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Morte de Benito Mussolini

Origem: Wikipedia, a enciclopedia livre.
Benito Mussolini , 1883-1945

A morte de Benito Mussolini , o ditador fascista italiano , aconteceu em 28 de abril de 1945, nos ultimos dias da Segunda Guerra Mundial na Europa , quando foi executado sumariamente por partisans antifascistas no vilarejo de Giulino di Mezzegra no Norte da Italia . A versao geralmente aceita dos eventos e que Mussolini foi alvejado por Walter Audisio , um partisan comunista que usava o nome de guerra de "Coronel Valerio". Entretanto, desde o fim da guerra, as circunstancias da morte de Mussolini e a identidade do executor fazem parte de constantes confusoes, disputas e controversias na Italia .

Em 1940 Mussolini levou a Italia para a Segunda Guerra Mundial, lutando ao lado da Alemanha Nazista . Em 1945, foi reduzido a um lider de um estado fantoche alemao no norte da Italia, tendo confrontado o avanco dos Aliados a partir do sul e o crescente aumento nos conflitos internos com os partisans. Em abril de 1945, com os Aliados rompendo as ultimas defesas alemas no norte da Italia e com o aumento nas revoltas tomando conta das cidades, a posicao de Mussolini logo tornou-se insustentavel. Em 25 de abril fugiu de Milao onde mantinha uma base e tentou escapar pela fronteira com a Suica . Junto com sua amante Claretta Petacci , foram capturados em 27 de abril por partisans da regiao proximos ao vilarejo de Dongo no Lago Como . Mussolini e Petacci foram executados a tiros na tarde seguinte, dois dias antes do suicidio de Hitler .

Os corpos de Mussolini e Petacci foram levados para Milao onde ficaram expostos em uma praca, a Piazzale Loreto , para um multidao enfurecida que gritava insultos e atirava objetos nos corpos, que ficaram pendurados de cabeca para baixo em uma viga de metal. Mussolini foi enterrado em uma cova sem nome, porem em 1946 seu corpo foi desenterrado e roubado por apoiantes fascistas. Quatro meses mais tarde o corpo foi recuperado e mantido em um esconderijo pelos proximos onze anos. Em 1957, seus restos mortais foram disponibilizados para serem enterrados na cripta da familia Mussolini na sua cidade-natal, Predappio . Seu mausoleu tornou-se um lugar de peregrinacao para os simpatizantes de sua ideologia e o aniversario de sua morte e marcado por encontros de neofascistas .

Nos anos pos-guerra, a versao oficial da morte de Mussolini tem sido questionada na Italia (porem, no geral, nao internacionalmente) onde se traca uma comparacao com as teorias da conspiracao do assassinato de John F. Kennedy . Jornalistas, politicos e historiadores duvidam da veracidade da versao de Audisio, levantando uma grande variedade de teorias e especulacoes sobre o modo que ocorreu a morte de Mussolini e quem e o responsavel. Pelo menos doze pessoas em diferentes epocas assumiram a culpa do assassinato. Entre essas pessoas estao Luigi Longo e Sandro Pertini que se tornaram em seguida, Secretario Geral do Partido Comunista Italiano e Presidente da Italia , respectivamente. Diversos escritores tambem acreditam que a morte de Mussolini foi parte de uma missao das forcas especiais britanica . O objetivo da missao seria recuperar acordos secretos e correspondencias entre Winston Churchill e Mussolini. Entretanto a versao de Audisio permanece como a versao oficial e a mais credivel de todas.

Eventos anteriores [ editar | editar codigo-fonte ]

Republica Social Italiana: Dezembro de 1943, verde claro e escuro; Setembro de 1944, somente verde escuro

Antecedentes [ editar | editar codigo-fonte ]

Mussolini governou a Italia como seu lider fascista desde 1922 (e como ditador com o titulo de Il Duce a partir de 1925) e levou o pais a Segunda Guerra Mundial ao lado da Alemanha Nazista em junho de 1940. [ 1 ] Apos a Invasao Aliada da Sicilia em julho de 1943, Mussolini foi deposto e preso, a Italia mudou de lado, juntando-se aos Aliados. [ 2 ] Ao final do mesmo ano, ele foi resgatado da prisao atraves da Operacao Carvalho pelas forcas especiais alemas e Hitler o instituiu como lider da Republica Social Italiana , um estado fantoche do norte da Italia e com base na cidade de Salo no Lago de Garda . [ 3 ] Em 1944, a "Republica de Salo", como tornou a se chamar, passou a ser ameacada nao somente pelo avanco dos Aliados a partir do sul, mas tambem internamente por partisans da resistencia italiana , em um conflito brutal que ficou conhecido como a Guerra Civil Italiana . [ 4 ]

Em batalhas demoradas no caminho pela Peninsula Italica , os aliados tomaram Roma e entao Florenca no verao de 1944 e no final deste ano avancaram pelo norte da Italia. Com o colapso final da Linha Gotica do exercito alemao em abril de 1945, a queda total da Republica de Salo e seus protetores alemaes era eminente. [ 5 ]

A partir da metade de abril, Mussolini e seu governo instalaram-se em Milao assumindo como residencia a prefeitura da cidade. [ 6 ] Ao final do mes, o lider dos partisans, o CNLNI, [ nota 1 ] declarou um levante nas principais cidades do norte da Italia enquanto as forcas alemas recuavam.. [ 8 ] Com o CNLNI assumindo o controle de Milao e o exercito alemao no norte da Italia prestes a se render, Mussolini fugiu da cidade em 25 de abril, tentando escapar para o norte pela Suica. [ 8 ] [ 9 ]

No mesmo dia que Mussolini deixou Milao, o CNLNI emitiu um comunicado declarando a pena de morte para

"os membros do governo fascista e aos seus lideres que sao culpados por suprimir as garantias constitucionais, destruir a liberdade do povo, criar o regime fascista, comprometer e trair o pais, levando-o a catastrofe atual". [ 10 ]

Captura e prisao [ editar | editar codigo-fonte ]

Rota de Mussolini (linha rosa) contornando o Lago de Como apos a fuga de Milao

Em 27 de abril de 1945, Mussolini e sua amante Claretta Petacci , junto com outros lideres fascistas, estavam viajando em um comboio alemao proximos ao vilarejo de Dongo as margens do Lago Como . Um grupo de partisans comunistas locais liderados por Pier Luigi Bellini delle Stelle e Urbano Lazzaro atacaram o comboio forcando-os a parar. Os partisans reconheceram um dos lideres fascistas do comboio, mas em um primeiro momento nao notaram a presenca de Mussolini no grupo e fizeram os alemaes abrirem mao de todos os italianos do grupo em troca de sua continuidade no trajeto. Logo Mussolini foi localizado e identificado em um dos caminhoes do comboio. [ 11 ] Lazzaro mais tarde disse

"seu rosto parecia como cera e seu olhar era vitreo, mas de alguma forma cego. Eu vi uma expressao de exaustao extrema, mas nao de medo ... Mussolini parecia ter aberto mao da vontade de viver, estava espiritualmente morto". [ 11 ]

Os partisans prenderam Mussolini e o levaram para Dongo, onde passou parte da noite em um quartel. [ 11 ] Ao todo, cerca de 50 lideres fascistas e suas familias foram encontrados no comboio e presos pelos partisans. Alem de Mussolini e Petacci, dezesseis dos mais destacados fascistas do grupo foram sumariamente executados em Dongo no dia seguinte e outros dez foram executados nas duas noites seguintes. [ 12 ]

Claretta Petacci , a amante de Mussolini

O combate ainda tomava conta dos arredores de Dongo. Temendo que Mussolini e Petacci pudessem ser resgatados por apoiadores fascistas, foram levados no meio da noite para uma fazenda proxima, onde passaram o resto da noite e os dias seguintes. [ 13 ]

Ao final da tarde do dia da captura de Mussolini, Sandro Pertini , o lider partisan no norte da Italia, anunciou na Radio Milano:

"O chefe dessa associacao de delinquentes, Mussolini, enquanto amarelo com rancor e medo tentava atravessar a fronteira com a Suica foi preso. Ele deve ser entregue ao tribunal do povo para ser julgado rapidamente. Nos queremos isso, mesmo que pensemos que um pelotao de execucao seja uma honra muito grande para este homem. Ele merece ser morto como um cao sarnento". [ 14 ]

Ordem de execucao [ editar | editar codigo-fonte ]

Existem diferentes versoes sobre quem deu a ordem de que Mussolini deveria ser executado. Palmiro Togliatti , o secretario geral do Partido Comunista , afirmou que, antes da captura de Mussolini ele ja tinha dado a ordem por uma mensagem de radio em 26 de abril de 1945, com as palavras: "So uma coisa e necessaria para decidir que eles (Mussolini e os outros lideres fascistas) devessem pagar com suas vidas: a questao de suas identidades". Ele disse que havia feito isso em funcao de suas capacidades como vice primeiro ministro do governo de Bonomi em Roma e como lider do Partido Comunista. Ivanoe Bonomi, o primeiro ministro, mais tarde negou que essa fala fora dada com a autoridade ou aprovacao do governo. Um antigo comunista em Milao, Luigi Longo, disse que a ordem veio do Comando Geral dos partisans "em aplicacao da decisao do CNLNI". Longo em seguida apresentou uma nova versao: ele disse que quando ele e Fermo Solari, um membro do Partido de Acao (que era parte do CNLNI), ouviram a noticia da captura de Mussolini concordaram que ele deveria ser imediatamente executado e Longo deu a ordem de execucao. [ 15 ]

Luigi Longo (esquerda) e Palmiro Togliatti em um congresso do Partido Comunista apos a guerra

De acordo com Leo Valiani , o represente do Partido de Acao no CNLNI, a decisao de executar Mussolini foi tomada entre as noites de 27 e 28 de abril por um grupo agindo em nome do CNLNI, entre eles, Sandro Pertini e os comunistas Emilio Sereni e Luigi Longo. [ 14 ] No dia seguinte a morte de Mussolini, o CNLNI anunciou que ele fora executado segundo suas ordens. [ 9 ]

Longo instruiu o partisan comunista do Comando Geral, Walter Audisio, para se dirigir imediatamente a Dongo levando a ordem. De acordo com Longo, ele o fez com as palavras "va e atire nele". [ 16 ]

Execucao [ editar | editar codigo-fonte ]

Dentre todas as versoes e teorias levantadas apos a guerra sobre a execucao de Mussolini e Petacci, a versao de Walter Audisio, ou ao menos seus detalhes essenciais, permanece como a mais credivel ou como se e referida na Italia, e a versao "oficial" dos fatos. [ 17 ] [ 18 ] [ 19 ]

Entrada da Villa Belmonte. A cruz negra na parede marca o local da execucao

Essa versao confere na sua maior parte com a apresentada por Aldo Lampredi [ 20 ] e a descricao "classica" da historia foi narrada em livros da decada de 1960 de Bellini delle Stelle e Urbano Lazzaro e pelo jornalista Franco Bandini. [ 21 ] Embora cada uma dessas versoes apresentem divergencias nos seus detalhes, os fatos principais apresentam um certo grau em comum. [ 18 ]

Audisio e Lampredi partiram de Milao para Dongo na manha de 28 de abril levando as ordens dados por Longo a Audisio. Na chegada a Dongo, eles se encontraram com Bellini delle Stelle, que era o comandante partisan da regiao, devendo este providenciar a entrega de Mussolini para eles. Audisio utilizava o nome de guerra de "Coronel Valerio" durante a missao. Ao entardecer, ele junto com os outros partisans, incluindo Aldo Lampredi e Michele Moretti, se dirigiram a fazenda para buscar Mussolini e Petacci. Logo em seguida dirigiram a uma pequena distancia ate o vilarejo Giulino de Mezzegra . O veiculo parou na entrada da Villa Belmonte em uma estrada estreita conhecida como via XXIV maggio e Mussolini e Petacci foram orientados a descer do veiculo e permanecer em pe em frente a um muro. Audisio entao os executou as 16:10 com uma metralhadora emprestada por Moretti, a sua propria arma havia emperrado. [ 22 ] [ 23 ] [ 24 ] [ 25 ]

Existem diferencas entre as versoes de Lampredi e Audisio. Audisio afirma que Mussolini agia como um covarde antes de sua morte, ao contrario de Lampredi. Audisio disse que leu a sentenca de morte, enquanto a versao de Lampredi nao cita isso. Lampredi disse que as ultimas palavras de Mussolini foram "atire no meu peito". Na versao de Audisio Mussolini nao dissera nada antes ou durante sua execucao. [ 26 ] [ 27 ]

Tambem existem conflitos entre as versoes dadas pelos demais envolvidos, incluindo Lazzaro e Bellini delle Stelle. De acordo com Bellini, quando ele se encontrou com Audisio em Dongo, Audisio pediu por uma lista dos prisioneiros fascistas capturados no dia anterior e marcou os nomes de Mussolini e Petacci para execucao. Bellini delle Stelle disse que questionou Audisio sobre o motivo que Petacci tambem deveria ser executada. Audisio respondera que ela era a conselheira de Mussolini, inspirando suas politicas e era "tao responsavel quanto ele". Ainda de acordo com Bellini delle Stelle nenhuma outra discussao ou formalidade sobre a decisao da execucao aconteceu. [ 28 ]

Audisio deu uma versao diferente. Ele alegou que em 28 de abril convocou um "tribunal de guerra" em Dongo em que participaram Lampredi, Bellini delle Stelle, Michele Moretti e Lazzaro. O tribunal condenou Mussolini e Petacci a morte. Nao houve qualquer objecao a nenhuma das execucoes propostas. Urbano Lazzaro mais tarde negou que tenha ocorrido tal tribunal e disse "Eu estava convencido de que Mussolini merecia morrer...porem deveria haver um julgamento de acordo com a lei. Isso foi extremamente barbaro." [ 28 ]

Em um livro escrito por Audisio na decada de 1970, ele afirma que a decisao de executar Mussolini ocorreu em uma reuniao de lideres partisans em Dongo em 28 de abril, constituindo um julgamento valido de um tribunal de acordo com o Artigo 15 do decreto do CNLNI na Constituicao de Tribunais de Guerra. [ 29 ] Entretanto, a falta de um juiz ou de um Commissario di Guerra (presenca requerida pelo decreto) coloca em duvida essa afirmacao. [ 30 ] [ nota 2 ]

Eventos subsequentes [ editar | editar codigo-fonte ]

Piazzale Loreto [ editar | editar codigo-fonte ]

O corpo de Mussolini (segundo a partir da esquerda) proximo a Petacci (no meio) e outros fascistas na Piazzale Loreto , Milao, 1945

Na noite de 28 de abril, os corpos de Mussolini, Petacci e outros fascistas executados foram carregados em uma van e levados para Milao. Na chegada a cidade, nas primeiras horas de 29 de abril, eles foram colocados no chao da Praca de Loreto , uma praca proxima a Estacao Central de Milao . [ 32 ] [ 33 ] A escolha do local foi discutida. Quinze partisans foram executados ali em agosto de 1944 em retaliacao pelos ataques partisans e bombardeios Aliados e seus corpos foram deixados para exposicao publica. Na epoca, Mussolini comentou que, "pelo sangue de Piazzale Loreto, nos vamos pagar caro". [ 33 ]

Os corpos de Mussolini, Petacci e dos outros foram amontoados em uma pilha e as 9:00 uma multidao consideravel ja se reunia. Atiraram vegetais, cuspiram, urinaram, chutaram e balearam os corpos, a face de Mussolini ficou desfigurada pelos golpes. [ 34 ] [ 35 ] Uma testemunha americana descreveu a multidao como "sinistra, depravada e fora de controle". [ 35 ] Depois de um tempo, os corpos foram pendurados de cabeca para baixo em uma viga da estrutura metalica de uma construcao inacabada de um posto de combustivel da Standard Oil Company . [ 34 ] [ 35 ] [ 36 ] Este modo de suspensao era usado no norte da Italia desde os tempos medievais para ressaltar a "infamia" do condenado. Entretanto, a razao dada pelos envolvidos era que esta era uma forma de proteger os corpos da multidao. Filmagens dos fatos parecem corroborar com essa afirmacao. [ 37 ]

Necroterio e autopsia [ editar | editar codigo-fonte ]

Os corpos de Mussolini e Petacci registrados por um fotografo do exercito americano no necroterio de Milao

As 2:00, as autoridades militares americanas, que chegaram na cidade, ordenaram que os corpos fosse levados ao necroterio da cidade para a autopsia. Um fotografo do exercito americano registrou as fotos dos corpos, incluindo uma em que Mussolini e Petacci aparecem de bracos dados. [ 38 ]

Em 30 de abril, a autopsia de Mussolini foi realizada no Instituto de Medicina Legal de Milao. Uma versao do relatorio indica que o corpo fora atingido por nove balas, enquanto outra versao cita sete balas. Quatro balas encontradas proximas ao coracao foram dadas como a causa da morte. Os calibres das balas nao foram identificados. [ 39 ] Amostras do cerebro de Mussolini foram retiradas e enviadas aos Estados Unidos para analise. A intencao era provar a hipotese de que a sifilis causou sua insanidade, mas em nada resultou essa analise, [ 40 ] nenhuma evidencia de sifilis foi encontrada no corpo. Nenhuma autopsia foi realizada no corpo de Petacci. [ 41 ]

Enterro e roubo de cadaver [ editar | editar codigo-fonte ]

Apos sua morte e exposicao publica do cadaver em Milao, Mussolini foi enterrado em uma cova descaracterizada no Cimitero Maggiore di Milano ao norte da cidade. Na Pascoa de 1946, o corpo de Mussolini foi encontrado e desenterrado por um jovem fascista, Domenico Leccisi , e dois amigos. [ 42 ] Durante um periodo de dezesseis semanas o corpo foi levado de um local para outro ? os esconderijos incluiam uma villa, um monasterio e um convento ? enquanto as autoridades o procuravam. [ 43 ] Em agosto, o corpo (com uma perna faltando) foi localizado em Certosa di Pavia , um monasterio nao muito longe de Milao. Dois frades franciscanos foram acusados de ajudar Leccisi em esconder o corpo. [ 42 ] [ 44 ]

As autoridades entao organizaram para que o corpo ficasse escondido em um monasterio Capuchinhos na pequena cidade de Cerro Maggiore onde permaneceu pelos proximos onze anos. O paradeiro do corpo permaneceu em segredo inclusive para a familia de Mussolini ate maio de 1957, [ 45 ] quando o novo primeiro ministro, Adone Zoli , concordou com o novo sepultamento de Mussolini na sua cidade natal, Predappio na regiao de Romagna . Zoli era dependente da extrema-direita (incluindo o proprio Leccisi, que agora era um deputado do partido neofascista ) para apoia-lo no Parlamento . Ele tambem era de Predappio e conhecia a viuva de Mussolini Rachele . [ 46 ]

Tumba e aniversario da morte [ editar | editar codigo-fonte ]

Tumba de Mussolini na cripta da familia, Predappio

O novo sepultamento na cripta da familia de Mussolini aconteceu em 1 de setembro de 1957, com os apoiadores presentes fazendo a saudacao fascista . Mussolini foi colocado para descansar em uma grande pedra sarcofago . [ nota 3 ] A tumba e decorada com simbolos fascistas e contem um grande busto de marmore de Mussolini. Em frente a tumba esta um livro de registro para que os visitantes possam assina-lo. A tumba tornou-se um local de peregrinacao neo-fascista. O numero de assinaturas registradas diariamente varia de dezenas a centenas, quase todos os comentarios deixados sao favoraveis a Mussolini. [ 46 ]

O aniversario da morte de Mussolini em 28 de abril tornou-se uma das tres datas em que os apoiadores neo-fascistas comparecem em maior concentracao. Em Predappio, uma caminhada acontece entre o centro da cidade e o cemiterio. O evento costuma atrair milhares de adeptos que discursam, cantam e fazem a saudacao fascista. [ 48 ]

Controversia pos-guerra [ editar | editar codigo-fonte ]

Fora da Italia, a versao de Audisio sobre como aconteceu a execucao de Mussolini e amplamente aceita. [ 49 ] Entretanto, na Italia, essa versao e alvo de grandes debates e disputas desde a decada de 1940 ate os dias atuais e uma grande variedade de teorias sobre como Mussolini foi morto proliferou. [ 9 ] [ 49 ] Pelo menos doze pessoas diferentes foram identificadas em varios momentos como possiveis responsaveis pelo tiro fatal. [ 49 ] Foram feitas comparacoes com as teorias de conspiracao do assassinato do presidente John F. Kennedy, [ 9 ] e foi descrito como o equivalente italiano em termos de especulacao. [ 49 ]

Recepcao da versao de Audisio [ editar | editar codigo-fonte ]

Ate 1947, o envolvimento de Audisio foi mantido em segredo e nas primeiras descricoes dos acontecimentos (em uma serie de artigos do jornal do Partido Comunista L'Unita no final de 1945) a pessoa encarregada pelos disparos era apenas conhecida como "Coronel Valerio". [ 50 ]

O nome de Audisio aparaceu pela primeira vez em um artigo no jornal Il Tiempo em marco de 1947 e o Partido Comunista em seguida confirmou seu envolvimento. O proprio Audisio nao falou publicamente sobre o assunto ate a publicacao de sua versao em uma serie de cinco artigos no L'Unita no final do mesmo mes (e repetida em um livro escrito por ele e publicado em 1975, dois anos apos sua morte). [ 50 ]

Logo depois, verificou-se a existencia de discrepancias entre a historia original de Audisio publicada no L'Unita em relacao as suas declaracoes posteriores e as versoes fornecidas pelos outros. Entretanto sua versao e a mais provavel, levando-se em consideracao todos os fatos, porem certamente um pouco romantizada. As discrepancias e os obvios enaltecimentos na historia, juntamente com a crenca de que o Partido Comunista o escolhera para alegar a responsabilidade pelos seus propositos politicos, leveram a algumas pessoas na Italia a acreditar que sua historia era totalmente inverossimel. [ 51 ]

A versao de Lazzaro [ editar | editar codigo-fonte ]

Em seu livro de 1993, Dongo: half a century of lies , o lider partisan Urbano Lazzaro repetiu uma antiga afirmacao de que Luigi Longo, e nao Audisio, era o "Coronel Valerio". Ele tambem afirmou que Mussolini fora ferido anteriormente naquele dia quando Petacci tentou tomar a arma de um dos partisans. O partisan matou Petacci e Michele Moretti entao matou Mussolini. [ 52 ] [ 53 ] [ 54 ]

A "hipotese inglesa" [ editar | editar codigo-fonte ]

Existem diversas alegacoes de que o Special Operations Executive (SOE), foi responsavel pela morte de Mussolini sob as ordens do primeiro-ministro britanico Winston Churchill. Segundo essa hipotese, a operacao seria para recuperar "acordos secretos" e correspondencias comprometedoras entre Churchill e Mussolini, que estariam sendo levadas por este quando foi capturado pelos partisans. Foi dito que a correspondencia incluia ofertas de Churchill para a paz e concessoes territoriais em troca de Mussolini persuadir Hitler a se juntar aos Aliados contra a Uniao Sovietica . [ 55 ] [ 56 ] Os proponentes dessa teoria incluem historiadores como Renzo De Felice [ 57 ] e Pierre Milza [ 58 ] e jornalistas como Peter Tompkins [ 56 ] e Luciano Garibaldi; [ 59 ] no entanto, a teoria foi descartada por diversos outros. [ 55 ] [ 56 ] [ 57 ]

Winston Churchill em 1940

Em 1994 Bruno Lonati, um antigo lider partisan, publicou um livro onde alega que ele atirou em Mussolini e estava acompanhado na sua missao por um oficial britanico chamado "John", que teria atirado em Petacci. [ 9 ] [ 60 ] O jornalista Peter Tompkins afirmou que esse "John" era Robert Maccarrone, um agente do SOE britanico com ancestrais sicilianos. De acordo com Lonati, ele e "John" foram a fazenda onde estavam Mussolini e Petacci na manha de 28 de abril e os executaram por volta das 11:00. [ 56 ] [ 61 ] Em 2004, a rede de televisao estatal italiana, RAI , transmitiu um documentario produzido por Tompkins, onde a teoria foi apresentada. Nele, Lonati era entrevistado e contou que na chegada a fazenda ele viu que

"Petacci estava sentada na cama e Mussolini estava em pe. John me levou para fora e disse que suas ordens eram para eliminar ambos, porque Petacci conhecia muitas coisas. Eu disse que nao conseguiria atirar em Petacci, entao John disse que o faria. Ele foi bastante claro de que Mussolini tinha que ser executado por um italiano." [ 56 ]

Eles os levaram para fora da casa e em uma curva de uma estrada proxima os colocaram contra uma cerca e atiraram neles. O documentario inclui uma entrevista com Dorina Mazzola que disse que sua mae viu a execucao. Ela tambem disse que ela propria ouviu os disparos e "olhou para o relogio e viu que eram quase 11.00". O documentario veio afirmar que os tiros na Villa Belmonte faziam parte de uma encenacao. [ 56 ]

A teoria foi criticada pela falta de provas serias, particularmente sobre a existencia das correspondencias com Churchill. [ 55 ] [ 62 ] Comentando no documentario de 2004, Christopher Woods, pesquisador da historia oficial do SOE, negou as alegacoes e disse que "e apenas paixao em fazer conspiracoes". [ 56 ]

Teorias de morte anterior [ editar | editar codigo-fonte ]

Algumas pessoas, incluindo o jornalista Giorgio Pisano, afirmam que Mussolini e Petacci foram mortos antes na fazenda onde estavam abrigados e que a morte em Giulino de Mezzegra foi encenada com os corpos. [ 63 ] [ 64 ] A primeira pessoa a levantar essa hipotese foi Franco Bandini em 1978. [ 65 ]

Outras teorias [ editar | editar codigo-fonte ]

Outras teorias incluem alegacoes de que nao apenas Luigi Longo, lider do Partido Comunista no pos-guerra na Italia, mas tambem Sandro Pertini, um futuro Presidente da Italia, assumiram ter efetuados os disparos. Outros afirmam que Mussolini (ou Mussolini e Petacci juntos) cometeram suicidio com capsulas de cianeto . [ 66 ]

Notas

  1. Comitato di Liberazione Nazionale Alta Italia (Comite Nacional de Libertacao do Norte da Italia). O CNLNI era uma lideranca militar-politica coletiva dos principais grupos de resistencia operando no norte da Italia. Era composto por representantes dos cinco principais partidos politicos anti-fascistas: o Partido Comunista Italiano , o Partido de Acao , o Partido Socialista Italiano , os Cristao Democratas e o Partido Liberal Italiano . Cada partido controlava uma forca de resistencia, sendo a maior dos comunistas seguida pelo Partido de Acao. O CNLNI foi estabelecido em janeiro de 1944 para coordenar as atividades dos grupos de resistencia, porem logo reivindicou para si a autoridade politica no norte da Italia. Apesar de uma certa resistencia inicial, os Aliados reconheceram essa reivindicacao e deixaram a manutencao da ordem publica nas areas libertadas a cargo do CNLNI. Em marco de 1945, o CNLNI tinha 80.000 partisans sob seu controle, aumentado para 250 000 ao final de abril de 1945. [ 7 ]
  2. Depois da guerra a familia de Claretta Petacci abriu processos civis e criminais contra Walter Audisio pela sua execucao ilegal. Apos um extenso processo, um juiz de instrucao encerrou o caso em 1967, absolvendo Audisio de assassinato e apropriacao indebita com o fundamento de que os fatos a ele imputados ocorreram como um ato de guerra contra os alemaes e os fascistas durante um periodo de ocupacao inimiga. [ 31 ]
  3. Em 1966, as amostras de tecido do cerebro de Mussolini retiradas para autopsia foram devolvidas a sua viuva pelo Hospital Psiquiatrico St Elizabeth em Washington, D.C. , onde estavam guardadas desde 1945. [ 40 ] Ela colocou as amostras em uma caixa na tumba, levando o historiador John Foot a comentar que "finalmente, apos 19 anos de sua execucao, os restos mortais e sem descanso de Benito Mussolini estavam de volta em um unico lugar e em mais ou menos uma parte". [ 43 ] Em 2009, foi registrado que as amostras de sangue e do cerebro de Mussolini, roubadas a epoca da autopsia, foram oferecidas a venda no eBay por 15.000 euros. O eBay removeu o anuncio rapidamente e ninguem pode dar lance no leilao. As autoridades do hospital afirmaram que todas as amostras da autopsia foram destruidas em 1947. [ 47 ]

Referencias

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Artigos, jornais e websites [ editar | editar codigo-fonte ]

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