Alberto Osorio de Castro
(
Coimbra
,
1 de Marco
de
1868
-
Lisboa
,
1 de Janeiro
de
1946
) foi um politico do
Partido Centrista Republicano
e
Ministro da Justica
Portugues de
15 de Maio
a
8 de Outubro
de 1918 para alem de
juiz
e
poeta
portugues
.
Nascido em Coimbra, a 1 de Marco de 1868, Alberto Osorio de Castro era filho de Joao Baptista de Castro (1845-1920), um reputado bibliofilo, notario e magistrado, natural de Eucisia (
Alfandega da Fe
), e de
Mariana Adelaide Osorio de Castro Cabral de Albuquerque Moor Quintins
, natural de Sao Jorge de Arroios (
Lisboa
). Sobre o seu pai, sabe-se ainda que publicou um livro sobre "
Questoes Juridicas"
(1868) durante a sua estadia universitaria em Coimbra, quando este era companheiro de casa de
Teofilo Braga
, e que viria em 1911 a julgar e aprovar o pedido de
Carolina Beatriz Angelo
para ser incluida nas listas de recenseamento eleitoral. Alberto era tambem irmao da escritora, jornalista e activista republicana e feminista
Ana de Castro Osorio
.
Aos 21 anos formou-se em
Direito
na
Faculdade de Direito
da
Universidade de Coimbra
. Foi
juiz
nas antigas
provincias ultramarinas
portuguesas, exercendo em diferentes cidades das antigas colonias portuguesas, passando por
Angola
,
Timor
e
India
. Nesta ultima, criaria a publicacao
O Oriente Portugues
, com
Alves Rocadas
, chefe de estado-maior das forcas estacionadas na entao colonia portuguesa do Indico.
Apos regressar a Portugal, exerceu as funcoes de
juiz conselheiro
do
Supremo Tribunal de Justica
e foi presidente do
Conselho Superior de Administracao Publica
, sendo ainda Ministro da Justica no governo de
Sidonio Pais
.
Nas letras, esteve ligado ao nascimento da revista
Boemia Nova
, com o poeta
Antonio Nobre
, e
Os Insubmissos
, ao lado de
Eugenio de Castro
e Alberto de Oliveira, para alem do jornal
Novo Tempo
, onde publicou os primeiros poemas do seu amigo fraterno
Camilo Pessanha
. Colaborou, com os modernistas, na revista
Centauro
(1916) de
Luis de Montalvor
, e, mais tarde, na
Seara Nova
, assim como e na
Litoral
de
Carlos Queiros
.
Viria a estrear-se na poesia com a obra "
Exiladas",
em 1895, seguindo-se "
A Cinza dos Myrtos
" (1906), "
Flores de Coral
" (1908), que se tornaria no primeiro livro a ser publicado pela Imprensa Nacional de
Dili
, na ilha de Timor, dedicado ao jornalista e escritor
Fialho de Almeida
, "
O Sinal da Sombra
" (1923), e "
A Ilha Verde e Vermelha de Timor
" (1943).
Alberto Osorio de Castro colaborou ainda na II serie da revista
Alma Nova
[
1
]
(1915-1918), comecada a editar em Faro em 1914, na revista
A illustracao portugueza
(1884-1890)
[
2
]
, bem como no jornal humoristico
A comedia portugueza
,
fundado em 1888.
[
3
]
Deixou inumeros poemas ineditos, dentre os quais o livro "
Cristais de Neve"
, e ainda um volume botanico de nome "
Plantas Uteis da Ilha de Timor"
.
O seu estilo e descrito como estando situado entre os movimentos do decadentismo e simbolismo, evoluindo posteriormente para um formalismo de sabor
parnasiano
.
Alem da poesia, dedicou-se aos estudos da
antropologia
,
etnologia
e
botanica
.
Politicamente, foi membro do
Partido Centrista Republicano
e presidente da Direccao do Centro/Gremio Centrista de Lisboa.
Fez parte da
Maconaria
, tendo sido iniciado em
1892
na Loja Simpatia do
Grande Oriente Lusitano Unido
, tendo transitado para diferentes lojas.
[
4
]
Em 1950, a Camara Municipal de Lisboa homenageou o poeta dando o seu nome a uma rua na zona de
Alvalade
.
[
5
]
- Exiladas
(1895)
- A Cinza dos Myrtos
(1906)
- Flores de Coral
(1908)
- O Sinal da Sombra
(1923)
- A Ilha Verde e Vermelha de Timor
(1943)
Referencias