Sociedade da informacao

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A sociedade da informacao surgiu no seculo XX no momento em que a tecnologia teve grandes avancos e diz respeito a nossa sociedade atual, onde a informacao se tornou uma ferramenta de facil acesso e essencial para o desenvolvimento pessoal e coletivo. [ 1 ] [ 2 ]

Uma sociedade da informacao e uma sociedade onde o uso, a criacao, a distribuicao, a manipulacao e a integracao da informacao e uma atividade significativa. [ 3 ] Esta traz consigo certos beneficios culturais, sociais, economicos e, sobretudo, liberdade de expressao e comunicacao. Os principais motores da sociedade de comunicacao sao as tecnologias de informacao e comunicacao (TICs), que resultaram em uma explosao da variedade da informacao e de alguma forma estao mudando todos os aspectos da organizacao social, incluindo educacao, economia, saude, governo, guerra e niveis de democracia. [ 4 ] Alem disso, as pessoas estariam se tornando cada vez mais distantes, tendo em conta essa facilidade comunicativa, que seria na verdade, uma barreira.

Tendo como objetivo promover a inovacao tecnologica, a sociedade da informacao visa tornar os processos de comunicacao mais ageis e eficientes para auxiliar no desenvolvimento das organizacoes e instituicoes de ensino unindo pesquisa e informacao. [ 1 ]

Estas tecnologias nao transformam a sociedade por si so, mas sao utilizadas pelas pessoas em seus contextos sociais, economicos e politicos, criando uma nova comunidade local e global: a Sociedade da Informacao.” (Gouveia, 2004). [ 5 ]

Alguns dos marcadores dessa mudanca constante podem ser tecnologicos, economicos, ocupacionais, espaciais, culturais ou uma combinacao de todos eles. [ 6 ] A sociedade da informacao e vista como uma sucessora da sociedade industrial . Conceitos intimamente relacionados sao a sociedade pos-industrial ( pos-fordismo ), sociedade pos-moderna, sociedade da computacao e sociedade do conhecimento, sociedade telematica, sociedade do espetaculo ( pos-modernismo ), Revolucao da Informacao e Era da Informacao , sociedade em rede ( Manuel Castells ) ou ate a modernidade liquida.

Sociedade da Informacao [ editar | editar codigo-fonte ]

Um dos primeiros a desenvolver o conceito de sociedade da informacao foi o economista Fritz Machlup . Em 1933, Machlup comecou estudando o efeito das patentes na pesquisa. Seu trabalho culminou no importante estudo "The production and distribution of knowledge in the United States" em 1962. Este livro foi amplamente considerado e foi traduzido para o russo e japones . [ 7 ]

Daniel Bell, sociologo estadunidense, introduziu em sua obra, O advento da sociedade pos-industrial (1973), o termo "sociedade da informacao". A expressao ganha forca nos anos 1990 com o desenvolvimento das Tecnologias de Informacao e Comunicacao (TIC). [ 8 ]

Ainda no contexto dos anos 90, o conceito de Sociedade da Informacao era uma construcao politica e ideologica que se desenvolveu do neoliberalismo o qual tinha como meta acelerar a instauracao de um mercado mundial aberto e autorregulado, dessa forma a Sociedade da Informacao assumiu a funcao de "embaixadora da boa vontade" da globalizacao. [ 8 ]

O problema da tecnologia e seu papel na sociedade contemporanea tem sido discutido na literatura cientifica usando uma serie de rotulos e conceitos. Ideias de um conhecimento ou informacao economica, sociedade pos-industrial, sociedade pos-moderna, revolucao da informacao, capitalismo da informacao tem sido debatidas nas ultimas decadas. [ 9 ]

Algumas pessoas, como Antonio Negri , caracterizam a sociedade da informacao como aquela em que as pessoas realizam trabalho imaterial, [ 10 ] isto e, referindo-se a producao de conhecimento ou artefatos culturais. Um problema com esse modelo e que ele ignora a base material e essencialmente industrial da sociedade apontando para um problema aos trabalhadores, ou seja, de quantas pessoas criativas esta sociedade precisa para funcionar?

A sociedade nao e um elemento estatico, muito pelo contrario, esta em constante mutacao e como tal, a sociedade contemporanea esta inserida num processo de mudanca em que as novas tecnologias sao as principais responsaveis. Alguns autores identificam um novo paradigma de sociedade que se baseia num bem precioso, a informacao, atribuindo-lhe varias designacoes, entre elas a Sociedade da Informacao. [ 9 ]

Este novo modelo de organizacao das sociedades assenta num modo de desenvolvimento social e economico onde a informacao , como meio de criacao de conhecimento , desempenha um papel fundamental na producao de riqueza e na contribuicao para o bem-estar e qualidade de vida dos cidadaos. Condicao para a Sociedade da Informacao avancar e a possibilidade de todos poderem aceder as Tecnologias de Informacao e Comunicacao , presentes no nosso cotidiano que constituem instrumentos indispensaveis as comunicacoes pessoais, de trabalho e de lazer. [ 9 ]

Nomenclatura

Contudo, apesar de Sociedade da Informacao e Sociedade do Conhecimento serem usados como sinonimos, nao o sao. Para Abdul Waheed Khan (subdiretor-geral da UNESCO para Comunicacao e Informacao), “A Sociedade da Informacao e a pedra angular das sociedades do conhecimento. O conceito de “sociedade da informacao”, a meu ver, esta relacionado a ideia da “inovacao tecnologica”, enquanto o conceito de “sociedades do conhecimento” inclui uma dimensao de transformacao social, cultural, economica, politica e institucional, assim como uma perspectiva mais pluralista e de desenvolvimento. O conceito de “sociedades do conhecimento” e preferivel ao da “sociedade da informacao” ja que expressa melhor a complexidade e o dinamismo das mudancas que estao ocorrendo. (...) o conhecimento em questao nao so e importante para o crescimento economico, mas tambem para fortalecer e desenvolver todos os setores da sociedade” [ 11 ] .

Ja Yves Courrier coloca essa diferenca entre os termos ao colocar a "sociedade da informacao" com enfase no conteudo do trabalho (o processo de captar, processar e comunicar as informacoes necessarias) e "sociedade do conhecimento" nos agentes economicos que devem possuir qualificacoes superiores para o exercicio do seu trabalho. [ 8 ]

Como alternativa, propoe-se o uso da palavra sociedade no plural, isto e, "sociedades" tanto da informacao quanto do conhecimento (algo ja utilizado em alguns documentos da UNESCO ) a fim de reconhecer a heterogeneidade e diversidade das sociedades humanas. Ainda como reflexao e colocado a questao da informacao nao ser uma mercadoria e sim, um bem publico e que o conhecimento seja uma construcao social compartilhada e nao, privada e, por fim, que as tecnologias sejam os meios e nao, os fins. [ 8 ]

Adaptacao do homem a um novo paradigma de sociedade [ editar | editar codigo-fonte ]

Mas por outro lado, esta sociedade podera ser a culpada por grandes diferencas sociais, tendo em conta o seu grau de exigencia. Visto que e uma sociedade que vive do poder da informacao, tendo como base as novas tecnologias ela podera ser muito discriminatoria, quer entre paises, quer internamente, entre empresas, ou pessoas. Ate ha algum tempo, saber ler e interpretar textos, bem como efetuar calculos matematicos simples, era obrigatorio para se viver em harmonia e bem-estar na sociedade, este novo cenario mudou, hoje por exemplo temos dispositivos que fazem esse servico entao as necessidades de qualificacoes profissionais e academicas aumentaram consideravelmente justamente pela especificacao dos cargos.

O ser humano tem a aptidao de se adaptar rapidamente, tornando mais facil alcancar mais conhecimento de acordo com seus interesses, necessidades e assim podendo dominar as Tecnologias da Informacao e Comunicacao (TIC). A introducao precoce da sociedade a tecnologia nas escolas seria um dos motivos para a facilidade em construir pessoas com uma formacao ampla, especializada, com um espirito empreendedor e criativo, com o dominio de uma ou varias linguas estrangeiras, com grandes capacidades para resolucao de problemas.

Transicao economica - desenvolvimento de um modelo de Sociedade da Informacao [ editar | editar codigo-fonte ]

O filosofo Jean-Francois Lyotard argumentou que "o conhecimento tornou-se a principal forca de producao nas ultimas decadas". Lyotard tambem diz que a sociedade pos-industrial torna o conhecimento acessivel ao leigo pois o conhecimento e as tecnologias da informacao se difundiriam na sociedade e fragmentariam as Grandes Narrativas de estruturas e grupos centralizados. Logo, essas circunstancias mutaveis consideradas como condicao pos-moderna ou sociedade pos-moderna. [ 12 ]

Da mesma forma que os filosofos e professores Bell, Peter Otto e Philipp Sonntag (1985) [ 13 ] afirmam que uma sociedade da informacao e uma sociedade onde a maioria dos funcionarios trabalha em empregos de informacao, ou seja, lidam com dados sinais, simbolos e imagens mais do que com energia e materia. Radovan Richta (1977) [ 14 ] argumenta que a sociedade se transformou em uma civilizacao cientifica baseada em servicos, educacao e atividades criativas. Essa transformacao seria o resultado de uma reforma cientifico-tecnologica baseada no progresso tecnologico e na crescente importancia da tecnologia da computacao. Fazendo da Ciencia e tecnologia forcas imediatas de producao (Aristovnik, 2014, p. 55). [ 15 ]

O professor Nico Stehr (1994, 2002a, b) [ 16 ] [ 17 ] [ 18 ] afirma que na sociedade do conhecimento a maioria dos empregos envolve o trabalho com o conhecimento. “A sociedade contemporanea pode ser descrita como uma sociedade do conhecimento baseada na ampla penetracao de todas as suas esferas de vida e instituicoes pelo conhecimento cientifico e tecnologico” (Stehr, 2002b, p. 18). Para Stehr, o conhecimento e uma capacidade de acao social. A ciencia se tornaria uma forca produtiva imediata, o conhecimento nao seria mais basicamente corporificado em maquinas, mas a natureza ja apropriada que representa o conhecimento seria reorganizada de acordo com certos projetos e programas (Ibid., p. 41-46). Para ele, a economia de uma sociedade do conhecimento e amplamente impulsionada nao por insumos materiais, mas por insumos simbolicos ou baseados no conhecimento (Ibid., p.67), haveria um grande numero de profissoes que envolvem o trabalho com o conhecimento e um numero decrescente de empregos que exigem baixas habilidades cognitivas, bem como na manufatura (Stehr, 2002a).

Tambem Alvin Toffler , escritor e futurista norte-americano argumenta que o conhecimento e o recurso central na economia da sociedade da informacao: "Em uma economia da Terceira Onda, o recurso central - uma unica palavra que engloba dados, informacoes, imagens, simbolos, cultura, ideologia e valores - e conhecimento acionavel "(Dyson; Gilder; Keyworth; Toffler, 1994) [ 19 ]

No final do seculo XX, o conceito de sociedade em rede ganhou importancia na teoria da sociedade da informacao. Para o sociologo Manuel Castells , a logica da rede e, alem da informacao, difusao, flexibilidade e convergencia, uma caracteristica central do paradigma da tecnologia da informacao (2000a, p. 69ss). [ 20 ] “Uma das principais caracteristicas da sociedade informacional e a logica de rede de sua estrutura basica, o que explica o uso do conceito de 'sociedade em rede'” (Castells, 2000, p. 21). [ 20 ] “Como tendencia historica, as funcoes e processos dominantes na Era da Informacao estao cada vez mais organizados em torno de redes. As redes constituem a nova morfologia social de nossas sociedades, e a difusao da logica das redes modifica substancialmente a operacao e os resultados nos processos de producao, experiencia, poder e cultura "(Castells, 2000, p. 500). [ 20 ] Para Castells, a sociedade em rede e o resultado do 'informacionalismo', um novo paradigma tecnologico.

Ja o professor universitario Jan Van Dijk (2006) [ 21 ] define a sociedade em rede como uma "formacao social com uma infraestrutura de redes sociais e de midia que possibilita seu modo principal de organizacao em todos os niveis (individual, grupo/organizacional e social). Cada vez mais, essas redes ligam todas as unidades ou partes desta formacao (individuos, grupos e organizacoes) "(Van Dijk, 2006, p. 20). [ 21 ] Para Van Dijk, as redes se tornaram o sistema nervoso da sociedade, enquanto Castells vincula o conceito de sociedade em rede a transformacao capitalista, Van Dijk a ve como o resultado logico da crescente ampliacao e espessamento das redes na natureza e na sociedade.

Darin Barney, um teorico politico, usa o termo para caracterizar sociedades que apresentam duas caracteristicas fundamentais: "A primeira e a presenca nessas sociedades de tecnologias sofisticadas - quase exclusivamente digitais - de comunicacao em rede e gestao/distribuicao de informacao, tecnologias que formam a infraestrutura basica mediando um conjunto crescente de praticas sociais, politicas e economicas. (...) A segunda, provavelmente mais intrigante, caracteristica das sociedades em rede e a reproducao e institucionalizacao em todas as (e entre) essas sociedades de redes como a forma basica de organizacao humana e relacionamento em uma ampla gama de configuracoes e associacoes sociais, politicas e economicas ”. [ 22 ]

Relacao dos jovens com a Sociedade da Informacao [ editar | editar codigo-fonte ]

Os jovens adquirem varios conhecimentos fora de suas escolas, pois eles estao intensamente auto integrados neste novo paradigma de sociedade, preferindo por vezes o aconchegante lar, com todas as tecnologias a disposicao, a escola enfadonha e obsoleta. E de suma importancia que a escola se torne mais atrativa e em sintonia com as novidades tecnologicas, proporcionando novos metodos de aprendizagem que conectem seus alunos a sociedade contemporanea da Informacao.

Face a esta situacao, em 2007 foi desenvolvido um projeto chamado ’’One Laptop Per Child’’, programa da autoria de Nicholas Negroponte, cientista Americano, formado em arquitetura, sendo um dos fundadores e professor do Media Lab, o laboratorio de multimidia do Massachusetts Institute of Technology (MIT), onde e financiado por mais de 105 empresas, incluindo as maiores corporacoes dos Estados Unidos da America e as grandes empresas da industria do entretenimento.

Com grande reconhecimento no mundo da informatica, fundou a OLPC, uma organizacao sem fins lucrativos que pretende assegurar a possibilidade de todos os estudantes terem o seu proprio portatil com vista a melhorar o seu nivel de educacao e a propiciar a sua entrada na nova era do conhecimento.

A ideia de Nicholas Negroponte seria de produzir um portatil de baixo custo que tivesse distribuicao macica, chegando as criancas de todo o Mundo, incluindo aos lugares mais remotos de paises como a Nigeria, o Brasil, a China, a Tailandia, o Egito ou a Africa do Sul. Essa iniciativa e um dos projetos que visou contribuir com o avanco do ensino ante ao mundo tecnologico, permitindo que diversos estudantes se beneficiassem e garantissem melhores condicoes de transmissao de conhecimentos e informacoes.

Perante esses ideais, caberia ressaltar que a sociedade tendera a ser cada vez mais competitiva, e desenvolvera mais qualidade de vida atraves das tecnologias. Mas para que isto seja possivel e nao se criem maiores assimetrias sociais, as politicas educativas devem desempenhar um papel primordial, de forma que todo o nucleo educacional ? principalmente alunos e professores ? detenham acesso igualitario a meios de informacao, ciencia e pesquisa. Assim, a escola assume um papel fundamental na Sociedade da Informacao, dotando o homem de capacidades para competir com o avanco tecnologico, condicionando-o, de maneira a que este avanco nao seja autonomo, e possa ser controlado, de modo a que sejam as nossas necessidades que corresponderao ao desenvolvimento tecnologico, e nao que o desenvolvimento tecnologico molde as nossas necessidades.

Internet, Jovens e Educacao [ editar | editar codigo-fonte ]

Com os processos de difusao existentes, frutos principalmente da globalizacao, seria de esperar que a Internet, tal como a televisao ou o telefone movel, se estendesse a uma ampla maioria da populacao de forma igualitaria, o que, afinal, nao se verifica atualmente.

Segundo o site informativo “Agencia Brasil”, quase metade do planeta ainda nao possui acesso a internet, como aponta o estudo da Comissao de Banda Larga ? grupo que reune representantes de empresas e das Nacoes Unidas. Alem disso, o relatorio (2019) identifica que a conexao de baixa qualidade foi considerada em 43% dos paises mais pobres e subdesenvolvidos, enquanto nos paises mais ricos esse percentual foi de 25% com base nos entrevistados. Essa situacao de desigualdade varia de acordo com a situacao geografica, renda, idade, genero, entre outros fatores.

No mundo globalizado, em que o desenvolvimento depende do acesso a meios de informacao, comunicacao e conhecimento, e condicao fundamental existir a possibilidade de todos os cidadaos terem acesso a meios tecnologicos que lhes permitam a comunicacao facil e rapida diariamente, quer seja para fins pessoais, profissionais ou ate mesmo de diversao e lazer.

O uso das Tecnologias da Informacao e Comunicacao (TICs) nas escolas sao inquestionaveis pois se tornaram indispensaveis no cotidiano de alunos e professores e no proprio desenvolvimento das praticas educativas. Os novos recursos trouxeram novas formas de se comunicar, de adquirir informacao e transformaram o processo de ensino/aprendizagem. O computador em sala de aula serve como instrumento de apoio ao professor e meio de preparacao dos alunos para o novo tipo de sociedade, a informatizada.

Efetivamente, gracas a Internet, e possivel obter informacao sobre todas as areas de conhecimento e, consequentemente, podem encontrar-se redes cientificas, economicas, educacionais, empresariais, politicas, entretenimento, entre muitas outras. A Internet, apesar de ser usada como meio de obter acesso a informacao, e, essencialmente, um meio de comunicacao uma vez que permite a participacao em projetos mundiais, a participacao em debates, a discussao de ideias (de natureza cientifica, politica, cultural, etc). Como tudo numa sociedade, o acesso as redes torna-se algo desigual ao passo que nem todos o tem por causa de diferentes motivos, porem envolve o capital. Para o sociologo espanhol Castells (2004), a desigualdade social pode ser combatida atraves da Educacao, e a Internet na escola pode ser um fator de desenvolvimento desde que “saibam o que fazer com a Internet”.

Ana Antunes, aluna e pesquisadora referente a sociologia na Universidade de Coimbra(2008), diz que a introducao da Internet na escola (no processo de ensino/aprendizagem), requer uma nova atitude quer do professor quer dos alunos e mesmo dos responsaveis pelas instituicoes educativas. O desenvolvimento de projetos interativos exige novas competencias, novos conhecimentos para melhor formar e, acima de tudo, para preparar a insercao numa nova sociedade, a Sociedade da Informacao. No entanto, somente a instalacao de computadores nas salas de aulas nao e suficiente, e necessario torna-los verdadeiras ferramentas da informacao em rede, pelo que e fundamental alterar as metodologias, fomentar a participacao em parceria, a partilha de ideias e a construcao do proprio saber visto que podem quebrar-se barreiras, acabar com o isolamento da sala de aula e aumentar a autonomia dos alunos.

Uma outra questao relacionada com o uso da Internet pelas camadas jovens (os maiores utilizadores das novas tecnologias) e a que se prende com o seu eventual “mau uso”, ou seja, a que respeita as consequencias negativas da utilizacao deste meio. Na verdade, a Internet e, simultaneamente, um excelente meio de informacao e comunicacao e uma “perigosa arma” para os “menos preparados” ou “mais credulos e inocentes”.

No contexto em que se “socializa atraves da tecnologia”, seus usuarios afirmam que apenas reduziram a utilizacao de outros eletronicos como a televisao (ainda que as percentagens de visualizacao sejam elevadas) e nao que deixaram de ter um cotidiano em funcao da Internet. Por outro lado, os nao usuarios (a camada mais velha em idade) registram uma maior porcentagem em “ir a igreja ou lugar de culto religioso”, pois nao possuem contato com a Internet e as novas tecnologias.

Consequencias [ editar | editar codigo-fonte ]

Os aspectos positivos sao visiveis, tal como a melhoria da nossa qualidade de vida. Com a introducao de maquinas e robos nas industrias tem-se aumentado a taxa de desemprego, mas a transicao por vezes tem estas consequencias. Com o nascimento de um novo sector, denominado de quaternario, cujo bem mais importante e a informacao, assistimos a mudancas profundas na sociedade. A taxa de desemprego continua a aumentar com o desaparecimento de algumas profissoes, entre outros factores. A perda de postos de trabalho, a extincao de algumas profissoes, e a reconversao de outras ate serem substituidas por novas, decorre um longo periodo de adaptacao, que se podera estar a viver neste momento, sendo dificil analisar as transformacoes quando estao a acontecer sem o tempo necessario para verificar as consequencias.

Economia

A competitividade exige performance de desempenho profissional, flexibilidade apostando-se na qualidade do produto ou servico final em detrimento do processo. A caneta e o papel estao claramente a ser substituidos pelas capacidades oferecidas pela informatica, quer em termos de hardware como de software. As facilidades que as tecnologias trazem tem vindo a aumentar o nivel de complexidade da informacao e o seu respectivo tratamento. Com a Internet existe a troca de fluxo vivo de informacao. A economia tambem e influenciada por este processo.

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

Bibliografia [ editar | editar codigo-fonte ]

  • POLIZELLI, Demerval e OZAKI, Adalton (organizadores). "Sociedade da Informacao". Editora Saraiva, 2007.
  • “Sociedade da Informacao”, Fundacao Portugal Telecom LTDA( http://fundacao.telecom.pt ).
  • M. Margarida Marques, Joana Lopes Martins, “Jovens, Migrantes e a Sociedade da Informacao e do Conhecimento”, Alto-comissariado para a imigracao e minorias etnicas ( http://www.oi.acime.gov.pt/ ).

Referencias

  1. a b ≪Sociedade da Informacao≫ . Portal Educacao . Consultado em 10 de marco de 2020  
  2. ≪Sociedade da Informacao≫ (PDF) . Ana Antunes - Universidade de Coimbra . Consultado em 10 de marco de 2020  
  3. SOLL, Jacob, 1968- (2009). The information master : Jean-Baptiste Colbert's secret state intelligence system . University of Michigan Press: [s.n.]  
  4. Hilbert, M. (2015). ≪Digital Technology and Social Change [Open Online Course at the University of California]≫ . Consultado em 1 de dezembro de 2020  
  5. Antunes, Ana Maria Pereira (2008). ≪Sociedade da Informacao≫ (PDF) . Universidade de Coimbra . Consultado em 1 de dezembro de 2020  
  6. Webster, Frank (2002). Theories of the Information Society . Cambridge: Routledge.  
  7. ≪O que e socieade da informacao?≫ . word press . Consultado em 10 de marco de 2020  
  8. a b c d Burch, Sally (2005). ≪Sociedade da informacao?/ Sociedade do conhecimento≫ . C & F Editions . Consultado em 28 de novembro de 2019  
  9. a b c Reisswitz, Flavia. Analise De Sistemas Vol 1 . Google Livros: [s.n.] pp. pagina 24  
  10. "Magic Lantern Empire: Reflections on Colonialism and Society" . Cornell University Press: Magic Lantern Empire. 2017. p. pp. 148?160. ISBN   978-0-8014-6823-0 . doi : 10.7591/9780801468230-009  
  11. ≪Towards Knowledge Societies. An Interview with Abdul Waheed Khan | United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization≫ . www.unesco.org . Consultado em 22 de janeiro de 2022  
  12. Lyotard, Jean-Francois (1984). The Postmodern Condition . Manchester: Manchester University Press  
  13. Otto,, Peter e Sonntag, Philipp (1985). Wege in die Informationsgesellschaft . Munchen. dtv.: [s.n.]  
  14. Richta, Radovan (1977). The Scientific and Technological Revolution and the Prospects of Social Development. In: Ralf Dahrendorf (Ed.) (1977) Scientific-Technological Revolution. Social Aspects . London: Sage. p. p. 25?72.  
  15. Aristovnik, Aleksander (2014). ≪Development of the information society and its impact on the education sector in the EU : efficiency at the regional (NUTS 2) level.≫. Turkish online journal of educational technology.y. Vol. 13. No. 2. : p. 54?60  
  16. Stehr, Nico (1994). Arbeit, Eigentum und Wissen . Frankfurt/Main: Suhrkamp.  
  17. Stehr, Nico (2002a) A World Made of Knowledge. Palestra na Conferencia “New Knowledge and New Consciousness in the Era of the Knowledge Society", Budapeste, Janeiro 31, 2002.
  18. Stehr, Nico (2002b). Knowledge & Economic Conduct . Toronto: University of Toronto Press  
  19. Dyson, Esther; Gilder, George; Keyworth, George; Toffler, Alvin (1994) Cyberspace and the American Dream: A Magna Carta for the Knowledge Age. In: Future Insight 1.2. The Progress & Freedom Foundation.
  20. a b c Castells, Manuel (2000) The Rise of the Network Society. The Information Age: Economy, Society and Culture. Volume 1. Malden: Blackwell. 2ª Edicao.
  21. a b Van Dijk, Jan (2006) The Network Society. Londres: Sage. 2ª edicao.
  22. Barney, Darin (2003) The Network Society. Cambridge: Polity, 25sq

Ligacoes externas [ editar | editar codigo-fonte ]

  • VIEIRA, Elianete. O INICIO DA DESCOBERTA , Ed.1. Sao Paulo: Scortecci, 2013.
  • CRIS - Communications Rights in the Information Society (campanha internacional pelos Direitos a Comunicacao na Sociedade da Informacao)
  • Internews - ONG de capacitacao e treinamento para democratizar o acesso a informacao
  • IFEX - Intercambio Internacional de Liberdade de Expressao
  • CMD - Centro para Midia e Democracia (EUA)
  • - Actividades da UE http://europa.eu/scadplus/scad_pt.htm   Em falta ou vazio |titulo= ( ajuda )