Familia imperial brasileira

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A familia imperial brasileira em 1889

A Familia Imperial Brasileira governou o Imperio do Brasil entre 1822 e 1889 , desde a Independencia do Brasil pelo entao Principe Real , Pedro Alcantara de Braganca, que depois foi aclamado imperador como Pedro I do Brasil , ate a deposicao de Pedro II durante a Proclamacao da Republica , em 1889.

Durante o periodo monarquico brasileiro, a familia imperial constituia o ramo brasileiro da Casa de Braganca . Ela era reconhecida legalmente como uma instituicao ; os parentes mais proximos do monarca eram considerados seus membros, e eram desconsiderados aqueles que renunciavam aos seus direitos dinasticos.

Apos a Proclamacao da Republica, em 1889, e o fim da monarquia, a familia imperial deixou de existir enquanto instituicao do Estado. Contudo, o movimento monarquista brasileiro continuo a usar esse conceito de maneira informal e, tambem informalmente, criou o titulo de Chefe da Casa Imperial do Brasil, atribuindo-o ao herdeiro aparente do extinto trono.

A Casa de Orleans e Braganca , descendente por via materna do ramo brasileiro da Casa de Braganca e por via paterna da casa francesa de Orleans , e tida por parte dos monarquistas como a atual dinastia imperial brasileira. Existem dois ramos agnaticos seus: o chamado Ramo de Petropolis e o Ramo de Vassouras . [ 1 ] Uma rivalidade dentro da Casa Imperial eclodiu em 1946, quando Pedro Gastao de Orleans e Braganca repudiou a renuncia ao extinto trono feita por seu pai, Pedro de Alcantara de Orleans e Braganca , filho mais velho da princesa Isabel . Este, renunciara em 1908 de seus supostos direitos dinasticos, por si mesmo e seus futuros descendentes, a fim de contrair casamento morganatico . Seus descendentes constituem o Ramo de Petropolis da Casa de Orleans e Braganca, atualmente tendo como patriarca da familia Pedro Carlos de Orleans e Braganca. O Ramo de Vassouras , por sua vez, e liderado por Bertrand de Orleans e Braganca , um descendente do segundo filho da princesa Isabel do Brasil, Luis de Orleans e Braganca .

Historia [ editar | editar codigo-fonte ]

Pedro I e Maria Leopoldina da Austria , os primeiros imperadores do Brasil independente.

Fundada por Pedro de Alcantara de Braganca , ate entao Principe Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e Principe Regente do Brasil , representando seu pai, o rei Dom Joao VI , a Casa Imperial do Brasil foi soberana de 1822, quando da independencia do Brasil , ate 1889, quando a Proclamacao da Republica do Brasil derrubou a monarquia e depos o imperador Pedro II .

Seguindo a tradicao das monarquias ibericas , eram considerados membros da familia imperial os parentes mais proximos do imperador , desconsiderando-se aqueles que renunciavam aos seus direitos dinasticos. Com a proclamacao da republica em 1889, e consequente extincao do Imperio do Brasil , o movimento monarquista brasileiro criou o titulo informal de Chefe da Casa Imperial do Brasil, atribuindo-o ao herdeiro aparente do extinto trono, e passou a considerar como membros da familia imperial brasileira os parentes mais proximos do chefe da casa imperial, desconsiderando-se aqueles que renunciaram aos seus direitos dinasticos.

Exilio [ editar | editar codigo-fonte ]

Os primeiros membros da familia imperial impedidos de retornar ao Brasil foram a imperatriz viuva Amelia de Leuchtenberg , segunda esposa do imperador Pedro I , e sua filha, a princesa Maria Amelia do Brasil . Com a abdicacao do primeiro imperador e sua coroacao como rei de Portugal, muitos entenderam que Amelia havia perdido seus direitos na casa imperial. Sua filha, por outro lado, havia nascido no estrangeiro, com seu pai ja sem o trono brasileiro, o que, para muitos, a impedia de cumprir os requisitos para ser considerada princesa do Brasil. Dessa maneira, durante o periodo regencial , foi interrompido o auxilio financeiro a imperatriz-viuva e a sua filha. Alem disso, por temor de que influenciassem de alguma maneira o jovem Pedro II, foram proibidas de pisar em solo brasileiro. Apenas quando o sucessor do trono foi aclamado, a situacao de ambas mudou. Em 1841, o Senado , a pedido do Visconde de Sepetiba , emitiu parecer reconhecendo a precedencia de Maria Amelia e restabelecendo o auxilio a ambas.

Pos-monarquia [ editar | editar codigo-fonte ]

A familia imperial no exilio, 1914. Da esquerda para a direita: Maria Pia com seus tres filhos, Luis Gastao, Pia Maria e Pedro Henrique ; Luis , princesa Isabel com Maria Francisca no colo; Antonio Gastao , principe Gastao, Conde d'Eu , Pedro de Alcantara , Elisabeth , Isabel e Pedro Gastao .

Com a Proclamacao da Republica, a familia imperial seguiu para o exilio em Portugal , Espanha , Franca , Austria-Hungria . Embarcaram a bordo do vapor Sergipe : Pedro II , Teresa Cristina , Isabel , Gastao , Pedro de Alcantara , Luis Maria , Antonio Gastao e Pedro Augusto . Na comitiva que acompanhava a familia, estavam Andre Reboucas ; o Conde de Carapebus ; o Barao de Loreto e sua esposa, Maria Amanda Paranagua Doria ; o Visconde de Ouro Preto e seu filho, o Conde de Afonso Celso ; e o Conde de Mota Maia . Augusto Leopoldo encontrava-se a bordo do cruzador Almirante Barroso , em viagem de circunavegacao. O pai desse, Luis Augusto , residia na Austria desde o falecimento de sua esposa, a princesa Leopoldina . Alem do banimento, o governo republicano confiscou e leiloou muitos dos bens da familia imperial. Em 1890, foram realizados treze leiloes de bens da casa imperial. [ 2 ]

O presidente Epitacio Pessoa , por decreto presidencial de 3 de setembro de 1920, revogou a Lei do Banimento . Os descendentes da familia imperial puderam entao retornar ao solo brasileiro. A ocasiao foi aproveitada para repatriar os restos mortais do ultimo imperador e de sua consorte, que seriam trasladados de Portugal um ano depois. Dos nove membros da familia imperial originalmente exilados, somente dois retornaram vivos ao Brasil: Pedro de Alcantara e seu pai, Gastao, falecido no ano seguinte, a bordo do navio Massilia , a caminho do Brasil para a celebracao do centenario da independencia.

Repatriamento [ editar | editar codigo-fonte ]

Presidente do Brasil, Epitacio Pessoa, assinado o decreto nº 4.120, de 3 de setembro de 1920, que revoga a Lei do banimento da Familia de D. Pedro II que vigorava desde o decreto nº 78-A, de 21 de dezembro de 1889. [ 3 ]

Atualmente, os restos mortais de cinco membros da familia imperial exilados em 1889 estao sepultados no Brasil, todos no Mausoleu Imperial em Petropolis: Pedro II e Teresa Cristina , cujos restos mortais foram trasladados do Panteao dos Bragancas , em Lisboa , em 1921, por ocasiao do centenario da Independencia do Brasil ; Isabel e Gastao, trasladados do Mausoleu dos Orleans , em Dreux na Franca , em 1953; e Pedro de Alcantara , transferido do cemiterio de Petropolis em 1990, juntamente com sua esposa, Elisabeth de Dobrzenicz . Ainda ha quatro descendentes da familia imperial fora do Brasil. O filho mais novo da princesa Isabel, Luis Maria , sua esposa, a princesa Maria Pia das Duas Sicilias, seu segundo filho, Luis Gastao e Antonio Gastao , ultimo filho de D. Isabel, que estao sepultados na Mausoleu dos Orleans em Dreux na Franca . Pedro Augusto , Augusto Leopoldo e Luis Augusto estao sepultados na cripta da Igreja de Santo Agostinho , em Coburgo , Alemanha, onde a esposa do ultimo, a princesa Leopoldina , foi enterrada em 1871.

Em 1954, foram transferidos para a Cripta Imperial , em Sao Paulo, os restos mortais da primeira imperatriz, Leopoldina , os quais se encontravam no Convento de Santo Antonio , Rio de Janeiro . No Convento de Santo Antonio estao sepultados alguns dos filhos de ambos os imperadores: Miguel, Joao Carlos, Paula Mariana , Afonso Pedro e Pedro Afonso , alem de Luisa Vitoria, filha natimorta de Isabel. Em 1972, por ocasiao do Sesquicentenario da Independencia, os despojos de Pedro I foram trasladados do Panteao dos Bragancas , Lisboa em Portugal , para a Cripta Imperial. O corpo de sua segunda esposa, Amelia , so foi transferido do Panteao dos Bragancas para a Cripta Imperial em 1982. Nesse mesmo ano, o corpo da filha dessa, Maria Amelia , foi transferido do Panteao dos Bragancas para o Convento de Santo Antonio.

Disputa dinastica [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Questao dinastica brasileira

Em 1896, Pedro de Alcantara de Orleans e Braganca , filho mais velho e herdeiro da Princesa Isabel , conheceu a irma de um amigo, a baronesa Elisabeth de Dobrzenicz , os dois rapidamente se apaixonam, comecam a namorar e logo queriam casar. Mas sua mae, Isabel, se opos a esse casamento, pois Elisabeth, que embora fosse uma nobre do Reino da Boemia , nao pertencia a uma familia real governante, ou antes governante. Na epoca, as leis das familias reinantes eram restritas e formais. O herdeiro de um trono so podia se casar com uma princesa de sangue real, assim como ela, seus pais, avos e seus ancestrais haviam se casado.

Pedro de Alcantara, Principe do Grao-Para renunciou a seus direitos de sucessao ao extinto trono brasileiro.
Luis Maria tornou-se pretendente ao trono, apos a renuncia de seu irmao mais velho. Veio a falecer um ano antes de sua mae, Isabel , e foi sucedido na chefia do Ramo de Vassouras por seu filho (e neto de Isabel) Pedro Henrique . [ 4 ]

Quando, o principe Gastao de Orleans, Conde d'Eu , casou-se, em 1864, a princesa Isabel de Braganca , assinou o contrato nupcial, o qual seus direitos dinasticos franceses, tinham que ser renunciados, e, portanto, o seu lugar e de sua descendencia na linha de sucessao orleanista ao trono frances , contrariando expressa vontade de seu pai. Em decorrencia disso, anos depois da proclamacao da republica brasileira (1889) e, consequente, da extincao do Imperio do Brasil (1822-1889), Gastao de Orleans tentou reaver o seu lugar e o de sua descendencia na linha sucessoria francesa, bem como buscou a criacao do titulo de Principe de Orleans e Braganca ? como titulo da realeza francesa ?, obtendo diversas respostas negativas por parte da Casa Real de Franca , que nessa epoca ja nao reinava no pais. Foi, entao, feito um acordo entre o Conde d'Eu e a Casa Real de Franca, a chamada Declaracao de Bruxelas ou Pacto de Familia , aonde a Casa Real de Franca reconheceu o titulo de Principe de Orleans e Braganca como parte da Casa Real; bem como que o Conde d'Eu e sua descendencia teriam as mesmas honras dos principes da Casa Real de Franca. Entre tanto, um de seus filhos renunciaria a seus direitos ao trono brasileiro, evitando que principes brasileiros viessem a ocupar a Chefia da Casa Real francesa. Supunha-se que Luis Maria Filipe , segundo filho, apresentaria sua renuncia aos direitos brasileiros, mas como este se negou a faze-lo, o Conde d'Eu acabou por propo-la ao primogenito, Pedro de Alcantara, em troca da obtencao da licenca para casar com Elisabeth de Dobrzenicz, que havia antes sido negado por sua mae. [ 5 ]

Com a renuncia de Pedro de Alcantara em 30 de outubro de 1908, seus direitos ao trono brasileiro passam para seu irmao, Luis Maria Filipe que casaria dentro das normas das familias reais, com a princesa Maria Pia das Duas Sicilias . E passou a ser herdeiro de sua mae, e eventual sucessor de seus direitos ao trono imperial brasileiro. [ 6 ] [ 7 ]

O instrumento de renuncia foi emitido em tres vias, todas assinados por Pedro de Alcantara diante da princesa Isabel, a qual enviou uma das vias ao Diretorio Monarquico do Brasil , entao localizado no Rio de Janeiro, aos 9 de novembro de 1908, da qual constava:

Luis, e eventualmente o filho deste, Pedro Henrique , tornaram-se os proximos na linha de sucessao apos Isabel. Porem Luis contraiu, nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial , um tipo agressivo de reumatismo osseo que o deixou debilitado e incapaz de andar, vindo a falecer em 1920.

Pedro nao contestou a sua renuncia e nao reivindicou a chefia da casa imperial apos a princesa Isabel falecer em 1921, mas disse em uma entrevista em 1937 que sua renuncia "nao atendia aos requisitos da Lei Brasileira, nao havia consulta previa com a nacao, nao havia protocolo para atos dessa natureza e, alem disso, nao foi uma renuncia hereditaria". [ 9 ]

A disputa dinastica pela pretensao a extinta coroa brasileira comecou apos 1940, quando Pedro Gastao , filho mais velho de Pedro de Alcantara, repudiou a renuncia de seu pai e reivindicou a chefia da Casa Imperial Brasileira. [ 10 ] Pedro Gastao fez campanha ativa durante o Plebiscito de 1993 , pela restauracao da monarquia brasileira, e, caso a monarquia fosse restabelecida, caberia ao Congresso Nacional brasileiro decidir quem deveria ocupar o trono; contudo, a opcao pela restauracao da monarquia no Brasil foi derrotada, embora tenha recebido aproximadamente sete milhoes de votos. [ 11 ] Apos a morte de Pedro Gastao, em 2007, seu filho mais velho, o Pedro Carlos, atual lider do ramo de Petropolis, e os filhos mais novos se declararam republicanos. [ 12 ] [ 13 ]

Ramos dinasticos [ editar | editar codigo-fonte ]

Orleans e Braganca [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Orleans e Braganca
Armas da Casa de Orleans e Braganca

Com o casamento de Isabel do Brasil com o principe Gastao de Orleans , em 1864, a Casa Imperial Brasileira associou-se a Casa de Orleans , um ramo da Casa Real de Franca. Iniciou-se, assim, um novo ramo dinastico, denominado Orleans e Braganca, que nunca reinou no Brasil.

Dos quatro filhos do casal, dois geraram descendencia e, hoje, esse ramo da familia conta com mais de trinta membros. Muitos foram os que renunciaram para si e seus descendentes os seus supostos direitos na sucessao ao trono imperial.

Em 1909 foi criado o titulo de Principe de Orleans e Braganca , a todos os descendentes de varonia direta e legitima de Gastao e Isabel, mesmo os membros que renunciar aos seus direitos brasileiros, continuara com direitos frances e com o titulo de principes e princesas e o tratamento de Alteza Real . Contudo, esse titulo jamais foi reconhecido no direito brasileiro ou frances. [ 14 ]

Saxe-Coburgo e Braganca [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Saxe-Coburgo-Braganca
Armas da Casa de Saxe-Coburgo e Braganca

Outro ramo da familia imperial teve inicio com a uniao entre a princesa Leopoldina com o principe Luis Augusto de Saxe-Coburgo-Gota , em 1864. Como a princesa Isabel demorava a gerar um herdeiro ao trono brasileiro, os dois primeiros filhos de Leopoldina, Pedro Augusto e Augusto Leopoldo , foram inseridos na linha de sucessao brasileira, tendo-se o cuidado de serem dados a luz em solo nacional. Esses principes foram preteridos na ordem sucessoria, apos o nascimento dos filhos de Isabel.

Pedro Augusto morreu solteiro e sem deixar descendencia. Augusto Leopoldo, por sua vez, casou-se com a arquiduquesa Carolina da Austria-Toscana , e gerou oito filhos. Sua sexta filha, Teresa Cristina , manteve a nacionalidade brasileira e perpetuou a Casa de Saxe-Coburgo e Braganca, que hoje e chefiada por seu filho Carlos Tasso . A precedencia deste ramo na linha sucessoria ao trono brasileiro e, contudo, contestada. [ 15 ] [ nb 1 ]

Cargos [ editar | editar codigo-fonte ]

Luiz Philippe de Orleans e Braganca , durante as eleicoes gerais de 2018 , se tornou o segundo descendente da familia imperial brasileira a ocupar um cargo politico de relevancia desde a Proclamacao da Republica. [ 16 ] O primeiro foi Louis-Jean de Nicolay , que e senador frances desde 2014. Louis e filho de Pia Maria de Orleans e Braganca, unica filha de Luis Maria .

Pronomes de Tratamento [ editar | editar codigo-fonte ]

Segundo a Constituicao de 1824, os seguintes pronomes de tratamento eram reconhecidos a membros da familia imperial brasileira: [ 17 ]

Segundo o Acordo de Bruxelas, tambem conhecido como Pacto Familiar, os seguintes pronomes de tratamento eram reconhecidos a membros da Casa de Orleans e Braganca , alem dos que ja possuiam por direito: [ 18 ]

  • Sua Alteza Imperial e Real : atribuido aos descendestes agnaticos legitimos do Conde d’Eu e da Princesa Isabel, que possuissem o tratamento de Alteza Imperial. [ 19 ]
  • Sua Alteza Real : atribuidos aos descendentes agnaticos do Conde d’Eu e da Princesa Isabel, que possuissem o tratamento de Altezas.

Membros [ editar | editar codigo-fonte ]

Primeiro Reinado [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Primeiro Reinado

Em 1826, ano da morte de Leopoldina, esta era a composicao da familia imperial brasileira:

Abdicacao de D. Pedro I [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Abdicacao de Pedro I do Brasil

Em 1831, ano da abdicacao de Pedro I, esta era a composicao da familia imperial brasileira:

  • Imperador Pedro I
    Imperatriz Amelia
    • Principe Pedro, Principe Imperial
    • Rainha Maria II
    • Princesa Januaria
    • Princesa Paula Mariana
    • Princesa Francisca

Segundo Reinado [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Segundo Reinado

Em 1889, ano da proclamacao da republica do Brasil , esta era a composicao da familia imperial brasileira:

Pos-Monarquia [ editar | editar codigo-fonte ]

No ano de 1918, ja na Republica Velha e durante o mandato do presidente Venceslau Bras , os membros remanescentes da familia imperial brasileira e seus descendentes eram: [ 20 ] [ 21 ]

Atualmente [ editar | editar codigo-fonte ]

A “Lista da Familia Imperial”, publicada em 2024 no Anuario da Casa Imperial, menciona os descendentes de Pedro Henrique e seus conjuges, exceto aqueles nascidos fora do casamento, ou de um segundo casamento do qual o anterior tenha sido divorciado. A lista nao inclui os membros do chamado Ramo de Petropolis, pois os membros vivos deste ramo possuem parentesco colateral acima do quarto grau em relacao ao atual chefe da casa imperial Bertrand, o que pela legislacao brasileira atual torna seu parentesco juridicamente inexistente. [ 22 ]

  • Pedro Henrique (1908-1981)
    • Luiz (1938-2022)
    • Eudes (1939-2020)
    • Bertrand
    • Isabel Maria (1944-2017)
    • Pedro de Alcantara
      • Maria Pia, Sra. Broglia Mendes
        • Antonio Broglia Mendes
        • Pedro Broglia Mendes
      • Maria Carolina, Sra. Moreira
        • Joaquim Pedro Moreira
        • Maria Sofia Moreira
        • Maria Julia Moreira
      • Gabriel Jose de Orleans e Braganca
        • Gabriel de Orleans e Braganca
        • Rafael de Orleans e Braganca
      • Maria de Fatima, Sra. Soares
      • Maria Manuela de Orleans e Braganca
    • Fernando
      • Isabel, Condessa Stolberg
        • Louis Berhard, Conde Stolberg
        • Lorenz, Conde Stolberg
        • Anna Katharina, Condessa Stolberg
      • Maria da Gloria de Orleans e Braganca
      • Luiza Carolina de Orleans e Braganca
    • Antonio
      • Pedro Luiz (1983-2009)
      • Amelia, Sra. Spearman
        • Alexander Spearman
        • Nicholas Spearman
      • Rafael
      • Maria Gabriela
    • Eleonora, Princesa de Ligne
      • Alix, Condessa de Dampierre
        • Olympia de Dampierre
        • Guy, Conde de Dampierre
      • Henri, Principe Hereditario de Ligne
    • Francisco
      • Maria Elizabeth, Sra. Souza
        • Maria Isabel de Souza
        • Maria Sofia de Souza
        • Joao Francisco de Souza
      • Maria Thereza, Sra. Zanker
        • Maria Francisca Zanker
        • Pedro Zanker
      • Maria Eleonora de Orleans e Braganca
    • Alberto
      • Pedro Alberto de Orleans e Braganca
      • Maria Beatriz de Orleans e Braganca
      • Ana Thereza de Orleans e Braganca
      • Antonio Alberto de Orleans e Braganca
    • Maria Theresa, Sra. Jong
      • Johannes Pedro de Jong
      • Maria Pia de Jong
    • Maria Gabriela, Sra. Machado

Chefes da Familia Imperial [ editar | editar codigo-fonte ]

Retrato Nome Conexao com o ultimo imperador Periodo Nascimento Casamento Morte
Pedro I do Brasil - 12 de outubro de 1822 7 de abril de 1831 12 de outubro de 1798 13 de maio de 1817

2 de agosto de 1829

24 de setembro de 1834
Pedro II do Brasil Filho 7 de abril de 1831 15 de novembro de 1889 2 de dezembro de 1825 30 de maio de 1843 5 de dezembro de 1891

Pretendentes [ editar | editar codigo-fonte ]

Familia Braganca [ editar | editar codigo-fonte ]

Retrato Nome Conexao com o ultimo imperador Periodo Nascimento Casamento Morte
Pedro de Alcantara de Braganca O proprio 15 de novembro de 1889 5 de dezembro de 1891 2 de dezembro de 1825 30 de maio de 1843 5 de dezembro de 1891
Isabel de Braganca Filha mais velha de Pedro II 5 de dezembro de 1891 14 de novembro de 1921 29 de julho de 1846 15 de outubro de 1864 14 de novembro de 1921

Familia Orleans e Braganca [ editar | editar codigo-fonte ]

Ramo de Petropolis

Retrato Nome Conexao com o ultimo imperador Conexao em vida com o chefe do outro ramo Periodo Nascimento Casamento Morte
Pedro de Alcantara de Orleans e Braganca Neto de Pedro II (filho mais velho de Isabel ) Tio de Pedro Henrique (parentesco de 3° grau) 14 de novembro de 1921 29 de janeiro de 1940 15 de outubro de 1875 14 de novembro de 1908 29 de janeiro de 1940
Pedro Gastao de Orleans e Braganca Bisneto de Pedro II (neto de Isabel e filho de Pedro de Alcantara) Primo de Pedro Henrique (parentesco de 4° grau)
Primo-tio de Luiz (parentesco de 5° grau)
29 de janeiro de 1940 27 de dezembro de 2007 19 de fevereiro de 1913 18 de dezembro de 1944 27 de dezembro de 2007
Pedro Carlos de Orleans e Braganca Trineto de Pedro II (bisneto de Isabel, neto de Pedro de Alcantara e filho de Pedro Gastao) Segundo-primo de Luiz e Bertrand (parentesco de 6° grau) 27 de dezembro de 2007 Presente 31 de outubro de 1945 2 de setembro de 1975

16 de julho de 1981

1 de setembro de 2018

?

Ramo de Vassouras

Retrato Nome Conexao com o ultimo imperador Conexao em vida com o chefe do outro ramo Periodo Nascimento Casamento Morte
Pedro Henrique de Orleans e Braganca Bisneto de Pedro II (neto de Isabel e filho de Luis Maria ) Sobrinho de Pedro de Alcantara (parentesco de 3° grau)
Primo de Pedro Gastao (parentesco de 4° grau)
14 de novembro de 1921 5 de julho de 1981 13 de setembro de 1909 19 de agosto de 1937
  • Com Maria Isabel da Baviera
  • 12 filhos
5 de julho de 1981
Luiz de Orleans e Braganca Trineto de Pedro II (bisneto de Isabel, neto de Luis Maria e filho de Pedro Henrique) Primo-sobrinho de Pedro Gastao (parentesco de 5° grau)
Segundo-primo de Pedro Carlos (parentesco de 6° grau)
5 de julho de 1981 15 de julho de 2022 6 de junho de 1938 Solteiro 15 de julho de 2022 [ 23 ]
Bertrand de Orleans e Braganca Trineto de Pedro II (bisneto de Isabel, neto de Luis Maria e filho de Pedro Henrique) Segundo-primo de Pedro Carlos (parentesco de 6° grau) 15 de julho de 2022 Presente 2 de fevereiro de 1941 (81 anos) Solteiro

Heraldicas [ editar | editar codigo-fonte ]

Brasao Titulo Posse Brasao Titulo Posse Brasao Titulo Posse Brasao Titulo Posse Brasao Titulo Posse
1822?1891
1822-1891
1875-1891
1822-1891
1909

Genealogia [ editar | editar codigo-fonte ]

Imperador-Rei Pedro I/IV
Rei de Portugal e dos Algarves
Imperador do Brasil
(1798-1834)
Rainha Maria II
Rainha de Portugal e dos Algarves
(1819-1853)
Princesa Januaria
Princesa Imperial do Brasil
Princesa das Duas Sicilias
Condessa d'Aquila
(1822-1901)

Imperador Pedro II
Imperador do Brasil
(1825-1891)
Princesa Paula
Princesa do Brasil
(1823-1833)
Princesa Francisca
Princesa do Brasil
Princesa d'Orleans
Princesa de Joinville
(1824-1898)

Princesa Maria Amelia
Princesa do Brasil
(1831-1853)
Descendentes membros da
Familia Real Portuguesa

Princesa Isabel
Princesa Imperial do Brasil
(1846-1921)
Princesa Leopoldina
Princesa do Brasil
Princesa de Saxe-Coburgo-Gota
(1847-1871)

Principe Pedro de Alcantara
Principe do Grao-Para
Principe de Orleans e Braganca
(1875-1940)
Principe Luis
Principe Imperial do Brasil
Principe de Orleans e Braganca
(1878-1920)
Principe Antonio Gastao
Principe do Brasil
Principe de Orleans e Braganca
(1881-1918)
Descendentes membros
da Casa de Saxe-Coburgo e Braganca ,
ramo secundario da
Familia Imperial

Descendentes membros
do Ramo de Petropolis da
Casa de Orleans e Braganca

Descendentes membros
do Ramo de Vassouras da
Casa de Orleans e Braganca

Vexilologia e estandartes imperiais [ editar | editar codigo-fonte ]

A atual bandeira presidencial brasileira e a versao adaptada do estandarte dos imperadores, Pedro I e Pedro II, que consistia em um retangulo todo em verde tendo ao centro o brasao nacional da epoca na cor amarelo ouro e com ramos trifoliares de tabaco nos cantos tambem em amarelo ouro. [ 24 ] Quanto ao uso da cor no gorro da coroa atualmente existe, na internet, muita inobservacao a respeito do padrao heraldico, ora na cor vermelha ora na cor verde, mas a regra ja foi definida desde Taunay e D. Pedro I que fisicamente o gorro da coroa e verde. Para diferi do gorro da coroa real portuguesa que e vermelho tanto fisicamente como heraldicamente, mas que sua representacao heraldica seria o vermelho . Assim, no padrao brasileiro, quando o desenho for nos brasoes a cor do referido gorro sera sempre em vermelho. [ 25 ]

Palacios e edificios governamentais [ editar | editar codigo-fonte ]

Alguns dos palacios brasileiros mais importantes foram construidos para a familia imperial brasileira para uso privado ou governamental. Quando a republica foi proclamada, em 1889, muitos deles foram incorporados ao patrimonio da Uniao .

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

Notas [ editar | editar codigo-fonte ]

  1. Teresa Cristina teve sua nacionalidade brasileira reconhecida em 1938, durante sua primeira visita ao pais. Seus irmaos renunciaram aos seus eventuais direitos a coroa do Brasil em seu favor, em 27 de dezembro de 1937. Todos os quatro filhos da princesa foram registrados no consulado brasileiro em Viena. (Lessa, p. 132)
  1. Antes pertencia a Ordem dos Jesuitas e depois a Coroa de Portugal

Referencias

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  2. ≪REFLEXOES SOBRE O ARQUIVO DA FAMILIA IMPERIAL E O PAPEL DE D. PEDRO II NA SUA FORMACAO≫ . Arquivado do original em 14 de julho de 2014  
  3. Revista CARETA, edicao n 638, de 11 de setembro de 1920 e em [1]
  4. JANOTTI, Maria de Lourdes (1986). Os Subversivos da Republica. Sao Paulo: Brasiliense, pp. 255?257
  5. A Princesa Imperial Viuva, Minha Mae (1990). Le Temps de ma Mere . Rio de Janeiro: ... p. 39, 40, 41
  6. ENACHE, Nicolas (1996). La Descendance de Marie-Therese de Habsburg (em frances). Paris: [s.n.] pp. 71,80. ISBN   2-908003-04-X  
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  8. MONTJOUVENT, Philippe de (1998) (em Frances). Le comte de Paris et sa Descendance . Charenton: Editions du Chaney, p. 97. ISBN   2-913211-00-3 .
  9. VILLON, Victor (2008). Elisabeth Dobrzensky von Dobrzenicz "Empress of Brazil". In: Royalty Digest Quarterly, 3, p. 33.
  10. Bodstein, Astrid (2006). ≪The Imperial Family of Brazil≫. Royalty Digest Quarterly (3)  
  11. de Badts de Cugnac, Chantal. Coutant de Saisseval, Guy. Le Petit Gotha. Nouvelle Imprimerie Laballery. Paris. 2002. pp. 300-306, 309-311, 316-317, 320-321. (em Frances) ISBN   2-9507974-3-1
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