한국   대만   중국   일본 
Referendo sobre o status de Mayotte em 2009 ? Wikipedia, a enciclopedia livre Saltar para o conteudo

Referendo sobre o status de Mayotte em 2009

Origem: Wikipedia, a enciclopedia livre.
Bandeira local nao oficial
Bandeira da Franca

O referendo sobre o status de Mayotte de 2009 foi realizado em 29 de marco . A questao a ser decidida era se a ilha tornaria-se ou nao um departamento ultramarino frances .

Historia [ editar | editar codigo-fonte ]

Mayotte, que a Franca anexou em 1841 , depois de os portugueses terem sido os primeiros europeus a passar por la, em 1503 , fica 400 quilometros a leste da provincia mocambicana de Cabo Delgado e 300 a ocidente de Madagascar . Nos referendos de 1974 e 1976 , disse que nao queria ser independente, ao contrario das restantes ilhas do mesmo arquipelago, as Comores .

Apesar de 95% dos seus habitantes serem muculmanos sunitas , a ilha pretende ser ainda mais francesa, se possivel, numa altura em que Guadalupe, Martinica e outros departamentos ultramarinos se agitam para conseguir uma maior autonomia em relacao a Paris e ao mesmo tempo melhores condicoes de vida. "Podemos ser negros, pobres e muculmanos, mas somos franceses ha mais tempo do que Nice " (cidade so anexada a Franca em 1860 , depois de ter feito parte do reino da Sardenha , uma das bases da Italia unificada ), declarou ao semanario "L'Express" um deputado local, Abdoulatifou Aly. [ 1 ]

Resultado [ editar | editar codigo-fonte ]

O eleitorado decidiu por 95,5% dos votos passar de "coletividade territorial" para departamento ultramarino frances portanto a ilha tera um estatuto semelhante ao de Guadalupe , de Martinica e de Reuniao .

Uma vez que o "sim" saiu vencedor, conforme se previa, Mayotte tornar-se-a em 2011 o centesimo primeiro departamento da Franca, em pe de igualdade com os Alpes Maritimos ou as Ardenas . Mas tera de acabar com algumas das tradicoes locais, como os tribunais islamicos, os casamentos envolvendo criancas e a poligamia . Tanto a Uniao Africana (UA) quanto Comores , que ve Mayotte como um territorio "ocupado" pela Franca, denunciaram o referendo, como atentatorio dos ideais independentistas que gostariam de ver triunfar em todas as antigas colonias europeias. "Queremos ser como a metropole , com boas escolas e bons salarios", disse um dos 71.122 eleitores inscritos, ao votar. [ 1 ]

Reacoes [ editar | editar codigo-fonte ]

Da Franca [ editar | editar codigo-fonte ]

O presidente do pais, Nicolas Sarkozy , expressou sua "satisfacao" com o triunfo do 'sim', que considerou "um momento historico para Mayotte e os mayotenses". [ 2 ]

Das Comores [ editar | editar codigo-fonte ]

O governo comoriano qualificou de "pseudo-referendo, nula e invalida" a consulta popular. "Esta atitude de Franca traduz um desprezo sem precedente as resolucoes pertinentes da Organizacao das Nacoes Unidas (ONU), da Uniao Africana (UA), da Liga dos Estados Arabes , da Conferencia Islamica e do Movimento dos Nao Alinhados ", denuncia o governo do pais, considerando Mayotte como parte integrante das Comores .
Num comunicado, o pais apelou a comunidade internacional para denunciar esta "ultima manobra francesa de roubar uma parte de um Estado soberano reconhecido pelo Direito internacional". [ 3 ]

Manifestacoes populares [ editar | editar codigo-fonte ]

Centenas de comorianos manifestaram-se em Moroni , capital do pais contra o referendo, a manifestcao so nao ganhou mais adeptos por razoes meteorologicas, tendo a chuva comecado a cair antes da hora fixada para a concentracao.. Os manifestantes agrupados na Praca da Independencia efetuaram uma marcha de dois quilometros ate a Embaixada de Franca que fica na cidade, diante da qual eles exprimiram os seus protestos apesar dum cordao de seguranca das forcas da ordem comorianas. "Franca nunca desejara o bem", gritou Idriss Mohamed, responsavel do Comite Maore (nome local que designa Mayotte), um dos principais movimentos na origem desta manifestacao. "Ela (Franca) apenas traz desgraca, desolacao e desprezo", acrescentou. Falando a multidao reunida na praca antes da marcha para a embaixada francesa, Mohamed lembrou a intifada palestiniana que descreveu como "guerra das pedras contra os tanques israelitas". "Devemos tambem levar a cabo uma guerra para recuperar Mayotte", disse ele.

Mohamed lembrou ainda as recentes manifestacoes dos estudantes comorianos "contra a presenca colonial francesa em Mayotte", exortando a multidao a nao ficar cansada "porque havera outras (manifestacoes) ate que a integridade territorial do nosso pais seja completa". A concentracao contou com a participacao dos ministros Ahmed Ben Said Jaffar, das Relacoes Externas e Cooperacao; Madi Ali, da Justica e Assuntos Islamicos; e Kamaleddine Afraitane, da Educacao Nacional.Nenhum responsavel do Governo local da ilha autonoma da Grande Comore esteve presente na marcha, excepto Soudjay Hamadi, o presidente da Assembleia Local. [ 4 ]

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

Referencias