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Henrique Mitchell de Paiva Cabral Couceiro

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Paiva Couceiro
Henrique Mitchell de Paiva Cabral Couceiro
Paiva Couceiro (cerca de 1896)
Presidente da Junta de Governo do Reino de Portugal
Periodo 19 de janeiro
a 14 de fevereiro de 1919
Rei Manuel II
Governador-geral de Angola (interino)
Periodo 24 de maio de 1907
a 22 de julho de 1909
Antecessor(a) Ernesto Augusto Gomes de Sousa
Sucessor(a) Conselho Governativo
Dados pessoais
Nome completo Henrique Mitchell de Paiva Cabral Couceiro
Alcunha(s) O Paladino
O Grande Relampago
Nascimento 30 de dezembro de 1861
Lisboa
Morte 11 de fevereiro de 1944  (82 anos)
Lisboa
Servico militar
Lealdade Portugal
Anos de servico 1879-1919

Henrique Mitchell de Paiva Cabral Couceiro , mais conhecido como Paiva Couceiro ( Lisboa , 30 de dezembro de 1861 ? Lisboa, 11 de fevereiro de 1944 ) foi um militar, administrador colonial e politico portugues que se notabilizou nas campanhas de ocupacao colonial em Angola e Mocambique e como inspirador das chamadas incursoes monarquicas contra a Primeira Republica Portuguesa em 1911, 1912 e 1919. Presidiu ao governo da chamada Monarquia do Norte , de 19 de janeiro a 13 de fevereiro de 1919, na qual colaboraram activamente os mais notaveis integralistas lusitanos . A sua dedicacao a causa monarquica e a sua proximidade aos principios do Integralismo Lusitano , conduziram-no por diversas vezes ao exilio, antes e depois da instituicao do regime do Estado Novo em Portugal.

Biografia [ editar | editar codigo-fonte ]

Henrique Mitchell de Paiva Couceiro nasceu em Lisboa, filho do general Jose Joaquim de Paiva Cabral Couceiro , notavel oficial de engenharia do Exercito Portugues , e de sua mulher Helen Elisabeth Theresa (Helena Isabel Teresa) Armstrong Mitchell, uma protestante anglicana inglesa convertida ao catolicismo que, depois de educada num colegio de freiras em Franca , viera residir em Portugal como mestra das filhas do 1.º Visconde do Torrao .

Henrique Paiva Couceiro em 1865
Henrique Paiva Couceiro em 1872
Helena Isabel Teresa Armstrong Mitchell, mae de Henrique Paiva Couceiro

A mae era de uma fe intensa e militante, razao pela qual Henrique Paiva Couceiro cresceu num ambiente de religiosidade exacerbada e de um catolicismo extremo e dominador, [ 1 ] que nem permitia, por exemplo, a leitura de romances considerados impuros : ja na Escola do Exercito , Paiva Couceiro orgulhava-se de os rasgar, mesmo que fossem emprestados, suspeitando-se que achava os romances perversos por natureza.

A educacao recebida e a duradoira influencia materna tera levado a que no fim da vida Paiva Couceiro confessasse que lera muito poucos romances e que nunca fora ao teatro nem ao cinema. [ 2 ] Pelo contrario, ia diariamente a missa, quando nao estava em campanha, e em campanha todos os dias lia a Imitation de Jesus-Christ , preparando-se para o supremo sacrificio . [ 1 ] Tera considerado, em 1891, apos o seu regresso das campanhas no sul de Angola, ingressar numa ordem religiosa. Demonstrando claros laivos de jansenismo , apesar do fervor religioso, considerava-se indigno de comungar .

Depois de concluir os seus estudos preparatorios em Lisboa, assentou praca a 14 de janeiro de 1879, com 17 anos de idade, como voluntario no Regimento de Cavalaria Lanceiros de El-Rei (o Regimento de Cavalaria N.º 2), no qual serviu ate ao ano de 1880. Neste ultimo ano foi transferido para o Regimento de Artilharia N.º 1 , como aspirante, frequentando o curso preparatorio da arma de artilharia na Escola Politecnica de Lisboa . Ingressou entao na Escola do Exercito , onde frequentou o curso de Artilharia de 1881 a 1884.

A 24 de junho de 1881, com apenas 19 anos de idade e na vespera de ser promovido a alferes de artilharia , ao cruzar-se no Chiado com Luis Leon de la Torre , que da um encontrao na sua irma Carolina que o acompanhava, num acesso de raiva, deu-lhe 2 ou 3 murros (e nao 5 tiros). Leon de la Torre pos-se imediatamente em fuga receando levar mais. Devido a estes murros, Leon de la Torre esteve 42 dias doente . Segundo a "Nota de assentos que tem no livro de matricula e no registo disciplinar o official abaixo mencionado" , [ 3 ] Paiva Couceiro foi preso a 25 de junho de 1881 pelo crime de ferimentos . A nota de assentos continua: "Em Conselho de Guerra dois anos de prisao militar por ferimentos voluntarios . Sentenca do 1° Conselho de Guerra permanente do 1 o Conselho de Guerra permanente da 1.ª Divisao Militar de 7 de novembro de 1881. Comutada a pena na de seis mezes da mesma prisao alem da que ja tinha sofrido. D. de 7 de abril de 1882. Solto em 7 de outubro". Esteve portanto preso durante 1 ano 3 meses e 18 dias.

Regressou a escola do exercito em 26 de outubro de 1882. [ 3 ]

A 9 de janeiro de 1884 foi promovido a segundo-tenente de artilharia, servindo no velho Regimento de Artilharia N.º 1 , em Campolide .

No Regimento de Artilharia N.º 1 fez parte de um grupo de jovens tenentes que cultivavam as chamadas artes militares , dedicando-se a esgrima e a equitacao , desenvolvendo uma carreira militar que nao mereceu reparos ou particular destaque. No seguimento dessa carreira, foi promovido a primeiro-tenente em 27 de janeiro de 1886. Foi novamente promovido a 4 de julho de 1889, desta feita ao posto de capitao , sem prejuizo dos oficiais mais antigos da sua classe e arma para servir em comissao na provincia de Angola, [ 4 ] oferecendo-se entao para realizar, como voluntario, uma comissao de servico nas colonias ultramarinas , onde entao se desenvolvia um esforco de efectiva ocupacao do territorio, consequencia da Conferencia de Berlim sobre a particao da Africa entre as potencias coloniais europeias. Foi enviado para Angola , desembarcando em Luanda a 1 de setembro de 1889. [ 1 ]

As campanhas de Angola [ editar | editar codigo-fonte ]

Chegado a Angola foi logo nomeado comandante do Esquadrao Irregular de Cavalaria da Humpata , um grupo de cacadores a cavalo, sediado na vila de Humpata , que fora criado por Artur de Paiva para combater os bandos de salteadores (designados por guerras ) que entao assolavam o planalto de Mocamedes. Nao permaneceu muito tempo nesse cargo, aparentemente pouco agradado com os metodos e a indisciplina dos seus subordinados, apenas tendo participado numa accao destinada a recuperar gado roubado, em que utilizou exclusivamente soldados e voluntarios portugueses, nao recorrendo a usual ajuda de mercenarios boeres .

Com o alargamento do esforco de ocupacao do interior de Angola e das tentativas de dar sustentacao a reclamacao portuguesa de soberania sobre a regiao entre Angola e Mocambique, o famoso mapa cor-de-rosa , foram desencadeadas diversas campanhas de exploracao e avassalamento [ a ] dos povos do interior de Angola. A resistencia nao se fez esperar e foi iniciada uma vasta campanha militar, designada por Campanhas de Pacificacao de Angola ou Campanhas de Conquista e Pacificacao (1889?1891) , [ b ] , na qual Paiva Couceiro se empenhou energicamente.

Nessa campanha a primeira missao que foi confiada a Paiva Couceiro foi obter a vassalagem do soba Levanica (Lewanika) do Barotze , na regiao que hoje e a Zambia , o que implicava uma caminhada de quase um milhar de quilometros pela savana . Contudo, depois de uma longa espera no Bie , nos arredores da actual cidade de Cuito , aguardando por reforcos e pelos presentes que devia levar ao soba, recebeu a noticia do cancelamento da expedicao. Apenas meses depois soube que o cancelamento se devera a inutilidade da missao, em resultado de Portugal ter cedido ao ultimato britanico de 1890 e os territorios a visitar terem passado para a esfera de influencia britanica. Deixou entao de usar o apelido Mitchell , dada a sua ligacao britanica. [ 1 ]

Sabedor do conhecimento pormenorizado que o velho comerciante e explorador Antonio Francisco da Silva Porto tinha do sertao, enquanto permaneceu no Bie acampou nas proximidades da embala [ c ] de Belmonte, a aldeia fundada por Silva Porto nas margens do rio Cuito e onde aquele famoso sertanejo residia. Aquela aldeia foi o nucleo da vila e cidade de Silva Porto dos tempos coloniais portugueses e da hoje cidade de Cuito .

A presenca da forca militar comandada por Paiva Couceiro, com 40 mocambicanos armados com espingardas de repeticao Snider-Enfield , gera grande tensao com as tribos do Bie, inquietas face a presenca de tropas portuguesa no seu territorio, o que levou o soba Dunduma (o Trovao ) a exigir a imediata partida das tropas. Face ao incumprimento da promessa de que as tropas estavam apenas de passagem, que lhe fora feita anteriormente por Silva Porto, aquele soba poe termino as relacoes pacificas de ha muito existentes entre os autoctones e Silva Porto, a quem injuria puxando-lhe as barbas e dizendo-lhe que as nao merecia, e exige a retirada imediata de Paiva Couceiro, o que este terminantemente recusa. Estava iniciada a Segunda Guerra Luso-Ovimbundo .

Num ambiente de pessimismo resultante do ultimato britanico, Silva Porto, ferido na sua honra e dignidade apos o fracasso da tentativa de mediacao com Dunduma, amortalhou-se na bandeira portuguesa e fez-se explodir com alguns barris de polvora. [ d ] [ 5 ]

Apos a morte de Silva Porto, Paiva Couceiro instala-se brevemente na embala de Belmonte, mas acossado pelas forcas do soba do Bie, foi obrigado a retirar-se para o reino vizinho do Bailundo , onde depois de permanecer alguns dias isolado, recebeu ordem do governador-geral Guilherme de Brito Capelo para descer o rio Cubango ate Mucusso , uma viagem de 2 600 km por terras desconhecidas.

O objectivo era o avassalamento dos sobas da regiao, antes que os britanicos o fizessem, e a determinacao da navegabilidade do rio. Iniciada no Bailundo a 30 de abril de 1890, a viagem foi epica, dela resultando, para alem da feitura dos vassalos que lhe fora determinada (ao todo 16 sobas), um relatorio riquissimo em pormenores etnograficos e geograficos, nalguns casos marcando o primeiro contacto europeu com os povos e terras visitados. Terminada a missao em 30 de julho, dia em que atingiu, finalmente, a embala do soba do Mucusso . Resolveu entao descer o rio Cubango de canoa ate as ilhas de Gomar , a 65 quilometros dali, e regressar ao longo do rio ate ao Forte Princesa Amelia , no Bie, onde chegou a 14 de outubro, depois de cinco meses e meio no mato, em permanente risco de perder a vida e em condicoes insuportaveis para qualquer europeu. Por este desempenho excepcional receberia a 18 de dezembro de 1890 o grau de cavaleiro da Real Ordem Militar da Torre e Espada .

Regressado ao Bie, participou, com as forcas de Artur de Paiva , na expedicao punitiva que terminou na prisao e deposicao do soba Dunduma (ou N’Dunduma ) que o ameacara seis meses antes e na completa subjugacao do reino do Bie . Estava vingado o insulto que lhe fora feito e a morte de Silva Porto.

Terminada aquela operacao, ainda foi encarregado de ir avassalar os povos da regiao da Garanganja e explorar os depositos de sal-gema existentes na margem esquerda do rio Cuanza . Com a sua usual minucia, Paiva Couceiro descreveu no seu relatorio os 453 quilometros que andou em doze dias, os dois caminhos para a Garanganja que reconheceu e os quatro sobas que avassalou, bem como as salinas que cuidadosamente visitou.

Terminada mais esta operacao, voltou a Belmonte, no Cuito, onde se recolheu doente com febres .

Coberto de gloria e fama nacional, pela accao militar notavel que conduziu em Humpata e pela sua extraordinaria viagem de exploracao, ja agraciado em 18 de dezembro de 1890 com o grau de cavaleiro da Real Ordem Militar da Torre e Espada , foi recebido em Lisboa com rasgados elogios ao seu desempenho nas campanhas de Angola e elevado a oficial da Real Ordem Militar da Torre e Espada , por decreto de 29 de maio de 1891. Em homenagem aos grandes servicos prestados, e antes de voltar a Metropole depois de passar um mes no hospital, doente, recebeu da parte do povo da regiao de Belmonte-Cuito-Benguela uma replica do colar de cavaleiro da Real Ordem Militar da Torre e Espada em ouro, cravejado de diamantes. Esta magnifica condecoracao, alias como muitas outras, desapareceram quando a casa do seu cunhado, Joao de Fontes Pereira de Melo Ferreira de Mesquita, em Lisboa, foi saqueada durante a Revolta de 14 de maio de 1915 . [ e ]

A 17 de fevereiro de 1891, o Ministerio da Marinha e Ultramar da por terminada a sua comissao de servico ultramarino e ordena o seu regresso a Portugal. Por ter regressado do Ultramar onde nao completou a comissao, fica na arma a que pertencia voltando ao posto de primeiro tenente . E entao colocado no Estado Maior de Artilharia N.° 5. Em julho de 1891 e colocado no Regimento de Artilharia N.° 3, em Santarem ; e aqui que, nos principios de agosto de 1892, Henrique de Paiva Couceiro salva um dos seus soldados de se afogar quando se banhava nas aguas do Tejo, em Santarem. Recebe por essa accao corajosa a Medalha de Prata de Merito, Filantropia e Generosidade (Ordem do Exercito n° 292 ? 1892 ? Diario do Governo de 17 de setembro de 1892) ? (Medalha de D. Maria II ). A 13 de agosto de 1892 volta ao Regimento de Artilharia N.° 1 em Campolide (Lisboa). De novo passa ao Estado Maior onde e promovido a capitao a 16 de maio de 1894.

Guerra do Rife [ editar | editar codigo-fonte ]

Descontente com a vida de quartel, em 1893 pede licenca para servir na Legiao Estrangeira do Exercito Espanhol e em 8 de novembro desse ano parte para Melilha , onde combate nos ultimos meses da campanha de Melilha da [[Guerra do Rife, entao travada no Marrocos Espanhol , distinguindo-se a ponto de merecer a medalha espanhola de merito militar. Terminada a campanha volta a Lisboa e reocupa o seu lugar em Artilharia 1.

A campanha de Mocambique [ editar | editar codigo-fonte ]

Quando em outubro de 1894 os povos tsonga do sul de Mocambique se rebelaram e atacaram Lourenco Marques , o governo presidido pelo regenerador Ernesto Rodolfo Hintze Ribeiro , nomeou o antigo ministro progressista Antonio Enes para o cargo de comissario regio em Mocambique, com a missao de esmagar a revolta dos povos autoctones e reafirmar a soberania portuguesa sobre a regiao, entao ameacada pelos britanicos, liderados por Cecil Rhodes , que consideravam os portugueses incapazes de manter a posse do territorio mocambicano.

Provavelmente devido a sua fama africanista granjeada em Angola, Paiva Couceiro foi convidado e aceitou o convite para o cargo de ajudante de campo do comissario regio em Mocambique. A expedicao parte de Lisboa a 8 de dezembro de 1894 e desembarcou em Lourenco Marques a 18 de janeiro de 1895. A situacao encontrada nao podia ser pior, pois a esmagadora maioria dos regulos da regiao estava contra os portugueses, estando estes encurralados em Lourenco Marques, incapazes de controlar as imediacoes da cidade, onde mesmo a ilha Xefina fora ocupada pelos insurgentes.

Antonio Enes , estratega arguto, desencadeou um conjunto de campanhas militares, elegendo como principal adversario Gungunhana , o rei dos vatuas e imperador de Gaza, de facto suserano da generalidade das tribos do sul de Mocambique. Nestas campanhas, Paiva Couceiro teve accao notavel, particularmente nos combates de Marracuene e Magul , travado a 2 de novembro contra as forcas angunes de Gungunhana, sendo ferido neste combate.

No combate de Marracuene , travado a 2 de fevereiro de 1895, Paiva Couceiro ganhou grande destaque, particularmente ao liderar as tropas que repeliram as forcas inimigas que tinham penetrado o quadrado defensivo portugues, uma manobra considerada de extrema dificuldade e que exigia enorme coragem.

Em agosto de 1895 foi feito cavaleiro da Real Ordem Militar de Sao Bento de Avis , por 10 anos de servico sem nota (Capitao de 1ª Classe). [ 6 ]

Regressado a Lourenco Marques, em marco daquele ano Paiva Couceiro voltou a demonstrar a sua coragem e a sua vontade de manter intacta a honra do seu Pais: vestido a paisana, procurou pessoalmente tres correspondentes de jornais ingleses, dois ingleses e um americano, que hostilizavam Portugal na imprensa de Londres. Sovou o 1°, um gigante, no seu estabelecimento; a luta estendeu-se ate a rua onde Paiva Couceiro deixou o seu inimigo knock-out. O segundo estava no hotel e levou uma sova sem resistir. O terceiro estava a tomar o aperitivo com amigos; pediu-lhe que se levantasse e perguntou-lhe se era ele que escrevia para o jornal que Couceiro trazia na mao. O jornalista respondeu "yes" e Paiva Couceiro esmurrou-o com o seu punho e o jornal a mistura. O anel de sinete que usava na sua mao esquerda foi partido na escaramuca e, mais tarde, foi oferecido ao Museu da Fortaleza (Lourenco Marques) por seu filho Miguel Antonio do Carmo de Noronha de Paiva Couceiro . Mais uma vez, Henrique de Paiva Couceiro utilizou os seus punhos; de armas serviu-se sobretudo da sua espada, como no combate de Marracuene, quando ajudou a fechar o quadrado que tinha sido rompido pelos inimigos. Por este incidente foi repreendido pelo seu Chefe, o Comissario Antonio Ennes, que mais tarde escreveu: repreendi-o sim, mas com vontade de o beijar!

No desenrolar das operacoes subsequentes, Paiva Couceiro voltou a destacar-se no combate de Magul , travado a 8 de setembro de 1895, onde se portou com grande denodo, num acto do qual o comissario regio Antonio Ennes reconheceu a grande importancia ao dizer: "Ha-de ver-se que a vitoria de Magul perdeu o Gungunhana; a derrota perderia, provavelmente, o distrito de Lourenco Marques. Se nao fora Paiva Couceiro, provavelmente, lamentariamos ainda hoje tamanha desgraca." ? in "Portugal em Africa", Marco de 1944, p. 76

Demonstrando extraordinaria coragem fisica, Paiva Couceiro ficou celebre, nomeadamente, na luta contra as forcas de Gungunhana. Pelos seus feitos militares, foi alvo de diversas condecoracoes e homenagens, particularmente apos o aprisionamento de Gungunhana e a sua extradicao para Portugal.

Concluidas as operacoes de pacificacao e preso e deportado o imperador Gungunhana, Paiva Couceiro embarcou em Lourenco Marques a 18 de Dezembro de 1895, com destino a Lisboa.

Chegado a Lisboa, a 19 de Janeiro de 1896 foi proclamado Benemerito da Patria , por decisao unanime das Cortes, como reconhecimento pela apreensao de Gungunhana, e feito comendador da Real Ordem Militar da Torre e Espada , com uma pensao anual de 500$000 reis que, de resto, nunca recebeu durante a republica. Foi o primeiro e provavelmente o unico oficial Portugues a ser agraciado, ate hoje, com tres graus da Real Ordem Militar da Torre e Espada . Mas as honrarias nao se ficaram por ali: foi nomeado ajudante-de-campo honorario do rei D. Carlos ? mais uma honra que lhe foi concedida depois de ter sido nomeado oficial as ordens de Sua Majestade El-Rei, por decreto de 11 de fevereiro de 1893 ? passando a integrar a Casa Militar do Rei , e em Marco recebeu a [[Medalha Militar de Valor Militar|Medalha Militar de Ouro de Valor Militar (Medalha de D. Luis I) e a Medalha de Prata Rainha D. Amelia , por ter combatido na campanha de Mocambique. Era oficialmente um heroi e um benemerito da Patria .

O casamento e a entrada na politica [ editar | editar codigo-fonte ]

D. Julia Maria do Carmo de Noronha

Nesse mesmo ano de 1896, a 21 de novembro, casou com Julia Maria de Noronha, filha e unica herdeira do 3.º conde de Parati , tendo como padrinho do casamento o proprio rei D. Carlos. Estava completo o seu percurso de ascensao social: era um dos mais prestigiados militares do tempo, ligado agora a principal nobreza e a Casa Real , da qual os condes de Parati , e em especial D.  Isabel de Sousa Botelho , a condessa sua sogra, eram intimos. O casal manteria um estrito catolicismo , tendo a esposa exercido toda a vida o cargo de presidente da Associacao Reparadora das Marias dos Sacrarios Calvarios e, das tres filhas do casal, uma, Madre Paiva Couceiro, de seu nome completo Helena Francisca Maria do Carmo de Noronha de Paiva Couceiro, foi freira doroteia e Madre Superior do Colegio das Doroteias em Benguela ; outra, Maria do Carmo de Noronha de Paiva Couceiro, fundadora das Filhas de Maria na India, nunca foi freira mas dedicou toda a sua vida a obras religiosas e sociais. A sua memoria foi recentemente homenageada pela Roshni Nilaya Alumni Association . [ 7 ] A mais velha, Isabel Maria do Carmo de Noronha de Paiva Couceiro, casou com Antonio Carlos Sarmento Calainho de Azevedo que, entao Alferes , foi o primeiro porta-bandeira a hastear a bandeira da monarquia na implantacao da Monarquia do Norte em 1919.

Com o posto de capitao, mas com um estatuto social e politico muito superior, foi colocado no Estado-Maior do Exercito , em funcoes mais honorificas e burocraticas do que de verdadeiro servico militar. Em 1898 foi transferido para o quadro do Estado-Maior, passando em definitivo a funcoes administrativas. Na sua qualidade de deputado as cortes , fez parte, nomeadamente, da "Comissao de Guerra" encarregada da discussao do projecto-lei n.° 14, projecto de criacao provisoria do posto de segundo capitao na Arma de Artilharia. Bastante interventivo, nomeadamente na defesa da corporacao, reclamando com conviccao promocoes mais rapidas e melhores salarios para os oficiais do exercito ? Acta da 42.ª sessao.

Ainda assim, em 1901 foi enviado a Angola, com a missao de dirigir uma experiencia de traccao mecanica entre o rio Lucala e Malanje . Concluiu a missao e apresentou um relatorio onde ja revela as suas preocupacoes com a politica colonial portuguesa.

A partir dai, embora manifeste repetidamente o seu desdem pela vida politica, que considera um pantano indigno da honra dos verdadeiros portugueses, publica numerosos artigos sobre politica colonial e sobre politica em geral, revelando um crescente nacionalismo e um profundo desencanto com o sistema parlamentar do rotativismo , ao qual atribui o declinio da Patria . Em entrevista e intervencoes publicas, assume-se como um novo Nuno Alvares Pereira , puro e impoluto, pronto a salvar Portugal. Esta posicao, agudiza-se a partir do suicidio de Mouzinho de Albuquerque , outro dos putativos salvadores da patria, ocorrido a 8 de janeiro de 1902. O seu pensamento politico, imbuido de nacionalismo e de catolicismo, precede em muitos aspectos o Integralismo Lusitano , no qual alias mais tarde se integraria, embora sejam claras as influencias de intelectuais como Oliveira Martins e Guerra Junqueiro , em especial do Finis Patriae deste ultimo.

Assumindo-se como reserva moral da Nacao ultrajada, a 1 de abril de 1902 enviou uma respeitosa peticao as Cortes, insurgindo-se contra a hipoteca dos rendimentos alfandegarios aos credores estrangeiros do Estado ? O "Convenio" ? , recomendando o equilibrio orcamental e a reforma da vida politica, como exigiam a nobreza e as tradicoes do povo portugues. Esta peticao teve ampla divulgacao na imprensa e despertou um amplo movimento de apoio entre a direita monarquica. Com ela, e com o desaparecimento de Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque , Paiva Couceiro consagrava-se como o lider incontestado dos africanistas e reserva moral do regime monarquico ameacado pela crescente accao dos republicanos. A Parodia de Rafael Bordalo Pinheiro saudou-o com os seguintes versos:

Grande heroismo e grande integridade,
Bigode loiro e afirmacoes solenes,
Erguendo ao sol a Espada e a Verdade
E este, no dizer de Antonio Enes,
O D. Nun'Alvares da nova idade!

Ainda nao tinham desaparecido os ecos da sua peticao e ja novo escandalo vinha colocar Paiva Couceiro na ribalta da vida politica: em dezembro de 1902 transpirou para a opiniao publica que Antonio Teixeira de Sousa , o Ministro da Marinha e do Ultramar do governo presidido por Hintze Ribeiro , negociara um contrato que concedia a Robert Williams , um britanico que a imprensa acusava de ser discipulo de Cecil Rhodes , o direito de construir uma linha de caminho-de-ferro ligando o Lobito a Benguela e dali a fronteira congolesa, o futuro Caminho de Ferro de Benguela , garantindo por 99 anos ao concessionario o monopolio do transporte ferroviario e de eventuais exploracoes mineiras numa faixa ao longo da linha com 240 quilometros de largura e, em principio, 1 347 km de comprimento. Esta concessao, apelidada contrato Williams , escandalizou a ala nacionalista que pretendia a exclusividade portuguesa em Angola, levando Paiva Couceiro a proclamar que os ministros que o sancionassem cometiam um crime de traidores . Depois da sua carta de 1 de abril de 1902, Paiva Couceiro, numa carta publicada pelo Jornal das Colonias, insurge-se de novo contra a politica do Governo. Estava consumada a ruptura com o regime e, para os politicos do rotativismo , Paiva Couceiro era agora o alvo a abater.

Apesar das suas ligacoes a Casa Real, a 6 de dezembro de 1902 foi transferido compulsivamente para o cargo de adjunto da Inspeccao do Servico de Artilharia , em Evora . Esteve virtualmente exilado naquela cidade ate novembro de 1903, quando a subida ao poder do ministerio progressista chefiado por Jose Luciano de Castro , o transferiu para o Grupo de Baterias a Cavalo de Queluz , onde permaneceu ate 1906.

Durante o periodo de permanencia em Evora e nos meses subsequentes foi-se progressivamente aproximando de Joao Franco e das ideias ordeiras do Partido Regenerador-Liberal , Sinal dessa mutua aproximacao e o discurso programatico proferido por Joao Franco em maio de 1903, no qual os grandes principios de politica colonial coincidem totalmente com as ideias de Paiva Couceiro. Estava criada a ligacao que o conduziria a politica activa e o faria entrar, afinal, no temeroso pantano da politica partidaria que tanto vilipendiava.

Deputado as Cortes (1906-1907) [ editar | editar codigo-fonte ]

Em 1905, apos as eleicoes gerais de 12 de fevereiro (a 37.ª legislatura) e quando se tornou claro que o rei D. Carlos I pretendia finalmente apoiar a reforma do regime, o que eventualmente passaria pela entrega do poder a Joao Franco, Paiva Couceiro e outros ‘’africanistas’’ famosos, entre os quais Freire de Andrade , Aires de Ornelas , Ivens Ferraz e Joao Baptista Ferreira , decidiram-se finalmente a abandonar a posicao pretensamente suprapartidaria em que se tinham colocado e inscreveram-se no Partido Regenerador-Liberal, anunciando que o faziam para que os portugueses nao perdessem a confianca no futuro da raca .

Inserido nas listas do Partido Regenerador-Liberal, concorreu nas eleicoes gerais de 19 de agosto de 1906 (39.ª legislatura), pelo circulo n.º 15, de Lisboa Oriental, e foi eleito deputado as Cortes para legislatura de 1906 a 1907. No parlamento foi vogal da Comissao Parlamentar do Ultramar (1906); vogal da Comissao Parlamentar de Administracao Publica (1906-1907) e vogal da Comissao Parlamentar da Guerra (1906-1907). [ 8 ]

A sua presenca no parlamento, inicialmente discreta e centrada no trabalho das comissoes a que pertencia, foi-se progressivamente alargando e afirmando, essencialmente em materias coloniais e militares. Na sua primeira intervencao, em presenca de Antonio Carlos Coelho de Vasconcelos Porto , oficial de engenharia, Ministro da Guerra, comecou assim o seu discurso:

Sendo a primeira vez que tenho a honra de tomar a palavra nesta assembleia e tendo de referir-me hoje a alguns ex-ministros, devo declarar que na discussao dos negocios publicos nao conheco pessoas, e que esta, portanto, excluido sempre do meu espirito o proposito, ja nao digo de ofensa, mas nem mesmo da menor desatencao, seja para quem for. Nao esta isso nos meus processos, e assim tambem nao posso apoiar que para os debates desta Camara sejam trazidos gracejos, cujo gosto nao discuto, mas de cuja oportunidade divirjo profundamente. Cumpre, a meu, ver, a esta casa dar o exemplo da discussao seria, nem de outro modo se sustentara o prestigio que deve decerto revestir a assembleia a quem o povo entrega os seus interesses... ? Extracto do Diario da Camara dos Senhores Deputados, sessao n° 25 de 7 de novembro de 1906, sendo a Ordem do dia: "discussao do projecto de lei n° 12 autorizando o Governo a organizar o Supremo Conselho de Defesa Nacional".

Revelou-se um opositor assertivo das politicas progressistas e um apoiante das medidas ordeiras, mesmo que antidemocraticas. Sempre que se falava das colonias, em especial de Angola, reagia com paixao, defendendo que aquela colonia era o unico recurso para tornar maior este Portugal tao pequeno . [ 8 ]

A sua carreira parlamentar terminou quando a 2 de maio de 1907 o presidente do Governo, Joao Franco , resolveu separar-se dos progressistas e, com o apoio real, suspender o parlamento e governar em ditadura. Suspenso o funcionamento da Camara dos Deputados e, perante uma oposicao republicana e anarquista que crescia rapidamente, a posicao de Paiva Couceiro radicalizou-se, aparecendo entao no seu discurso com clareza o desejo de uma monarquia plebiscitaria, sem compromissos partidarias, antiparlamentar e tradicionalista.

Governador-Geral de Angola (1907-1909) [ editar | editar codigo-fonte ]

O Principe Real D. Luis Filipe em visita a Angola, com o Governador Henrique Paiva Couceiro (Luanda 1907)

Tendo falecido no dia 1 de maio daquele ano (1907) o governador-geral de Angola, Eduardo Augusto Ferreira da Costa , aparentemente por sugestao do rei D. Carlos, o novo Ministro da Marinha e Ultramar, o seu camarada africanista Aires de Ornelas e Vasconcelos , convida Paiva Couceiro para o lugar de governador-geral de Angola . Este aceita e a 24 de maio de 1907 e nomeado governador-geral interino, ja que a sua patente de capitao nao permite a nomeacao definitiva. Chegou a Luanda a 17 de junho, iniciando de imediato as suas funcoes.

O facto de ter sido apoiante de Joao Franco em boa parte explica ter sido nomeado para o cargo, que obviamente era necessariamente da confianca politica do chefe do Governo. Ainda assim, apesar do governo de Joao Franco ter caido em fevereiro de 1908, vitima do regicidio que vitimou D. Carlos , Paiva Couceiro manteve-se no cargo ate 22 de julho de 1909, realizando um vasto plano de obras de fomento. Comandou pessoalmente as campanhas militares de pacificacao das regioes de Cuamato e dos Dembos , expondo-se, como era seu timbre aos inerentes riscos. A sua demissao foi o resultado dos crescentes desentendimentos com o governo de Lisboa, em particular com o presidente do ministerio, o regenerador Venceslau de Lima . Foi uma demissao por motu proprio , mas claramente motivada pela frustracao causada pela falta de autonomia governativa e de meios.

Os seus objectivos politicos eram claros: [ 1 ]

(1) ocupar, explorar e guarnecer todo o territorio ate as mais remotas fronteiras para garantir a seguranca de pessoas e bens e prevenir qualquer tentativa de interferencia externa; (2) promover o desenvolvimento economico da colonia, criando comunicacoes rapidas e baratas, fixando colonos portugueses, forcando o indigenato ao trabalho e reduzindo o peso do proteccionismo e dos monopolios metropolitanos; e (3) conseguir para o governo provincial um minimo de autonomia que lhe permitisse agir rapidamente sem ficar dependente do demorado despacho do governo central.

Henrique Paiva Couceiro, busto de Delfim Maia, pertencente ao Museu de Angola

Embora a execucao do programa tenha sido dificil, no periodo de dois anos em que governou Angola houve um progresso sensivel, o que foi reconhecido por Norton de Matos muitos anos depois [ 9 ] e confirmado pelos estudos de historiadores contemporaneos, entre os quais Rene Pelissier . [ 10 ]

Saiu de Luanda em junho de 1909, apesar dos protestos da populacao europeia que queria a sua continuacao no governo da colonia. Chegado a Lisboa em principios de julho, a 22 daquele mes foi oficialmente exonerado a seu pedido . Em Lisboa, onde era clara a indecisao de D. Manuel II de Portugal e se sentia um ambiente de fim de epoca, a 28 de julho recebeu o comando do Grupo de Artilharia a Cavalo de Queluz . Apesar dos constantes escandalos em que mergulhara a politica portuguesa, em particular a revelacao do gigantesco desfalque no Credito Predial Portugues , Paiva Couceiro manteve-se relativamente arredado da vida publica, prestando em setembro provas para promocao a major .

Este silencio foi quebrado em julho de 1910, quando Paiva Couceiro publicou no jornal franquista O Correio da Manha uma carta, assinada como Aga Pe Ce (HPC), onde apela a uma contra-revolucao que salve a monarquia. Depois envolve-se num conjunto de pretensas conspiracoes inconsequentes, aparentemente visando implantar um regime monarquico liberto do parlamento, defendendo, paradoxalmente, muitas das ideias que depois os republicanos antidemocraticos adoptariam. Sem que os seus apelos fossem ouvidos, o regime degrada-se rapidamente e a 5 de outubro ocorre a esperada revolucao e e implantada a Republica Portuguesa . Paiva Couceiro foi um dos poucos comandantes militares que tentou, seriamente, travar os revoltosos, sem sucesso.

A resistencia a Primeira Republica [ editar | editar codigo-fonte ]

Em 1910, aquando da Implantacao da Republica Portuguesa , Paiva Couceiro contava-se entre os defensores da causa monarquica. E considerado como o ultimo defensor da Monarquia, um dos poucos que, nesse dia 5 de outubro, se bateram pelo Trono Secular; com a sua artilharia instalada no Torel , foi o unico oficial que fez fogo sobre o acampamento Republicano da Rotunda e o Parque Eduardo VII , em Lisboa. Sentindo-se abandonado pelo resto das tropas Monarquicas, e depois de bombardear a Rotunda, marchou para Sintra a fim de se juntar ao Rei. Ai veio a saber que o rei partira para Mafra ; Paiva Couceiro aproximava-se de Mafra quando foi informado que o Rei D. Manuel II tinha embarcado na Ericeira . [ 11 ] Por decisao superior, e perante tal situacao, recolheu com as suas tropas ao quartel numa altura em que os Republicanos consideravam a luta perdida. A maioria das unidades militares nao tinham aderido a revolta, por isso mesmo o almirante Candido dos Reis , certo da derrota do seu movimento, suicidara-se; se Henrique Paiva Couceiro tivesse sido informado deste acontecimento e da debandada dos Republicanos, teria possivelmente desobedecido aos seus superiores e tomado a iniciativa de continuar o combate ate a vitoria das tropas Monarquicas.

Paiva Couceiro na Galiza, em junho de 1912

Apesar de ser conhecido como monarquico irredutivel, logo no dia 6 de outubro, Paiva Couceiro era procurado por um enviado do Governo Provisorio que queria saber o que viria a ser a sua atitude perante o novo regime implantado. [ 12 ]

Na sua longa entrevista a Joaquim Leitao , Paiva Couceiro conta que respondeu textualmente, a esse enviado: "Reconheco as instituicoes que o Povo reconhecer. Mas se a opiniao do Povo nao for unanime, isto e, se o Norte nao concordar com o Sul, estarei ate ao fim ao lado dos fieis a tradicao. E se acaso se desse uma intervencao estrangeira para sustentar a Monarquia, entao passar-me-ia para o lado da Republica" . Sempre o mesmo portugues de antes quebrar que torcer. Primeiro que tudo, fiel a Patria e so por isso fiel ao Rei e a Monarquia, diz Oscar Pacheco no seu artigo. E Paiva Couceiro continua a contar ao seu entrevistador: "Depois pedi a minha demissao de oficial. E pedi-a porque, depois de tantos anos de sacrificios e de trabalhos a sombra das cores azul e branca e dos castelos e quinas da nossa bandeira nao me acho com forcas para abandonar o simbolo onde me habituei a ler escrita a historia do meu Pais. Fazer com que um simbolo tenha raizes na alma de um povo e inspire respeito a todo o Mundo, e trabalho de muitas geracoes. E eu, pela minha parte, acho-me velho para principiar agora o esforco novo que os louros de uma bandeira nova implicam" .

Depois da sua "Proposta ao Governo Provisorio", de 18 de marco de 1911, e das eleicoes de 28 de maio de 1911, que Paiva Couceiro nao reconheceu (manifesto de 31 de maio de 1911), subiu as escadas do Ministerio da Guerra e demitiu-se, entregando a sua espada e dizendo "Entrego a minha demissao e saio do Pais para conspirar. Prendam-me se quizerem". Ninguem lhe respondeu, voltou as costas e deixou o Ministerio sem que alguem ousasse prende-lo.

Comandou a incursao monarquica de 1911 ; a 4 de outubro de 1911 as suas tropas entram em Portugal por Cova de Lua , Espinhosela e Vinhais , onde foi hasteada na varanda da camara municipal a bandeira azul e branca, e tomam Chaves . Tres dias mais tarde, derrotadas pelas forcas republicanas, as tropas de Paiva Couceiro retiram-se para a Galiza .

Em dezembro de 1911 participa nas reunioes que trataram da "questao dinastica" entre D. Manuel II e seu primo D. Miguel de Braganca e que veio a ter o seu epilogo no Pacto de Dover cujo projecto redige em Londres a 30 de dezembro de 1911. No seu livro de notas, Paiva Couceiro escreve: "E pode assim finalmente fixar-se para 30 de janeiro (1912) a data do encontro das Reaes Pessoas em Dover e o respectivo protocolo. Vindo de facto a realizar-se n'essa data e lugar, uma entrevista a sos, entre El-Rei D. Manuel e seu primo D. Miguel, n'uma sala do "Lord Warden Hotel", ? onde compareceram tambem o Visconde de Asseca que acompanhava D. Manuel, o Visconde de Sao Joao da Pesqueira que acompanhava D. Miguel, e Paiva Couceiro na qualidade de Chefe dos Combatentes, acompanhado por Francisco Pombal . E as assignaturas de El-Rei D. Manuel e do Senhor D. Miguel de Braganca, ? consagraram momentaneamente o "Pacto de Dover". .

4.° aniversario do ataque a Chaves
5.° aniversario do ataque a Chaves

A de 6 de julho de 1912 comanda nova incursao, a segunda incursao monarquica, em que as suas tropas sao de novo derrotadas, tambem em Chaves, a 8 de julho desse ano.

Durante as Incursoes, com as tropas acantonadas na Galiza, havia desafios, como em Portugal, nas esfolhadas. Uma voz desgarrava:

Portuguezes vesti lucto,
Um lucto bem denegrido;
Se Paiva Couceiro nao vem,
Portugal esta perdido

E outra respondia:

Paiva Couceiro,
Mais uma vez;
Mostra o que vale,
O sangue portugues

In ? Couceiro o Capitao Phantasma, Joaquim Leitao, Edicao do Autor, Porto 1914, p. 106

Pouco antes da segunda incursao, a 17 de junho de 1912, foi julgado a revelia pelo Tribunal do Segundo Distrito do Porto:

Mais tarde, em 1915, de volta ao Pais apos o seu primeiro exilio, foi convidado para Governador de Angola, pelo ainda recente Governo Republicano, representado por Araujo de Sa , Oliveira Jericote e outro, que o procuraram na sua casa de Oeiras . Paiva Couceiro recusou servir o novo regime e instalou-se em Espanha onde preparou a restauracao da Monarquia, movimento que ficou conhecido por Monarquia do Norte .

Em 1919 proclamou a referida Monarquia do Norte, de curta duracao, da qual foi o Presidente da Junta Governativa do Reino. Neste periodo foi activamente apoiado pelos lideres integralistas , entre os quais Luis de Almeida Braga (seu secretario) e Antonio Sardinha . Na tentativa de Monsanto, em Lisboa, foi apoiado por Pequito Rebelo e Hipolito Raposo . Por este papel determinante nas incursoes feitas pelos monarquicos e pela sua fidelidade a causa ficou conhecido entre os seus apoiantes por O Paladino .

A contra-revolucao monarquica sucedeu quase de imediato a proclamacao da Republica, em 5 de outubro de 1910 e teve como objectivo primordial organizar um movimento politico-militar capaz de derrubar as instituicoes do novo regime e restaurar a situacao vigente ate aquela data.

Em 1919, apos o assassinato de Sidonio Pais , Paiva Couceiro ve a sua grande oportunidade de lutar pela restauracao do regime em que acreditava. Assim, volta a organizar uma incursao dos monarquicos exilados, consegue subverter as instituicoes da parte do territorio portugues que ia do Minho a linha do Vouga, e, em nome do rei D. Manuel II de Portugal , exilado na Gra-Bretanha e Irlanda, e estrategicamente, restaura a Carta Constitucional de 1826 .

6.° aniversario do ataque a Chaves

Contudo, o seu objectivo maior era o regresso a Monarquia Integral, medieval, catolica e corporativa. Por essa razao proclama a restauracao da monarquia na cidade do Porto , num episodio que ficou conhecido pela Monarquia do Norte (19 de janeiro a 13 de fevereiro de 1919). Porem, a situacao nao consegue perdurar e o regime republicano e novamente instaurado. Durante a efemera vida daquele regime ? 25 dias ? exerceu as funcoes de Presidente da Junta Governativa do Reino (1919), cujas funcoes eram equivalentes as de primeiro-ministro do governo provisorio entao instaurado. Durante a Monarquia do Norte esta Junta Governativa revogou toda a legislacao republicana promulgada desde 5 de outubro de 1910, restaurou a bandeira e o hino monarquicos e legislou intensa e infrutiferamente.

O discurso de Henrique Paiva Couceiro as tropas reunidas em continencia a bandeira azul e branca, logo apos a proclamacao da Monarquia no Porto, ficou para a Historia. [ 14 ]

A sublevacao monarquica de 1919 haveria de abortar, ao nao lograr obter apoios fundamentais que poderiam garantir a sua sobrevivencia. O malogro da breve experiencia monarquica era inevitavel. Porem a ideia e a expectativa da restauracao realista mantiveram-se ate a emergencia do Estado Novo , acabando o monarquico de coracao , Oliveira Salazar , por ser o carrasco de quantos ainda sonhavam no regresso ao 4 de outubro de 1910. [ 15 ]

A historia da Primeira Republica Portuguesa e pontuada, desde os seus alvores, por um esforco contra-revolucionario levado a cabo por sectores descontentes com as medidas decretadas pelos governos republicanos e que, incluindo o clero e forcas politicas conservadoras e radicais, tinham nos monarquicos de diversas tendencias (dos integralistas aos monarquico-constitucionais) os seus mentores mais salientes e inconformados.

O chefe carismatico da contra-revolucao monarquica foi sem duvida Henrique de Paiva Couceiro, um dos poucos realistas que resistiu em armas a revolucao republicana e que, refugiado politico na Galiza , comandou duas frustradas incursoes no norte do Pais, em 1911 e 1912.

Os anos finais [ editar | editar codigo-fonte ]

Paiva Couceiro na sua casa de Oeiras, com o neto Manuel Calainho de Azevedo e o seu cao favorito, o "Sultao"

Embora vivesse entao no estrangeiro, foi condenado ao degredo pelo Tribunal Militar de Chaves a 19 de novembro de 1912, sendo oficialmente exilado pela primeira vez em 1914; o artigo 2° do Decreto de Amnistia de 22 de fevereiro de 1914, assinado por Bernardino Luiz Machado Guimaraes e Manuel Joaquim Rodrigues Monteiro dizia: "Os chefes, dirigentes ou instigadores ? dos quais fazia parte Paiva Couceiro ? daqueles a quem se refer o artigo anterior sao, imediatamente, expulsos do territorio da Republica Portuguesa pelo governo, sob parecer da comissao da reforma prisional e penal, e pelo tempo de pena que lhes resta cumprir, nao excedendo 10 anos". O decreto de amnistia promulgado em 1915 por Pimenta de Castro abrange, entre outros, os nomes prestigiosos de Paiva Couceiro, Azevedo Coutinho , Jorge Camacho , Victor Sepulveda e Joao de Almeida . Henrique de Paiva Couceiro volta ao Pais, comecando logo a preparar a restauracao da monarquia que teve lugar em 1919 no Porto. A 13 de fevereiro, apos o insucesso da Monarquia do Norte, ausentou-se de novo para Madrid . Embora continuasse a viver no estrangeiro, e mais uma vez condenado, assim como Antonio Solari Alegro , pelo Tribunal Militar Especial, reunido a 3 de dezembro de 1920, a 25 anos de degredo (in "Diario do Minho", Braga 4 de dezembro de 1920). Abrangido por nova "Amnistia", decretada em janeiro de 1924, volta ao Pais mas e de novo exilado pelo salazarismo a 16 de setembro de 1935, por seis meses, por ter criticado publicamente a politica colonial do regime. [ 8 ] Volta para Lisboa, vindo de Tui onde estivera exilado, a 13 de janeiro de 1937.

Em 1937, depois de voltar a criticar violentamente a politica colonial do regime do Estado Novo numa famosa carta [ 16 ] dirigida ao Presidente do Conselho de Ministros, Dr. Oliveira Salazar, a 31 de outubro de 1937, foi preso pela "Policia de Defesa Social e Politica" durante 6 dias a 13 de novembro desse ano, condenado a dois anos de exilio e forcado a retirar-se da vida politica, sendo enviado, apesar dos seus 76 anos, para Granadilla de Abona , colonia Espanhola de Santa Cruz de Tenerife , nas Canarias . Em 1939, Antonio de Oliveira Salazar permitiu o seu regresso a Portugal, onde acabou por viver os ultimos anos da sua vida.

E curioso constatar que a carta que o Dr. Fernando Pacheco de Amorim escreveu a Salazar, 32 anos mais tarde, em plena guerra colonial, nao teve as mesmas consequencias para o ilustre antigo Presidente da Liga Popular Monarquica . [ 17 ]

Dedicou-se a escrita, tendo publicado uma extensa obra dedicada essencialmente as questoes coloniais e a tematica do ressurgimento nacional , com um cunho nacionalista que o aproxima do integralismo lusitano .

Encontra-se colaboracao da sua autoria no jornal O Correio : Semanario Monarquico [ 18 ] (1912-1913) e na revista Accao realista [ 19 ] (1924-1926) e Portugal Colonial [ 20 ] (1931-1937).

Titulos de jornais a morte de Henrique Paiva Couceiro [ editar | editar codigo-fonte ]

Ultima foto de Paiva Couceiro
  • In Aleo de 17 de marco de 1944, pg.1 : "A minha profunda admiracao pelo heroi nacional Paiva Couceiro, filia-se simultaneamente na sua bravura de militar e na sua coragem moral demonstrada pela aceitacao plena de todas as consequencias das suas atitudes e accoes" ? DUARTE
  • Ibidem, pg. 2 : "Henrique de Paiva Couceiro ? UM HOMEM", por Joao de Azevedo Coutinho e "RECORDACOES", por D. Joao de Almeida
  • Ibidem pg. 3 : "A Espada e a Honra", por Hipolito Raposo
  • Ibidem pg. 4 e 9 : "Um Capitao do Ultramar", por Alberto de Almeida Teixeira
  • Ibidem pg. 5 : "Couceiro no Amor do Povo", por M. O.
  • Ibidem pg. 5 : "Homenagem do Conselho do Imperio"
  • Ibidem pg. 5 : "E cedo para falar de Paiva Couceiro. Circunstancias do tempo e da fortuna nao deixariam dizer toda a verdade acerca do heroismo e da gloria da sua vida ? do seu martirio tambem. Por agora apenas pudemos sentir o luto espiritual em que ele nos deixou. E esse luto provem da conviccao, ao mesmo tempo heroica e angustiada, de que ele foi ? o ULTIMO!", por Afonso Lopes Vieira.
  • Ibidem pg. 6 : "Historia de uma Espada e de um Soneto", por E. Saturio-Pires
  • Ibidem pg. 7 e 19 : "Os grandes paladinos nacionais", por Delfim Maya
  • Ibidem pg. 7 : "De todas as Historias e a Historia Contemporanea a mais dificil de entender. Esquecido por uns e desprezado por outros, Paiva Couceiro parecia morto em vida, e eis que a morte verdadeira o restitui a Patria! Pobre terra, onde so na sepultura os homens sao grandes!", por Luis de Almeida Braga
  • Ibidem pg. 8 : "Uma pagina da Galiza", pelo Conde de Alvelos, e "Visao politica", por Francisco Manso Preto Cruz
  • Ibidem pg. 9 : "Paiva Couceiro ? Homem moral", pelo Visconde de Torrao
  • Ibidem pg. 10 : "O Sonho e a Vida de um Soldado", por F. Quintella, "Mortos da Patria! Sentido!", pelo Conde de Valle de Reis, e "Ele era assim...", por Jose Froes
  • Ibidem pg. 11 e 19 : "A Gloria da Missao de Couceiro", por Ernesto Goncalves
  • Ibidem pg. 15 : "Morreu o Comandante", [ f ] por Fernando Amado
  • Ibidem pg. 17 : "Velada mortuaria, velada de armas...", por Tomaz de Figueiredo
  • Ibidem pg. 18 : "Couceiro, Construtor de Imperio", por Luiz Leite Rio
  • Ibidem pg. 19 : "A Gloria da Missao de Couceiro", por Ernesto Goncalves
  • Ibidem pg. 19 : "Paiva Couceiro nao foi discipulo de ninguem. Foi MESTRE de todos."
  • Ibidem pg. 23 : "Como soldado, foi heroi em Marracuene e em Magul; como colonial serviu, como nenhum outro, a provincia de Angola; como politico, foi sempre fiel a sua bandeira e ao seu Rei; como Portugues, foi uma das mais altas figuras da nossa vida contemporanea, amando acima de tudo a sua Patria", palavras pronunciadas no Cemiterio dos Prazeres , onde fora sepultado, pelo conselheiro Antonio Cabral , antigo Ministro da Marinha e Ultramar.

Vida familiar [ editar | editar codigo-fonte ]

Em 21 de novembro de 1896, casou com D. Julia Maria do Carmo de Noronha (1873 ? 1941), filha primogenita e herdeira de D. Miguel Aleixo Antonio do Carmo de Noronha , 3.º Conde de Parati , e de sua mulher Isabel de Sousa Botelho , filha de Fernando de Sousa Botelho Mourao e Vasconcelos (1849 ? 1936), 2.º Conde de Vila Real . O rei D. Carlos foi o padrinho. Desse casamento resultou a seguinte descendencia:

Condecoracoes [ editar | editar codigo-fonte ]

Ao longo da sua carreira recebeu numerosos louvores e multiplas condecoracoes, entre as quais:

  • Cavaleiro da Real Ordem Militar da Torre e Espada (Diario do Governo e Decreto de 18 de dezembro de 1890), por ter cumprido sem perda de tempo as ordens do Governo Central relativas a uma missao a fronteira Sul de Angola, apesar de as ter recebido dentro das terras do Bihe sublevados nessa ocasiao.
  • Oficial da Real Ordem Militar da Torre e Espada (Decreto de 29 de maio de 1891 ? Diario do Governo de 20 de junho de 1891), pelos servicos prestados na guerra do Bihe e assalto a Embala Grande.
  • Medalha de Prata de Merito, Filantropia e Generosidade (Ordem do Exercito n° 292 ? 1892 ? Diario do Governo de 17 de setembro de 1892) ? (Medalha de D. Maria II [ h ]
  • Medalha de Merito Militar de Espanha (1893-94) ? Por ter acompanhado o Exercito de Operacoes em Mellila sob as ordens do capitao-general Arsenio Martinez-Campos .
  • Cavaleiro da Real Ordem Militar de Sao Bento de Avis ? (Ordem do Exercito n° 18 ? 2.ª serie ? de 3 de agosto de 1895), por 10 anos de servico sem nota (Capitao de 1.ª Classe).
  • Comendador da Real Ordem Militar da Torre e Espada (Ordem do Exercito n° 3 de 1896 ? Diario do Governo de 3 de fevereiro de 1896), pelos servicos relevantissimos prestados na Campanha de 1895 contra o potentado Gungunhana, e respectiva pensao.
  • Medalha de Prata Rainha D. Amelia ? Expedicao a Mocambique (Ordem do Exercito n° 9 de 1896 ? Diario do Governo de 3 de fevereiro de 1896), relativa a Campanha de 1895 contra o potentado Gungunhana.
  • Medalha Militar de Ouro de Valor Militar (D. Luis I) ? (Ordem do Exercito n°7 de 1896 ? Diario do Governo de 26 de marco de 1896). Segundo o que o proprio Henrique de Paiva Couceiro menciona na sua lista de condecoracoes, "Pelos servicos prestados na reconstituicao do quadrado de Marracuene em 2 de Fevereiro de 1895". [ i ]
  • Gra-Cruz da Ordem do Imperio Colonial (Diario do Governo II serie ? n° 179 de 3 de agosto de 1932) [ 21 ] [ j ]

Foi igualmente agraciado com o titulo de Conselheiro de Sua Majestade Fidelissima , por Decreto de 14 de maio de 1908, Boletim Militar do Ultramar n.° 12.

Obras publicadas por Henrique de Paiva Couceiro [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Relatorio de viagem entre Bailundo e as terras do Mucusso , Imprensa Nacional, 1892
  • Angola: Estudo administrativo , Tipografia da Cooperativa Militar, 1898
  • Artur de Paiva , A. Liberal, 1900
  • A Democracia Nacional , Imprensa Portuguesa, Lisboa, depositarios Franca & Armenio, Coimbra, 1917
  • O Soldado Pratico", Tipografia Silvas, Ltd, Lisboa, para as Edicoes Gama, Lisboa, 1936
  • Angola: dois anos de governo, junho 1907 ? junho 1909 , Edicoes Gama, Lisboa, 1948 [foi acompanhada pela obra de Norton de Matos , Angola: ensaio sobre a vida e accao de Paiva Couceiro em Angola que se publica ao reeditar-se o seu relatorio de Governo Edicoes Gama, Lisboa, 1948].
  • Angola, historia e comentarios , Tipografia Portuguesa, 1948
  • Angola: Projecto de Fomento , Edicao da Revista "Portugal Colonial", Lisboa, 1931
  • Subsidios para a Obra do Ressurgimento Nacional , Fasciculo I ? O Estado Nacional, Tipografia "Hesperia", Madrid, 1927
  • Subsidios para a Obra do Ressurgimento Nacional , Fasciculo II ? A Nacao Organizada, Tipografia da Gazeta dos Caminhos de Ferro, Lisboa, 1929
  • Profissao de Fe (Lusitania Transformada) , seu ultimo livro e verdadeiro testamento politico, com prefacio de Luis de Almeida Braga, Tipografia Leitao, Porto, para as Edicoes Gama, Lisboa, 1944
  • Experiencia de Traccao Mecanica na Provincia de Angola , Imprensa da Livraria Ferin, Lisboa, 1902
  • Carta Aberta aos Meus Amigos e Companheiros , edicao da Accao Realista Portuguesa , Biblioteca de Estudos Nacionalistas, 1924
  • Projecto de Orcamento do ano Economico de 1917/18 do Distrito de Angola , Luanda, 1900.

Obras publicadas sobre Henrique de Paiva Couceiro [ editar | editar codigo-fonte ]

Entre outras:

  • 100 Anos 100 Portugueses (Henrique de Paiva Couceiro page 20) - Revista [ vago ]
  • 1991-Agosto in Revista K - Retrato do Heroi de Vasco Pulido Valente (Henrique de Paiva Couceiro)
  • A Accao das Baterias a Cavalo, de Queluz, nos dias 4 e 5 de Outubro de 1910 - Gustavo Tedeschi Correa das Neves
  • A Entrevista, sem santo nem senha (n° 2,3,4,5 e 8) - Joaquim Leitao 8/10/1913
  • A Filha do Capitao (Romance) - Jose Rodrigues dos Santos
  • A Guerra de Africa em 1895 - Antonio Ennes
  • A Jornada de Monsanto - Um holocausto tragico Abril de 1919 Felix Correia - com uma foto de HPC
  • A Monarquia do Norte - Rocha Martins, Oficinas Graficas do A B C, Lisboa 1922,
  • A Revolucao de Couceiro, Revelacoes escandalosas, confidencias, crimes. - Abilio Magro. Edicao do Autor, Porto, 1912.
  • A Toca do Lobo - Tomaz de Figueiredo, 1973 (admirador de
  • Henrique de Paiva Couceiro)
  • A Vida Intima, Religiosa e de Familia de Paiva Couceiro (separata do In- Memoriam de Paiva Couceiro) - Padre Sebastiao Pinto da Rocha, S. J,
  • Altas Figuras do Imperio (Henrique de Paiva Couceiro) - Amalia de Proenca Norte
  • Angola - sobre a vida e Accao de Paiva Couceiro em Angola - General Norton de Mattos, Edicoes Gama, Lisboa 1948.
  • As Campanhas de Mocambique em 1895 - Marcelo Caetano
  • Conspiracao contra Portugal 1910-1912 - Hipolito de la Torre Gomez, 1978
  • Couceiro, o Capitao Phantasma - Joaquim Leitao, Edicao do Autor, Porto 1914.
  • Cuamatos - Jaime Ferreira Regalado
  • Diario de Noticias - primeira pagina de 1864 a 1984
  • Em Marcha para a 2a Incursao - Joaquim Leitao, Edicao do Autor, Porto 1915,
  • Gloria e Desengano do Heroi - Paiva Couceiro a Hora de Morrer - Nuno de Montemor, Edicao da Uniao Grafica, Lisboa 1949.
  • Grandes Reportagens de Outros Tempos Amador Patricio - Martins Barata - Prefacio Caetano Beirao
  • Guitarra - Tomaz de Figueiredo, 1956 (com um verso sobre HPC)
  • Les Paves de l'Enfer - Suzanne Chantal, Maio 1986
  • No Julgamento de Couceiro - Pereira de Souza, Edicao do Autor, Porto, 1912 - Nuno de Montemor, 1949
  • O Ataque a Chaves - Joaquim Leitao, Edicao do Autor, Porto 1916,
  • O Exemplo Politico de Paiva Couceiro - Francisco Manso Preto Cruz, Edicao do Autor, Lisboa 1945.
  • Os Cem Dias Funestos - Joaquim Leitao
  • Os Conspiradores no Sul da Galiza (as incursoes monarquicas (1911-1912) na literatura portuguesa) Armando B. Malheiro da Silva
  • Paiva Couceiro - Alfredo Pimenta
  • Paiva Couceiro - Filipe Ribeiro de Menezes
  • Paiva Couceiro - Francisco Manso Preto Cruz
  • Paiva Couceiro - Jose Brandao Pereira de Mello, Agencia Geral das Colonias, Lisboa 1946.
  • Paiva Couceiro - Aspetos Africanos da sua vida Alberto de Almeida Teixeira, Pro Domo, Lisboa 1948
  • Paiva Couceiro - bibliografia politica e in-memoriam - Francisco Manso Preto Cruz
  • Paiva Couceiro - separata do Padre Sebastiao Pinto da Rocha, S. J,
  • Paiva Couceiro - Jose Brandao Pereira de Mello, Agencia Geral das Colonias, Lisboa 1946.
  • Paiva Couceiro e a contra-revolucao monarquica (1910-1919) - Artur Ferreira, Biblioteca da Universidade do Minho, Coimbra 2000.
  • Paiva Couceiro em Angola - Jorge Viana. Camara Municipal de Sa da Bandeira, Tipografia V G. S, Sa da Bandeira 1961
  • Paiva Couceiro Politico-Militar-Colonial - inclui o artigo ≪ O Triangulo Estrategico e a Alianca Inglesa ≫ escrito para a Revista de Artilharia de Agosto de 1906
  • Paiva Couceiro, Politico, Militar e Colonial - Francisco Manso Preto Cruz. Edicao do Autor. Lisboa 1944.
  • Paiva Couceiro Uma grande figura de Angola - Julio de Castro Lopo, Agencia Geral do Ultramar, Lisboa 1948.
  • Portugal em Africa - morte de Henrique de Paiva Couceiro
  • Portugal em Africa - n°161 - Maio de 1907 - 14° ano Artigo da redaccao sobre Henrique de Paiva Couceiro
  • Portugal em Africa, Revista a Cultura Missionaria, 1944 - Henrique de Paiva Couceiro Governador de Angola
  • Revista do Exercito e da Armada - Relatorios de A. Ennes. Henrique de Paiva Couceiro e Eduardo da Costa - Campanha Gungunhana N° 35 - Marco de 1896
  • Um Heroi Portugues - Henrique de Paiva Couceiro - Vasco Pulido Valente, 2006
  • Uma Noite na Toca do Lobo - Tomaz de Figueiredo 1972
  • Vermelhos Brancos e Azuis - Rocha Martins
  • Viagem do Principe Real - Ayres d'Ornellas, 1928

Citacoes de e sobre Henrique de Paiva Couceiro [ editar | editar codigo-fonte ]

  • "Foi dificil ser Governador de Angola, mas foi mais dificil ter sido honesto durante os 34 anos de Republica..." ? ao seu amigo Manso Preto Cruz no ano em que faleceu, in " Paiva Couceiro ? Biografia Politica e In-Memoriam ", de Francisco Manso Preto Cruz, 1947, pagina 244.
  • "Imperio somos, Imperio teremos de ser" ? in Ultramar ? n°1 (julho/setembro 1960), p. 89/91
  • "A Patria, consumindo na descoberta o seu esforco aventuroso, mantendo-a e explorando-a com sangue e dinheiro, tem direito legitimo a usufruir e a tomar como sua, uma parte do patrimonio valorizado a custa da sua propria energia" [ carece de fontes ? ]
  • “Es monarquico? Es republicano? Es radicalista de alguma especie? Nao to pergunto. Pergunto-te apenas se es Portugues acima de tudo...” in Profissao de Fe (Lusitania Transformada), Prefacio de Luis de Almeida Braga, Tipografia Leitao, Porto, para as Edicoes Gama, Lisboa, 1944
  • "Eu nao faco Reis ? nao e a minha funcao ? quero apenas servir o meu Pais" ? in Diario de Lisboa a 27 de novembro de 1928.
  • "Ha-de ver-se que a vitoria de Magul perdeu o Gungunhana; a derrota perderia, provavelmente, o distrito de Lourenco Marques. Se nao fora Paiva Couceiro, provavelmente, lamentariamos ainda hoje tamanha desgraca." ? in "Portugal em Africa", marco de 1944, p. 76
  • "A minha profunda admiracao pelo heroi nacional Paiva Couceiro, filia-se simultaneamente na sua bravura de militar e na sua coragem moral demonstrada pela aceitacao plena de todas as consequencias das suas atitudes e accoes" ? D. Duarte, Duque de Braganca, a 12 de fevereiro de 1944.
  • “Paiva Couceiro, leao de combate!", Antonio Ennes em Cronica da Campanha de 1895.
  • “Paiva Couceiro foi, sempre, em sintese literaria, o descendente Lusitano do Cid Campeador, do mistico Nun'Alvares, do fidalgo du Guesclin”, em Diario Popular ? Lisboa
  • “Meu Pai (Henrique Paiva Couceiro) justificou sempre o seu combate a Republica com a conviccao que esse regime nao correspondia as necessidades do Pais nem exprimia a vontade nacional. Nunca se tratou de uma rixa com os republicanos, de alguns dos quais era pessoalmente amigo”. D. Miguel de Paiva Couceiro, em "Diario de Lisboa" de 8 de outubro de 1948.
  • O Partido Regenerador-Liberal, de que Henrique Paiva Couceiro era membro, proclama no seu Almanaque que ≪a sua nobreza ingenita e a sua candura imaculavel≫ bastavam para que os portugueses ≪nao perdessem a confianca no futuro da raca≫. [ 22 ]
  • Rene Pelissier, que lhe deu mais um heroico nome, ≪o grande fulminador≫, compara Couceiro, cujo mandato em Angola nao chegou a durar dois anos, aos grandes colonizadores do seculo: a Lyautey , a Galieni, a Lugard. [ 23 ]
  • Em 1947 o antigo alto comissario da Republica em Angola, o macom e jacobino Norton de Matos, manifestava a sua ≪gratidao≫ e ≪admiracao≫ pela ≪obra≫ de Couceiro e escrevia que se limitara a ≪seguir≫ pelo ≪caminho que ele previamente abrira com passos de gigante≫. O General Norton de Mattos diz, exactamente, na pagina 96 do seu livro Angola: "...e tambem porque, em grande parte, o meu governo geral de Angola e o meu alto comissariado foram o seguimento e a conclusao do grande governo de Couceiro e porque, nessa grande parte, o meu governo so foi possivel por ele me ter previamente aberto o caminho com passos de gigante." [ 24 ]
  • Henrique de Paiva Couceiro encarava assim, em 1909, o problema de regime: "Salvar-nos-ia, sim, o regime liberal ou absoluto ? republicano, monarquico ou socialista ? que em paz nos assegurasse o "Governo pelos Melhores"" ? in "Angola, 2 anos de Governo, junho 1907 ? junho 1909", Edicoes Gama, Lisboa, 1948.
  • Sobre a forma de desenvolver Angola, ja em 1898 dizia Henrique de Paiva Couceiro: "As nossas aspiracoes para o futuro de Angola deviam ter por objecto a transformacao desse vasto territorio numa grande provincia portuguesa, falando a nossa lingua, seguindo os nossos usos, reproduzindo as nossas tradicoes, ..." in "Angola: Estudo administrativo", Tipografia da Cooperativa Militar, 1898
  • "Nada merecia o seu (Henrique de Paiva Couceiro) amor se nao trouxesse espelhado o interesse nacional", de Luis de Almeida Braga in "Profissao de Fe (Lusitania Transformada)", ultimo livro de Henrique de Paiva Couceiro e verdadeiro testamento politico, com prefacio de Luis de Almeida Braga, Tipografia Leitao, Porto, para as Edicoes Gama, Lisboa, 1944
  • "So e vencido aquele que reconhece a sua derrota" ? palavras ditas a seu filho D. Miguel, artigo "No Primeiro Centenario", in "O Debate" de 10 de fevereiro de 1962.

Toponimos [ editar | editar codigo-fonte ]

Portugal
  • Avenida Paiva Couceiro ? Porto
  • Praca Paiva Couceiro ? Lisboa
  • Largo Henrique de Paiva Couceiro ? Oeiras
  • Rua Henrique de Paiva Couceiro ? Oeiras
  • Avenida Comandante Paiva Couceiro ? Queluz
  • Rua Henrique de Paiva Couceiro ? Bairro das Cruzes ? Venda Nova ? Amadora
  • Rua Paiva Couceiro ? Odivelas ? Lisboa
  • Rua Paiva Couceiro ? Sao Vicente ? Guarda
  • Rua Paiva Couceiro ? Bairro Gouveia ? Alhos Vedros, Moita ? Setubal
  • Rua Paiva Couceiro ? Bela Vista ? Afonsoeiro, Montijo ? Setubal
  • Rua Paiva Couceiro ? Outeiro de Polima, Sao Domingos de Rana ? Cascais
  • Rua Paiva Couceiro ? Sao Bras ? Amadora
  • Praceta Paiva Couceiro ? Algueirao, Mem Martins ? Sintra
Brasil
Mocambique
  • Rua Paiva Couceiro ? Beira
  • Rua Paiva Couceiro ? Maputo (ex-Lourenco Marques), Bairro do Alto Mae
Angola
  • Luanda: houve uma avenida Paiva Couceiro, actualmente chamada Avenida Conego Manuel das Neves. Julio de Castro Lopo, in “ Paiva Couceiro ? uma grande figura de Angola” ? fala de uma Rua de Paiva Couceiro em Luanda.
  • Benguela: Largo Governador Paiva Couceiro (entre o Hospital e a Avenida Governador Sousa Coutinho)
  • Lubango (ex Sa de Bandeira): Rua de Paiva Couceiro
  • Ha tambem, em Angola, uma cidade chamada Vila Paiva Couceiro, sede do concelho do Alto Cunene, [ necessario esclarecer ] do distrito da Huila, antiga povoacao de Quipungo. [ necessario esclarecer ]

Na cultura popular [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

Notas [ editar codigo-fonte ]

  1. O avassalamento era um acto simbolico pelo qual as potencias coloniais europeias pretendiam impor a sua soberania sobre os povos africanos. Para isso mandavam emissarios aos regulos com presentes e uma bandeira nacional: se os presentes eram aceites depreendia-se, de acordo com o entendimento do direito internacional entao em vigor, que os europeus tinham ocupado o territorio do regulo, caso contrario recorria-se posteriormente a forca, eliminando os recalcitrantes. Contudo, durante anos nao houve qualquer ocupacao efectiva nem as autoridades indigenas se consideravam submetidas aos europeus que as avassalavam , pois nem sequer entendiam o significado da cerimonia, supondo mesmo que os europeus se avassalavam e se lhes subordinavam, pois se assim nao fosse nao lhes levariam presentes.
  2. Aquela Campanha estava inserida no contexto mais vasto das Campanhas de Conquista e Pacificacao conduzidas pelas forcas armadas portuguesas nas colonias africanas nas ultimas decadas do seculo XIX e nas primeiras decadas do seculo XX , sensivelmente entre 1880 e o final da Primeira Guerra Mundial. Aquelas campanhas reflectem as pressoes tendentes a ocupacao efectiva do territorio resultantes da Conferencia de Berlim
  3. Embala era a designacao dos aldeamentos defendidos por palicadas em madeira construidos pelos povos locais, mas que foram depois adaptados as necessidades de defesa dos europeus, militares e civis, que se instalavam na regiao.
  4. Estes acontecimentos, despoletados pela estadia de Paiva Couceiro no Bie, serviram de pretexto para o entao governador-geral de Angola, Guilherme de Brito Capelo , determinar ao capitao Artur de Paiva a organizacao de uma expedicao punitiva destinada a vingar a morte de Silva Porto e restabelecer o prestigio dos portugueses. A 1 de novembro de 1890, junto ao rio Cuquema trava-se o primeiro combate e a 22 do mesmo mes e tomada a capital insurrecta do Bie, a embala de Ecovongo . A 4 de dezembro e preso o rei Dunduma, logo deportado para Mocambique e substituido pelo soba Kapoco, fiel aos portugueses.
  5. O 14 de maio foi a mais violenta revolta que sucedeu em Portugal. No entanto a maioria dos mortos nao ocorreu com os bombardeamentos navais do dia 14, mas sim com as perseguicoes e ajustes de contas entre a Carbonaria e a Formiga Branca . Entre 14 e 17 de maio nao existiu lei na cidade de Lisboa, o que deu mao livre a Carbonaria e a formiga branca para realizarem razias, pilhagens e assassinatos dos seus inimigos (mais de 20 policias e varios cadetes da escola de guerra foram sumariamente executados). Tal violencia motivou o envio de esquadras de Franca , Espanha e Reino Unido , e foi apenas a sua presenca que acalmou os animos e obrigou as novas autoridades a restabelecerem a ordem.
  6. Titulo dado a Paiva Couceiro pelos seus soldados de Vinhais , Chaves e da Monarquia do Norte. Tinha um significado politico-militar
  7. D. Julia Maria do Carmo de Noronha (1873?1941) , apesar de filha primogenita e herdeira do 3.º Conde, nunca utilizou o titulo de Condessa de Parati.
  8. Henrique de Paiva Couceiro recebeu esta medalha em 1892 por ter salvo um soldado de se afogar quando se banhava nas aguas do Tejo, em Santarem.
  9. Para premiar actos heroicos de extraordinaria abnegacao e valentia ou de grande coragem moral e excepcional capacidade de decisao, quer em campanha, quer em tempo de paz, mas sempre em circunstancias em que houvesse comprovado ou presumivel perigo de vida ? Campanhas de Mocambique
  10. O seu objectivo era homenagear aqueles que prestaram servicos distintos, ao servico do governo, administracao e diplomacia, na colonizacao do Ultramar

Referencias

  1. a b c d e ≪Vasco Pulido Valente, "Henrique Paiva Couceiro ? um colonialista e um conservador". Analise Social , volume XXXVI (160), 2001, pp. 767-802.≫ (PDF)  
  2. Com excepcao do Teatro de Sao Carlos , onde ia pela musica.
  3. a b Arquivo Historico Militar, ref AHM/div/3/7/1183
  4. Arquivo Historico Militar, ref AHM/div/3/7/1183
  5. ≪Historia do Bie≫  
  6. Ordem do Exercito n° 18 - 2ª serie - 3/8/1985
  7. ≪Roshni Nilaya Alumni Association≫ . Arquivado do original em 11 de outubro de 2012  
  8. a b c Maria Filomena Monica (coordenadora), Dicionario Biografico Parlamentar (1834-1910) , volume I, pp. 898-899. Lisboa: Assembleia da Republica, 2004 ( ISBN 972-671-120-7 ).
  9. Norton de Mattos, Angola: ensaio sobre a vida e accao de Paiva Couceiro em Angola que se publica ao reeditar-se o seu relatorio de Governo . Lisboa: Edicoes Gama, 1948 (Lisboa: Tipografia Portuguesa, 1948).
  10. Rene Pelissier, Historia das campanhas de Angola: resistencia e revoltas, 1845-1941 (2 volumes). Lisboa: Editorial Estampa, 1986.
  11. Paiva Couceiro grande figura de Portugues, por Pedro de Alferrara in "Domingo ? Lisboa" a 20 de fevereiro de 1944
  12. In ? ‘Debate’ de 16 de outubro de 1965
  13. (Rego, Raul, "Historia da Republica")
  14. ≪Discurso de Paiva Couceiro a 19 de janeiro de 1919≫   |"Soldados!"
  15. ≪Artur Ferreira Coimbra, Paiva Couceiro e a contra-revolucao monarquica (1910-1919) . Braga: 2000.≫  
  16. ≪Carta de Henrique de Paiva Couceiro a Antonio de Oliveira Salazar, em 31 de outubro de 1937.≫ . Arquivado do original em 31 de agosto de 2010  
  17. Diario Popular de 22 de outubro de 1969, "Os Monarquicos e o Ultramar" de Henrique Barrilaro Ruas e Marcus de Noronha da Costa
  18. Rita Correia (4 de agosto de 2015). ≪Ficha historica: O correio : semanario monarchico (1912-1913)≫ (PDF) . Hemeroteca Municipal de Lisboa . Consultado em 27 de junho de 2016  
  19. Accao realista (1924-1926) [copia digital, Hemeroteca Digital]
  20. Rita Correia (11 de junho de 2014). ≪Ficha historica:Portugal colonial : revista de propaganda e expansao colonial (1931-1937)≫ (PDF) . Hemeroteca Municipal de Lisboa . Consultado em 23 de marco de 2015  
  21. http://www.ordens.presidencia.pt/
  22. Henrique Paiva Couceiro ? um colonialista e um conservador" de Vasco Pulido Valente, pagina 788 ? Analise Social, vol. XXXVI (160), 2001, 767-802
  23. Historia de Mocambique (1854-1918), de Rene Pelissier, Editorial Estampa, Lisboa, 1988
  24. "Angola, Ensaio sobre a vida e accao de Paiva Couceiro em Angola, que se publica ao reeditar-se o seu Relatorio de Governo" do General Norton de Mattos,1948,Edicoes Gama, Pg. 96

Bibliografia [ editar | editar codigo-fonte ]

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Precedido por
Ernesto Augusto Gomes de Sousa
Governador interino de Angola
1907 ? 1909
Sucedido por
Alvaro Antonio da Costa Ferreira