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Logica matematica

Origem: Wikipedia, a enciclopedia livre.

A logica matematica e uma subarea da matematica que explora as aplicacoes da logica formal para a matematica. Basicamente, tem ligacoes fortes com matematica , os fundamentos da matematica e ciencia da computacao teorica . [ 1 ] Os temas unificadores na logica matematica incluem o estudo do poder expressivo de sistemas formais e o poder dedutivo de sistemas de prova matematica formal.

A logica matematica e muitas vezes dividida em campos da teoria dos conjuntos , teoria de modelos , teoria da recursao e teoria da prova . Estas areas compartilham resultados basicos sobre logica, particularmente logica de primeira ordem , e definibilidade . Na ciencia da computacao, especialmente na classificacao ACM, onde ACM vem do ingles ( Association for Computing Machinery ), logica matematica engloba topicos adicionais nao descritos neste artigo; ver logica em ciencia da computacao para este topico anterior.

Desde o seu surgimento, a logica matematica tem contribuido e motivado pelo estudo dos fundamentos da matematica . Este estudo foi iniciado no final do seculo XIX, com o desenvolvimento de arcabouco axiomatico para geometria , aritmetica e analise . No inicio do seculo XX a logica matematica foi moldada pelo programa de David Hilbert para provar a consistencia das teorias fundamentais. Os resultados de Kurt Godel , Gerhard Gentzen , e outros, desde resolucao parcial do programa, e esclareceu as questoes envolvidas em provar a consistencia. O trabalho na teoria dos conjuntos mostrou que quase toda a matematica ordinaria pode ser formalizada em termos de conjuntos, embora existam alguns teoremas que nao podem ser demonstrados em sistemas axiomaticos comuns para a teoria dos conjuntos. O trabalho contemporaneo nos fundamentos da matematica, muitas vezes se concentra em estabelecer quais as partes da matematica que podem ser formalizadas, em particular, sistemas formais (como em matematica reversa ) ao inves de tentar encontrar as teorias em que toda a matematica pode ser desenvolvida.

Subareas e escopo [ editar | editar codigo-fonte ]

O manual de logica matematica divide a matematica contemporanea em quatro areas:

  1. Teoria dos conjuntos ;
  2. teoria dos modelos ;
  3. teoria da recursao ;
  4. teoria da prova e da matematica construtiva consideradas partes de uma unica area.

Cada area tem um foco distinto, apesar de ter varias tecnicas e resultados comuns entre si. A divisao das referidas areas e os limites que separam a logica matematica de outros campos de estudo nao sao bem definidas. A teoria da incompletude de Godel representa nao so um marco na teoria da recursao e teoria da prova, mas tambem contribuiu para o teorema de Lob da teoria dos modelos. O metodo do forcamento ("forcing") e aplicada na teoria dos conjuntos, na teoria dos modelos, na teoria da recursao, assim como no estudos da matematica intuiticionistica.

O campo matematico conhecido como o da teoria das categorias usa muitos metodos axiomaticos formais nos quais se inclui o estudo da logica categorica, mas essa teoria nao e comumente considerada um sub-ramo da logica. Por causa da sua aplicabilidade em diversos campos da logica, matematicos como Saunders Mac Lane propuseram usar a teoria das categorias como fundamentos da matematica, independentemente da teoria dos conjuntos. Essas fundamentacoes usam topicos que em muito se parecem com modelos generalizados das teorias dos conjuntos, e empregam logica classica ou nao-classica.

Historia [ editar | editar codigo-fonte ]

A logica matematica surgiu em meados do seculo XIX como um sub-ramo da Matematica e independente do estudo tradicional da logica ( Ferreiros 2001 , p. 443). Antes do seu surgimento independente, a logica foi estudada com a retorica , atraves do silogismo e a filosofia . Na primeira metade do seculo XX houve uma explosao de resultados fundamentais, acompanhados por debates vigorosos sobre as bases da matematica.

Os estudos sobre o raciocinio foram inicialmente desenvolvidos por filosofos como Parmenides e Platao , mas foi Aristoteles quem o elaborou mais detalhadamente e definiu a logica como se estuda hoje em dia (como se estudava ate o seculo XIX ).

Para mostrar que os sofistas (mestres da retorica e da oratoria ) podiam enganar os cidadaos utilizando argumentos incorretos, Aristoteles estudou a estrutura logica da argumentacao . Revelando, assim, que alguns argumentos podem ser convincentes, embora nao sejam corretos. A logica, segundo Aristoteles, e um instrumento para atingir o conhecimento cientifico, baseando-se no silogismo .

Seguidores de Aristoteles reuniram seus principios sobre logica em um livro intitulado “ Organon ”, que significa “Instrumento da Ciencia”.

Historia moderna [ editar | editar codigo-fonte ]

Teorias logicas foram desenvolvidas em diversas culturas na historia, China , India , Grecia e no mundo Islamico. Na Europa do seculo XVIII, filosofos matematicos, como Leibniz e Lambert tentaram representar as operacoes da logica formal atraves de simbolos, de forma algebrica mas seus esforcos e trabalhos permaneceram isolados e pouco reconhecidos.

Seculo XIX [ editar | editar codigo-fonte ]

Em meados do seculo XIX, George Boole e posteriormente Augustus De Morgan apresentaram tratamentos matematicos sistematicos. Seus trabalhos, alicercados em trabalhos de algebristas como George Peacock , transformaram a doutrina tradicional de Aristoteles de forma que se encaixasse no estudo dos fundamentos da matematica ( Katz 1998 , p. 686). Charles Sanders Peirce construiu sobre os estudos de Boole almejando desenvolver uma sistema de relacoes logica e quantificadores o qual ele publicou diversas vezes entre 1870 e 1885. Gottlob Frege apresentou um desenvolvimento independente da logica com quantificadores no seu Begriffsschrift , publicado em 1879, um trabalho por muitos considerado como uma reviravolta na historica da logica. O trabalho de Frege permaneceu incerto, pelo menos ate Bertrand Russell comecar a promove-lo no inicio da virada do seculo. As notacoes bidimensionais desenvolvidas por Frege nunca foram vastamente adotadas e caiu em desuso nos artigos e textos contemporaneos.

De 1890 a 1905, Ernst Schroder publicou o Vorlesungen uber die Algebra der Logik em tres volumes. Esse trabalho compactava e desenvolvia os trabalhos de Boole, De Morgan, e Peirce e se tornou uma grande referencia para logica simbolica, como era conhecida no fim do seculo XIX.

Fundamentos teoricos [ editar | editar codigo-fonte ]

Preocupacoes com a possivel ausencia de fundamentos matematicos acarretaram o desenvolvimento de sistemas axiomaticos para areas da matematica fundamental como a aritmetica, analise e geometria.

Em logica o termo aritmetico se refere a teoria dos numeros naturais . Giuseppe Peano ( 1889 ) publicou uma serie de axiomas para serem usados pela aritmetica que hoje carregam seu nome ( Axiomas de Peano ), usando variacoes do sistema logico de Boole e Schroder, porem adicionando quantificadores. Peano nao tinha conhecimento do trabalho de Frege. Contemporaneamente Richard Dedekind mostrou que os numeros naturais sao unicamente caracterizados por suas propriedades da inducao . Dedekind ( 1888 ) propos a diferente caracterizacao na qual nao existia a essencia da logica formal dos axiomas de Peano. Todavia, o trabalho de Dedekind's provou teoremas inacessiveis ao sistema desenvolvido por Peano, como por exemplo a inclusao da individualidade dos conjuntos de numeros naturais (ate o isomorfismo) e as definicoes recursivas de adicao e multiplicacao da funcao sucessora e inducao matematica.

No meio do seculo XIX, foram descobertas falhas nos axiomas de Euclides para geometria ( Katz 1998 , p. 774). Alem da independencia do postulado paralelo , estabelecido por Nikolai Lobachevsky em 1826 ( Lobachevsky 1840 ), matematicos descobriram que certos teoremas tomadas como certo por Euclides nao eram de fato demonstravel a partir de seus axiomas. Entre eles esta o teorema que diz que uma linha contem pelo menos dois pontos, ou que circulos de mesmo raio cujo centro e separado pelo raio devem intersectar. Hilbert ( 1899 ) desenvolveu um conjunto completo dos axiomas para geometria , construindo nos [ axiomas de Pasch ] pelo Pasch ( 1882 ). O sucesso axiomatizacao da geometria motivou Hilbert a encontrar axiomaticoes completas de outras areas da matematica, assim como os numeros naturais e da linha real . Isto proveria a maior area de pesquisa na primeira metade do seculo XX.

Logica proposicional [ editar | editar codigo-fonte ]

Proposicoes [ editar | editar codigo-fonte ]

As proposicoes sao determinadas por sentencas declarativas, pertencentes a uma certa linguagem, que formam um conjunto de palavras ou simbolos e expressam uma ideia. As sentencas declarativas sao afirmacoes que podem receber apenas dois valores, Verdadeiro ou Falso. As proposicoes devem seguir os seguintes principios:

  1. Principio da identidade : garante que uma proposicao e igual a ela mesma.
  2. Principio da nao-contradicao : uma proposicao nao pode ser verdadeira e falsa.
  3. Principio do terceiro excluido : uma proposicao e verdadeira ou falsa.

Exemplos:

O cachorro e um animal. - Verdadeiro

2 + 2 = 7 - Falso

Qualquer sentenca que nao puder receber a atribuicao de verdadeira ou falsa nao e uma proposicao. Sentencas interrogativas, exclamativas e imperativas nao sao proposicoes, pois nao e possivel dizer se sao verdadeiras ou falsas.

Exemplos de sentencas que nao sao proposicoes:

  • Como foi a aula?
  • O pior atentado nos EUA ocorreu em setembro de 2011?
  • Limpe a cozinha.
  • Que local de trabalho horroroso!
  • Esta sentenca nao e verdadeira.

Proposicoes compostas [ editar | editar codigo-fonte ]

Proposicao composta e a uniao de proposicoes simples por meio de um conector logico. Este conector ira ser decisivo para o valor logico da expressao.

Precedencia de operadores [ editar | editar codigo-fonte ]

Em expressoes que utilizam varios operadores nao e possivel saber qual proposicao deve-se resolver primeiro.

Exemplo: P Λ Q V R.

Com isso, usar parenteses e fundamental. A expressao do exemplo poderia ficar assim: (P Λ Q) V R ou P Λ (Q V R).

A ordem da precedencia de operadores e:

  1. (), {}
  2. Λ, V, V

Tabela verdade [ editar | editar codigo-fonte ]

A tabela verdade e construida para determinar o valor logico de uma proposicao composta. Segue uma excelente estrategia para a construcao desta.

Exemplo de construcao da tabela verdade da proposicao composta: p Λ q

Primeiramente verifica-se quantas “variaveis”, ou proposicoes simples que temos na proposicao composta do exercicio. Neste caso existem duas: p e q .

Em seguida elevamos 2 ao numero de variaveis, ou seja, 2². Nossa base do expoente e 2 pelo fato de possuir-se apenas 2 valores logicos possiveis nas proposicoes (Verdadeiro ou Falso). O resultado de 2² e 4. Entao nossa tabela tera 4 linhas, nessas linhas estarao todos os valores logicos possiveis da nossa proposicao composta.

p q p Λ q
- - -
- - -
- - -
- - -

Esta e a estrutura da tabela, agora para a preencher com os devidos valores logicos utiliza-se a seguinte tecnica: ate a metade da primeira coluna coloca-se Verdadeiro, na outra metade Falso. Ja na segunda coluna, intercala-se V e F. Desta forma adquira-se a seguinte tabela:

p q p Λ q
V V Resultado
V F Resultado
F V Resultado
F F Resultado

Esta e uma das melhores estrategias para a montagem de uma tabela verdade.

Conectivos logicos [ editar | editar codigo-fonte ]

Proposicoes podem ser ligadas entre si por meio de conectivos logicos. Conectores que criam novas sentencas mudando ou nao seu valor logico (Verdadeiro ou Falso). Exemplos dos principais conectores logicos:

  • “¬” ou “~” (negacao);
  • “Λ” (conectivo “e”);
  • “V” (conectivo “ou”);
  • “→” (conectivo “se, entao”);
  • “↔” (conectivo “se, e somente se”);
  • V ” (conectivo “ou exclusivo”);
  • “↓” (conectivo “negacao conjunta”);
  • “↑” (conectivo “negacao disjunta”).

Exemplos de sentencas formadas com conectores e proposicoes:

(2 + 2 = 4) V (1 < 4) - Valor logico da sentenca: Verdadeiro V (ou) Verdadeiro = Verdadeiro

Cachorro e um felino Λ (1 > 0) - Valor logico da sentenca: Falso Λ (e) Verdadeiro = Falso

Conector de negacao (~) [ editar | editar codigo-fonte ]

O conectivo de negacao (~), nega o valor logico de uma proposicao. Considera-se p como uma proposicao de valor logico igual a verdadeiro, entao sua negacao e igual a falso. O mesmo seria se a proposicao tivesse valor logico inicial igual a falso, sua negacao seria igual a verdadeiro. De acordo com esses conceitos podemos montar a seguinte tabela verdade:

p ~p
V F
F V

Exemplo:

Considere p com o valor da seguinte proposicao: 2 e um numero par. p = Verdadeiro, portanto sua negacao: ~p = Falso.

Conector e (Λ) [ editar | editar codigo-fonte ]

O conectivo e , tambem conhecido como AND e representado pelo simbolo “^” junta proposicoes as quais somente resultarao em Verdadeiro se todos os valores forem Verdadeiros.

Exemplo: Considere as proposicoes p e q (Conjuncao).

p q p Λ q
V V V
V F F
F V F
F F F

Observacao: Veja que nesta tabela consideramos todos os valores logicos possiveis para p e q, em outras palavras: temos 2 proposicoes e estamos em uma base binaria (0 ou 1, verdadeiro ou falso) entao para se saber o numero das possibilidades para essas proposicoes realiza-se o seguinte calculo 2 n , onde n e o numero de proposicoes.

Conector ou (V) [ editar | editar codigo-fonte ]

O conectivo ou , tambem conhecido como OR e representado pelo simbolo “V” une proposicoes que, apenas uma sendo Verdadeiro e suficiente que a expressao inteira tambem seja.

Exemplo:

Considere as proposicoes p e q (Disjuncao).

p q p V q
V V V
V F V
F V V
F F F

Conector condicional (→) [ editar | editar codigo-fonte ]

O conectivo condicional , representado pelo simbolo “→” une proposicoes criando uma estrutura condicional onde apenas uma das possibilidades resulta em F o valor logico da expressao.

Exemplo:

Considere as proposicoes p e q (Condicao). “Se p entao q

p q p → q
V V V
V F F
F V V
F F V

Observacao: nao devemos confundir a operacao condicional “→” com o relacao implica " => " , pois, enquanto o primeiro representa uma operacao entre proposicoes dando origem a uma outra proposicao, o segundo indica apenas uma relacao entre proposicoes dadas.

Relacao de implicacao ( => ): uma proposicao p implica q quando em sua tabelas-verdade, nao pode ocorrer 1 e 0 nessa ordem.

p q
V V
V F
F F

p nao Implica q, pois, na segunda linha aparece p = V e q = F.

Conector bicondicional (↔) [ editar | editar codigo-fonte ]

O conectivo bicondicional , e lido como “se, e somente se” e e representado pelo simbolo “↔”, ele une proposicoes onde o resultado logico da expressao e verdadeiro apenas se os valores logicos forem iguais.

Exemplo:

Considere as proposicoes p e q (bicondicional). “Se p , e somente se q

p q p ↔ q
V V V
V F F
F V F
F F V

Ou exclusivo ( V ) [ editar | editar codigo-fonte ]

O conectivo ou exclusivo , chamado tambem de disjuncao exclusiva, e representado pelo simbolo “ V ”. Podemos dizer que ele significa: um ou outro, mas nao ambos. Exemplo: Ou o gato e macho ou o gato e femea, mas nao ambos. A tabela verdade do ou exclusivo esta representada abaixo.

p q p V q
V V F
V F V
F V V
F F F

Negacao conjunta e negacao disjunta [ editar | editar codigo-fonte ]

A negacao disjunta e representada pelo conector ↑, significa a negacao de duas proposicoes envolvendo o conector E ( NAND ).

Exemplo: p ↑ q ⇔ ¬(p Λ q) ⇔ ¬p v ¬q.

A negacao conjunta e representada pelo conector ↓, significa a negacao de duas proposicoes envolvendo o conector OU ( NOR ).

Exemplo: p ↓ q ⇔ ¬(p v q) ⇔ ¬p Λ ¬q.

Abaixo estao representadas as tabelas verdades das duas negacoes.

  • Tabela verdade equivalente ao circuito NAND
p q p ↑ q
V V F
V F V
F V V
F F V
  • Tabela verdade equivalente ao circuito NOR
p q p ↓ q
V V F
V F F
F V F
F F V

Tautologia, contradicao e contingencia [ editar | editar codigo-fonte ]

Ao montarmos uma tabela verdade contendo todos os valores logicos possiveis de uma expressao a poderiamos classificar em tautologia, contradicao e contingencia.

  • Tautologia: e uma proposicao cujo resultado final e sempre verdadeiro.

Exemplo:

p v ~p ( p OU nao p )

p ~p p V ~p
V F V
F V V

Veja que independente do valor de p a expressao sempre resulta em Verdadeiro, pois para o conector OU possuir um verdadeiro ja e suficiente para resultar em Verdadeiro, alem disso sempre teremos V em todas as combinacoes da expressao. Por isso a classificamos como uma tautologia.

Vejamos outro exemplo:

F → p ( F entao p )

Valor logico constante p F → p
F F V
F V V

Neste outro caso tambem se obteve uma tautologia, devido ao fato da ultima coluna da tabela (resultado da expressao) ter somente Verdadeiro.

  • Contradicao: e uma proposicao que resulta somente em falso, em outras palavras, a ultima coluna da sua tabela so possui o valor logico falso.

Exemplo:

p ^ ~p

p ~p p ^ ~p
V F F
F V F
  • Contingencia: determinamos uma proposicao de contingente quando ela nao e tautologica nem contraditoria, ou seja, ela e indeterminada.

Exemplo:

p V q ( p OU q )

p q p V q
V V V
V F V
F V V
F F F

Percebe-se que a ultima coluna nao possui apenas um valor logico, por isso a determinamos uma proposicao contingente, ou indeterminada.

Implicacao logica ou inferencia [ editar | editar codigo-fonte ]

Sejam P e Q duas proposicoes. Diremos que P implica logicamente a proposicao Q, se Q for verdadeiro sempre que P for verdadeiro. Quando isso ocorre, dizemos que temos uma implicacao logica ou inferencia e denotamos: P => Q (lemos: “P implica Q”).

Exemplo: P Λ Q implica P V Q?

p q p Λ q p V q
V V V V
V F F V
F V F V
F F F F

Neste exemplo podemos dizer que P Λ Q => P V Q, pois onde P Λ Q e verdadeiro P V Q tambem e.

Exemplo: P V Q implica P → Q?

p q p V q p → q
V V V V
V F V F
F V V V
F F F V

Neste exemplo nao podemos dizer que P V Q => P → Q, pois temos na segunda linha que onde P V Q e verdadeiro P → Q e falso.

Equivalencia logica [ editar | editar codigo-fonte ]

Diremos que P e equivalente a Q, se as duas tabelas verdade foram identicas. Quando isso ocorre, dizemos que temos uma equivalencia logica ou bi-implicacao e denotamos P ⇔ Q (lemos: “P e equivalente a Q”).

Exemplo: ¬(P Λ Q) e equivalente a (¬P V ¬Q)?

P Q ¬P ¬Q P Λ Q ¬(P Λ Q) ¬P V ¬Q
V V F F V F F
V F F V F V V
F V V F F V V
F F V V F V V

Neste exemplo podemos dizermos que ¬(P Λ Q) ⇔ (¬P V ¬Q), pois o resultado da tabela verdade das duas expressoes e o mesmo.

Exemplo: P → Q e equivalente a Q → P?

P Q P → Q Q → P
V V V V
V F F V
F V V F
F F V V

Neste exemplo nao podemos dizer que P → Q ⇔ Q → P, pois o resultado das tabelas verdades das expressoes sao diferentes, nas linhas 2 e 3.

Condicoes necessarias e suficientes [ editar | editar codigo-fonte ]

Temos uma condicao suficiente se quando ela ocorrer temos a garantia de que a outra condicao ocorrera. Por exemplo:

“Se o cavalo corre entao ele esta vivo.”

O cavalo correr e condicao suficiente para ele estar vivo, ou seja, se o cavalo corre podemos garantir que ele esta vivo.

Por outro lado o cavalo estar vivo nao garante que o cavalo corra, pois ele pode estar por exemplo vivo mas descansando, a este tipo de condicao da se o nome de condicao necessaria . Uma condicao e necessaria quanto nao podemos garantir que a outra condicao e valida.

Esta relacao entre condicao suficiente e condicao necessaria e encontrada quando utilizamos um conector condicional, ou seja, quando temos uma estrutura condicional. O primeiro argumento(que vem antes do →), chamado de antecedente e uma condicao suficiente. O segundo argumento, chamado de consequente e uma condicao necessaria.

Entretanto em uma estrutura bicondicional temos uma proposicao necessaria e suficiente ,.

Proposicoes associadas a uma condicional [ editar | editar codigo-fonte ]

Pegamos uma condicional qualquer como p → q, existem tres tipos de proposicoes associadas a ela que sao:

  • Reciproca: a proposicao reciproca de p → q e a proposicao q → p. Como podemos ver foi feito uma troca entre a antecedente (p) e a consequente (q) para obter-se a reciproca cuja tabela esta abaixo:
p q p → q q → p
V V V V
V F F V
F V V F
F F V V

Exemplo: “Se a Maria e feia entao todos sao feios.”

A reciproca seria: “Se todos sao feios entao Maria e feia.”

  • Inversa: a proposicao contraria de p → q e a proposicao ~p → ~q. Basta negar a antecedente(p) e a consequente(q) para obtermos a proposicao inversa.
p q ~p ~q p → q ~p → ~q
V V F F V V
V F F V F V
F V V F V F
F F V V V V

Exemplo: “Se a Maria e feia entao todos sao feios.”

A inversa seria: “Se Maria nao e feia entao todos nao sao feios.”

  • Contra positiva: a contra positiva da preposicao p → q e ~q → ~p. Para encontramos a contra positiva basta juntar os passos da reciproca e da contraria, ou seja, deve se inverter os lugares do antecedente e do consequente e negar ambos. A proposicao contra positiva tem o mesmo resultado que a proposicao original.
p q ~p ~q p → q ~q → ~p
V V F F V V
V F F V F F
F V V F V V
F F V V V V

Exemplo: “Se a Maria e feia entao todos sao feios.”

A contra positiva seria: “Se todos nao sao feios entao Maria nao e feia.”

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

Referencias

  1. Undergraduate texts include Boolos, Burgess, and Jeffrey (2002) , Enderton (2001) , and Mendelson (1997) . A classic graduate text by Shoenfield (2001) first appeared in 1967.

Bibliografia [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Carlos Fontes. Definicao e Evolucao da Logica; 28 de abril de 2012. Disponivel em: web.archive.org - afilosofia.no.sapo.pt
  • Grupo iPED. Nocoes de logica. Colegio web; 7 de maio de 2012. Disponivel em: colegioweb.com.br
  • GERONIMO, Joao Roberto; FRANCO Valdeni Soliane. Fundamentos de matematica: uma introducao a logica matematica, teoria dos conjuntos, relacoes e funcoes. 2º Edicao 2008.