O
Imperio Cuchana
[
3
]
ou
Imperio Cuchano
, tambem designado como
Imperio Kushana
,
Imperio Kuchana
(em
grego
:
Βασιλε?α Κοσσαν?ν
;
romaniz.
:
Basileia Kossan?n
; em
bactriano
:
Κυ?ανο
;
Kushano
; em
sanscrito
:
??????
;
Ku??? R?java??a
; em
parta
:
Ku?an-x?aθr
; em
chines
:
?霜帝?
;
guishuangdiguo
), foi um
Estado
politico que teve o seu auge de
105 d.C.
a decada de 250, localizado entre os territorios atuais do
Tajiquistao
,
mar Caspio
,
Afeganistao
e vale do
rio Ganges
.
O imperio foi criado pela
tribo
dos
cuchas
[
4
]
(tambem referico como
kushans
,
[
5
]
cuchans
,
e
kuei-shangs
),
[
2
]
que, por sua vez, pertencia a
etnia
dos
iuechis
, que vive atualmente em
Sinquiao
, na
China
e que possivelmente esta relacionada com os
tocarianos
.
O imperio teve relacoes diplomaticas importantes com o
Imperio Romano
, com o
Imperio Sassanida
e com a China, em grande parte pela sua posicao geografica, num local de passagem entre o
Ocidente
e o
Oriente
.
O mais famoso rei cuchana foi
Canisca I
[
2
]
que se notabilizou por patrocinar o budismo e a arte de influencia grega. Sob seu reinado, comecaram a ser produzidas as primeiras representacoes humanas da figura de
Sidarta Gautama
, o fundador do
budismo
(ate entao, era considerado desrespeitoso representa-lo desta forma: ele era representado sob formas simbolicas, como uma arvore, uma roda ou uma
estupa
). Seguindo o exemplo dos budistas, tambem os deuses
hindus
comecaram a ser representados sob a forma de estatuas
antropomorficas
. Canisca foi o responsavel pela grande difusao do budismo na
Asia Central
e, a partir dai, na China e demais paises do
Extremo Oriente
.
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Canisca transferiu a capital do imperio para Puruxapura (a atual
Pexauar
, no
Paquistao
), deslocando, em direcao a India, o centro de gravidade do imperio.
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Os cuchanas tinham tradicao na cunhagem em
ouro
, nao havendo indicios que cunhagem em
prata
. Provavelmente no fim do
seculo I
ou comeco do II,
Vima Cadefises
, filho de
Cujula Cadefises
, emitiu quatro series de moedas de ouro com um peso padrao baseado no
aureo
de
Augusto
(
r.
27 a.C.?14 d.C.)
e tal tipo de moeda perdurou por toda historia de sua cunhagem. As inscricoes estavam em
grego
e indiano (em
caroste
) e entao no comeco do reinado de
Canisca I
em
bactrio
(escrito num alfabeto derivado do
grego
). Sua principal caracteristica e a imagem de uma divindade no reverso, como ja ocorria entre os
reis greco-bactrianos
. Embora apenas
Xiva
aparece sob Vima Cadefises, sob Canisca havia um variado panteao de cerca de 30 deuses de diversas origens. Sob
Vasudeva I
apenas Xiva era representada. Essa numismatica e campo autonomo de estudo, sobretudo dominado pela obra de Robert Gobl, D. W. MacDowall e Helmut Humbach, bem como varios estudiosos da extinta
Uniao Sovietica
.
Notas
- ↑
"A
inscricao de Rabatak
diz que no ano 1 a autoridade de Canisca I foi proclamada na India, em todas as
satrapias
e em muitas cidades como Koonadeano (Kundina), Ozeno (
Ujjain
), Kozambo (Kausambi), Zagedo (
Saketa
), Palabotro (
Pataliputra
) e Ziri-Tambo (Janjgir-Champa). Essas cidades iam do leste ao sul de Matura, ate todas as localidades onde Wima tivesse carregado seu vitorioso exercito. Entretanto eles devem ter sido capturados pelo proprio Canisca I."
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1
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Referencias
- ↑
"Ancient Indian Inscriptions", S. R. Goyal, p. 93. Veja tambem a analise de
Sims-Williams
e J.Cribb, que teve papel principal em decifrar: "A new Bactrian inscription of Kanishka the Great", em "Silk Road Art and Archaeology" No4, 1995-1996. Also Mukherjee B.N. "The Great Kushanan Testament", Indian Museum Bulletin.
- ↑
a
b
c
d
e
f
g
Albanese, M.; Manhaes, Francisco (trad.) (2006),
Grandes civilizacoes do passado: India antiga
, Barcelona: Edicions Folio, p. 34
- ↑
Paula, Euripides Simoes de (1964). ≪Revista de historia≫. USP. 28; 57-58: 304-305
- ↑
Schulberg, L. (1979),
India historica
, Rio de Janeiro: Livraria Jose Olympio Editora, p. 93
- ↑
Grande Enciclopedia Portuguesa e Brasileira
. Volume 35, Editorial Enciclopedia.
- ↑
Darmapada: a doutrina budista em versos
. Traducao de Fernando Cacciatore de Garcia. Porto Alegre, RS. L&PM Editores. 2010. p. 32, 33.
- ↑
Albanese 2006
, p. 35