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Antonio Jose de Almeida

Origem: Wikipedia, a enciclopedia livre.
Antonio Jose de Almeida
Antonio Jose de Almeida
Presidente da Republica Portuguesa
Periodo 5 de Outubro de 1919
a 5 de Outubro de 1923
Antecessor(a) Joao do Canto e Castro
Sucessor(a) Manuel Teixeira Gomes
Presidente do Ministerio de Portugal
Periodo 16 de Marco de 1916
a 25 de Abril de 1917
Antecessor(a) Afonso Costa
Sucessor(a) Afonso Costa
Dados pessoais
Nascimento 17 de julho de 1866
Vale da Vinha , Sao Pedro de Alva , Reino de Portugal Portugal
Morte 31 de outubro de 1929  (63 anos)
Sao Sebastiao da Pedreira , Lisboa , Portugal  Portugal
Alma mater Universidade de Coimbra
Primeira-dama Maria Joana Perdigao
Queiroga de Almeida
Partido Partido Evolucionista , depois
Liberal Republicano
Profissao Medico
Assinatura Assinatura de António José de Almeida

Antonio Jose de Almeida GCTE ? GCC ? GCA ? GCSE ( Sao Pedro de Alva , Vale da Vinha , 17 de Julho de 1866 ? Lisboa , Sao Sebastiao da Pedreira , 31 de Outubro de 1929 ) foi um politico republicano portugues, sexto presidente da Republica Portuguesa , cargo que exerceu de 5 de Outubro de 1919 a 5 de Outubro de 1923 . Foi o unico presidente da Primeira Republica Portuguesa a cumprir integralmente e sem interrupcoes o seu mandato de 4 anos, tendo com ele Portugal retornado a uma presidencia civil. [ 1 ] A data do seu nascimento e feriado municipal em Penacova.

Biografia [ editar | editar codigo-fonte ]

Vida pessoal e formacao [ editar | editar codigo-fonte ]

Antonio Jose de Almeida nasceu em Vale da Vinha , uma aldeia da freguesia de Sao Pedro de Alva do concelho de Penacova , distrito de Coimbra , [ 2 ] filho de Jose Antonio de Almeida e de sua mulher Maria Rita das Neves, natural de Paradela da Comarca de Arganil . Foi batizado na Igreja Paroquial de Sao Pedro de Farinha Podre, hoje Sao Pedro de Alva , a 3 de Setembro de 1866. [ 3 ] [ 4 ] Oriundo de uma familia modesta, o seu pai afirmou-se como pequeno industrial e comerciante local, chegando, no final do seculo XIX , a ocupar a presidencia da Camara Municipal de Penacova. [ 5 ]

Em 1880 matricula-se no Liceu Central de Coimbra, terminando o Curso Geral dos Liceus em 1885. Nesse mesmo ano inscreve-se nos preparatorios de Medicina.

Antonio Jose de Almeida enquanto estudante de Medicina na Universidade de Coimbra

Depois de ter frequentado o ensino primario em Sao Pedro de Alva , em 1880, com catorze anos de idade, matriculou-se no Liceu Central de Coimbra , terminando o Curso Geral dos Liceus em 1885. Nesse ano, inscreve-se nos preparatorios de Medicina e, em Julho de 1889, ingressa no curso de Medicina da Universidade de Coimbra , no qual se ocupa durante os seis anos que se seguiram (conclui o bacharelato a 30 de Julho de 1894, e finaliza o curso de Medicina no ano seguinte).

Nos seus tempos de estudante, Antonio Jose de Almeida viveu intensamente o periodo do Ultimato Ingles e o profundo movimento de descontentamento social que implicava a familia real na cedencia aos interesses coloniais do Reino Unido em Africa. Era ainda aluno de Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, quando, em 1890, publicou no jornal academico O Ultimatum um artigo que ficou celebre, intitulado " Braganca, o ultimo ", que foi considerado insultuoso para o rei D. Carlos : [ 2 ]

Como resposta ao ataque pessoal, e-lhe instaurado um processo judicial e acaba por ser condenado a uma pena de tres meses de prisao. A sua defesa e levada a cabo por Manuel de Arriaga . [ 2 ] A 25 de Setembro desse ano, quando sai da prisao, e alvo de calorosas aclamacoes populares.

Antonio Jose de Almeida foi casado com Maria Joana Perdigao Queiroga ( Redondo , Redondo , 9 de Marco de 1885 - 27 de Junho de 1965 ), com quem teve uma filha (Maria Teresa). Maria Teresa teve tres filhos: Antonio Jose de Almeida de Abreu, Maria Manuela de Almeida de Abreu e Maria Teresa de Almeida de Abreu. Nenhum dos filhos optou pela carreira politica. Antonio Jose e Maria Manuela seguiram a carreira medica. Maria Teresa licenciou-se em Letras. Antonio Jose e Maria Teresa sempre viveram em Portugal, Lisboa. Maria Teresa faleceu em 14 de Fevereiro de 2005. Teve dois filhos: Monica de Almeida de Abreu de Esaguy Onofre (1971 - 2018) e Francisco Adriano de Almeida de Abreu Onofre (1975), fotografo, residente em Portugal, Cascais, pai de Rafael e Filipe Areas de Almeida de Abreu Onofre. Maria Manuela e seus filhos residem no Brasil, Rio de Janeiro. Maria Manuela teve tres filhos: Pedro de Almeida de Abreu Elvas, Filipe de Almeida de Abreu Elvas e Carolina de Almeida de Abreu Elvas.

Carreira profissional e politica [ editar | editar codigo-fonte ]

Um dos mais populares dirigentes do Partido Republicano , desde muito novo manifestou ideias republicanas . [ 2 ]

Antonio Jose de Almeida posa para uma fotografia na entrada do Palacio de Sao Bento , juntamente com Bernardino Machado , Teofilo Braga , e Afonso Costa , em 1911.

Depois de terminar o curso, em 1895 , foi para Angola e posteriormente estabeleceu-se em Sao Tome e Principe , onde exerceu medicina ate 1904 . [ 2 ] Regressou a Lisboa nesse ano, [ 2 ] e depois foi para Franca onde estagiou em varias clinicas, regressando no ano seguinte. Montou consultorio, primeiro na Rua do Ouro, depois no Largo de Camoes, entrando entao na politica republicana. [ 2 ]

Foi candidato do Partido Republicano em 1905 e 1906 , sendo eleito deputado nas segundas eleicoes realizadas neste ano, em Agosto. Durante o debate sobre a questao dos "adiantamentos a Casa Real" (20 de Novembro de 1906) apos Afonso Costa e Alexandre Braga serem expulsos da Camara dos Deputados devido aos seus "excessos verbais" contra o rei, Antonio Jose de Almeida equilibra-se em cima da sua cadeira e improvisa um discurso convidando os soldados a aliar-se a revolucao republicana.

No ano seguinte adere a loja maconica Montanha e ai adota o nome simbolico de Alvaro Vaz de Almada . [ 7 ]

Os seus discursos eloquentes e inflamados fizeram dele um orador muito popular nos comicios republicanos. [ 2 ] Foi preso por ocasiao da tentativa revolucionaria de Janeiro de 1908 , [ 2 ] dias antes do assassinato do rei D. Carlos e do principe D. Luis Filipe . Posto em liberdade, voltou a embrenhar-se na politica, [ 2 ] sobretudo enquanto director do jornal Alma Nacional . Destacou-se tambem como diretor do jornal Republica [ 8 ] (1911-1999).

Apos a Proclamacao da Republica Portuguesa , foi nomeado Ministro do Interior do Governo Provisorio ; exerceu, posteriormente, varias vezes as funcoes de ministro e deputado, tendo fundado em Fevereiro de 1912 o partido Evolucionista , que dirigira, partido republicano moderado organizado em torno do diario Republica , que tinha criado em Janeiro de 1911, e que tambem dirigia. [ 2 ] Nesse periodico, opos-se aos outros partidos, especialmente ao Partido Democratico de Afonso Costa , contra o qual escreveu um celebre artigo; [ 2 ] no entanto, aliou-se a Afonso Costa no governo da Uniao Sagrada , em Marco de 1916 , ministerio de que foi presidente.

A 10 de Julho de 1919 foi agraciado com a Gra-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Merito . [ 9 ]

Presidente da Republica [ editar | editar codigo-fonte ]

Tomada de posse do Presidente Antonio Jose de Almeida, 5 de Outubro de 1919 .

Antonio Jose de Almeida candidatou-se a Presidencia da Republica nas eleicoes de 1919 , apos o termino do mandato de Joao do Canto e Castro , que havia sido eleito em Dezembro de 1918 para ocupar o cargo no que restava do mandato interrompido de Bernardino Machado (o 2.º quatrienio apos as primeiras eleicoes presidenciais, ou seja, 1915-1919). [ 10 ] Nos termos da Constituicao Politica da Republica Portuguesa de 1911 que entao vigorava, o Presidente da Republica era eleito atraves de sufragio indirecto , requerendo pelo menos dois tercos dos votos das duas Camaras do Congresso da Republica ( Deputados e Senado ) reunidas em sessao conjunta. [ 11 ] As eleicoes tiveram lugar a 6 de Agosto de 1919 , e decidiram-se ao fim do terceiro escrutinio, tendo Antonio Jose de Almeida obtido 73,7% dos votos, contra os 18,6% do segundo candidato mais votado, Manuel Teixeira Gomes . [ 12 ] O Presidente da Republica eleito toma posse em 5 de Outubro de 1919, em sessao solene preparada para a ocasiao. [ 12 ]

Antonio Jose de Almeida teve a distincao de ter sido o unico presidente que, durante a Primeira Republica , ocupou o cargo ate ao fim do mandato para o qual foi eleito (1919-1923). [ 2 ] O Presidente viria ainda a dar posse a dezasseis governos nos quatro anos do seu mandato [ 13 ] (dezassete, se se contasse o " Governo dos Cinco Minutos " liderado por Francisco Fernandes Costa , que foi nomeado a 15 de Janeiro de 1920 e exonerado mais tarde nesse mesmo dia, sem ter tomado posse).

Assalto policial da Guarda Nacional Republicana durante a greve dos correios e telegrafos em Marco de 1920.

Numa primeira fase do mandato de Antonio Jose de Almeida, e patente uma grande instabilidade economica, social, e politica. Se, por um lado, Portugal ainda se encontra em processo de pagamento das dividas da Primeira Guerra Mundial , por outro, o Reino Unido cancela a assistencia financeira ao pais. Os bens alimentares escasseiam, e a inflacao crescente provoca agitacao social: sente-se a tensao entre os trabalhadores, o Estado, a pequena e a media burguesia e o patronato ? sucedem-se as greves (dos trabalhadores dos telefones e da industria corticeira; seguida da dos ferroviarios, correios, telegrafos e tabacos; mais tarde, dos trabalhadores de imprensa, da Carris , da industria conserveira em Setubal ), as manifestacoes, os comicios, e mesmo atentados bombistas e assassinatos. [ 14 ] Simultaneamente, aumentam os despedimentos, e as tomadas de assalto as sedes sindicais e jornais operarios seguidas de prisoes e deportacoes dos seus dirigentes. Como pano de fundo, a epidemia de tifo , que so no ano de 1919 provoca mais de 2000 vitimas. [ 13 ]

Politicamente, o Partido Democratico de Antonio Maria da Silva mostra uma incapacidade de obter maiorias absolutas: o intensificar da luta ideologica gera cisoes e novos partidos politicos, como sao o caso do Nucleo de Accao de Reconstituicao Nacional (1920) que mais tarde se tornaria no Partido Republicano da Reconstituicao Nacional , do Partido Comunista Portugues (1921), do Partido Republicano Radical (1923), e do Partido Republicano Nacionalista (1923). Por conseguinte, os governos sao empossados e caem a ritmos vertiginosos, tendo uma duracao media de apenas tres meses. [ 14 ]

A 19 de Outubro de 1921 , da-se um levantamento radical de sectores republicanos radicais da Marinha e da GNR contra o governo liberal de Antonio Granjo . Impossibilitado de resistir contra os revoltosos, o chefe do governo apresenta a demissao do ministerio ao Presidente da Republica, que imediatamente a aceita. Ainda assim, os tumultos continuam e, nessa noite, um grupo de marinheiros, soldados da GNR e civis armados, sequestram e matam a tiro Antonio Granjo , Jose Carlos da Maia , Machado Santos , Freitas da Silva (chefe de gabinete do ministro da Marinha Ricardo Pais Gomes ), e o coronel Botelho de Vasconcelos (ex-ministro de Sidonio Pais ). [ 14 ]

A Noite Sangrenta : Antonio Granjo e assassinado.

Estes acontecimentos abalam profundamente Antonio Jose de Almeida, que sabe que o seu nome constava da lista daqueles que se planeava liquidar. O Presidente anuncia publicamente a sua intencao de renunciar ao cargo, nunca chegando a concretiza-la devido as fervorosas manifestacoes de apoio que sao convocadas pelas autarquias locais. Antonio Jose de Almeida dissolve entao o Parlamento (pela segunda vez em quatro meses), e segue-se uma certa acalmia apos a vitoria do Partido Democratico nas legislativas de 1922 e uma sucessao de governos liderados por Antonio Maria da Silva , que conseguem reduzir os efectivos da GNR, deixando esta de representar um perigo iminente. [ 14 ]

A medida que os efeitos da Grande Guerra se vao desvanecendo, a situacao geral do pais tende a estabilizar. [ 14 ]

Com o final da " Republica Nova " de Sidonio Pais e o regresso a "Nova Republica Velha", os lideres da Republica sao levados a encetar uma politica de pacificacao religiosa, como forma de combater a instabilidade social resultante do anticlericalismo exacerbado que caracterizou os primeiros tempos da Primeira Republica . Em 1923, o Presidente foi o anfitriao de uma cerimonia realizada no Palacio da Ajuda para se assistir a imposicao do barrete cardinalicio do nuncio Achille Locatelli ; um ato que revela uma clara estrategia de aproximacao diplomatica do Estado laico republicano com a Santa Se. [ 15 ]

Partida do presidente da Republica, Antonio Jose de Almeida, para o Brasil a bordo do vapor Porto

Foi durante a presidencia de Antonio Jose de Almeida que se inauguraram as visitas de Estado na acecao moderna do termo. Foi convidado pelo Presidente Epitacio Pessoa para uma visita oficial ao Brasil , [ 2 ] no ambito das comemoracoes do centenario da independencia da antiga colonia portuguesa, que se cumpriu a 7 de Setembro de 1922. A viagem revestiu-se de caracter simbolico, nao tendo, porem, ficado livre de algumas perturbacoes: o vapor Porto (que, antes de 1916, era o navio mercante alemao Prinz Heinrich , aprisionado a Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial e concedido a Portugal pelo Tratado de Versalhes ), onde a comitiva presidencial seguia para o Rio de Janeiro, nao estava ainda totalmente adaptado a sua condicao de transporte de passageiros. A fim de se concluirem as obras de adaptacao, o inicio da viagem foi atrasado. Entretanto, houve uma crise do governo democratico presidido por Antonio Maria da Silva , proporcionada pela demissao do Ministro das Financas , Albano Portugal Durao . O inicio da viagem, inicialmente previsto para dia 26 de Agosto, foi atrasado em dois dias. Logo que a comitiva se fez ao mar, todavia, uma avaria no frigorifico determinou que o vapor tivesse de aportar em Las Palmas , nas Canarias , no dia 1 de Setembro, por exigencias de abastecimento. No dia 7 de Setembro, quando a embaixada portuguesa deveria estar ja no Brasil, realizou-se a bordo uma sessao solene em honra do centenario da independencia da antiga colonia, em que tomaram a palavra Jaime Cortesao , Joao de Barros , e o proprio Antonio Jose de Almeida. So no dia 17, com um atraso de 10 dias e tendo demorado o dobro do que seria de esperar duma viagem naquele tempo, e que o Porto fundeou no Rio de Janeiro; o presidente Epitacio Pessoa, acompanhado dos seus ministros da Marinha ( Veiga Miranda ) e das Relacoes Exteriores ( Azevedo Marques ) e do ministro de Portugal no Rio ( Duarte Leite ), subiu a bordo do vapor para cumprimentar Antonio Jose de Almeida. [ 16 ] Foi esta a primeira vez que um chefe de Estado portugues visitava o Brasil, e a estada de Antonio Jose de Almeida foi alvo de consideravel aparato: tera ficado hospedado no Palacio Guanabara ; foram-lhe enderecadas mensagens especiais dos presidentes das Republicas do Uruguai ( Baltasar Brum ), Colombia ( Pedro Nel Ospina ), Cuba ( Alfredo Zayas y Alfonso ), e Peru ( Augusto Leguia y Salcedo ); houve uma rececao na Embaixada de Portugal e um grande banquete no Palacio do Catete ; uma sessao solene no Gabinete Portugues de Leitura que viu Antonio Jose de Almeida ser nomeado seu presidente honorario; uma sessao especial do Congresso Nacional (a altura provisoriamente instalado no edificio da Biblioteca Nacional do Brasil ); um cha dancante na residencia oficial do embaixador portugues com a presenca de dois mil convidados; uma rececao no Gremio Republicano Portugues e na Academia de Medicina , entre muitos outros estabelecimentos brasileiros e portugueses (Camara Portuguesa do Comercio, Instituto Historico e Geografico Brasileiro , Clube de Engenharia, Academia Brasileira de Letras ); e, para colmatar a visita, houve um grande baile de despedida no Palacio Guanabara. [ 17 ]

A 16 de Outubro de 1919 foi agraciado com a Gra-Cruz da Ordem Militar de Cristo , a Gra-Cruz da Ordem Militar de Avis e a Gra-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada . [ 9 ]

O seu mandato presidencial cessa em 5 de Outubro de 1923 , [ 18 ] data em que Manuel Teixeira Gomes o sucede na Presidencia da Republica, como resultado das eleicoes presidenciais de 1923 . [ 19 ]

Apos a presidencia [ editar | editar codigo-fonte ]

Antonio Jose de Almeida confinado a uma cadeira de rodas

Apos o seu mandato presidencial, Antonio Jose de Almeida nao se afasta da vida politica, chegando ainda a ser eleito deputado por Lisboa nas legislativas de 1925 . [ 14 ]

Jazigo de familia de Antonio Jose de Almeida, no Cemiterio do Alto de Sao Joao

Contudo, pouco tempo depois, sucumbe de reumatismo. A doenca obriga-o a viver os seus ultimos anos de vida numa cadeira de rodas, o que acaba por condicionar o seu afastamento da politica, refugiado, agora, no convivio familiar. Ainda assim, e-lhe reconhecido o merito enquanto homem de Estado, inclusivamente pelos dirigentes da Ditadura Militar quando esta e instaurada em 1926, criando estes o habito de o visitar no dia 5 de Outubro . [ 14 ]

No inicio de 1929 foi eleito 12.º Grao-Mestre do Grande Oriente Lusitano Unido mas nao chegou a tomar posse devido ao agravamento do seu estado de saude. [ 20 ]

Faleceu aos 63 anos, na sua casa, no numero 104 da Avenida Antonio Augusto de Aguiar, freguesia de Sao Sebastiao da Pedreira , em Lisboa, vitima de uma miocardite e de esclerose renal , complicacoes derivadas do reumatismo cronico que sofria. Os seus restos mortais foram sepultados em jazigo de familia no Cemiterio do Alto de Sao Joao . [ 21 ]

Homenagens [ editar | editar codigo-fonte ]

Retrato oficial (postumo) do Presidente Antonio Jose de Almeida (c. 1932), por Henrique Medina . Museu da Presidencia da Republica .

Uma estatua sua foi erguida pelos seus admiradores e amigos em Lisboa , [ 22 ] de autoria do escultor Leopoldo de Almeida e do arquiteto Pardal Monteiro , e reuniram os seus principais artigos e discursos em tres volumes, intitulados Quarenta anos de vida literaria e politica , [ 22 ] obra publicada em 1934 .

A Camara Municipal de Lagos decidiu, numa sessao realizada no dia 12 de Dezembro de 1929 , colocar o nome de Antonio Jose de Almeida num arruamento da freguesia de Sao Sebastiao . [ 22 ]

Uma estatua sua foi tambem erguida no Largo Eng. Mauricio Vieira de Brito, em Sao Pedro de Alva (freguesia natal) onde consta uma lapide com uma pequena biografia.

Na sua aldeia de nascimento, Vale da Vinha, o largo e a rua em frente a sua casa tem o nome de Dr. Antonio Jose de Almeida. Tambem em Campo Maior existe um Largo com o seu nome.

Um busto seu foi levantado no Largo Dr. Alberto Leitao, em Penacova (concelho natal) de frente para a Camara Municipal em 1976.

Um busto em sua memoria encontra-se na Rua Dr. Antonio Jose de Almeida, em Coimbra (distrito natal) desde 1984.

Referencias

  1. ≪Antonio Jose de Almeida (1866?1929)≫ . www.leme.pt  
  2. a b c d e f g h i j k l m n Ferro, 2002:36
  3. ≪Municipio de Penacova: Gente com Historia≫ . www.cm-penacova.pt . Consultado em 19 de novembro de 2011 . Arquivado do original em 4 de janeiro de 2010  
  4. https://pesquisa.auc.uc.pt/viewer?id=42948&FileID=676243 Arquivo da Universidade de Coimbra - Baptismos 1866/1870 -N:37
  5. ≪Nota biografica no Museu da Presidencia da Republica Portuguesa≫ . www.museu.presidencia.pt  
  6. ≪ALMEIDA, Antonio Jose. "Braganca, o ultimo" in O Ultimatum: folha academica (Coimbra, 23 de Marco de 1890)≫ . almamater.sib.uc.pt  
  7. A. H. de Oliveira Marques, ≪Dicionario de Maconaria Portuguesa≫, Vol. I, A-I, Editorial Delta, Lisboa, 1986, pag. 43
  8. ≪Republica (1911-1999) (copia digital, Hemeroteca Digital)≫ . hemerotecadigital.cm-lisboa.pt  
  9. a b ≪Cidadaos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas≫ . Resultado da busca de "Antonio Jose de Almeida". Presidencia da Republica Portuguesa . Consultado em 3 de fevereiro de 2015  
  10. " Eleicoes Presidenciais - Eleicao do Presidente da Republica Joao do Canto e Castro, em 16 de Dezembro de 1918 " . Arquivo Historico Parlamentar . Consultado em 5 de Dezembro de 2015  
  11. Constituicao Politica da Republica Portuguesa (1911)≫ . www.arqnet.pt  
  12. a b " Eleicoes Presidenciais - Eleicao do Presidente da Republica Antonio Jose de Almeida, em 6 de Agosto de 1919 " . Arquivo Historico Parlamentar . Consultado em 5 de Dezembro de 2015  
  13. a b " Presidentes Anteriores - Antonio Jose de Almeida " . Pagina oficial da Presidencia da Republica Portuguesa . Consultado em 23 de Abril de 2016  
  14. a b c d e f g " Presidentes da Primeira Republica - Antonio Jose de Almeida" (Biografia)≫ . Pagina do Museu da Presidencia da Republica Portuguesa . Consultado em 23 de Abril de 2016  
  15. Mourao & Castro Gomes, 2014:155
  16. Mourao & Castro Gomes, 2014:35-37
  17. Mourao & Castro Gomes, 2014:38
  18. " Presidentes Anteriores - Teixeira Gomes " . Pagina oficial da Presidencia da Republica Portuguesa . Consultado em 5 de Dezembro de 2015  
  19. " Eleicoes Presidenciais - Eleicao do Presidente da Republica Manuel Teixeira Gomes, em 6 de Agosto de 1923 " . Arquivo Historico Parlamentar . Consultado em 5 de Dezembro de 2015  
  20. ≪Dirigentes das Maconarias Portuguesas≫ . Tripod.com . Consultado em 4 de Fevereiro de 2015  
  21. Lisboa, 3ª Conservatoria do Registo Civil de (31 de outubro de 1929), Portugues: Registo de obito de Antonio Jose de Almeida , consultado em 10 de abril de 2022  
  22. a b c Ferro, 2002:37

Bibliografia [ editar | editar codigo-fonte ]

  • FERRO, Silvestre Marchao (2002). Vultos na Toponimia de Lagos . Lagos: Camara Municipal de Lagos. 358 paginas. ISBN   972-8773-00-5  
  • MOURAO, Alda; CASTRO GOMES, Angela de (2014). A experiencia da Primeira Republica no Brasil e em Portugal . Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra. 472 paginas. ISBN   9789892605227  

Ligacoes externas [ editar | editar codigo-fonte ]

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Precedido por
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(como Ministro da Fazenda)
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1910 ? 1911
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Presidente do Ministerio de Portugal
1916
( XIII Governo Republicano )
Sucedido por
Afonso Costa
(interino)
Precedido por
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1916
( XIII Governo Republicano )
Sucedido por
Afonso Costa
(interino)
Precedido por
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Ministro das Financas de Portugal
(interino)
1916
( XIII Governo Republicano )
Sucedido por
Afonso Costa
Precedido por
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(interino)
1916
( XIII Governo Republicano )
Sucedido por
Joaquim Pedro Martins
Precedido por
Bras Mousinho de Albuquerque
Ministro do Interior de Portugal
(interino)
1916
( XIII Governo Republicano )
Sucedido por
Bras Mousinho de Albuquerque
Precedido por
Afonso Costa
(interino)
Presidente do Ministerio de Portugal
(cont.)
1916 ? 1917
( XIII Governo Republicano )
Sucedido por
Afonso Costa
Precedido por
Afonso Costa
(interino)
Ministro das Colonias de Portugal
(cont.)
1916 ? 1917
( XIII Governo Republicano )
Sucedido por
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Precedido por
Afonso Costa
Ministro das Financas de Portugal
(interino)
1917
( XIII Governo Republicano )
Sucedido por
Afonso Costa
Precedido por
Joao do Canto e Castro

6.º Presidente da Republica Portuguesa

1919 ? 1923
Sucedido por
Manuel Teixeira Gomes
Precedido por
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(interino)
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(nao tomou posse)

1929
Sucedido por
Joaquim Maria de Oliveira Simoes
(interino)