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Segundo reinado

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Pintura do imperador com seu traje majestatico e as insignias imperiais . Pedro II reinou no Brasil entre 1831 e 1889, ate ser destronado pela Proclamacao da Republica.

O Segundo Reinado e um periodo da historia do Brasil inerente ao Imperio do Brasil que compreende 58 anos, iniciando-se com o fim do primeiro reinado em 7 de abril de 1831, com a abdicacao de Dom Pedro I , e tendo o seu termino em 15 de novembro de 1889, quando a monarquia constitucional parlamentarista vigente foi derrubada pela proclamacao da republica .

O Segundo Reinado foi uma epoca de grande progresso cultural e de grande significancia para o Brasil , com o crescimento e a consolidacao da nacao brasileira como um pais independente, e como importante membro entre as nacoes americanas . Denota-se nesta epoca a solidificacao do exercito e da marinha , culminando na Guerra do Paraguai em 1865, e mudancas profundas na esfera social, como a gradativa libertacao dos escravos negros e o incentivo da imigracao europeia para se juntar a forca de trabalho brasileira. As artes visuais, a literatura e o teatro afloraram neste periodo. Embora muito influenciados por estilos europeus que variavam desde o neoclassicismo ao romantismo , cada conceito era adaptado para criar uma cultura genuinamente brasileira . Nesse periodo, ocorreu a expansao da urbanizacao das grandes cidades [ 1 ] e a construcao em larga escala das estradas de ferro, visando este ultimo o mobilizar mais eficiente do fluxo de bens de consumo e a interiorizacao do pais; alem da introducao dos telegrafos eletricos que interligavam as provincias brasileiras e demais paises sul-americanos, linhas de navios a vapor que atualizaram as marinhas mercante e de guerra e, em 1877, a aquisicao dos primeiros aparelhos telefonicos . [ 2 ] [ 3 ] [ 4 ] [ 5 ] [ 6 ] [ 7 ] [ 8 ] A segunda metade do seculo XIX foi marcada por uma incipiente modernizacao brasileira baseada em pilares essenciais: a economia cafeeira no sudeste, o fim do trafico negreiro e extincao gradual da escravidao, a substituicao do antigo sistema escravocrata pela mao de obra assalariada, incentivos a industria do pais para amadurecer-se e assumir, ate o fim do segundo reinado, uma posicao de destaque cada vez mais vigente. [ 9 ]

E historicamente incorreto referir-se a este periodo como "segundo imperio", ja que o Brasil teve um unico periodo imperial continuo, dividido em primeiro e segundo reinados, e incluso dentro do segundo reinado um periodo de 9 anos conhecido como periodo regencial, quando ocorreu inumeras revoltas nas provincias (periodo este o mais conturbado da historia do Brasil).

Maioridade de Dom Pedro II [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Declaracao da Maioridade

Regencia Trina e Regencia Una [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Periodo regencial (Brasil)

A abdicacao do Imperador Dom Pedro ao trono brasileiro ocorreu em 7 de abril de 1831, em favor de seu filho D. Pedro II, que se tornou imperador aos 5 anos. O ato marcou o fim do Primeiro Reinado e o inicio do periodo regencial , no Brasil .A Regencia Trina Provisoria foi convocada em 17 de julho de 1831, e tinha um representante das tres grandes vertentes politicas no pais: os liberais (Senador Campos Vergueiro ), os conservadores ( Jose Joaquim Carneiro de Campos ) e os militares (General Francisco de Lima e Silva , o Chico Regencia). A eles caberia a realizacao de eleicoes para a escolha da Regencia Trina Permanente. Os eleitos foram Braulio Muniz , Costa Carvalho , e o proprio General Chico Regencia. Eles governaram o pais por 3 anos. Nesse interim o Ministro da Justica Padre Diogo Feijo conseguiu influencia politica suficiente para, em 1834, criar o Ato Adicional , que fazia da Regencia Trina uma Regencia Una ? ou seja, um so regente. Ele foi eleito como Regente Uno em eleicoes democraticas. O Ato Adicional, porem, fracassou, ao somente alimentar as rivalidades entre as faccoes politicas das provincias. [ 10 ]

Fim da Regencia [ editar | editar codigo-fonte ]

O Regente Feijo se mostrou democratico e de certa forma, federalista, pois criou Assembleias Legislativas provinciais, para dar maior autonomia as provincias brasileiras ? descentralizacao. Alem disso, ele deu a cidade do Rio de Janeiro o status de municipio neutro. Mas por nao conseguir controlar as revoltas populares, foi afastado. Em seu lugar ficou o Pedro de Araujo Lima , marques de Olinda, um politico mais centralizador e menos liberal. Foi em sua regencia que a declaracao de maioridade de Pedro II foi dado.

De acordo com o historiador Roderick J. Barman, por volta de 1840 "eles haviam perdido toda a fe na sua capacidade de governar o pais por conta propria. Eles aceitaram D. Pedro II como uma figura de autoridade, cuja presenca era indispensavel para a sobrevivencia do pais". [ 11 ] Alguns desses politicos (que formariam o Partido Conservador em 1840) acreditavam que uma figura neutra era necessaria, que poderia estar acima de faccoes politicas e de interesses mesquinhos para enfrentar o descontentamento e disputas moderadas. Eles imaginaram um imperador que seria mais dependente do legislador do que o monarca constitucional imaginado por D. Pedro I , mas com mais poderes do que tinha sido defendido no inicio da regencia por seus rivais (que mais tarde formaram o Partido Liberal ). Os liberais, no entanto, conseguiram passar uma iniciativa para antecipar a maioridade de D. Pedro II de 18 para 14 anos. O imperador foi declarado apto para governar em julho de 1840.

Parlamentarismo "as avessas" e primeiros anos [ editar | editar codigo-fonte ]

Tarifa Alves Branco [ editar | editar codigo-fonte ]

Em 12 de agosto de 1844 implantou a politica tarifaria que e conhecida pelo seu nome ( Tarifa Alves Branco ), aumentando as taxas aduaneiras para 30% sobre produtos importados sem similar nacional, e 60% sobre produtos com similar nacional. Tal medida abrangeu cerca de tres mil itens importados, despertando vivos protestos nao apenas dos empresarios britanicos , afetados com esta medida, mas tambem dos importadores no Brasil e das classes mais abastadas, que passaram a pagar mais caro pelos itens importados de que dependiam. Embora o objetivo da Tarifa Alves Branco fosse apenas gerar mais recursos para o Governo, a medida acabou por favorecer o crescimento de novas atividades economicas nacionais. Este aumento perdurou ate meados da decada de 1860, quando o governo imperial , pressionado pelos grupos exportadores, promoveu uma reducao das tarifas. O seu objetivo foi o de reduzir o deficit fiscal brasileiro, causado principalmente pela Guerra da Cisplatina .

Com a tarifa, o percentual do PIB para sustentar o imperio atraves da tributacao era de 13%, mantendo-se assim ate meados de 1930. [ 12 ] [ 13 ] A maior parte dos impostos provinha da alfandega atraves da importacao de produtos internacionais. Em comparacao, os impostos no Brasil no ano de 2015 representavam um percentual de 35% em relacao ao PIB. [ 14 ]

Criacao do parlamentarismo [ editar | editar codigo-fonte ]

Em 1847, o imperador Dom Pedro II criou o Conselho de Ministros, orgao que aconselharia o imperador a dirigir o Brasil, em alguma medida espelhada no parlamentarismo britanico, mas a hierarquia do parlamentarismo classico britanico e o parlamentarismo brasileiro eram invertidos, dai o nome "parlamentarismo as avessas".

Em 1847, tambem foi criado o cargo de presidente do Conselho de Ministros ( primeiro-ministro ), que seria o chefe do ministerio, encarregado de organizar o Gabinete do Governo. Assim, o imperador, em vez de nomear todos os ministros, passou a nomear somente o Presidente do Conselho brasileiro, e este escolhia os demais membros do Ministerio, retirando um elemento de desgaste politico do imperador, sem que este tivesse diminuida sua autoridade.

Modelo parlamentarista britanico [ editar | editar codigo-fonte ]

Na Inglaterra, o sistema parlamentarista foi consequencia da Revolucao Gloriosa de 1688-1689. Esta assinalou o triunfo do Parlamento sobre o rei, pondo fim a monarquia absolutista na Inglaterra. O lider do Parlamento passou a ser, entao, o chefe de governo , isto e, o primeiro-ministro . O primeiro a ocupar este cargo foi Sir Robert Walpole . Ele passou a governar atraves de um sistema por ele arquitetado, chamado de sistema de gabinetes, pois os membros do governo se reuniam numa saleta conhecida como "gabinete". O sistema funciona ate hoje no pais, da seguinte forma: o lider do partido partido parlamentar no poder trabalha em conjunto com um grupo de colegas de mesma orientacao politica para fazer aprovar leis no Parlamento e, para fins praticos, governar o pais. Quando o partido dominante perde o controle, o partido oposicionista aponta um novo primeiro-ministro e um novo gabinete. Na epoca, os partidos existentes eram os Tories e os Whigs . [ 15 ]

Modelo parlamentarista brasileiro [ editar | editar codigo-fonte ]

Bandeira imperial do Brasil

No Brasil, o imperador era o poder maximo, acumulando funcoes de chefe de estado e de governo, ate a decada de 1840 quando Dom Pedro II decretou que o imperador nao possuia mais os dois poderes, e sim apenas o Moderador.

O poder executivo ficaria a cargo do Presidente do Conselho de Ministros , escolhido pelo Imperador . O cargo de presidente do Conselho e equivalente ao de primeiro-ministro, cargo este criado em 1847, pelo decreto 523 de 20 de julho, e que existiu ate a Proclamacao da Republica .

O Presidente do Conselho escolhia o Gabinete, ou seja, os ministros quem formavam o Conselho de Ministros. Por fim, recebia ou nao a aprovacao do parlamento. O que aconteceu muito no Brasil e no resto do mundo foi que o parlamento muitas vezes nao aprovava a decisao do Chefe de Estado, e este se via obrigado a dissolver o parlamento (tanto em Monarquias Parlamentaristas como em Republicas Parlamentaristas da epoca). Espanha e Franca ate chegaram a usar o exercito para aplacar o povo na hora de dissolver o parlamento. No Brasil, era costume o povo estar de acordo com a decisao do Imperador. A Inglaterra foi uma excecao da epoca, mas principalmente por causa da Camara dos Lordes , que era toda controlada pela Coroa.

Apesar de o modelo parlamentarista brasileiro nao parecer muito democratico, era bastante democratico para o seu tempo. O imperador detinha muitos poderes, sendo isso costume da epoca e em varias localidades do mundo, sobretudo na Inglaterra.

Dom Pedro II conseguiu criar uma maquina eficiente para direcao do Brasil, baseada na troca de favores, fato este que pode ser considerado admissivel na politica, mas que fez a Monarquia durar somente enquanto o apoio da sua elite economica durou. Como a elite agraria detinha o poder do Brasil no seculo XIX , Dom Pedro II sempre governou aliando-se a eles, realizando favores (como construcao de ferrovias, acudes, aquisicao de maquinarios etc.) em troca da estrutura que Pedro II necessitava para se manter no poder. Assim, Dom Pedro II conseguiu, ao longo dos 49 anos de seu governo, lidar com um Brasil estavel e, em um certo ponto de vista, prospero.

Os partidos Conservador e Liberal [ editar | editar codigo-fonte ]

Consolidaram-se, tambem, dois partidos politicos importantes: o Liberal (defensor de um poder local forte, com autonomia das provincias) e o Conservador (defensor do fortalecimento do poder central), ambos representantes dos proprietarios rurais. A politica externa viria a ser prioritaria para D. Pedro II, orientando-se no sentido de evitar o fortalecimento da Argentina , Uruguai e Paraguai , buscando o equilibrio da Regiao da Prata. Pedro II intervinha, politica ou militarmente, nos vizinhos da regiao do Cone Sul sempre que sentia importancia estrategica para os interesses do Brasil.

Os Conservadores pregavam um sistema politico onde as autoridades governamentais deviam agir imparcialmente garantindo a liberdade de todos os cidadaos. Defendiam o governo centralizado e desejavam realizacoes de progresso. Este partido tornou-se conhecido na decada de 1840 pela denominacao de "Saquarema" do nome do municipio fluminense onde se localizava as propriedades agricolas de um dos seus principais lideres, Jose Rodrigues Torres, Visconde de Itaborai. Alem disso, os Conservadores possuiam uma forte base regional na Bahia e em Pernambuco , onde o setor de proprietarios rurais tinha vivido a experiencia de lutas pela autonomia regional com conteudo popular. [ 16 ]

Os Liberais advogavam a liberacao das provincias, com um governo parlamentar mais aprimorado, com a abdicacao do poder moderador, do vitaliciamente do senado e desejavam ainda a abolicao da escravatura e a eleicao bienal dos deputados. Os Liberais foram chamados "Luzias", nome derivado da Vila Santa Luzia do rio das Velhas, em Minas Gerais, onde se travou a batalha em que a revolta Liberal mineira de 1842 foi sufocada pelo General Luis Alves de Lima e Silva , a epoca Barao de Caxias. Possuiam uma forte base nas provincias de Minas Gerais, Sao Paulo e Rio Grande do Sul . Nestas duas ultimas, a autonomia das classes dominantes ja era uma tradicao. No caso de Minas, a ideia de autonomia descentralizada partia tanto de proprietarios rurais como da populacao urbana das velhas cidades geradas pela mineracao. [ 17 ]

Os dois partidos nao se respeitavam e nem se impunham a opiniao publica, cada um possuia seu orgao de imprensa do qual utilizava para atacar o adversario. Ambos foram criados durante o periodo regencial (Conservador em 1836 e Liberal em 1831), porem chegaram ao apogeu de sua fama durante o segundo reinado, com o Imperador mantendo-se neutro entre os dois, embora sempre vigilante, aconselhando a conciliacao de suas ideias.

Poder Moderador [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Poder moderador

O Poder Moderador foi um dispositivo legal presente na primeira constituicao brasileira (Art. 98 da Constituicao de 1824), outorgada pelo imperador Dom Pedro I em marco de 1824, que se baseava nos ideais politicos de Benjamim Constant (1767-1830) sobre um poder neutro capaz de ajustar e regular os outros tres poderes classicos: Executivo , Legislativo e Judiciario . O Poder Moderador foi chave de organizacao politica do Imperio e inicialmente considerado um mecanismo autoritario e centralizador, ocasionando revoltas em algumas provincias durante a regencia.

Embora o Poder Moderador tenha se difundido no Brasil a partir de Constant, e importante destacar que o conceito adotado aqui foi distinto daquele expresso no livro Cours de Politique Constitutionelle . Baseando-se na teoria de Montesquieu sobre o sistema do parlamentarismo ingles e na divisao dos tres poderes, Constant defendia que houvesse na monarquia constitucional um poder neutro ou moderador que nao estivesse sujeita a disputa politica partidaria e que fosse exercido pelo rei. Segundo ele, o poder moderador era um recurso importante para os momentos de crise, pois deveria ser um elemento conciliatorio dos conflitos entre os demais poderes.

A divisao dos poderes instituidos na Constituicao de 1824 era quadripartite, isso significa que era dividido em quatro poderes teoricamente iguais. O Poder Moderador era exercido unicamente pelo Imperador e tinha total autonomia sobre os outros tres poderes. A definicao desse poder esta descrita no Art. 98 da Constituicao de 1824 que diz o seguinte:

“O Poder Moderador e a chave de toda organizacao politica, e e delegado privativamente ao imperador, como Chefe Supremo da Nacao, e seu Primeiro Representante, para que incessantemente vele sobre a manutencao da Independencia, equilibrio, e harmonia dos mais Poderes Politicos” . Em outras palavras, o poder moderador serviria como um elemento de freio e contrapeso para garantir a harmonizacao dos demais poderes em funcao do bem estar da nacao. [ 18 ] [ 19 ]

O artigo 101 da Constituicao de 1824 estabelecia a maneira pela qual o Imperador poderia exercer o Poder Moderador: [ 20 ]

Art. 101. O Imperador exerce o Poder Moderador:

  1. Nomeando os Senadores, na forma do Art. 43.
  2. Convocando a Assembleia Geral extraordinariamente nos intervalos das sessoes, quando assim o pede o bem do Imperio.
  3. Sancionando os decretos e resolucoes da Assembleia Geral, para que tenham forca de lei.
  4. Aprovando e suspendendo interinamente as resolucoes dos Conselhos Provinciais.
  5. Prorrogando ou adiando a Assembleia Geral e dissolvendo a Camara dos Deputados, nos casos em que o exigir a salvacao do Estado, convocando imediatamente outra, que a substitua.
  6. Nomeando e demitindo livremente os ministros de Estado.
  7. Suspendendo os magistrados, nos casos do Art. 15.
  8. Perdoando e moderando as penas impostas aos reus condenados por sentenca.
  9. Concedendo a anistia em caso urgente, e que assim aconselhem a humanidade e bem do Estado.

O tema do Poder Moderador, juntamente com o Senado vitalicio e o Conselho de Estado, polarizou opinioes na decada de 1830. Nas duas decadas seguintes, a tematica nao guardou muita relevancia nos debates politicos nacionais. Entretanto, apos a eleicao de 1860, quando o Partido Liberal alcancou uma vitoria significativa em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, a questao do Poder Moderador voltou ao cenario politico. Isto se deu quando o Imperador preteriu o nome de Teofilo Ottoni para o Senado, apesar deste figurar como o primeiro na lista triplice. A partir de entao os liberais passaram a exigir que os atos do Imperador se submetessem a referendo do Ministerio. O ponto de vista liberal esta expresso por Antonio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva , em manifestacao proferida em 1841: [ 20 ]

Nos governos representativos, o monarca e inviolavel. Ora, a inviolabilidade nao pode existir quando ele governa; nos governos representativos o Rei nao faz mal, e ele nao pode deixar de fazer mal se se quer que ele governe.

O Poder Moderador foi defendido por Paulino Jose Soares de Sousa , visconde do Uruguai, em sua obra Ensaio sobre o Direito Administrativo (1862). De inspiracao ecletica, o trabalho referiu que a instituicao desempenha um papel de equilibrio e harmonia do sistema politico. Segundo ele: " [...]Se a Nacao estiver dividida em partidos encarnicados, se estiver no poder um partido opressor, nao havera um poder superior, independente, sobranceiro as paixoes, que valha aos oprimidos ". [ 21 ]

Consolidacao e campanhas militares [ editar | editar codigo-fonte ]

Fim da Revolucao Farroupilha [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Guerra dos Farrapos

Ainda vigorava a Revolucao Farroupilha no sul do Brasil quando Dom Pedro II assumiu o trono. A Revolucao tomava proporcoes assustadoras, e estava proxima de conseguir a sua independencia do resto do pais, como a provincia Cisplatina . A fim de impedir este acontecimento, Pedro II nomeou, como Comandante-chefe do Exercito, o Luis Alves de Lima e Silva, Barao de Caxias - que, anteriormente, havia sufocado as revoltas em Minas e em Sao Paulo. Alem da lideranca no Exercito, o barao foi agraciado com o titulo de Presidente da provincia do Rio Grande do Sul .

Mesmo tendo a liberdade de agir com violencia contra os gauchos, Caxias, numa atitude inteligente, usou da diplomacia , negociando com lideres e fazendo manifestos patrioticos aos insurretos. Por varias vezes, mencionava que o inimigo dos gauchos nao era Pedro II e os brasileiros, mas, sim, Manuel Oribe e Juan Manuel de Rosas , presidentes respectivos do Uruguai e da Argentina . Estes buscavam a uniao das duas republicas, o que criaria um estado muito poderoso na Prata. As negociacoes e as revoltas terminaram em 1845, com a assinatura do Tratado de Poncho Verde . O barao de Caxias foi nomeado "Pacificador do Brasil" e recebeu o titulo de Conde.

Revolucao Praieira [ editar | editar codigo-fonte ]

Dom Pedro II desembarcando no Recife , provincia de Pernambuco , em 1859, cerca de uma decada apos o fim da Revolucao Praieira , a maior e ultima insurreicao ocorrida no Segundo Reinado.

A Revolucao Praieira , tambem denominada "Insurreicao Praieira", "Revolta Praieira" ou simplesmente "Praieira", foi um movimento de carater liberal e separatista que eclodiu, durante o Segundo Reinado, na provincia de Pernambuco , entre 1848 e 1850. A ultima das revoltas provinciais esta ligada as lutas politico-partidarias que marcaram o Periodo Regencial e o inicio do Segundo Reinado. Sua derrota representou uma demonstracao de forca do governo de Dom Pedro II . [ 22 ] Para alem do descontentamento com o governo imperial, grande parte da populacao pernambucana mostrava-se insatisfeita com a concentracao fundiaria e do poder politico na provincia, a mais importante do Nordeste. Foi nesse contexto que surgiu o Partido da Praia, criado para opor-se ao Partido Liberal e ao Partido Conservador, ambos dominados por duas familias poderosas que viviam fazendo acordos politicos entre si. Houve uma serie de disputas pelo poder, ate que, em 7 de novembro de 1848, iniciou-se a luta armada. Em Olinda, os lideres praieiros lancaram o “Manifesto ao Mundo”, e passaram a lutar contra as tropas do governo imperial, que interveio e pos fim a maior e ultima insurreicao ocorrida no Segundo Reinado. [ 22 ]

Em nivel local foi influenciada pelas ideias liberais dos que se queixavam da falta de autonomia provincial, sendo marcada pelo repudio a monarquia , com manifestacoes a favor da independencia politica, da republica e por um reformismo radical.

De forma global, inscreveu-se no contexto das revolucoes liberais , socialistas e nacionalistas que varreram a Europa neste periodo do seculo XIX , incluindo a Revolucao de 1848 na Franca que promoveu a extincao do absolutismo no pais.

Questao Christie (1862 a 1865): o conflito diplomatico e quase guerra entre o Imperio do Brasil e o Imperio Britanico .

Questao Christie [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Questao Christie

Antecedentes [ editar | editar codigo-fonte ]

A aplicacao da Bill Aberdeen para a supressao do comercio de escravos ( Slave Trade Suppression Act ) de 8 de agosto de 1845, e a aprovacao da Lei Eusebio de Queiros (4 de setembro de 1850) destinada a frear o trafico de escravos para o Brasil, tiveram como resultado na pratica uma intensificacao do comercio e o crescimento do sentimento antibritanico no Brasil. Embora o lider conservador Eusebio de Queiros houvesse defendido diante dos legisladores a necessidade de tomar por si mesmos a decisao de por fim ao trafico e preservar assim a imagem de nacao soberana, nao se ocultava para a opiniao publica o papel da Gra-Bretanha. [ 23 ]

Apesar de que com o tratado as tensoes entre ambos paises haviam diminuido a raiz do termino (ou melhor, reducao) do trafico negreiro , a percepcao do acordo como uma humilhacao nacional influiria nos futuros acontecimentos.

A crise [ editar | editar codigo-fonte ]

Em 1861, o mercante britanico Prince of Wales naufragou na costa do Rio Grande do Sul. Grande parte da mercadoria com carregamento de carbono, ceramica, tecidos, azeite e vinho foi saqueada. O embaixador britanico exigiu que o Brasil fizesse a indenizacao.

Em 1862, 3 arruaceiros foram presos por embriaguez no Rio de Janeiro, entao capital do Brasil. Ao serem detidos, foram identificados como marinheiros britanicos e, devido a relacao entre Inglaterra e Brasil, os marinheiros foram liberados. Mesmo assim, o embaixador ingles no Brasil, William Dougal Christie , exigiu que o Imperio indenizasse a Inglaterra pela constrangedora prisao da carga do navio ingles Prince of Wales , saqueado proximo da provincia do Rio Grande do Sul ocorrido em 1861, a demissao dos policiais que detiveram os marinheiros britanicos e um pedido oficial de desculpas do imperador a coroa britanica.

No ano seguinte, como o Brasil nao cedera as pressoes, navios britanicos bloquearam o porto do Rio de Janeiro e apreenderam cinco navios ancorados. Dom Pedro II, consentindo com a pressao popular, tentou uma saida diplomatica, chamando o rei Leopoldo I da Belgica para conduzir uma arbitragem imparcial. Leopoldo I favoreceu o Brasil e, como a Inglaterra negou-se a pedir desculpas, o imperador cortou relacoes diplomaticas com a Inglaterra, no mesmo ano de 1863. A Inglaterra apenas desculpou-se em 1865, quando mostrou apoio ao Brasil na Guerra do Paraguai, reatando as relacoes diplomaticas. A vitoria do governo na disputa acabou por fortalecer a imagem do Brasil no exterior, pois o pais ainda tinha 40 anos de existencia, e temia nao ter reconhecimento junto aos paises europeus. Os outros paises da America do Sul passavam por problemas parecidos.

Economia, imigracao e Industrializacao do Brasil Imperio [ editar | editar codigo-fonte ]

Economia [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Economia do Imperio do Brasil

Durante o Primeiro Reinado a grande elite agraria (baroes da cana) do Brasil era concentrada no Nordeste . Mas, nessa mesma epoca, o cafe comecava a ser introduzido na Baixada Fluminense e no Vale do Paraiba , e comecou a fazer um rapido sucesso, no sec. XIX. Com o fim da era do ouro brasileiro, os pioneiros do cafe perceberam que era um investimento altamente rentavel, pois as terras da regiao eram muito baratas (por vezes gratuitas), a mao de obra era escrava e, apos ser plantada, o cafezal era produtivo por vinte anos. O mercado consumidor internacional tambem era prospero, e a venda de cafe era quase certa. Assim, em alguns anos uma nova elite comecou a surgir no sudeste brasileiro. A elite cafeeira, em pouco tempo, se tornava mais poderosa e mais rica do que a elite nordestina.

O desenvolvimento do comercio internacional baseado na exportacao do cafe deveu-se a fatores externos e internos. Dentre os externos, destacam-se o crescimento da demanda internacional ao cafe brasileiro, fruto do aumento do padrao de vida da populacao norte-americana e europeia, o que estimulou o aumento dos niveis de consumo; a industrializacao dos Estados Unidos e Europa, que necessitavam de materias-primas para suas industrias de transformacao ; o aperfeicoamento tecnico, o qual beneficiou o comercio internacional, tanto atraves de meios de transporte quanto na nova organizacao dos setores mercantil e financeiro. E, sobretudo, ao grande momento que o final do seculo XIX proporcionou ao comercio internacional, atraves do liberalismo economico, o qual proporcionou a todos os paises a oportunidade de comercio.

Internamente, o que mais favoreceu o crescimento economico foi a solucao do problema da mao de obra atraves da imigracao europeia; a expansao do credito, atraves de uma reforma bancaria, a qual forneceu recursos para a formacao de novas lavouras cafeeiras; e a expansao das redes ferroviarias em Sao Paulo , as quais reduziram o custo de transporte para os proprietarios das novas lavouras, localizadas no interior paulista. Alem disso, o desenvolvimento da rede ferroviaria fez parte de uma das maiores consequencias do crescimento economico do pais, que foi a diversificacao das atividades economicas. A diversificacao, por sua vez, estimulou a urbanizacao , ja que toda a atividade comercial, a primeira induzida pela expansao do cafe, se concentrava nas cidades portuarias.

Um problema da plantacao do cafe e a situacao do solo apos o fim da vida util do cafezal. Uma vez finda essa vida util, o solo fica muito pobre, e inutil para a replantarem. Desse modo, os cafeicultores eram obrigados a abandonar terras, para encontrar novas para sua plantacao. Assim, em alguns anos, os cafeicultores passaram a migrar para o oeste da provincia de Sao Paulo. Em poucos anos, o oeste paulistano vivia em funcao do cafe, e o governo imperial tambem, gracas a alta taxa que era cobrada sobre o cafe.

Por sua vez, o cafe tinha relacoes com a industria, ou seja, parte dos lucros gerados na producao de cafe era tambem usado na montagem de fabricas. A producao havia sofrido uma queda devido a Lei Bill Aberdeen (proibicao do trafico negreiro). Porem o Brasil continuou exportando o produto para os ingleses.

A Lei Eusebio de Queiros , de 1850, que punha fim ao trafico negreiro no Brasil, trouxe desenvolvimento as industrias. O processo, que ja havia comecado com a revogacao da Lei de Proibicao das Manufaturas ? que datava de 1785, e um dos estopins para a deflagracao da Conjuracao Mineira ?, quando da chegada da familia real ao Brasil, melhorou, ja que, naquele momento, os altos investimentos feitos com a compra de escravos eram direcionados para a mecanizacao da industria e pagamento de salarios. Assim, podemos dizer que a industria brasileira comeca efetivamente com os investimentos feitos pelos grandes escravagistas. Antes da criacao da lei, e mesmo com a abertura economica de 1822, eram pequenas as manifestacoes empresariais, nao se podendo falar, ainda, em uma industrializacao brasileira.

Imigracao [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Imigracao no Brasil

Desde a Independencia do Brasil , diversas leis proibiram o trafico internacional de escravos para o Brasil, mas foi somente com pressao militar e politica da Gra-Bretanha e a atuacao do ministro Eusebio de Queiros a partir de 1850 que terminou o trafico negreiro no Atlantico. O Brasil comecou entao a pensar em atrair imigrantes nao portugueses. Nas fazendas, comecou a se utilizar o colonato , uma forma de trabalho semiassalariado. O imigrante e sua familia recebiam o salario misto, entre dinheiro e um pedaco de terra para plantar seu proprio sustento. As jornadas de trabalho exaustivas e a exploracao por parte dos fazendeiros faziam os primeiros imigrantes deixarem as plantacoes de cafe e partirem para os centros urbanos, onde se dedicaram ao comercio e a industria.

A entrada de escravos africanos no Brasil terminou bruscamente em 1850. A alta mortalidade infantil e a grande desproporcao de homens em relacao a mulheres fazia com que a populacao escrava se reproduzisse muito lentamente. Por volta de 1880, a mao de obra escrava estava notoriamente envelhecida. Em 1878, dez anos antes da Abolicao da Escravatura, o Congresso Agricola realizado no Rio de Janeiro reuniu cafeicultores para discutir a questao da mao de obra. Optou-se por pressionar o governo a fim de facilitar a vinda de imigrantes europeus.

A partir da decada de 1870, a estrutura economica brasileira passou por grandes mudancas, que refletiram nas relacoes sociais e politicas existentes. Progressivamente, a mao de obra escrava negra foi perdendo espaco para o trabalho assalariado imigrante nas lavouras agricolas brasileiras. O cafe foi se consolidando como principal produto brasileiro para a exportacao, provocando uma onda de crescimento economico como nunca havia aparecido no Brasil independente. A imigracao europeia colaborou com a urbanizacao da sociedade brasileira, e junto com o assalariamento da mao de obra, levou ao aparecimento de um incipiente mercado interno para bens de consumo popular no pais, o que acabou por levar ao aparecimento das primeiras unidades industriais no Brasil. Em suma, o capitalismo se implantava nas estruturas socioeconomicas brasileiras, superando o antigo sistema mercantil-escravista. [ 1 ]

As transformacoes na estrutura produtiva brasileira iniciaram com o acumulo de capitais proporcionados pelo comercio internacional do cafe, possibilitando reinvestimentos dos lucros obtidos com a comercializacao no proprio setor produtivo, assim como pela substituicao da mao de obra escrava pela mao de obra assalariada nas atividades produtivas, motivada, entre outros fatores, pelo fim do trafico de escravos no oceano Atlantico e pela pressao internacional contraria a exploracao escravista no Brasil. O assalariamento se deu a partir da introducao da mao de obra emigrante europeia nas atividades produtivas do pais, criando, assim, um mercado nacional para bens de consumo popular. Por outro lado, como nem todos os imigrantes europeus no Brasil se ocuparam com as lavouras de cafe, dedicando-se as atividades comerciais, aos servicos e ao artesanato, houve espaco para o processo de urbanizacao da sociedade brasileira, sobretudo na regiao Sudeste , assim como a criacao de bancos comerciais no pais. Todos esses fatores, assim como os investimentos publicos imperiais em infraestrutura, principalmente em ferrovias e estradas na regiao central do pais ( Sao Paulo , Rio de Janeiro e Minas Gerais ), foram determinantes para o surgimento das primeiras industrias no pais.

Barao de Maua e a industrializacao [ editar | editar codigo-fonte ]

Irineu Evangelista de Souza, o Barao de Maua (1813-1889), foi a primeira figura proeminente entre a burguesia industrial na historia do Brasil. Seus investimentos produtivos incidiram sobre varios ramos, desde os meios de transporte ate a constituicao de um banco, evidenciando a diversidade de ramos em que ele atuou. Foi um notavel empresario, industrial, banqueiro, politico e diplomata brasileiro, um simbolo dos empreendedores do pais no seculo XIX .

Nascido no Rio Grande do Sul, na adolescencia se mudou para o Rio de Janeiro, onde comecou a trabalhar em uma empresa de importacao. Posteriormente, viajou a Inglaterra onde entrou em contato com a sociedade urbana e industrial inglesa, que o fascinou. De volta ao Brasil, conseguiu um emprestimo para a aquisicao de uma fundicao em Niteroi, no Rio de Janeiro, que foi transformada em estaleiro naval , onde foi produzido mais de sessenta navios a vapor e a vela.

Os investimentos na producao industrial naquele periodo da historia imperial brasileira foram auxiliados pela Tarifa Alves Branco , que aumentou o imposto sobre produtos importados, estimulando a producao em territorio nacional e iniciando um surto de industrializacao, que, embora pequeno, mostrou as potencialidades de investimento do pais.

O Barao de Maua criou ainda a Companhia de Rebocadores da Barra de Rio Grande, conseguiu os direitos de trafico no Rio Amazonas por 30 anos, e investiu em companhias de bondes no Rio de Janeiro. Barao de Maua foi ainda um dos grandes incentivadores da implantacao de ferrovias no Brasil , com o objetivo de transportar a producao agricola do pais com maior velocidade. A primeira delas foi a ferrovia Maua , que ligava o Rio de Janeiro ao Vale do Paraiba fluminense, cuja licenca para sua construcao foi concedida em 1852. [ 1 ]

Barao de Maua, em conjunto com o governo imperial de Dom Pedro II, construiu ainda uma rede de telegrafos submarinos ligando o Brasil a Europa, investiu na Companhia de Gas do Rio de Janeiro, destinada a iluminacao publica da cidade, e tambem na criacao de bancos, como o Maua, MacGregor & Cia e a Casa Maua & Cia, com atuacao significativa no Brasil, Inglaterra, Estados Unidos e paises platinos. [ 24 ] [ 25 ] [ 26 ]

Entretanto, seus projetos de industrializacao contrastavam com a base da economia brasileira a epoca, cuja mao de obra escrava nao possibilitava um desenvolvimento industrial. Suas propostas contrarias a escravidao nao eram bem vistas pelos latifundiarios brasileiros, o que resultou em sabotagens e atentados. Outro fator que contribuiu para a falencia do Barao de Maua foi a diminuicao da taxa de importacao com a Tarifa Silva Ferraz, o que desestimulou o investimento no Brasil, e colocando as empresas aqui instaladas em concorrencia com as empresas estrangeiras. [ 27 ]

Questao do escravismo [ editar | editar codigo-fonte ]

Pressao internacional e pessoal do Imperador [ editar | editar codigo-fonte ]

Desde o fim do seculo XVIII , a Europa passava por reformas no que tange as liberdades individuais e relacoes de trabalho (ver Revolucao Industrial ) e, por extensao, o fim do escravismo . A Inglaterra foi o pais que mais pressionou o Brasil. Nos acordos assinados em 1810 e, posteriormente, como clausula para reconhecimento da independencia do Brasil, a Inglaterra pedia a abolicao da escravatura no pais a medio prazo. Mas ate que D. Pedro II chegasse ao cargo, nada de efetivo havia sido feito. Com a assinatura da tarifa Alves Branco (1844), que aumentava taxas sobre importacoes e exportacoes, a coroa britanica decidiu reagir, assinando a lei Bill Aberdeen . Esta lei permitia aos navios britanicos apreender navios negreiros que cruzassem o Atlantico . De fato, varios navios negreiros foram abordados. Os britanicos chegavam a invadir aguas territoriais e, as vezes, desembarcavam em terras brasileiras.

D. Pedro II se viu em uma situacao delicada. Ou tomava uma atitude contra a escravidao ou entraria em guerra contra a Inglaterra. Pessoalmente, o imperador era abolicionista declarado, encarando a escravidao como uma " vergonha nacional " . D. Pedro II, em 1850, ameacou abdicar do trono caso a Assembleia Geral nao declarasse ilegal o trafico de escravos no Atlantico. No mesmo ano, quando se discutia a lei de repressao do trafico de escravos, e se mostrava ao Imperador os perigos a que a lei exporia o trono, Pedro II, entao com 25 anos, replicou com energia: "Prefiro perder a coroa a tolerar a continuacao do trafico de escravos" . [ 28 ] [ 29 ] Assim, em 1850, foi aprovada a lei Eusebio de Queiros pelo proprio Ministro da Justica Eusebio de Queiros , a qual proibia o trafico negreiro no Brasil. [ 30 ] Com a nova lei a situacao no Brasil muda, pois se torna muito dificil adquirir mao de obra escrava. Assim, o preco para comprar escravos de outros latifundios se torna muito alto, e os que mais sentem este golpe sao os baroes de cafe, no sudeste. Como seus cafezais estavam em franca expansao, eles precisavam de mais escravos para continuar sua producao. Assim, passaram a adquirir milhares de escravos dos produtores de cana no nordeste .

O Imperador Dom Pedro II desejava por fim a escravidao gradualmente para pouco impactar a economia nacional e nao causar revoltas. Ele conscientemente ignorava o crescente prejuizo politico a sua imagem e a monarquia em consequencia de seu suporte a escravidao, ja que a figura do monarca necessitava ser neutra em qualquer questao. O Imperador nao tinha autoridade constitucional para diretamente intervir e por um fim na escravidao, e opositores frequentemente diziam que " a abolicao era seu desejo pessoal e nao o desejo da nacao ". [ 31 ] [ 32 ]

Vale do Paraiba [ editar | editar codigo-fonte ]

O cafe foi introduzido no Brasil no ano de 1717, porem a sua producao so adquiriu importancia no inicio do seculo XIX , tendo como causa principal a decadencia da producao do ouro, para onde estavam voltadas as atencoes da economia da colonia. O cafe foi o fator de recuperacao economico-financeira do pais: ele reintegrou a economia brasileira, essencialmente agricola, nos setores em expansao do mercado mundial.

Alem dos mercados europeus, o cafe brasileiro comeca a invadir o mercado norte-americano, tornando, ainda neste seculo, o principal consumidor do Brasil. Por volta de 1870, o cafe representa 56% da pauta de exportacoes, atingindo 61% na decada de 1880.

A organizacao das fazendas de cafe no Vale do Paraiba e em Minas Gerais defrontou-se com a falta de mao de obra. A ampliacao dos cafezais aumentou a necessidade de trabalhadores de tal forma que foi preciso comprar escravos do exterior, embora os ingleses, de quem dependiamos economicamente, fizessem pressoes para eliminar o trafico negreiro.

Diante de tantas promessas nao cumpridas em relacao a extincao do trafico, os ingleses decretaram o Bill Aberdeen , decreto atraves do qual a Inglaterra se dava o direito de aprisionar qualquer navio negreiro e julgar os traficantes. Este decreto, alem de nao diminuir o comercio escravo , aumentou sensivelmente seu preco.

Finalmente, em 1850, cedeu-se as pressoes inglesas e promulgou-se a Lei Eusebio de Queiros , extinguindo-se definitivamente o trafico. A solucao para a falta de mao de obra na lavoura cafeeira apoiou-se no incentivo a imigracao.

As divisas provenientes do cafe, principal produto da economia, possibilitaram o pagamento dos financiamentos das obras do governo e posteriormente no setor industrial. A partir de 1850, o imperio alcancou o equilibrio orcamentario e a estabilidade cambial. Acumularam-se capitais, efetuando-se obras administrativas de grande porte.

Em pouco tempo, as dividas forcavam o imigrante a sujeitar-se a um regime de semiescravidao. Em 1857, os colonos da Fazenda Ibicaba se revoltaram, levando as autoridades germanicas a proibir a imigracao para o Brasil. Fracassando o sistema de parceria, os fazendeiros passaram a pagar ou um preco fixo por alqueire trabalhado, ou uma remuneracao fixa mensal: introduzia-se no pais o trabalho assalariado.

Com a implantacao da economia cafeeira em bases capitalistas, surgiu uma nova classe dominante: a burguesia cafeeira. Os proprietarios ligados ao cafe comandavam todos os setores da economia, coisa que nao acontecia nos engenhos de acucar, onde os proprietarios apenas cuidavam da producao, ficando a comercializacao e o setor financeiro a cargo de outros setores.

A situacao da elite cafeeira [ editar | editar codigo-fonte ]

Ainda que a importacao de escravos do nordeste tivesse aliviado na decada de 1860, a situacao dos baroes do cafe estava decadente. A ideia da adocao da mao de obra assalariada era a unica saida, e ate foi imaginado de onde viria a mao de obra: os europeus viviam novos conflitos internos no fim do seculo XIX , como as guerras de unificacao da Italia e Alemanha . O problema era que, por ter o regime escravocrata, o Brasil afugentava boa parte dos candidatos a imigrantes (que preferiam outros paises, como os Estados Unidos ).Mesmo assim, o governo nao tomava novas medidas para a abolicao. Isso devia-se a politica de favores vigente no pais. Grande parte dos partidos Liberal e Conservador , do Congresso Nacional e de outros orgaos governamentais tinham ligacoes com a elite nordestina, que defendia fortemente a manutencao da escravatura no pais. O Imperio tentou amenizar a pressao interna e externa, assinando duas leis: a Lei do Ventre Livre (1871) e a Lei dos Sexagenarios (1885). Foi nessa epoca que o Imperio passou a financiar a imigracao de europeus para a agricultura no Brasil. Muitos italianos foram para as terras paulistas, cuidando do cafe. Alemaes, poloneses e italianos, tambem, imigravam para o sul, para fundar colonias. E, no inicio do seculo XX , ja na Republica, comecou a imigracao de japoneses. Embora as duas leis anteriores a Lei Aurea possam ser consideradas pifias, e preciso considerar as condicoes da sociedade na epoca. Ambas as leis foram promulgadas sob intensas criticas dos parlamentares.

A Lei Aurea [ editar | editar codigo-fonte ]

Em 1823, os escravos representavam 29% da populacao brasileira, mas essa porcentagem caiu para 15,2% em 1872 e aproximadamente 5% em 1888. A abolicao da escravatura era um assunto delicado no Brasil, ja que escravos eram usados por todos, do mais rico ao mais pobre. E o movimento abolicionista ganhava cada vez mais relevancia e aderencias, mesmo numa sociedade acostumada a 'normalidade' que a escravidao representava. O tabu sobre a questao da abolicao da escravidao foi sendo posto de lado a partir da decada de 1880, quando viu-se surgir inumeros clubes antiescravistas (Sociedade Abolicionista Cearense, Libertadora Pernambucana, Abolicionista do Espirito Santo, Libertadora Rio-Grandense, Confederacao Abolicionista etc.) em ritmo acelerado em todas as provincias do pais, onde panfletos, manifestos, jornais e livros contra a escravidao eram produzidos aos milhares no Brasil inteiro. [ 33 ] Em marco de 1888, a aristocratica e imperial Petropolis foi declarada livre da escravidao. Liderada pela princesa Isabel, uma comissao de moradores arrecadara os fundos para comprar a liberdade de cativos existentes na cidade. O recado era claro: a tarefa de eliminar a escravidao passava das ruas para o trono do Brasil. [ 34 ]

No dia 3 de maio de 1888, a Princesa imperial Isabel , como regente, e recebida por parlamentares no Palacio do Conde dos Arcos , sede do Senado, para proferir a Fala do Trono . E la que, no discurso de abertura do ano legislativo, ela defende o fim do trabalho servil no pais. [ 35 ]

“[...] A extincao do elemento servil, pelo influxo do sentimento nacional e das liberalidades particulares, em honra do Brasil , adiantou-se pacificamente do tal modo, que e hoje aspiracao aclamada por todas as classes, com admiraveis exemplos de abnegacao da parte dos proprietarios. Quando o proprio interesse privado vem espontaneamente colaborar para que o Brasil se desfaca da infeliz heranca, que as necessidades da lavoura haviam mantido, confio que nao hesitareis em apagar do direito patrio a unica excepcao que nele figura em antagonismo com o espirito cristao e liberal das nossas instituicoes [...]”. [ 36 ]

Na abertura da sessao legislativa, em 8 de maio de 1888, o ministro da Agricultura, conselheiro Rodrigo Augusto da Silva, apresentou um projeto de abolicao incondicional dos escravos, promulgada no prazo de apenas cinco dias. [ 37 ] Assim, a filha do Imperador e herdeira do trono assinou em 13 de maio de 1888, a Lei Aurea , que declarava extinta a escravidao no Brasil e que revogava qualquer outra lei que dissesse o contrario. Mesmo com a Lei Aurea muitos dos escravos continuaram a nao ter trabalho pois eram considerados vandalos. Entretanto, a partir de 2006 foram divulgadas correspondencias ineditas da princesa Isabel, datadas de agosto de 1889, que revelam suas intencoes, num eventual terceiro reinado, em promover a indenizacao aos ex-escravos, uma ampla reforma agraria para distribuicao de terras aos negros recem-libertos, alem do sufragio feminino . Alem disso, nos fins do imperio ? precisamente em maio de 1889 ? o gabinete de Joao Alfredo de Oliveira incluia na Fala do Trono de abertura dos trabalhos legislativos, a necessidade de desapropriacao de areas marginais as estradas de ferro em construcao, e aos rios navegaveis, a fim de que nelas fossem implantadas 'colonias' agricolas; que abrigariam agricultores pobres sem terra e os escravos recem-libertos pela Lei Aurea. [ 35 ] O poder dos latifundiarios porem, era tao grande e influente, que em junho do mesmo ano o gabinete Joao Alfredo foi derrubado, apos uma campanha de desmoralizacao contra ele movida no parlamento e na imprensa. Em seu lugar foi escolhido o Visconde de Ouro Preto , o ultimo primeiro-ministro do imperio. [ 38 ] [ 39 ] [ 40 ] [ 41 ] [ 42 ]

A Princesa foi condecorada com a Rosa de Ouro pelo Papa Leao XIII . [ 43 ] [ 44 ] Joao Mauricio Wanderley , barao de Cotegipe, o unico senador do imperio que votou contra o projeto de abolicao da escravatura, ao cumprimentar a princesa logo apos esta ter assinado a Lei Aurea, profetizou: "A senhora acabou de redimir uma raca e perder o trono !" tendo ela lhe respondido: "Mil tronos tivesse, mil tronos eu daria para libertar os escravos do Brasil!". [ 32 ] [ 45 ] [ 46 ] A Lei Aurea , que aboliu a escravidao, foi aprovada em regime de urgencia, apenas dez dias apos a fala da princesa regente.

A demora pela Abolicao da Escravatura [ editar | editar codigo-fonte ]

Porque o Brasil demorou tanto para libertar seus escravos? Existem questionamentos e confusao sobre a demora do Imperio do Brasil em relacao a abolicao da escravatura no pais, que acabam por transmitir a erronea imagem de que a monarquia brasileira era favoravel a sua continuidade. Os historiadores, economistas e sociologos brasileiros se esforcam para explicar a abolicao, mas nunca perguntam por que ela foi tao tardia. Nos paises latino-americanos quase todos decidiram suprimir o trafico e a propria escravidao, durante as guerras de independencia (1810-1825). Como excecao, tivemos a abolicao nas colonias holandesas, em 1863, Estados Unidos da America, em 1865 e no Brasil, em 1888. Analisando os fatos, entretanto, pode-se enxergar uma realidade totalmente oposta.

O Brasil era uma monarquia constitucional , e como tal, o imperador nao tinha poderes constitucionais suficientes para intervir e extinguir de vez com a escravidao no pais. Durante o reinado de D. Pedro II, ele e sua familia travaram uma batalha contra os poderosos cafeicultores pela abolicao da escravatura, atraves de exemplos pessoais, como por exemplo, ainda em 1840, quando assumiu o trono, o imperador libertou todos os escravos que herdara. Ele precisava convencer os homens politicos da importancia da abolicao, ou seja, precisaria usar todas seus esforcos para convencer, influenciar e ganhar suporte entre os politicos para atingir sua meta. A escravidao foi sendo gradualmente extinguida no pais para pouco abalar a estrutura economica nacional e nao causar revoltas. [ 47 ]

No passado, Dom Pedro I , do mesmo modo era contra a escravidao (tendo declarado em certa ocasiao: "Eu sei que o meu sangue e da mesma cor que o dos negros" ), e detinha poderes para declarar a extincao da escravidao ainda em 1823, durante a constituinte que estruturou a constituicao de 1824 . Porem, Jose Bonifacio de Andrada alertara desde cedo que, caso os escravos fossem libertados repentinamente, poderia ocorrer uma ruptura revolucionaria em todo o pais capaz de fragmentar o grande Brasil em inumeras republicas menores, ja que na epoca, a tendencia de algumas provincias brasileiras era o separatismo e a economia nacional ser exclusivamente escravocrata. Na decada de 1860, os temores de Jose Bonifacio se confirmaram nos Estados Unidos quando Abraham Lincoln , em seus esforcos pela extincao da escravidao no pais, acabou sendo um dos principais fatores que fomentaram o inicio da guerra civil americana . [ 48 ] [ 49 ] Portanto, para evitar um fratricidio semelhante ao norte-americano, a escravidao foi sendo erradicada gradualmente.

Pela necessidade inicial de mao de obra para a exploracao do Pau-Brasil , o trabalho escravo acabou tornando-se o sistema vigente no Brasil desde meados de 1530. Isso fez a nacao ficar, de tal modo viciada nessa formula por mais de 350 anos, [ 50 ] que tornou-se inviavel social e economicamente uma subita ruptura, mesmo na independencia. [ 51 ] O trafico de escravos era um negocio gigantesco, que movimentava centenas de navios e milhares de pessoas dos dois lados do Atlantico. [ 52 ] Mesmo apos os acordos de 1815 e 1826, o numero de escravos somente aumentou; o motivo foi o crescimento das lavouras de cafe ? e o trafico era a solucao. [ 53 ] Somente apos a assinatura da Lei Eusebio de Queiros (que proibia o trafico negreiro no Atlantico Sul), o incentivo da imigracao europeia ao Brasil e as Leis do Ventre Livre e dos Sexagenarios e que o quadro se inverte; criando assim a transicao entre o trabalho escravo pelo assalariado, e diminuindo de forma progressiva o numero de escravos na sociedade. Mas ainda nao era o suficiente. Ja no segundo reinado, o abolicionista Joaquim Nabuco calculava que nesse ritmo, ainda haveria escravidao no Brasil ate meados do seculo XX . [ 54 ] Portanto, havia a necessidade urgente de se combater o problema pela raiz ? o que ocorreu com a assinatura da Lei Aurea, em 1888, por parte da princesa Isabel. Alem da questao moral e humanitaria que cercava o assunto, o regime escravocrata ia contra os principios capitalistas e liberais que progressivamente se instauravam no pais e ao redor do mundo. [ 55 ]

Questao do Prata [ editar | editar codigo-fonte ]

A questao do Prata , as Guerras Platinas ou Campanhas Platinas foi um conjunto de conflitos diplomaticos e militares que ocorreram no seculo XIX entre os paises da regiao do Prata . Estas questoes iniciaram-se em 1816, com a pretensao do principe regente D. Joao VI de anexar a Banda Oriental e fixar a fronteira meridional na margem esquerda da bacia do rio da Prata , na Guerra contra Artigas , tambem chamada de Primeira Guerra Cisplatina.

Conflitos tambem ocorreram durante o reinado de D. Pedro I , como a Guerra da Cisplatina, de 1825 a 1828. Mas os mais notorios conflitos foram as guerras ocorridas durante o reinado de D. Pedro II , e que foram:

  • Guerra do Prata ou Guerra contra Oribe e Rosas, de 1851 a 1852;
  • Guerra do Uruguai ou Guerra contra Aguirre, de 1864 a 1865;
  • Guerra do Paraguai, tambem chamada de Guerra da Triplice Alianca, de 1864 a 1870.

O Brasil nao teve conflitos serios com os seus vizinhos do norte e oeste, devido a quase impenetravel e escassamente povoada floresta amazonica . No sul, no entanto, as disputas coloniais herdadas de Portugal e Espanha sobre o controle da rios navegaveis e de planicies que formam as fronteiras continuaram depois das independencias desses paises da regiao do Prata (Argentina, Uruguai, Paraguai, Brasil). A falta de fronteiras consolidadas nesta regiao levou a varios conflitos internacionais.

Guerra do Prata [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Guerra contra Oribe e Rosas

Manuel Oribe e Juan Manuel de Rosas , respectivamente presidentes do Uruguai e da Argentina , buscavam, na decada de 1850, criar um so pais, o que desequilibraria as forcas na bacia do Prata, uma vez que o novo pais controlaria sozinho os dois lados do estuario do rio da Prata , vindo contra os interesses do Brasil na regiao. Dom Pedro II declarou guerra aos dois paises, e mandou organizar um novo exercito no Sul, sob cuidados do entao conde de Caxias. Ele invadiu o Uruguai em 1851, derrubando Oribe e apagando a possibilidade do Uruguai se fundir com a Argentina. A passagem bem sucedida do imperio por este conflito e a pacificacao das ja mencionadas Revolucao Farroupilha e Revolucao Praieira melhorou consideravelmente a estabilidade e o prestigio da nacao, e o Brasil emergiu como uma potencia hemisferica.

Guerra do Uruguai [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Guerra contra Aguirre

No ano de 1864, a Argentina cortou relacoes com o presidente nacionalista uruguaio Anatasio Cruz Aguirre. Esta rixa diplomatica elevou os animos dos uruguaios. Como resultado, propriedades de brasileiros no Rio Grande do Sul eram invadidas e saqueadas por revoltosos, e os brasileiros que viviam no Uruguai tambem eram perseguidos. Buscando uma saida diplomatica, D. Pedro II tentou negociacoes com o presidente uruguaio, mas nao houve sucesso. Este negou inclusive o ultimato que o Brasil deu, e ameacou quebrar o Tratado de Limites de 1852, assinado entre os dois paises.

Desistindo das saidas diplomaticas, o Imperador buscou entendimentos com o general Venancio Flores , que disputava o poder no Uruguai. Assim, ele deu apoio a uma invasao brasileira. Em marco de 1864 a Divisao de Observacao do Exercito (mais tarde, Divisao Auxiliadora ) cruzou a fronteira, passaram a invadir o Uruguai. A invasao durou 11 meses. Em 15 de fevereiro de 1865, apos alguns dias de sitio na capital do Uruguai, Montevideu , o presidente Aguirre rendeu-se, e foi deposto do cargo. Em seu lugar, foi nomeado Venancio Flores, que assinou o acordo de paz com o Brasil em 20 de fevereiro. A invasao do Uruguai, bem como a deposicao de Aguirre, foram algumas das causas que levaram a Guerra do Paraguai, pois o presidente paraguaio, Solano Lopez, era aliado de Aguirre e do Partido Blanco no Uruguai.

Guerra do Paraguai [ editar | editar codigo-fonte ]

Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na America do Sul . Foi travada entre o Paraguai e a Triplice Alianca , composta pelo Brasil , Argentina e Uruguai . [ 56 ] A guerra estendeu-se de dezembro de 1864 a marco de 1870. E tambem chamada Guerra da Triplice Alianca ( Guerra de la Triple Alianza ), na Argentina e no Uruguai, e de Guerra Grande , no Paraguai. [ 57 ]

Em 1864, o Brasil estava envolvido num conflito armado no Uruguai, que pos fim a guerra civil uruguaia ao depor o governo interino uruguaio de Atanasio Aguirre (sucessor de Bernardo Prudencio Berro ), do Partido Blanco e aliado de Francisco Solano Lopez . O ditador paraguaio se opos a invasao brasileira do Uruguai, porque contrariava seus interesses. O conflito iniciou-se com o aprisionamento no porto de Assuncao, em 11 de novembro de 1864, do barco a vapor brasileiro Marques de Olinda , que transportava o presidente da provincia de Mato Grosso , Frederico Carneiro de Campos , que nunca chegou a Cuiaba , morrendo em uma prisao paraguaia. Seis semanas depois, o exercito do Paraguai sob ordens de Francisco Solano Lopez invadiu pelo sul a provincia brasileira de Mato Grosso. Antes da intervencao brasileira no Uruguai, Solano Lopez ja vinha produzindo material belico moderno, em preparacao para um futuro conflito com a Argentina mitrista, e nao com o Imperio. [ 58 ] Solano Lopez alimentava o sonho expansionista e militarista de formar o Grande Paraguai , [ 59 ] que abrangeria as regioes argentinas de Corrientes e Entre Rios, o Uruguai, o Rio Grande do Sul, o Mato Grosso e o proprio Paraguai. [ 60 ] Objetivando a expansao imperialista, Solano Lopez instalou o servico militar obrigatorio, organizou um exercito de 80 000 homens, reaparelhou a Marinha e criou industrias belicas.

Em maio de 1865, o Paraguai tambem fez varias incursoes armadas em territorio argentino, com objetivo de conquistar o Rio Grande do Sul. Contra as pretensoes do governo paraguaio, o Brasil, a Argentina e o Uruguai reagiram, firmando o acordo militar chamado de Triplice Alianca. [ 60 ] O Imperio do Brasil, Argentina mitrista e Uruguai florista, aliados, derrotaram o Paraguai apos mais de cinco anos de lutas durante os quais o Imperio enviou em torno de 150 mil homens a guerra. Cerca de 50 mil nao voltaram ? alguns autores asseveram que as mortes no caso do Brasil podem ter alcancado 60 mil se forem incluidos civis, principalmente nas entao provincias do Rio Grande do Sul e de Mato Grosso. Argentina e Uruguai sofreram perdas proporcionalmente pesadas ? mais de 50% de suas tropas faleceram durante a guerra ? apesar de, em numeros absolutos, serem menos significativas. Ja as perdas humanas sofridas pelo Paraguai sao calculadas em ate 300 mil pessoas, entre civis e militares , mortos em decorrencia dos combates, das epidemias que se alastraram durante a guerra e da fome.

Batalha Naval de Riachuelo , de Victor Meirelles .

A derrota marcou uma reviravolta decisiva na historia do Paraguai , tornando-o um dos paises mais atrasados da America do Sul , devido ao seu decrescimo populacional, ocupacao militar por quase dez anos, pagamento de pesada indenizacao de guerra, no caso do Brasil ate a Segunda Guerra Mundial , e perda de praticamente 40% do territorio em litigio para o Brasil e Argentina. No pos-guerra, o Paraguai manteve-se sob a hegemonia brasileira. [ 61 ] Foi o ultimo de quatro conflitos armados internacionais, na chamada Questao do Prata , em que o Imperio do Brasil lutou, no seculo XIX , pela supremacia sul-americana, tendo o primeiro sido a Guerra da Cisplatina , o segundo a Guerra do Prata , e o terceiro a Guerra do Uruguai .

A guerra terminou, contra todas as expectativas, somente em 1870. Mais de 50 mil soldados brasileiros morreram e os custos da guerra foram onze vezes superiores ao orcamento anual do governo. [ 60 ] [ 62 ] No entanto, o pais era tao prospero que o governo foi capaz de superar a divida da guerra em apenas dez anos. [ 63 ] [ 64 ] O conflito tambem foi um estimulo para a producao e o crescimento economico nacional, [ 65 ] alem do reavivamento da campanha abolicionista. [ 8 ]

Apogeu do Imperio, crises e Proclamacao da Republica [ editar | editar codigo-fonte ]

"Os soberanos do mundo" . Uma fotomontagem feita na Europa em 1889 com os principais chefes de estado do mundo. Dom Pedro II, entao Imperador do Brasil , e o 8º da esquerda para a direita.

Alguns fatores contribuiram para a queda da monarquia brasileira e sua substituicao pelo regime republicano. Durante toda a decada de 1870 e 1880 o Brasil prosseguiu com sua prosperidade em todas as esferas sociais: a escravidao ja estava fadada a extincao; a economia do pais, pautada no liberalismo , evoluiu ao passar por uma transicao que permitia cada vez mais o crescimento da industrializacao e a substituicao do antigo sistema escravocrata pela mao de obra assalariada ? fazendo o capitalismo aos poucos tornar-se o sistema economico hegemonico do pais ?, tornando assim o Brasil uma potencia emergente sem equivalentes nas Americas, com excecao aos Estados Unidos; [ 66 ] [ 67 ] apos a Guerra do Paraguai , o Brasil vivenciou sua Belle Epoque , que deu-se, principalmente, nas duas regioes mais prosperas do pais na epoca: a regiao do ciclo da borracha [ 1 ] (Amazonas, Rondonia e Para) e a regiao cafeeira (Sao Paulo e Minas Gerais), vindo o cafe a tornar-se um dos principais pilares da economia brasileira, chamado agora de 'ouro verde'. [ 68 ] [ 69 ] [ 70 ] O Brasil teve sua era de ouro a partir do fim da Guerra do Paraguai, onde havia conquistado uma estabilidade economica e paz social nunca antes vista, mantendo uma estabilidade interna desde 1850, algo inedito no mundo. O pais gozava de um consideravel prestigio estrangeiro durante os ultimos anos do imperio e tornou-se uma potencia emergente no cenario internacional. Pedro II havia colocado o Imperio do Brasil numa posicao de destaque e importancia incontestavel no contexto mundial; por volta de 1889, o monarca brasileiro alcancara proeminencia no cenario mundial tanto para o Brasil quanto para si mesmo. Ironicamente, a queda da monarquia brasileira ocorreu em seu momento de maior popularidade.

A partir da decada de 1880, o imperador era visto frequentemente desanimado ou sem entusiasmo, embora continuasse meticuloso quanto as questoes de estado e sua funcao de “vigilante” das instituicoes publicas ate o fim de seu reinado. As viagens que o imperador fizera aos EUA, Europa e Oriente Medio entre 1876 e 1877 lhe causaram um profundo impacto psicologico, pois enquanto viajava, estava praticamente livre das restricoes impostas pelo seu cargo. Sob o pseudonimo "Pedro de Alcantara", ele aproveitava a satisfacao de se mover como uma pessoa comum, ate mesmo viajando por trem apenas com sua esposa. [ 71 ] Dom Pedro II tornou-se imperador aos 05 anos de idade, e com o tempo tornou-se ressentido quanto ao peso da coroa e suas responsabilidades. Quanto a possibilidade da existencia de um terceiro reinado apos sua morte, o imperador, assim como muitos brasileiros na epoca e a classe politica, nao ambientavam da ideia de que o Brasil poderia ser governado por uma mulher, sua filha Isabel. [ 72 ] A morte de seus dois filhos ainda jovens e a falta de um herdeiro do sexo masculino eram um sinal de que o imperio estava destinado a ser suplantado.

Ceara e Amazonas libertaram seus escravos em 1884. O motivo era que a escravidao nao representava mais viabilidade economica aquelas provincias. A ideia era abolir a escravidao provincia por provincia, ate deixar o " trilatero da escravidao" isolado somente nas provincias de Minas Gerais, Sao Paulo e Rio de Janeiro. Porem, a decisao do Ceara aumentou a pressao da opiniao publica sobre as autoridades imperiais. [ 73 ]

Sob pressao das ruas, em 28 de setembro de 1885 promulgou-se a Lei dos Sexagenarios , que regulava a "extincao gradual do elemento servil" e que garantia liberdade aos escravos com 60 anos de idade ou mais, cabendo aos proprietarios de escravos indenizacao. [ 74 ] Em 1887, o imperador viajou para a Franca para tratar-se de uma doenca, deixando Isabel como regente do pais. Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel assina a Lei Aurea , abolindo de vez a escravidao no pais e libertando os ultimos 720 mil escravos existentes no pais ( 5% da populacao ). O imperador tem conhecimento da noticia em 22 de maio, e com voz fraca e lagrimas nos olhos, murmurou: "Demos gracas a Deus. Grande povo! Grande povo!" e desatou a chorar copiosamente. [ 75 ] Ao retornar para o Brasil em agosto de 1888, ele e sua esposa foram aclamados fervorosamente. "O pais inteiro o recebeu com um entusiasmo jamais visto. Da capital, das provincias, de todos os lugares, chegaram provas de afeicao e veneracao". Seguiram-se tres dias de celebracoes publicas. "Foi o unico delirio popular que me lembro de ter visto", relatou o escritor Machado de Assis. [ 37 ] A monarquia aparentava gozar de apoio inabalavel e parecia estar no apice de sua popularidade. [ 76 ]

Entretanto, o fim da escravidao desencadeou em uma transferencia explicita do apoio ao republicanismo pelos grandes fazendeiros de cafe, sendo isso o golpe final para qualquer crenca restante na neutralidade da coroa. Os grandes cafeicultores sentiram-se lesados ao perderem sua propriedade e nao serem indenizados. [ 77 ] O governo imperial pretendeu explorar o credito facil disponivel no Brasil como resultado de sua prosperidade e disponibilizou grandes emprestimos a juros baixos aos cafeicultores, alem de distribuir fartamente titulos de nobreza e outras honrarias a figuras politicas influentes que haviam se tornado descontentes. "Eu vejo a Monarquia em serio perigo e quase condenada. A princesa tornou-se muito popular, mas as classes (conservadoras) fogem dela e a lavoura esta republicana", escreveu Joaquim Nabuco ao barao de Penedo , 12 dias apos a assinatura da Lei Aurea. [ 37 ]

Essas medidas alarmaram os republicanos civis e os militares positivistas. Embora o republicanismo fosse uma ideologia elitista adotada somente em altas patentes militares ? sendo que a populacao em geral sentia certa aversao, pois preferiam a monarquia ?, sua combinacao com ideais positivistas tornou-se uma ameaca ao pais. Apesar de nao haver o desejo entre a maioria dos brasileiros de mudar forma de governo do pais, os republicanos comecaram a pressionar os oficiais do exercito para derrubarem a monarquia. [ 78 ] [ 79 ] [ 80 ]


Questao escravocrata [ editar | editar codigo-fonte ]

A regente, Princesa Isabel , pintura de Auguste Petit 1869.

Os grandes cafeicultores e latifundiarios nao se conformaram com a abolicao da escravidao e com o fato de nao terem sido indenizados. Sentindo-se abandonados pela monarquia passaram a apoiar a causa republicana, surgindo os chamados republicanos de 13 de maio (chamada assim por causa da data em que a Lei Aurea foi assinada, 13 de maio de 1888). [ 81 ] As principais leis que contribuiram para o fim da escravidao no Brasil foram:

Questao religiosa [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Questao religiosa

Desde o periodo colonial a igreja catolica era uma instituicao submetida ao estado, pelo regime do padroado, que dava ao imperador controle sobre o clero e assuntos eclesiasticos. O imperador tinha o direito de exercer o "beneplacito", ou seja, nenhuma ordem do papa poderia vigorar no Brasil sem antes ter sido aprovada por ele.

Mas, em 1872, D. Vital e D. Macedo, bispos de Olinda e de Belem, respectivamente, resolveram seguir ordens do papa Pio IX , punindo os religiosos que apoiavam o maconismo (membros da maconaria ), que frequentassem a instituicao e proibindo o casamento entre catolicos e macons. Dom Pedro II, simpatizante da maconaria mas nao adepto, solicitou aos bispos que suspendessem as punicoes. Como eles se recusaram a obedecer ao imperador, foram condenados a quatro anos de prisao. Em 1875, receberam o perdao imperial e foram libertados, mas o episodio abalou as relacoes entre a igreja e o imperador.

Questao militar [ editar | editar codigo-fonte ]

Durante o imperio havia sido aprovado o projeto montepio , pelo qual as familias dos militares mortos ou mutilados na Guerra do Paraguai recebiam uma pensao. A guerra terminara em 1870 e, em 1883 o montepio ainda nao estava pago. Os militares encarregaram entao o tenente-coronel Sena Madureira de defender os seus direitos. Este, depois de se pronunciar pela imprensa, atacando o projeto montepio, foi punido. A partir de entao os militares foram proibidos de dar declaracoes a imprensa sem previa autorizacao imperial.

O descaso que alguns politicos e ministros conservadores tinham pelo Exercito levava-os a punir elevados oficiais, por motivos qualificados como indisciplina militar. As punicoes disciplinares conferidas ao tenente-coronel Sena Madureira e ao coronel Ernesto Augusto da Cunha Matos provocaram revolta em importantes chefes de Exercito, como o Marechal Deodoro da Fonseca . Alem disso, apos a Guerra do Paraguai, a instituicao comecou a sentir-se desprezada pelo governo, entendendo que o mesmo mantinha preferencia pela marinha imperial . As inconformidades do exercito alimentaram as insubordinacoes nos quarteis na decada de 1880, sendo esse um dos motivos que culminariam na proclamacao da republica em 1889.

Golpe republicano de 15 de novembro [ editar | editar codigo-fonte ]

Marechal Deodoro da Fonseca

Desde a criacao do Partido Republicano Paulista em 1873, o movimento pro-republica atraiu pouquissimos adeptos, e para que a alteracao na forma de governo se desse de forma democratica, seria necessario uma Assembleia Geral majoritariamente republicana, o que parecia distante de ocorrer, pois a populacao nao demonstrava afinidade a derrocada da monarquia e simpatizava com o imperador. A ideia da mudanca de regime politico nao ecoava no pais. Em 1884, foram eleitos, para a Camara dos Deputados , apenas tres republicanos, entre eles os futuros presidentes da Republica Prudente de Morais e Campos Sales . Na legislatura seguinte, apenas um conseguiu ser eleito. Na ultima eleicao parlamentar realizada no Imperio do Brasil , a 31 de agosto de 1889, o Partido Republicano so elegeu dois deputados. [ 83 ] [ 84 ] Cientes desse problema, os republicanos optaram por concretizar suas ideias atraves de um golpe militar .

O governo do ultimo primeiro-ministro do imperio, Afonso Celso de Assis Figueiredo, Visconde de Ouro Preto , apresentou a Camara dos Deputados um audacioso programa de reformas politicas, do qual constavam: liberdade de fe religiosa, liberdade de ensino e seu aperfeicoamento, a expansao dos direitos de voto ao abolir o voto censitario, o fim dos mandatos vitalicios para o senado e, o mais importante de todos, aumentar a descentralizacao ? que por sua vez iria transformar o pais em uma federacao ao permitir a eleicao de prefeitos municipais e presidentes provinciais. [ 85 ] Ouro Preto era um monarquista ferrenho e estava determinado a salvar o regime nao importando os custos. Seu programa de reformas era altamente ambicioso e tinha a intencao de resolver antigas questoes que os politicos ha muito reclamavam. Dois itens que notavelmente ficaram de fora foi qualquer movimento para resolver a indisciplina militar e a urgente necessidade de restaurar a autoridade do governo sobre as forcas armadas. Isso se mostraria um erro fatal.

Entretanto, as reformas chegaram tarde demais. Na manha do dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca assumiu o comando das tropas revoltadas, ocupando o Quartel General do Rio de Janeiro e destituindo, em primeiro momento, o Visconde de Ouro Preto. Na noite do dia 15 de novembro constituiu-se o Governo Provisorio da Republica dos Estados Unidos do Brasil. Pedro II, que estava em Petropolis durante esses acontecimentos, recebeu, no dia seguinte, um documento do novo governo, solicitando que se retirasse do Pais, juntamente com sua familia. O imperador foi obrigado a embarcar para a Europa com a familia no dia 17 de novembro de 1889, durante a madrugada e sob chuva, a fim de nao gerar uma revolta popular. Proclamada a republica, no mesmo dia 15 de novembro de 1889, forma-se um governo provisorio, sendo o chefe do governo Marechal Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente do Brasil, acabando assim com o segundo reinado e com o periodo imperial brasileiro. Estava declarada assim, a Republica dos Estados Unidos do Brasil .

Pedro II governou o Brasil por 58 anos, entre 1831 a 1889. Na foto, o imperador em 1889, aos 64 anos.

Nao houve nenhuma participacao popular na proclamacao da Republica do Brasil . O que ocorreu, tecnicamente foi um golpe militar. O povo brasileiro apoiava o Imperador. O correspondente do jornal "Diario Popular", de Sao Paulo, Aristides Lobo , escreveu na edicao de 18 de novembro daquele jornal, sobre a derrubada do imperio, a frase historica: [ 86 ]

"[...] Por ora, a cor do governo e puramente militar e devera ser assim. O fato foi deles, deles so porque a colaboracao do elemento civil foi quase nula. O povo assistiu aquilo tudo bestializado, atonito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada ! [...]".

Na avaliacao do Visconde de Ouro Preto , deposto da presidencia do conselho de ministros em 15 de novembro, a proclamacao da republica foi um erro, e, assim se expressou em seu livro "Advento da ditadura militar no Brasil":

O segundo reinado pode ser divido em quatro etapas principais:

  • o chamado Periodo regencial, que se estende de 1831 ate 1840, epoca em que o Brasil estava mergulhado em varias revoltas e correu o risco de se fragmentar. [ 87 ]
  • a chamada fase de consolidacao , que se estende de 1840 a 1850. As lutas internas sao pacificadas, o cafe inicia a sua expansao, a tarifa Alves Branco permite a Era Maua .
  • o chamado apogeu do Imperio, um periodo marcado por grande estabilidade politica, quando de 1849 ate 1889 nao aconteceu no Brasil nenhuma revolucao, algo inedito no mundo: 50 anos de paz interna em um pais, permitida pelo sistema parlamentarista, (o parlamentarismo as avessas ) e pela politica de troca de favores. Em termos de Relacoes Internacionais , o periodo e marcado pela Questao Christie e pela Guerra do Paraguai .
  • o chamado declinio do Imperio, marcado pela Questao Militar , pela Questao Religiosa , pelas lutas abolicionistas e pelo movimento republicano, que conduzem ao fim do regime monarquico.

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

Referencias

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Bibliografia [ editar | editar codigo-fonte ]

Precedido por
Periodo regencial
Segundo reinado
1840 ? 1889
Sucedido por
Proclamacao da Republica