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Joao de Barros (1881)

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Joao de Barros
Joao de Barros (1881)
Ministro(a) de Ministerio dos Negocios Estrangeiros
Antecessor(a) Vitorino Henriques Godinho
Sucessor(a) Joaquim Pedro Martins
Dados pessoais
Nascimento 1881
Figueira da Foz , Reino de Portugal Portugal
Morte 1960  (79 anos)
Lisboa , Portugal  Portugal
Nacionalidade Portugal  Portugal
Profissao Escritor e politico

Joao de Barros OSE ? GOSE ? GCL ( Figueira da Foz , Sao Juliao da Figueira da Foz , 4 de Fevereiro de 1881 ? Lisboa , 25 de Outubro de 1960 ) foi um poeta , pedagogo e publicista portugues .

Biografia [ editar | editar codigo-fonte ]

Filho terceiro de Afonso Ernesto de Barros , 1.º Visconde da Marinha Grande , e de sua primeira mulher Mariana da Ascensao da Costa Guia. Casou com Raquel Teixeira de Queiros, nascida a 7 de Maio de 1880, filha de Francisco Teixeira de Queiros e de sua mulher Teresa Narcisa de Oliveira David, e foi pai do Professor Henrique de Barros , que viria a ser Ministro de Estado e Presidente da Assembleia da Republica apos a Revolucao de 25 de Abril de 1974 , e de Paulo Teixeira de Queiros de Barros, nascido a 5 de Setembro de 1908. Foi tambem sogro do Presidente do Conselho Marcelo Caetano . Teve ainda uma filha natural de Maria do Carmo Calvet de Magalhaes Ribeiro Cardoso, chamada Maria Ana Cardoso ( Lisboa , nascida a 29 de Junho de 1893, Merces , 16 de Abril de 1921 - 22 de Novembro de 1976), casada com Fernando Bastos Simoes Duarte, com geracao.

Licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra . Enveredou cedo pela carreira de professor, leccionando Portugues e Frances nos liceus de Coimbra , Porto e Lisboa . Em 1907 , como bolseiro, acompanhado por Joao de Deus Ramos , realizou, durante perto de um ano, uma viagem de estudo com fins pedagogicos a Espanha , Franca , Gra-Bretanha e Irlanda e Belgica , o que lhe permitiu conhecer experiencias pedagogicas inovadoras. Distinguir-se-ia depois como pedagogo, associado ao movimento da Escola Nova .

Foi, durante a Primeira Republica Portuguesa , um alto funcionario do Ministerio da Instrucao Publica , desempenhando sucessivamente, a partir de 1910 , as funcoes de chefe de reparticao, director-geral do ensino primario, director-geral do ensino secundario e secretario-geral do ministerio. Nessas funcoes revelou-se o grande combatente pela instrucao e pela educacao republicana. A este respeito, sao de salientar as suas obras A Escola e o Futuro: notas sobre Educacao (1908), La Litterature Portugaise, (Magalhaes & Moniz Editores, 1910), Joao de Deus, o unico educador nacional (1909), A Nacionalizacao do Ensino (1911), A Republica e a Escola (1914), Educacao Republicana (1916) e Educacao e Democracia (1916). Ligou tambem o seu nome, com o de Joao de Deus Ramos, a Reforma da Instrucao Primaria, de 29 de Marco de 1911.

Tambem em 1910 foi iniciado na Maconaria , com o nome simbolico de Joao de Deus. [ 1 ]

A 28 de Junho de 1919 foi feito Oficial da Antiga, Nobilissima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Merito Cientifico, Literario e Artistico e a 5 de Fevereiro de 1920 foi elevado a Grande-Oficial da mesma Ordem. [ 2 ]

Aderiu ao Partido Republicano Portugues , depois dito Partido Democratico , e nele se manteve ate 1924 , data em que aderiu ao Partido Republicano da Esquerda Democratica , liderado por Jose Domingues dos Santos . Foi um dos ultimos Ministros dos Negocios Estrangeiros da Primeira Republica, tendo feito parte do chamado governo canhoto de Jose Domingues dos Santos, em 1924 - 1925 .

Nas letras, distinguiu-se com vasta obra, em boa parte dispersa por publicacoes periodicas. Nesta area destacou-se como redator efetivo da revista Mocidade (1899-1905), diretor da revista Arte e vida [ 3 ] (1904-1906) e da revista literaria Atlantida [ 4 ] (1915-1920) e colaborou em publicacoes periodicas como a Revista nova [ 5 ] (1901-1902), Seroes [ 6 ] (1901-1911) Illustracao portugueza [ 7 ] (1903-1923), A republica portugueza [ 8 ] (1910-1911), Contemporanea [ 9 ] (1915-1926) e Diario de Lisboa: edicao mensal [ 10 ] (1933). No campo da poesia revelou-se sensivel e inspirado, sendo autor de uma obra ainda mal conhecida tendo publicado entre outros : "Algas" (Franca Amado Editor, 1899),"O Pomar dos Sonhos" (Franca Amado Editor, 1900), "Entre a Multidao " (Franca Amado Editor, 1902), "Dentro da Vida" (Franca Amado Editor, 1903), "Caminho do Amor" (Tavares Cardoso Editor, 1904), "Terra Florida" (Lello & Irmao Editores, 1909) e "Anteu" (F.Franca & Armenio Amado Editores, 1912).

Foi um entusiasta da aproximacao luso- brasileira , tendo dirigido, com Joao do Rio , a revista Atlantida , que incluiu colaboracao dos principais escritores lusofonos da geracao de 1910 - 1920 . Em consequencia, no ano de 1920 foi eleito socio da Academia Brasileira de Letras . Em 1945 , foi agraciado com a gra-cruz da Ordem do Cruzeiro do Sul .

A Ditadura MIlitar e o Estado Novo obrigaram-no a afastar-se da politica activa, mas continuou sempre fiel aos principios republicanos e democraticos, participando em diversas manifestacoes da Oposicao Democratica e apoiando as candidaturas a presidencia da Republica de Norton de Matos ( 1949 ) e Humberto Delgado ( 1958 ).

Dedicou os seus ultimos anos de vida a adaptacao para a juventude de alguns dos mais famosos textos classicos, publicando versoes em prosa de Os Lusiadas (1930) de Camoes , de Viriato Tragico (1940) de Bras Garcia de Mascarenhas , da Odisseia e da Iliada de Homero e da Eneida (1947) de Virgilio , alem de uma adaptacao livre das Viagens de Gulliver (1957) de Jonathan Swift .

Joao de Barros e patrono da escola Escola Basica do 2.º e do 3.º Ciclos Dr. Joao de Barros, situada na Figueira da Foz, e da Escola Secundaria Joao de Barros , em Corroios, Seixal.

A 19 de Maio de 1981 foi agraciado a titulo postumo com a Gra-Cruz da Ordem da Liberdade . [ 2 ]

Referencias

  1. Oliveira Marques, A. H. de (1985). Dicionario da Maconaria em Portugal . Lisboa: Delta. p. 156  
  2. a b ≪Cidadaos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas≫ . Resultado da busca de "Joao de Barros". Presidencia da Republica Portuguesa . Consultado em 19 de marco de 2016  
  3. Daniel Pires (1996). ≪Ficha historica: Arte e Vida: Revista d'arte, critica e ciencia (1904-1906)≫ (PDF) . Dicionario da Imprensa Periodica Literaria Portuguesa do Seculo XX (1900-1940) | Lisboa, Grifo, 1996 | pp. 71-72 . Hemeroteca Municipal de Lisboa . Consultado em 18 de Setembro de 2014  
  4. Rita Correia (19 de Fevereiro de 2008). ≪Ficha historica: Atlantida: mensario artistico, literario e social para Portugal e Brasil≫ (pdf) . Hemeroteca Municipal de Lisboa . Consultado em 17 de Junho de 2014  
  5. Pedro Mesquita (25 de Junho de 2013). ≪Ficha historica: Revista nova(1901-1902)≫ (pdf) . Hemeroteca Municipal de Lisboa . Consultado em 15 de setembro de 2015  
  6. Rita Correia (24 de Abril de 2012). ≪Ficha historica: Seroes, Revista Mensal Ilustrada (1901-1911).≫ (pdf) . Hemeroteca Municipal de Lisboa . Consultado em 23 de Setembro de 2014  
  7. Illustracao portugueza (1903-1923) copia digital, Hemeroteca Digital
  8. A republica portugueza : diario republicano radical da manhan (1910-1911) copia digital, Hemeroteca Digital
  9. Contemporanea [1915]-1926 copia digital, hemeroteca Digital
  10. Diario de Lisboa : edicao mensal (1933) copia digital, Hemeroteca Digital
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Joao de Barros (1881)

Ligacoes externas [ editar | editar codigo-fonte ]

Precedido por
Antonio Feijo
Socio correspondente da ABL - fundador da cadeira 9
1917 ? 1960
Sucedido por
Hernani Cidade
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