한국   대만   중국   일본 
Constelacao ? Wikipedia, a enciclopedia livre Saltar para o conteudo

Constelacao

Origem: Wikipedia, a enciclopedia livre.
A constelacao Orion e uma das mais reconheciveis no ceu noturno.

Na astronomia cientifica contemporanea, uma constelacao e uma area da esfera celeste conforme definida em convencao pela Uniao Astronomica Internacional (UAI) em 1922 , delimitadas uma das outras por arcos de ascensao reta e declinacao . Essas areas sao agrupadas em torno de asterismos , padroes formados por estrelas importantes, aparentemente proximas umas das outras no ceu noturno terrestre.

Na mesma convencao em que o conceito de constelacao foi firmado, foram padronizadas tambem 88 constelacoes reconhecidas pela Uniao Astronomica Internacional para fins astronomicos e cientificos. A maioria delas inclui-se nas 48 constelacoes definidas no Almagesto de Ptolomeu no seculo II ; as demais foram definidas nos seculos XVII e XVIII, com as mais recentes no ceu meridional definidas no Coelum australe stelliferum, de Nicolas Louis de Lacaille , em 1763.

Existem tambem numerosas constelacoes e nomes de constelacoes que sao historicos, populares e nao reconhecidos pela UAI, bem como constelacoes reconhecidas em tradicoes regionais da astronomia ou astrologia , como a chinesa , a hindu ou a aborigine australiana; por questao de organizacao, no entanto, nenhuma alem das padronizadas em 1922 e levada em conta na astronomia aplicada contemporanea, sendo hoje categorizadas como pertinentes apenas a estudos historicos, antropologicos e relacionados.

Etimologia [ editar | editar codigo-fonte ]

O termo do latim tardio constell?ti? pode ser traduzido como "conjunto estelar". O termo foi inicialmente usado na astrologia, para asterismos que supostamente exerciam influencia, atestados por Amiano Marcelino ( seculo IV ). No ingles medio , o termo foi usado a partir do seculo XIV , tambem na astrologia, para conjuncoes de planetas . O sentido astronomico moderno de "area da esfera celeste em torno de um asterismo especifico" data da metade do seculo XVI .

O uso coloquial nao distingue os sentidos de "asterismo" e "area em torno de um asterismo". O sentido moderno do termo usado na astronomia refere-se as constelacoes como regioes bem delimitadas na esfera celeste, enquanto o termo "asterismo" se refere aos padroes aparentes formados pelas estrelas.

Por exemplo, o asterismo conhecido como Grande Carro corresponde as sete estrelas mais brilhantes da maior constelacao da UAI, que e a Ursa Major .

Historia [ editar | editar codigo-fonte ]

A atual lista de 88 constelacoes reconhecida pela UAI desde 1922 baseia-se nas 48 relacionadas por Ptolomeu no seu Almagesto, no seculo II . [ 1 ] [ 2 ] O catalogo de Ptolomeu e relatado por Eudoxo de Cnido , um astronomo grego do seculo IV a.C. que introduziu a antiga astronomia babilonica na cultura helenistica. Das 48 constelacoes listadas por Ptolomeu, trinta tem uma historia bem mais antiga, remontando pelo menos ao final da Idade do Bronze . Isto se da, em particular, para as constelacoes do zodiaco .

Antigo Oriente Proximo [ editar | editar codigo-fonte ]

Os mais antigos catalogos de estrelas e constelacoes sao da antiga astronomia babilonica, iniciando-se na Idade do Bronze media. Os numerosos nomes sumerios nesses catalogos sugerem que eles se baseiam em antigas, mas nao atestadas, tradicoes sumerias da Idade do Bronze inicial. O zodiaco classico e produto de uma revisao do antigo sistema babilonico na posterior astronomia neobabilonica ( seculo VI a.C. ).

O conhecimento do zodiaco neobabilonico esta tambem refletido na Biblia Hebraica . E. W. Bullinger interpretou as criaturas que apareciam no Livro de Ezequiel (e, portanto, no Apocalipse ) como os sinais do meio dos quatro quartos do zodiaco, [ 3 ] [ 4 ] com o Leao , o Touro , o Homem representando Aquario e a Aguia para Escorpiao . [ 5 ] O biblico Livro de Jo , datado dos seculos VI ate IV a.C. , tambem cita algumas constelacoes, incluindo ??? `Ayish, "ataude", ???? K?ciyl, "tolo", e ???? Kiymah, "monte" (Jo 9:9, 38:31-32), representando Arcturus, Orion e Pleiades, pelo KJV , mas `Ayish "ataude" na realidade corresponde a Ursa Major . [ 6 ] O termo Mazzaroth ?????????, em Jo 38:32, pode ser a palavra hebraica para as constelacoes zodiacais.

Os gregos adotaram o sistema babilonico no seculo IV a.C. Um total de vinte constelacoes ptolomaicas tem continuidade direta desde o antigo Oriente Proximo. Outras dez tem as mesmas estrelas, mas nomes diferentes. [ 7 ]

Greco-romana [ editar | editar codigo-fonte ]

A informacao e limitada sobre as constelacoes gregas nativas, encontrando-se alguma evidencia em Hesiodo . A astronomia grega essencialmente adotou o sistema babilonico na era helenistica , primeiro introduzido na Grecia por Eudoxo de Cnido no seculo IV a.C. O trabalho original de Eudoxo se perdeu, mas ele sobrevive como uma versificacao por Arato , datada do seculo III a.C. . Os trabalhos mais completos existentes tratando das origens miticas das constelacoes sao do escritor helenistico nomeado pseudo-Eratostenes e um antigo escritor romano chamado de pseudo- Higino .

A base da astronomia ocidental ensinada durante a antiguidade tardia e ate o inicio da Idade Moderna e o Almagesto de Ptolomeu , escrito no seculo II . A astronomia indiana tambem se baseia na tradicao helenistica, transmitida pelos imperios indo-gregos . [ carece de fontes ? ]

Constelacoes chinesas classicas [ editar | editar codigo-fonte ]

Na astronomia chinesa classica, o ceu setentrional e dividido geometricamente em cinco "recintos" e 28 casas ao longo da ecliptica, agrupados em quatro simbolos de sete asterismos cada. As 28 casas lunares sao uma das mais importantes e tambem das mais antigas estruturas no ceu chines, atestada desde o seculo V a.C. Um paralelo com os primeiros catalogos babilonicos (sumerios) de estrelas sugere que o antigo sistema chines nao surgiu independentemente daquele do antigo Oriente Proximo. [ 8 ] A astronomia chinesa classica e registrada na dinastia Han e aparece na forma de tres escolas, que sao atribuidas a astronomos do periodo Zhanguo .

As constelacoes das tres escolas foram reunidas num sistema unico por Chen Zhuo, um astronomo do seculo III (periodo dos Tres Reinos ). O trabalho de Chen Zhuo se perdeu, mas a informacao sobre o seu sistema de constelacoes sobrevive nos registros da dinastia Tang , principalmente por Qutan Xida. O mais antigo quadro de estrelas chines sobrevivente data da dinastia Tang e foi preservado como parte dos manuscritos Dunhuang. A astronomia chinesa nativa floresceu durante a dinastia Sung e durante a dinastia Yuan foi crescentemente influenciada pela astronomia islamica medieval. [ 9 ]

Inicio da Idade Moderna [ editar | editar codigo-fonte ]

As constelacoes em torno do Polo Sul nao eram observaveis ao norte do equador, por babilonicos, gregos, chineses ou arabes.

As constelacoes modernas nesta regiao foram definidas durante a era dos descobrimentos , principalmente pelos navegadores holandeses Pieter Dirkszoon Keyzer e Frederick de Houtman , no fim do seculo XVI . Elas foram representadas por Johann Bayer no seu atlas estelar Uranometria , de 1603. Varios outros foram criados por Nicolas Louis de Lacaille , em seu catalogo de estrelas publicado em 1756.

Algumas propostas modernas para novas constelacoes nao foram bem-sucedidas; um exemplo e Quadrans Muralis , eponimo da chuva de meteoros Quadrantidas , atualmente dividida entre Bootes e Draco . A constelacao classica de Argo Navis foi dividida em varias constelacoes diferentes, por conveniencia dos cartografos estelares.

Ate o final da dinastia Ming , Xu Guangqi introduziu 23 asterismos do ceu meridional, baseado no conhecimento dos quadros de estrelas ocidentais. [ 10 ] A partir dai, esses asterismos foram incorporados aos mapas estelares chineses tradicionais.

Constelacoes da UAI [ editar | editar codigo-fonte ]

Em 1922, Henry Norris Russell ajudou a UAI a dividir a esfera celestial em 88 constelacoes oficiais. Onde possivel, essas constelacoes modernas normalmente utilizam os nomes das suas predecessoras greco-romanas, como Orion , Leo ou Scorpius . O objetivo do sistema e o mapeamento de areas, isto e, a divisao da esfera celestial em campos contiguos. [ 11 ] Das 88 constelacoes, 36 situam-se predominantemente no ceu setentrional e as outras 52 predominantemente no meridional.

Em 1930, os limites entre as 88 constelacoes foram definidos por Eugene Joseph Delporte ao longo de linhas verticais e horizontais de ascensao reta e declinacao . [ 12 ] Entretanto, os dados que ele usou se referiam a epoca B1875.0, que foi quando Benjamin Apthorp Gould primeiro fez a proposta de definir limites para a esfera celestial, uma sugestao sobre a qual Delporte basearia seu trabalho. A consequencia desta referencia antiga e que, devido a precessao dos equinocios , os limites em um mapa estelar moderno, como da epoca J2000, ja estao um tanto distorcidos e nao sao mais perfeitamente verticais ou horizontais. [ 13 ] Este efeito vai aumentar nos proximos anos e seculos.

Asterismos [ editar | editar codigo-fonte ]

Muito do espaco escuro entre as estrelas, como visto no ceu da imagem acima, se deve a baixa sensibilidade a luz do olho humano. Outras imagens, como o " Hubble Deep Field " (nao mostrada) detectam muito mais estrelas.

As estrelas dos principais asterismos dentro de uma constelacao geralmente recebem letras gregas em ordem do seu brilho, pela chamada designacao de Bayer , introduzida por Johann Bayer em 1603. Um total de 1.564 estrelas sao identificadas assim, das aproximadamente 10 000 estrelas que sao visiveis a olho nu. [ 14 ]

As estrelas mais brilhantes, geralmente aquelas que compoem o asterismo eponimo da constelacao, tambem receberam nomes proprios, frequentemente vindos do arabe. Por exemplo, o "Pequeno Carro", asterismo da constelacao Ursa Minor , tem dez estrelas com designacoes de Bayer, que vao de α UMi a π UMi. Dessas dez estrelas, sete tem um nome proprio: Polaris (α UMi), Kochab (β UMi), Pherkad (γ UMi), Yildun (δ UMi), Urodelus (ε UMi), Ahfa al Farkadain (ζ UMi) e Anwar al Farkadain (η UMi).

As estrelas no interior de um asterismo raramente tem alguma relacao astrofisica substancial entre si, e sua aparente proximidade quando vistas da Terra esconde o fato de que elas estao afastadas, algumas muito mais distantes da Terra do que outras. Entretanto, ha algumas excecoes: muitas das estrelas na constelacao de Ursa Major (inclusive algumas do Grande Carro ) estao realmente proximas umas das outras, viajam pela galaxia com velocidades similares e provavelmente se formaram juntas como parte de um aglomerado que aos poucos se dispersa. Essas estrelas formam o grupo movel de Ursa Major.

Constelacoes de nuvem escura [ editar | editar codigo-fonte ]

A "Ema no ceu", uma constelacao definida por nuvens escuras em vez de estrelas. Uma interpretacao ocidental reconhece Crux (o Cruzeiro do Sul) acima da cabeca da ema e Scorpius a esquerda. A cabeca da ema e a nebulosa do Saco de Carvao .

Regioes escuras da Via Lactea sao mais visiveis e surpreendentes no hemisferio sul que no norte. Elas se destacam nitidamente quando as condicoes da noite sao tao escuras que a regiao central da Via Lactea lanca sombras no chao. Algumas culturas distinguiram formas nessas areas e deram nomes a essas "constelacoes de nuvem escura". Membros da civilizacao inca identificaram varias areas escuras ou nebulosas escuras na Via Lactea como animais e associaram sua aparicao com chuvas sazonais. [ 15 ] A astronomia aborigine australiana tambem descreve constelacoes de nuvem escura, a mais famosa sendo a "ema no ceu", cuja cabeca e formada pela nebulosa do Saco de Carvao .

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

Referencias

  1. International Astronomical Union. ≪The Constellations≫  
  2. Ian Ridpath. ≪Constellation names, abbreviations and sizes≫  
  3. E.W. Bullinger, The Witness of the Stars
  4. D. James Kennedy, The Real Meaning of the Zodiac .
  5. Richard Hinckley Allen, Star Names: Their Lore and Meaning , Vol. 1 (New York: Dover Publications, 1899, p. 213-215.) argued for Scorpio having previously been called Eagle .
  6. Gesenius, Hebrew Lexicon
  7. The Origin of the Greek Constellations , by Bradley E. Schaefer. Scientific American , November 2006.
  8. Xiaochun Sun, Jacob Kistemaker, The Chinese sky during the Han , vol. 38 of Sinica Leidensia, BRILL, 1997, ISBN 9789004107373 , p. 18, note 9.
  9. Xiaochun Sun, Jacob Kistemaker, The Chinese sky during the Han , vol. 38 of Sinica Leidensia, BRILL, 1997, ISBN 9789004107373 , chapter 2, 15-36.
  10. Sun, Xiaochun (1997). Helaine Selin, ed. Encyclopaedia of the History of Science, Technology, and Medicine in Non-Western Cultures . [S.l.]: Kluwer Academic Publishers. 910 paginas. ISBN   0-7923-4066-3  
  11. ≪The IAU on constellations≫ . Consultado em 31 de janeiro de 2010 . Arquivado do original em 9 de outubro de 2011  
  12. ≪Constellation boundaries.≫ . Consultado em 24 de maio de 2011  
  13. A.C. Davenhall & S.K. Leggett, "A Catalogue of Constellation Boundary Data" , (Centre de Donnees astronomiques de Strasbourg, February 1990).
  14. O Bright Star Catalogue relaciona 9.110 objetos no ceu noturno que sao visiveis a olho nu (magnitude aparente de 6,5 ou mais). Desses, 9.096 sao estrelas, todas elas internas a nossa galaxia .
  15. The Incan View of the Night Sky

Ligacoes externas [ editar | editar codigo-fonte ]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Constelacao