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Zenao de Eleia

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  Nota: Para outras pessoas de mesmo nome, veja Zenao .
Zenao de Eleia
Zenao de Eleia
Zenao de Eleia
Escola/Tradicao Escola eleata
Data de nascimento ca. 490 a.C.
Local Eleia
Morte ca. 430 a.C.  (60 anos)
Trabalhos notaveis Considerado por Aristoteles como o criador da Dialetica
Era Pre-socraticos
Influencias Parmenides de Eleia

Zenao de Eleia , (em grego classico : Ζ?νωνα τη? Ελε?α? ; cerca de 490 / 485 a.C. ? 430 a.C. ?) [ 1 ] foi um filosofo pre-socratico da escola eleatica que nasceu em Eleia , hoje Velia, Italia . Discipulo de Parmenides de Eleia , defendeu de modo apaixonado a filosofia do mestre. Seu metodo consistia na elaboracao de paradoxos . [ 2 ] Deste modo, nao pretendia refutar direto as teses que combatia mas sim mostrar os absurdos daquelas teses (e, portanto, sua falsidade). Acredita-se que Zenao tenha criado cerca de quarenta destes paradoxos, todos contra a multiplicidade, a divisibilidade e o movimento (que nada mais sao que ilusoes, segundo a escola eleatica). A citacao padronizada usa DK29 [ 3 ] para Zenao.

Ao contrario de Heraclito de Efeso , Zenao exerceu atividade politica. Consta que teria participado de uma conspiracao contra o tirano local, sendo preso e torturado ate a morte. Considerado por Aristoteles como o criador da dialetica .

Vida [ editar | editar codigo-fonte ]

Filho de Teletagoras, Zenao foi adotado por Parmenides na Escola de Eleia. Tornou-se um professor muito respeitado em sua cidade, e devido a isso, envolveu-se bastante com a politica local. Juntamente com outros companheiros e conspiradores, Zenao tentou derrubar o tirano que governava a cidade. Foi preso e torturado ate a morte. A partir de sua morte, tornou-se um heroi, deixando uma marca na lembranca de seus compatriotas contemporaneos.

Muitas lendas surgiram sobre as circunstancias em que verdadeiramente tudo aconteceu. Uma dessas versoes nos conta que, Zenao ao ser torturado impiedosamente pelo tirano, em praca publica, e querendo este arrancar-lhe a todo custo a confissao dos nomes de seus companheiros conspiradores, Zenao primeiro delatou todos os amigos do tirano como sendo participantes ativos da rebeliao e posteriormente, insultou o proprio tirano, frente a frente, como sendo a peste do Estado. Diz-se que Zenao, ja todo ensanguentado, postou-se como se quisesse dizer ainda alguma coisa aos ouvidos do tirano, mordendo-lhe, no entanto, a orelha e cerrando tao firmemente os dentes, que para soltar teve que ser trucidado pelos soldados, que o mataram ali naquele instante.

Tal historia de bravura e coragem espalhou-se posteriormente entre os cidadaos de Eleia, que, por fim, reagiram contra a tirania erguendo-se contra o seu governante, e ganharam a liberdade. Outros narram que, ao inves da orelha, Zenao teria ferrado seus dentes contra o nariz do tirano. E outros dizem ainda que, apos enormes torturas, Zenao cortou sua propria lingua com os dentes e a cuspiu no rosto do tirano, para lhe mostrar que jamais delataria nenhum de seus companheiros.

Linha de Pensamento [ editar | editar codigo-fonte ]

No pensamento de Zenao, as seguintes caracteristicas sao por ele atribuidas a deus:

  • O primeiro atributo deduzido pelo filosofo para compor o conceito Deus e a eternidade . Assim, Zenao nos diz: “E impossivel que algo surja; pois teria que surgir ou do igual ou do desigual. Ambas as coisas sao, porem, impossiveis; pois nao se pode atribuir, ao igual, que dele se produza mais do que deve ser produzido, ja que os iguais devem ter entre si as mesmas determinacoes. Tampouco pode surgir o desigual do desigual; pois se do mais fraco se originasse o mais forte, ou do menor o maior, ou do pior o melhor, ou se, inversamente, o pior viesse do melhor, originar-se-ia o Nao-Ser do Ser, o que e impossivel; portanto, deus e Eterno .”;
  • O segundo atributo que Zenao atribui a divindade e a Unidade , como pode ser visto nesse argumento: “Se Deus e o mais poderoso de tudo, entao lhe e proprio que seja Um ; pois, na medida em que dele houvesse dois ou ainda mais, ele nao teria poder sobre eles; mas enquanto lhe faltasse o poder sobre os outros nao seria Deus. Se, portanto, houvesse mais deuses, eles seriam mais poderosos e mais fracos um em face do outro; nao seriam, por conseguinte, deuses; pois faz parte da natureza de Deus nao ter acima de si nada mais poderosos; pois o igual nao e nem pior nem melhor que o igual ? ou nao se distingue dele. Se, portanto, Deus e e se ele e de tal natureza, entao so ha um deus; nao seria capaz de tudo o que quisesse, se houvesse mais deuses.”;
  • Quanto a figura, Zenao propoe que Deus tem a forma de uma esfera ? “Sendo Um, e em toda parte igual, ouve, ve e possui tambem, em toda a parte, os outros sentimentos, pois, nao fosse assim, as partes de Deus dominariam uma sobre a outra, o que e impossivel. Como Deus e em toda parte igual, possui ele a forma esferica ; pois nao e aqui assim, em outra parte de outro modo, mas em toda parte igual.”;
  • Por fim, Zenao conclui que deus nao e nem limitado nem ilimitado, nem movel nem imovel . Visto que o ilimitado e o imovel sao caracteristicas do Nao-Ser; e, que o limitado e o movel sao caracteristicas do Multiplo, Zenao afirma: “O Um, portanto, nao esta nem em repouso nem se movimenta; pois nao se parece nem com o Nao-Ser nem com o Multiplo. Em tudo isso, deus se comporta assim; pois ele e eterno e uno; identico a si mesmo e esferico, nem ilimitado nem limitado, nem em repouso nem em movimento.”.

Argumentos contra a pluralidade [ editar | editar codigo-fonte ]

Seguindo o pensamento de seu mestre Parmenides , que afirmava a unidade do Ser, Zenao concebeu contra a pluralidade os seguintes argumentos ou paradoxos:

  1. ”Se a pluralidade existe, as coisas serao ao mesmo tempo limitadas e infinitas em numero.” ? De fato, se ha mais de uma coisa, vemos que entre a primeira e a segunda existe, entao, uma terceira. Assim, entre a primeira e a terceira, existira uma quarta; e assim, ao infinito;
  2. ”Se a pluralidade existe, as coisas, ao mesmo tempo, serao infinitas em tamanho e nao terao tamanho algum.” ? Igualmente aqui, se duas coisas possuem cada qual sua espessura, e entre essas duas espessura ha uma terceira espessura, ha que se concluir que entre a primeira espessura e essa terceira espessura, havera tambem uma quarta espessura; e assim, ao infinito.

Argumentos contra o movimento [ editar | editar codigo-fonte ]

No pensamento dos eleatas, o movimento, tal como as mudancas e as transformacoes fisicas, nada mais eram do que ilusoes provocadas pelos nossos sentidos. Para propor que o movimento nao existe, Zenao concebeu os seguintes argumentos ou paradoxos, que ate hoje sao objeto de muita discussao entre filosofos e cientistas:

  1. Paradoxo da dicotomia ? Imagine um movel que esta no ponto A e quer atingir o ponto B. Este movimento e impossivel, pois antes de atingir o ponto B, o movel tem que atingir o meio do caminho entre A e B, isto e, um ponto C. Mas para atingir C, tera que primeiro atingir o meio do caminho entre A e C, isto e, um ponto D. E assim, ao infinito;
  2. Paradoxo de Aquiles ? Imagine uma corrida entre um atleta velocista (Aquiles) e uma tartaruga. Suponhamos que e dada para a tartaruga uma vantagem inicial em distancia. Aquiles jamais a alcancara, porque quando ele chegar ao ponto de onde a tartaruga partiu, ela ja tera percorrido uma nova distancia; e quando ele atingir essa nova distancia, a tartaruga ja tera percorrido uma outra nova distancia, e assim, ao infinito;
  3. Paradoxo da flecha imovel ? Uma flecha em voo esta a qualquer instante em repouso. Ora, se um objeto esta em repouso quando ocupa um espaco igual as suas proprias dimensoes e se, a flecha em voo sempre ocupa espaco igual as suas proprias dimensoes, logo a flecha em voo esta em repouso;
  4. Paradoxo do estadio - Assim como a flecha, argumenta que e impossivel que a subdivisibilidade do tempo e do espaco termine em indivisiveis. E o mais discutido e com a descricao mais dificil.

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

Referencias

  1. Kirk, G.S.; Raven, J.S. ≪Chapter IX≫. The Presocratic Philosophers . Cambridge University Press . 1977 e 1998. Cambridge: [s.n.] p. 286  
  2. Hilton Japiassu, Danilo Marcondes (1993). ' Dicionario basico de filosofia , Zahar. p. 285. ISBN 978-85-378-0341-7 .
  3. Diels, H.; Kranz, W. (1951). Die Fragmente der Vorsokratiker . Weidmann . Zurich-Hildesheim: [s.n.]  
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