O termo de origem
latina
sui generis
(versao
aportuguesada
:
sui generis
) significa, literalmente, "de seu proprio genero", ou seja, "unico em seu genero." Usa-se como
adjetivo
para indicar que algo e unico, peculiar, incomum, descomunal, particular, algo que nao tem correspondencia igual ou mesmo semelhante: uma atividade
sui generis
, uma proposta
sui generis
, um comportamento
sui generis
.
A expressao comecou a ser usada para coisas especiais, singulares, a partir do
seculo XVIII
, principalmente em textos cientificos, para qualificar
substancias
, enfermidades e ate mesmo rochas que nao se enquadravam nos grupos conhecidos ou que pareciam ser os unicos de sua
classe
ou
genero
. Pouco a pouco,
sui generis
ultrapassou os limites da ciencia classificatoria e passou a ser usado para qualquer coisa invulgar, fora do comum.
Um dos usos mais famosos deste termo remete ao sociologo frances
Emile Durkheim
, utilizando o termo para caracterizar a realidade ultima da sociedade. Para Durkheim, a sociedade nao pode ser definida como a simples soma de suas partes individuais, mas como uma realidade exterior autonoma e nao sujeita as orientacoes individuais. Essa perspectiva de analise proposta por Durkheim e chamada de
Holismo Metodologico
e se contrapoe ao
Individualismo metodologico
.
Em certos contextos, esta expressao e usada
eufemisticamente
, disfarcando, por meio da pompa e circunstancia do
Latim
, uma critica a algo que parece estranho. Por essa razao, e preciso cuidado ao usa-la, para nao haver confusoes relacionadas a uma suposta
ironia
. Um comentario como "Aquele professor tem uma maneira
sui generis
de expor suas ideias" pode ser lido tanto em direcao ao bem, quanto ao mal. Vale esclarecer qual e a intencao desejada com o comentario. Como todas as expressoes latinas, deve vir em destaque na escrita (italico ou sublinhado).