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Antonio Alexandre de Oliveira
(
Arouca
,
2 de maio
de
1873
?
Arouca
,
26 de janeiro
de
1926
) foi um
farmaceutico
portugues
, fundador e diretor do semanario
“A Voz de Portugal”
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, primeiro jornal de Arouca.
Antonio d'Oliveira em 26-06-1896 - 23 anos
Filho do lavrador Alexandre Jose de Oliveira (1843(?)-1921) e de sua mulher Maria Rosa de Jesus (1840-1896), Antonio de Oliveira iniciou os estudos primarios em Arouca aos 11 anos, tendo terminado aos 13. Em 6 de Fevereiro de 1887, com 13 anos, partiu para o Porto para iniciar o curso pratico de
farmacia
. Entre finais de 1889 e finais de 1891 esteve em Paredes do Bairro, em
Anadia
. De seguida partiu para
Grandola
, onde esteve ate 1895. Fez estudos de liceu no
Porto
,
Aveiro
e
Lisboa
. Foi para
Coimbra
em finais de 1895 estudar farmacia, tendo realizado o “Exame de Pharmacia” no “Dispensatorio Pharmaceutico da Universidade” em 20 de abril de 1896, que o habilitou como farmaceutico. Em Coimbra, tornou-se amigo de
Egas Moniz
e do
fadista
Hilario
, que lhe ofereceu uma guitarra sua, ainda existente.
Antonio d'Oliveira - foto jornal, 1907
Teve como mulheres Cecilia da Conceicao Jesus, de Grandola, e Henriqueta Gomes Beato, de Manhouce, das quais teve um total de 16 filhos, tendo dois morrido antes dos dois anos de idade.
Carimbo - farmaceutico
Regressou a Arouca em finais de 1896, onde abriu a Pharmacia Oliveira, na Praca da Vila, aos 23 anos, onde desenvolveu medicamentos para varias doencas, tendo recebido em 1908 um premio da Academia Physico-Chimica de
Palermo
, em
Italia
e sido constituido seu membro honorario, por merito cientifico e filantropico. Em junho de 1904, com 31 anos, fundou o jornal independente
“A Voz de Portugal”
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, de que era proprietario e diretor, tendo recebido nessa qualidade, em 1907, um premio internacional em
Madrid
.
Foi
preso politico
em 1919, tendo sido libertado em 27/03/1919 por ordem de Adelino Gomes Moreira, Administrador do Concelho de Arouca: “E posto em liberdade o preso politico Antonio Alexandre de Oliveira”.
Morreu com danos cerebrais na sequencia de agressao violenta, executada, por razoes politicas, por elementos da
Guarda Nacional Republicana
, em 20 de janeiro de 1926.
Primeira Medalha de Physico-Chimica, 1908
Monarquico
e
catolico
. Foi no seu jornal um acerrimo defensor da
democracia
e da
liberdade de imprensa
. Foi objeto de varios processos-crime por abuso de liberdade de imprensa por artigos criticos publicados em
A Voz de Portugal
.
Defendeu repetidamente a emancipacao da mulher e a igualdade de direitos: “Escravisada pelo homem arvorado em legislador, a principio pelo direito da forca, depois por uma rotineira eguista” (Nº 5, 02/07/1904)
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; “a mulher tambem ha de triumphar, ha de resurgir da sua escravidao e mandar, legislar, orar nos parlamentos, dirigir os municipios, os districtos e os governos”; “Eis a breve trecho o que e e o que, principalmente, deve ser a mulher: puramente egual ao homem. Tem a mesma alma, o mesmo coracao, a mesma intelligencia, as mesmas carnes. Porque nao hade compartilhar dos mesmos direitos e das mesmas obrigacoes?” (Nº 14, 03/09/1904)
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Editorial: A Mulher
Criticou a politica colonial por “descarada exploracao” dos “indigenas”: “Em vez de fazer prosperar as colonias, longe de tentar o seu progresso e aumento, procurando desenvolver a habilidade ou aptidoes dos indigenas, porque as possuem apesar de todas as declamacoes em contrario, transformaram-n’as em vasto campo de descarada exploracao de que se procura tirar todo o lucro possivel, do qual simplesmente beneficia um limitadissimo numero de individuos ou entidades” (Nº 15, 10/09/1904)
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Medalha Grand Premio - Madrid
Recebeu, em 31 de dezembro de 1907, o “GRAN PREMIO” do “Concurso Internacional en Madrid”, da “Sociedad General de Exposiciones y Concursos”, “por sus trabajos literarios como Director proprietario del periodico ≪
A Voz de Portugal
≫”.
Enquanto farmaceutico, foi agraciado, em 8 de janeiro de 1908, por “Merito Cientifico e Filantropico”, com a Medalha de Primeira Classe e titulo de Socio Honorario da ≪Academia Physico-Chimica Itallianna≫ de Palermo (ativa entre 1850 e o final da Grande Guerra).
Referencias