한국   대만   중국   일본 
Estado do Grao-Para e Maranhao ? Wikipedia, a enciclopedia livre Saltar para o conteudo

Estado do Grao-Para e Maranhao

Origem: Wikipedia, a enciclopedia livre.
  Nota: "Estado do Maranhao" redireciona para este artigo. Este artigo e sobre o antigo estado colonial portugues. Para a unidade federativa atual do Brasil, veja Maranhao .


Estado do Maranhao (1621-1654)
Estado do Maranhao e Grao-Para (1654-1751)
Estado do Grao-Para e Maranhao (1751-1772)

Colonia
( Imperio Portugues )

1621 ? 1772

Bandeira de Maranhão e Grão-Pará

Bandeira de Portugal sob Dinastia Filipina
Continente America do Sul
Pais Reino de Portugal
Capital Sao Luis (1615-1737)
Santa Maria de Belem do Grao-Para (1737-1771/1774)
Lingua oficial Portugues
Outros idiomas Frances, idiomas indigenas, idiomas africanos
Governo Monarquia
Rei
 ? 1621 Filipe II de Portugal ( Filipe III da Espanha )
 ? 1772 Jose I de Portugal
Governador e Capitao-General
 ? 1751 - 1759 Francisco Xavier de Mendonca Furtado
 ? 1759 - 1763 Manuel Bernardo de Melo e Castro
 ? 1763 - 1772 Fernando da Costa de Ataide Teive
 ? 1772 - 1780 Joao Pereira Caldas
Periodo historico Era dos descobrimentos
Colonizacao da America
Maneirismo / Quinhentismo
Barroco
Neoclassismo / Arcadismo
Revolucoes do Atlantico
 ?  1615 Fim da Ocupacao Francesa do Maranhao
 ?  13 de Junho de 1621 Fundacao
 ?  1652 Extincao temporaria [ 1 ]
 ?  1654 Estado do Maranhao renomeado Estado do Maranhao e Grao-Para
 ?  1737 Transferencia da capital para Santa Maria de Belem do Grao-Para
 ?  1751 Nomeacao de Francisco Xavier de Mendonca Furtado e inversao do nome para Estado do Grao-Para e Maranhao
 ? 1771/1774 Extincao do Estado do Grao-Para e Maranhao
 ? 20 de agosto de 1772 de 1772 Criacao do Estado do Maranhao e Piaui e Estado do Grao-Para e Rio Negro
Estado do Grao-Para e Maranhao (amarelo), em sua maior extensao, abrangendo as capitanias do Para, Rio Negro, Maranhao e Piaui

O Estado do Grao-Para e Maranhao ( regiao inicialmente chamada de Mairi ) [ 2 ] foi uma unidade administrativa portuguesa na America do Sul . Criado com a denominacao de Estado do Maranhao em 13 de junho de 1621 , por Filipe II de Portugal (ou Filipe III da Espanha ), no Norte da America Portuguesa (atual Brasil ), e renomeado Estado do Maranhao e Grao-Para em 1654, e Estado do Grao-Para e Maranhao em 1751, o qual foi dividido em 1772.

No seu periodo aureo, sua extensao territorial abrangia os atuais estados do Maranhao , Piaui , Para , Amazonas , Amapa e Roraima .

Historiografia [ editar | editar codigo-fonte ]

Parte da historiografia sustenta que as duas unidades resultantes do desmembramento do Estado do Grao-Para e Maranhao em 1772/1774 ( Estado do Grao-Para e Rio Negro e Estado do Maranhao e Piaui ) permaneceram subordinadas a Lisboa. [ 3 ]

Outros estudos afirmam que a separacao do Para e do Maranhao, caracterizados como "pseudo-estados", levando a reintegracao a antiga reparticao do Estado do Brasil . [ 4 ] Entretanto, o Estado do Grao-Para permanece como uma colonia autonoma portuguesa na pratica ate 1823, quando foi anexado autoritariamente pelo Imperio do Brasil , recem fundado. [ 5 ]

A historiografia contemporanea da Amazonia tem reiterado a desconexao entre Brasil e o Grao-Para , mesmo apos a fuga da familia real para o Rio de Janeiro em 1808 e apos a fundacao do Reino do Brasil , no ambito do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves , permanecendo Belem vinculada diretamente a Lisboa e praticamente desligada em varios aspectos da capital fluminense . [ 6 ]

Etimologia [ editar | editar codigo-fonte ]

Os tupinambas inicialmente habitavam a regiao, estes consideravam-se filhos do grande ancestral e heroi " Maira ", assim o toponimo "Mairi", utilizado para representar o territorio tupinamba (os atuais estados brasileiros do Amapa , Para e, Maranhao ), com origem no nheengatu , inicialmente significaria o "territorio de Maira" ou "terra dos filhos de Maira". [ 7 ] Mas esta divindade foi associada aos "homens brancos " e, em especial, aos navegadores franceses, passando a serem chamados de "Mairas" [ 8 ] ou “Mair”, e assim a regiao de "Mairi" passou a representar o "lugar dos franceses". [ 7 ]

Cronologia [ editar | editar codigo-fonte ]

Antecedentes [ editar | editar codigo-fonte ]

Vila de Cameta, seculo XVIII.

Em 1612 , uma expedicao francesa partiu do porto de Cancale , na Bretanha , sob o comando de Daniel de La Touche , Senhor de la Ravardiere, com o intuito de fixar uma colonia na America do Sul. Com cerca de quinhentos colonos a bordo, a expedicao aportou na costa norte do atual estado brasileiro do Maranhao . Daniel de La Touche explorara a regiao em 1604 , mas a morte do soberano frances tinha adiado os seus planos de colonizacao.

Para facilitar a defesa, os colonos estabeleceram-se numa ilha, onde fundaram um povoado denominado de " Saint Louis " (atual Sao Luis), em homenagem ao soberano, Luis XIII de Franca (1610-1643). No dia 8 de Setembro de 1612, frades capuchinhos rezaram a primeira missa, tendo os colonos iniciado a construcao do Forte de Sao Luis .

Cientes da presenca francesa na regiao, os portugueses reuniram tropas a partir da capitania de Pernambuco , sob o comando de Alexandre de Moura . Os franceses se aliaram aos indios na resistencia contra os portugueses e em novembro de 1615 , a cidade retornou ao dominio portugues sob o comando de Jeronimo de Albuquerque , que se tornou o primeiro capitao-mor do Maranhao.

Evolucao institucional [ editar | editar codigo-fonte ]

Palacio dos Governadores, atual Palacio Lauro Sodre , onde esta o Museu do Estado do Para . Aquarela de 1782.

O Estado do Maranhao foi criado em 13 de junho de 1621 por Felipe III, Rei da Espanha (Felipe II de Portugal), compreendendo as capitanias do Maranhao , Para , Piaui e Ceara . [ 26 ] Com a criacao deste Estado, a America Portuguesa passou a ter duas unidades administrativas: Estado do Maranhao, com capital em Sao Luis , e Estado do Brasil , cuja capital era Salvador . O objetivo da criacao deste Estado era o de melhorar a defesa militar na Regiao Norte e estimular as atividades economicas e o comercio regional com a metropole.

O primeiro governador foi Francisco Coelho de Carvalho , que tomou posse em 1626. [ 27 ]

Em fevereiro de 1637, tinha a seguinte populacao de origem europeia:

Uniformes dos Tercos Auxiliares da capitania do Grao Para.

Em 23 de fevereiro de 1652, foi publicado um Decreto Real, que dividiu o Estado em duas capitanias autonomas: Para , a ser comandada por Inacio do Rego Barreto ; e Maranhao , a ser comandada por Baltasar de Sousa Pereira . [ 28 ]

Em 1654 , o Estado do Maranhao passa a ser designado Estado do Maranhao e Grao-Para. [ 22 ] [ 23 ]

Em abril de 1655, foi reinstituido o Estado do Maranhao e do Grao Para, a ser governado por Andre Vidal de Negreiros . [ 28 ]

Em 1751 o Estado do Maranhao e Grao-Para passou a chamar-se Estado do Grao-Para e Maranhao, com a capital transferida de Sao Luis para Santa Maria de Belem do Grao-Para .

Posteriormente, em 1772 , foi dividido em dois Estados: o Estado do Maranhao e Piaui , com sede em Sao Luis, e o Estado do Grao-Para e Rio Negro , com sede em Belem. A integracao politica da Amazonia ao Brasil so aconteceu efetivamente a partir da anexacao em 1823 promovida pelo Imperio do Brasil .

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

Referencias

  1. Sampaio, Patricia Melo. Administracao colonial e legislacao indigenista na Amazonia Portugues. In: Mary del Priore & Flavio dos Santos Gomes (orgs.). Os senhores dos rios: Amazonia, margens e historias, Rio de Janeiro , Campus/Elsevier, 2003, p. 123-140, [1] .
  2. Neves, Ivania dos Santos (2022). Mairi a terra de maira: a ancestralidade indigena eclipsada em Belem . 7 . Rio de Janeiro: Policromias revista do discurso, imagem e som. pp. 178?205  
  3. Schwarcz, L. M. (2015). Brasil: uma biografia. Sao Paulo: Companhia das Letras, "Estado+do+Grao-Para+e+Rio+Negro"+independencia&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjo8oOYuMrKAhUCiZAKHbWJDfIQ6AEINTAF#v=onepage&q=%22Estado%20do%20Gr%C3%A3o-Par%C3%A1%20e%20Rio%20Negro%22%20independencia&f=false .
  4. dos Santos, Fabiano Vilaca. ≪O governo das conquistas do norte: trajetorias administrativas no Estado do Grao-Para e Maranhao (1751-1780)≫ . Catalogo USP  
  5. PINHEIRO, Luis Balkar Sa Peixoto (2000). ≪De vice-reino a Provincia: tensoes regionalistas no Grao-Para no contexto da emancipacao politica brasileira≫. Revista Somanlu  
  6. a b RICCI, Magda (2010). ≪Patria minha: portugueses e brasileiros no Grao-Para (1808-1840)≫. Entre Mares: o Brasil dos Portugueses  
  7. a b Neves, Ivania dos Santos (2022). Mairi a terra de maira: a ancestralidade indigena eclipsada em Belem . 7 . Rio de Janeiro: Policromias revista do discurso, imagem e som. pp. 178?205  
  8. NAVARRO, E. A. Dicionario de tupi antigo: a lingua indigena classica do Brasil . Sao Paulo. Global. 2013. p. 254
  9. ≪Administracao no Brasil Colonial≫ . Conhecimentos Gerais . Consultado em 20 de outubro de 2015  
  10. a b ≪Administracao no Brasil Colonial≫ . Super Zap . Consultado em 20 de outubro de 2015  
  11. Silvestrin, Celsi Bronstrup; Noll, Gisele; Jacks, Nilda (2016). Capitais brasileiras : dados historicos, demograficos, culturais e midiaticos . Col: Ciencias da comunicacao. Curitiba (Parana): Appris Eireli. ISBN   9788547302917 . OCLC   1003295058 . Consultado em 30 de abril de 2017 . Resumo divulgativo  
  12. ≪Brasil, Para, Belem, Historia≫ . Enciclopedia dos Municipios Brasileiros . Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica. 2012 . Consultado em 8 de marco de 2018  
  13. Pereira, Carlos Simoes (28 de outubro de 2020). ≪Das origens da Belem seiscentista e sua heranca Tupinamba≫ . Revista Cientifica Multidisciplinar Nucleo do Conhecimento (10): 146?160. ISSN   2448-0959 . Consultado em 13 de janeiro de 2022  
  14. ≪I DECLARACAO AOS POVOS SOBRE O TERRITORIO MURUCUTU TUPINAMBA≫ . Idade Midia . 7 de janeiro de 2022  
  15. ≪Brasil, Para, Belem, Historia≫ . Enciclopedia dos Municipios Brasileiros . Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica. 2012 . Consultado em 8 de marco de 2018  
  16. da Costa TAVARES, Maria Goretti (2008). ≪A Formacao Territorial do Espaco Paraense≫ . Universidade Federal do Para (UFPa). Revista ACTA Geografica nº 3 - Ano II . ISSN   1980-5772 . doi : 10.5654/actageo2008.0103.0005 . Consultado em 4 de maio de 2016  
  17. ≪Veja como foi a fundacao de Belem em 1616 e conheca sua historia≫ . G1 Para. 9 de janeiro de 2016 . Consultado em 4 de maio de 2016  
  18. ≪I DECLARACAO AOS POVOS SOBRE O TERRITORIO MURUCUTU TUPINAMBA≫ . Idade Midia . 7 de janeiro de 2022  
  19. ≪Historia do Para≫ . Info Escola . Consultado em 11 de agosto de 2013  
  20. a b ≪No tempo das fabricas≫ . Arquivo Nacional . Consultado em 19 de outubro de 2015  
  21. a b c ≪A formacao territorial do espaco paraense: dos fortes a criacao de municipios≫  
  22. a b A escrita jesuitica da historia das missoes no Estado do Maranhao e Grao-Para (seculo XVII), p. 4.
  23. a b O modelo pombalino de colonizacao da amazonia, p. 5.
  24. ≪Para tambem nasceu de uma divisao≫ . Diario do Para . Consultado em 19 de outubro de 2015  
  25. ≪A Administracao Pombalina≫ . Multirio . Consultado em 19 de outubro de 2015  
  26. a b A palavra e o imperio: A Arte da lingua brasilica e a conquista do Maranhao, Pablo Antonio Iglesias Magalhaes, disponivel na internet, acesso em 04 de novembro de 2016.
  27. Cronica e Historia: a Companhia de Jesus e a Construcao da Historia do Maranhao , acesso em 26 de novembro de 2016.
  28. a b Os Jesuitas no Maranhao e Grao-Para Seiscentista: Uma Analise Sobre os Escritos dos Protagonistas da Missao , acesso em 11 de novembro de 2016.

Ligacoes externas [ editar | editar codigo-fonte ]