1970) [ 30 ] pg.44
Pais de destino Numero de emigrantes recebidos (em milhoes)
Estados Unidos 5,6
Franca 4,1
Suica 3,0
Argentina 2,9
Alemanha 2,4
Brasil 1,5
Imperio Austro-Hungaro 1,1
Canada 0,6
Belgica 0,5
Australia 0,4
Venezuela 0,2
Gra-Bretanha 0,2
Europa 12,5
Americas e Australia 11,5
Total 24

Os numeros da diaspora italiana [ editar | editar codigo-fonte ]

Os dados sobre o numero de descendentes de italianos no mundo sao muito discrepantes, variando de 60 a 80 milhoes de pessoas. [ 31 ] Segundo uma estimativa, mais de 80 milhoes de pessoas de ascendencia total ou parcial italiana vivem fora da Europa, com mais de 60 milhoes vivendo na America do Sul (principalmente no Brasil , que, segundo essa mesma pesquisa, teria o maior numero de descendentes de italianos fora da Italia, [ 32 ] e na Argentina , onde mais de 62,5% da populacao teria pelo menos um ancestral italiano), [ 33 ] 20 milhoes vivendo na America do Norte ( Estados Unidos e Canada ) e 1 milhao na Oceania ( Australia e Nova Zelandia ). Outros vivem em outras partes da Europa (principalmente no Reino Unido , Alemanha , Franca e Suica ). A maioria dos cidadaos italianos que vivem no exterior residem em outras nacoes da Uniao Europeia . Uma comunidade italiana historica tambem existiu em Gibraltar desde o seculo XVI. Em menor grau, pessoas de ascendencia italiana total ou parcial tambem sao encontradas na Africa (principalmente nas ex-colonias italianas da Eritreia , que tem 100.000 descendentes, [ 34 ] Somalia , Libia , Etiopia e em outros paises como a Africa do Sul , com 77.400 descendentes, [ 35 ] Tunisia e Egito ), no Oriente Medio (nos ultimos anos os Emirados Arabes Unidos mantiveram um destino desejavel para os imigrantes italianos, com atualmente 10.000 imigrantes italianos), e na Asia ( Singapura abriga uma comunidade italiana consideravel). [ 34 ] [ 35 ]

Contudo, os metodos usados para contabilizar o numero de descendentes de italianos no mundo sao discrepantes. Por exemplo, nos Estados Unidos , no Canada ou na Australia , o censo pergunta de onde vieram os antepassados da populacao, portanto o numero de descendentes e baseado na autodeclaracao dos entrevistados. Esse metodo, porem, apresenta problemas, em decorrencia da miscigenacao etnica, das numerosas geracoes que separam os recenseados de seus antepassados e da pouca importancia que muitas pessoas dao para a ancestralidade. No caso dos Estados Unidos, as respostas parecem ser bastante inconsistentes, havendo variacoes muito grandes entre um censo e outro. [ 36 ] Ademais, no censo dos Estados Unidos, os americanos podem listar apenas dois paises em que tenham ancestralidade. [ 37 ] Contudo, muitos americanos tem ancestralidade em diversos paises, e essa metodologia pode impor um vies nas conclusoes da pesquisa e limitar os americanos que tem varias nacionalidades na sua ancestralidade. [ 37 ] [ 38 ] Quando solicitado a indicar apenas uma unica ancestralidade, o recenseado pode tender a listar apenas aquela ancestralidade com a qual se identifica mais ou que acha mais diferenciada. Ja outros vao indicar uma etnia simbolica ou mesmo inventada. [ 39 ] O metodo da autodeclaracao, portanto, muitas vezes nao reflete a realidade demografica. [ 36 ]

De qualquer maneira, em pesquisa demografica de 2016, quase 17 milhoes de norte-americanos autodeclararam-se como sendo de origem italiana, compondo mais de 5% da populacao dos Estados Unidos . [ 40 ] No censo de 2016 do Canada, cerca de 1,6 milhao de pessoas declararam ter origens italianas. [ 41 ] No censo de 2011 da Australia, 916 000 pessoas declararam ancestralidade italiana. [ 42 ]

Ja no caso do Brasil, o ultimo censo a questionar a ancestralidade da populacao foi o de 1940. Nessa pesquisa, 1 260 931 brasileiros disseram ser filhos de pai italiano, enquanto que 1 069 862 disseram ser filhos de mae italiana. Os italianos natos eram 285 mil e os naturalizados brasileiros, 40 mil. Portanto, italianos e filhos eram pouco mais de 3,8% da populacao do Brasil em 1940. Desde entao, os censos brasileiros nao fazem esse tipo de levantamento. [ 43 ] [ nota 1 ] Em consequencia, os dados sobre o numero de descendentes de italianos no Brasil sao muito discrepantes: ha fontes que falam em 18 milhoes, outras em 30 milhoes ou ate mesmo 42 milhoes. Nenhuma dessas fontes, contudo, explicaram como chegaram a esses numeros. [ 30 ] [ 44 ] [ 45 ] [ 46 ] [ 47 ]

O censo da Argentina tambem nao faz levantamento sobre ancestralidade familiar dos argentinos. [ 48 ] Diferentes fontes afirmam que a maioria dos argentinos tem ancestralidade italiana, embora nao esclarecam como chegaram a essa conclusao. [ 25 ] [ 49 ]

Ademais, boa parte dos descendentes de italianos no mundo ja perderam os vinculos com a Italia e a sua cultura. [ 45 ] Por exemplo, nos Estados Unidos, segundo pesquisa de 2006, das 16.512.242 pessoas que declararam ser de ancestralidade italiana, 92,3% apenas falavam ingles em casa. [ 50 ] Pesquisa de 2017 mostrou que a lingua italiana e a que esta mais rapidamente morrendo nos Estados Unidos, [ 51 ] e outra pesquisa apontou que 70% dos americanos descendentes de italianos nascidos apos 1970 ja eram filhos de casamentos mistos entre um italiano e um nao italiano. [ 52 ] Na Argentina, os italianos estavam entre os imigrantes que mais rapidamente adotavam o espanhol como lingua, [ 30 ] e boa parte dos descendentes ja sao misturados com nao italianos. [ 49 ] No caso do Brasil, os imigrantes que foram para o Sul tenderam a conservar mais os costumes e a lingua (a exemplo do talian ), ao passo que a assimilacao cultural ocorreu mais rapidamente entre aqueles que foram para o estado de Sao Paulo . [ 30 ] Em Minas Gerais , a assimilacao dos italianos foi tao rapida que a primeira geracao nascida no estado ja estava aculturada na sociedade majoritaria. [ 53 ]

Em relacao a diaspora, existem muitos individuos de ascendencia italiana que sao elegiveis para a cidadania italiana, pelo metodo de jus sanguinis , que vem do latim e significa "por sangue". No entanto, apenas ter ascendencia italiana nao e suficiente para se qualificar para a cidadania italiana. Para se qualificar, e necessario ter pelo menos um ancestral cidadao italiano que, apos emigrar da Italia para outro pais, tenha passado a cidadania para seus filhos, antes de ter-se eventualmente naturalizado como cidadao em seu novo pais. Ademais, e necessario que o ultimo antepassado italiano estivesse vivo em 1861, quando ocorreu a formacao do Reino da Italia . [ 54 ] E necessario, tambem, juntar toda a documentacao que comprove o grau de parentesco com o ancestral italiano. O governo italiano nao tem uma regra sobre quantas geracoes nascidas fora da Italia podem reivindicar a nacionalidade italiana. [ 55 ]

Italianos no Brasil [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Imigracao italiana no Brasil

A imigracao italiana no Brasil teve como apice o periodo entre 1880 e 1920. Segundo o embaixador da Italia no Brasil, cerca de 30 milhoes de brasileiros sao descendentes de imigrantes italianos. [ 56 ] Os italo-brasileiros estao espalhados principalmente pelos estados do Sul e do Sudeste do Brasil , quase metade no estado de Sao Paulo . Assim, os italo-brasileiros sao considerados a maior populacao de oriundi ( descendentes de italianos ) fora da Italia . [ 57 ]

Imigrantes italianos na Hospedaria dos Imigrantes de Sao Paulo (1890).

Segundo outra pesquisa, a porcentagem de brasileiros que alegam ter ancestralidade italiana e de 10,5% da populacao do Brasil, segundo pesquisa de 1999 do sociologo, ex-presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), Simon Schwartzman , o que, numa populacao de cerca de 200 milhoes de brasileiros, representaria em torno de 20 milhoes de descendentes. [ 58 ]

Segundo o demografo Miguel Angel Garcia, em pesquisa de 2003, entre 18 e 23 milhoes de brasileiros descendem de italianos, a maioria dos quais, segundo o demografo, nao mantem mais vinculos com a Italia e com a sua cultura e, portanto, nao podem ser considerados seriamente como "italianos" ou "italo-brasileiros". [ 45 ]

A maioria dos imigrantes italianos chegaram ao Brasil nas decadas seguintes a unificacao italiana , de modo que a identidade italiana desses imigrantes ainda era bastante debil, uma vez que eles se sentiam ligados mais a sua regiao de origem do que a patria; porem como os brasileiros desconheciam essas diferencas regionais e tratavam todos os cidadaos da Italia como meros "italianos", os imigrantes e descendentes foram transfigurando-se em italianos "genericos", abandonando ou amenizando o regionalismo. Por fim, a identidade italiana foi sendo substituida pela brasileira, ficando cada vez mais debeis as ligacoes com a Italia e com a cultura italiana. [ 45 ] [ 59 ] [ 60 ]

A muitos descendentes de italianos a lingua italiana ou o dialeto nao foram transmitidos, porem os descendentes mantiveram ou reinventaram os costumes italianos no Brasil. Essas praticas culturais permaneceram no ambiente domestico, em ambito familiar, nas narrativas de familia dos avos, que atualizavam o sentimento de pertencimento a Italia. Nas decadas de 1970 e de 1980, iniciou-se um movimento de rememoracao da identidade italiana entre os descendentes no Brasil, que "retomam o discurso etnico, os relatos de imigracao, o inventario das italianidades", o que da origem a um processo de "redescoberta da italianidade". [ 61 ]

Nas ultimas decadas, um numero significativo de brasileiros de origem italiana imigraram para a Italia por diversos motivos, mas um elemento sempre presente na escolha pela Italia e o fato de descenderem de italianos e de desejarem ter o reconhecimento da cidadania italiana. De fato, muitos descendentes, antes de irem para a Italia, tem uma concepcao imaginada do pais, narrada pelos seus avos, que e diferente da Italia contemporanea. Portanto, observa-se nos relatos dos descendentes que imigram para a Italia que esse encontro com a terra dos antepassados nao e isento de conflitos e tensoes, a comecar pela lingua, pois em regra falam o dialeto , e nao o italiano padrao. Alem do mais, embora muitos descendentes tragam elementos de uma identidade italiana construida no Brasil, e nao obstante muitos terem a cidadania italiana , eles nao sao reconhecidos como italianos pelos nativos, pois sao vistos como brasileiros ou estrangeiros e, por isso, sao objeto de "certo preconceito", mesmo sendo descendentes e brancos , problema o qual eles nao imaginavam ter que enfrentar. [ nota 2 ]

Identidade italiana [ editar | editar codigo-fonte ]

Os dialetos italianos

A Italia so se unificou como Estado no final do seculo XIX . Ate entao, era uma regiao dividida em diversos reinos e estados separados, cujos habitantes falavam linguas e dialetos completamente diferentes entre si. Em 1861, nao mais de 2% dos italianos sabiam falar a lingua italiana. Apenas a elite letrada tinha acesso ao aprendizado do idioma. A porcentagem de falantes de italiano cresceu para 70% em 1970. A construcao de uma identidade italiana foi, portanto, lenta e gradual. [ 62 ]

Os habitantes da Italia nao se enxergavam primariamente como "italianos", mas antes de mais nada se sentiam conectados ao vilarejo e a regiao de nascimento. Eram "venetos", "calabreses", "sicilianos" ou "lombardos", antes de serem "italianos". Mesmo com a grande emigracao italiana para diversos paises do mundo, alguns pesquisadores questionam se existe mesmo uma populacao de "descendentes de italianos", haja vista o grande sentimento de regionalidade, ao inves de nacionalidade, que esses imigrantes tinham. Muitos imigrantes italianos partiam de suas aldeias e se misturavam nos navios com italianos de outras regioes, que nao necessariamente possuiam afinidades entre si. Isso e perceptivel pelo fato de que certos grupos de italianos imigravam preferencialmente para algum pais, enquanto outros grupos de italianos tendiam a migrar para outro. Por exemplo, os venetos imigravam preferencialmente para o Brasil, os ligures preferiam a Argentina, os sicilianos e os napolitanos os Estados Unidos, enquanto os lombardos preferiam a Suica. Devido a esse regionalismo, bairros etnicos de imigrantes surgiram em Sao Paulo ou em Nova Iorque, onde em alguns predominavam os venetos, em outros os napolitanos ou sicilianos, que conviviam entre si, mas com vida associativa e social proprias. As diferencas culturais e linguisticas eram tais que, no final do seculo XIX, professores piemonteses foram enviados a escolas da Sicilia e estes foram confundidos com ingleses. [ 62 ]

O governo fascista de Benito Mussolini agiu, inclusive com grande repressao, visando unificar a Italia dentro de uma unica identidade, a " italianita ". A alfabetizacao em massa da populacao italiana foi decisiva na criacao de tal identidade, pois as criancas passaram a aprender o italiano dentro das escolas. De 80% de analfabetos em 1860, a porcentagem caiu para 74% em 1871 e para 38% em 1914. Os sentimentos regionalistas eram muitos fortes, e governos sucessores concederam maiores liberdades a regioes italianas onde esses sentimentos eram mais presentes para evitar movimentos separatistas. Por exemplo, Vale de Aosta , Friul-Veneza Julia , Trentino-Alto Adige , Sicilia e Sardenha tem "status especial", com liberdade juridica e financeira mais ampla que as outras regioes. As provincias de Trento e de Bolzano tem autonomia legislativa. Nao e dificil de se compreender a razao de estas regioes terem maior liberdade. Em Vale de Aosta parte dos habitantes fala frances, enquanto que Friul-Veneza Julia e culturalmente ligada a Europa Central . Por sua vez, a Sicilia e a Sardenha sao ilhas separadas da Italia continental, o que sempre lhes deu caracteristicas peculiares. O caso do Tirol do Sul e o mais emblematico da politica italiana de fazer concessoes visando evitar a deflagracao de movimentos separatistas. No Tirol do Sul, parte dos habitantes falam alemao, regiao esta invadida e anexada pela Italia em 1918. Apos tentativas falhas dos habitantes do Tirol de se anexarem a Austria , a Italia fez um acordo com aquele pais e, tal como nas demais regioes autonomas , deu a regiao uma autonomia fiscal de forma que a maior parte dos impostos permanece na regiao. [ 62 ]

Alem da educacao e alfabetizacao em massa dos italianos, outros fatores contribuiram para nascer o sentimento de identidade nacional, como a enorme propaganda do governo, tambem conflitos internacionais envolvendo italianos que faziam surgir sentimentos nacionalistas entre a populacao, mas tambem novas tecnologias, como a televisao que, alem de divulgar a lingua italiana, divulgava uma cultura em comum, ou mesmo esportes, como o futebol, que e capaz de unir toda a populacao sob um mesmo espirito. Atualmente, o sentimento de identidade italiana ja esta bastante consolidado, e a maioria dos italianos se enxergam como um povo uno, como cidadaos de um mesmo pais, embora ainda haja maiores afinidades entre italianos de uma mesma regiao do que com pessoas de outras, principalmente entre italianos do Norte e italianos do Sul. [ 62 ]

Norte e Sul [ editar | editar codigo-fonte ]

Diferencas culturais e de formacao etnica entre o Norte e o Sul do pais sao antigas, remontando a tempos medievais, quando o territorio que hoje corresponde a Italia ficou sob a influencia de diversas ondas migratorias, formadas por povos germanicos , bizantinos , arabes , normandos e outros.

Com a emigracao italiana em massa para as Americas e a Australia, relatos de discriminacao contra italianos foram comuns. Foram considerados "cidadaos de segunda classe" em diversas partes. Os italianos do Norte migraram principalmente para o Brasil, Argentina e Uruguai, e os italianos do Sul migraram em maior numero para os Estados Unidos e Canada. O anti-italianismo se acentuou com a entrada da Italia na Segunda Guerra Mundial , ao lado das Potencias do Eixo . Na historia recente da politica italiana, surgiu o Partido de centro-direita Liga Norte que atua sobretudo no norte do pais, reivindicando a secessao das regioes do norte e centro, que constituiriam a chamada Padania . Em 2008, a Lega Nord teve 8,3% nas eleicoes gerais do pais. [ 63 ] No Sul ha varios movimentos autonomistas, mas como os do Norte, ainda relativamente inocuos.

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Notas

  1. A partir do Censo de 1950, o IBGE reduziu o numero de quesitos de 45 para 25: Citacao: ...com a eliminacao das perguntas referentes a cegueira, surdo-mudez, naturalidade dos pais do recenseado, data da fixacao de residencia no Pais, dos estrangeiros e brasileiros naturalizados... Fonte: IBGE Memoria - Censos demograficos
  2. "Alguns depoimentos narram as dificuldades de conseguir a documentacao e o preconceito enfrentados, mesmo sendo descendentes e brancos, situacao pelas quais nao imaginavam passar"(pagina 13). [ 61 ]

Referencias

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