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Raminho

Origem: Wikipedia, a enciclopedia livre.
Portugal  Portugal Raminho  
   Freguesia   
Raminho, falésia costeira
Raminho, falesia costeira
Raminho, falesia costeira
Simbolos
Brasão de armas de Raminho
Brasao de armas
Gentilico raminhense
Localizacao
Raminho está localizado em: Açores
Raminho
Localizacao de Raminho nos Acores
Coordenadas 38° 47' 17" N 27° 19' 46" O
Regiao Acores
Municipio Angra do Heroismo
Administracao
Tipo Junta de freguesia
Presidente Mario Jose Martins Cardoso
Caracteristicas geograficas
Area total 11,25 km²
Populacao total (2021) 464 hab.
Densidade 41,2 hab./km²
Outras informacoes
Orago Sao Francisco Xavier
Sitio http://www.raminho.org

Raminho e uma freguesia rural acoriana do municipio de Angra do Heroismo , com 11,25 km² (4,6% da area do concelho) de area e 464 habitantes (2021), o que corresponde a uma densidade populacional de 41,2 hab/km². A freguesia localiza-se na costa noroeste da ilha Terceira , a cerca de 21 km da sede do concelho, a cidade de Angra do Heroismo. [ 1 ]

Geografia [ editar | editar codigo-fonte ]

O territorio da freguesia do Raminho, de configuracao grosseiramente triangular, e limitado a leste pela freguesia dos Altares , da qual e separado pela Canada dos Morros, e a oeste pela freguesia da Serreta , da qual e separado pelo grande domo traquitica do Biscoito da Faja. O limite sul da freguesia coincide com o rebordo da Caldeira de Santa Barbara e o limite norte e imposto pela alta falesia costeira, batida pelo Oceano Atlantico .

Sendo uma freguesia do norte da ilha, de cara sempre lavada pelas chuvas e pelo vento , o seu verde e claro e brilhante. As plantas sempre vivas e cheias de flores enfeitam os caminhos e rebordam as pastagens principalmente na primavera quando a flor amarela da erva azeda desponta pelos campos. Do Miradouro do Raminho desfrutam-se algumas das mais belas paisagens dos Acores , com a freguesia do Raminho e a Faja a vista e com as ilhas da Graciosa e de Sao Jorge no horizonte .

Igreja de Sao Francisco Xavier, Raminho.
Imperio do Divino Espirito Santo do Raminho.

Implantado no Complexo Vulcanico de Santa Barbara e ocupando o flanco norte da Caldeira de Santa Barbara , o territorio da freguesia do Raminho apresenta uma topografia acidentada a sul, nas faldas da Serra de Santa Barbara , onde atinge a sua maxima altitude (966 m acima do nivel medio do mar ) tornando-se progressivamente suave para norte, ate terminar nas altas arribas costeiras que o separam do mar. [ 1 ]

Na parte ocidental observa-se um relevo levantado, de orientacao NO-SE, com configuracao quase linear e desnivel muito acentuado no rebordo leste, correspondente a poderosa escoada traquitica do Biscoito da Faja, que a partir do Pico das Caldeirinhas escorreu ate ao mar, formando o Cabo do Raminho e a Ponta da Serreta.

As linhas de agua que percorrem a freguesia sao pequenas e de caudal efemero, nascendo todas nas encostas da caldeira. A orientacao do terreno leva a que se desenvolvam segundo um tracado rectilineo, com direccao predominante sul-norte. Os seus vales sao pouco profundos, embora bem definidos, destacando-se a Ribeira do Borges , a Ribeira do Cabo do Raminho , a Grota do Veiga , Grota do Francisco Vieira e a Grota dos Folhadais , [ 1 ] curso de agua que ainda mantem o toponimo original da localidade.

A orla costeira, numa extensao de cerca de 5,7 km, e uma continuada falesia, com arribas altas e um tracado quase linear, apenas interrompido por um poderoso dique basaltico, que por ser mais resistente a abrasao marinha, forma uma marcada protuberancia. A Ponta do Raminho e um dos lados da doma traquitica do Biscoito da Faja, separada da Ponta da Serreta por uma faja , uma pequena area de terra nao recoberta pela escoada traquitica. [ 1 ]

A parte alta da freguesia esta incluida numa das areas protegidas da Rede Natura 2000 , o Sitio de Interesse Comunitario (SIC) da Serra de Santa Barbara e Pico Alto . No extremo oeste da freguesia, ja no limite com a freguesia da Serreta , situa-se a Mata da Serreta , parte da Reserva Florestal de Recreio da Serreta .

Povoamento e demografia [ editar | editar codigo-fonte ]

A superficie habitada e pouco significativa no contexto do territorio da freguesia, com o povoamento a expressar-se de forma linear e continua ao longo da estrada paralela a costa que circunda a ilha. A unica penetracao do povoamento para interior da ilha, e ainda assim sem expressao, ocorre ao longo da Canada do Esteves, nas imediacoes da igreja paroquial.

A freguesia e constituida pelos seguintes lugares: Teatro do Meio; Portal da Terca; Canada dos Dois Moios; Grota dos Folhadais; Presa do Antonio Borges; Atalosa; Presa do Sabino; Rua Funda; A Igreja; Canada do Esteves; Terreiro; Canada da Bernarda; Grota do Francisco Vieira; Presa Grande; Ribeira do Borges; Lameiro do Carepa; e Cabo do Raminho.

Desde finais do seculo XIX ate a decada de 1960 a populacao manteve-se relativamente constante, com valores a oscilar entre 1 200 e 1 300 habitantes. A partir dessa data sofre um decrescimo notorio, comprovado nos resultados do censo de 2001, [ 2 ] registando entao apenas 550 residentes.

A partir de 1864, ano em que se realizou o primeiro recenseamento pelos modernos criterios demograficos, a evolucao da populacao da freguesia foi a seguinte:

Nº de habitantes / Variacao entre censos [ 3 ]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2021
1263 1300 1295 1235 1230 1245 1143 1189 853 663 601 550 565 464
+3% -0% -5% -0% +1% -8% +4% -28% -22% -9% -8% +3% -18%

Grupos etarios em 2001, 2011 e 2021

0-14 anos 15-24 anos 25-64 anos 65 e + anos
Hab 77 | 92 | 58 87 | 60 | 44 261 | 291 | 251 125 | 122 | 111
Var +19% | -37% -31% | -27% +11% | -14% -2% | -9%

★ 1864, 1868 - A freguesia era entao territorio da freguesia dos Altares .
Fonte: DREPA ( Aspectos demograficos - Acores 1978 ) e Servico Regional de Estatistica dos Acores (SREA)
★★ A primeira referencia a existencia desta freguesia encontra-se no decreto de 12 de novembro de 1898 [ 4 ]

Como e comum no mundo rural acoriano, a evolucao da freguesia do Raminho foi desde cedo controlada pela emigracao, primeiro para o Brasil , depois para os Estados Unidos e finalmente para o Canada. Ao longo do seculo XX , a populacao da freguesia manteve uma relativa estabilidade ate meados da decada de 1960 ; depois, gracas a facilitacao da emigracao acoriana para os Estados Unidos em consequencia do Kennedy-Pastore Act , [ 5 ] a populacao entrou em rapido declinio, ainda nao tendo estabilizado, apesar da emigracao ter virtualmente cessado ha mais de uma decada.

Economia [ editar | editar codigo-fonte ]

A agro-pecuaria, centrada quase exclusivamente na bovinicultura leiteira, e o pequeno comercio sao as principais actividades economicas da freguesia do Raminho. Gracas a melhoria da rede de estradas, um numero crescente de raminhenses trabalha nas cidades de Angra do Heroismo e Praia da Vitoria e na Base das Lajes .

Sendo a bovinicultura de leite a principal actividade economica da freguesia, gracas a riqueza dos seus solos e a abundancia de chuva nos terrenos altos da encosta norte da Serra de Santa Barbara , a freguesia foi sede de uma cooperativa leiteira, entretanto associada na Uniao das Cooperativas de Lacticineos da Ilha Terceira. Um moderno posto de recolha de leite serve a freguesia, analisando a qualidade do leite entregue e registando as quantidades entregues por cada lavrador. O leite e posteriormente transportado para a fabrica de Angra do Heroismo em camiao cisterna adequado.

Historia [ editar | editar codigo-fonte ]

O povoamento do Raminho, tal como acontece com os Altares , paroquia a que pertenceu ate 1878, parece ter prosseguido de leste para oeste, provavelmente a partir do nucleo inicial de povoadores que se instalou nas Quatro Ribeiras . O Raminho tera assim sido, a par do povoado hoje desaparecido da Faja, uma das ultimas povoacoes da ilha a surgir.

A origem do toponimo [ editar | editar codigo-fonte ]

Aparentemente devido a riqueza em folhado das florestas que recobriam aquela zona da ilha, a regiao que hoje corresponde a freguesia do Raminho era designada por Folhadais , toponimo ainda hoje presente na Grota dos Folhadais. A partir do seculo XVI aparece a designacao de Raminho dos Folhadais , aparentemente por oposicao ao Ramo Grande , a designacao dada pelos povoadores ao outro extremo da costa norte da ilha. Tal seria explicado pela exiguidade do territorio raminhense face a grande planicie do nordeste terceirense.

A evolucao da actividade agraria [ editar | editar codigo-fonte ]

A lavoura sempre foi a principal actividade da populacao do Raminho, desde os tempos dos primeiros povoadores. Desde esses tempos pioneiros, foram introduzidas culturas destinadas a alimentacao dos habitantes locais, como o feijao e o trigo, a que se seguiram seculos depois o milho, a batata, e a batata-doce . O Raminho foi tambem um importante centro da cultura do pastel e da recolha da urzela , plantas tintureiras que eram exportadas e constituiam as principais mercadorias exportadas daquela zona da ilha. A producao de linho tambem teve relevo, a que estava associada uma importante producao domestica de tecidos de linho, a que se juntavam os tecidos de la, produzidos a partir de ovelhas que pastavam nos altos da Serra de Santa Barbara. Mais tarde surgiu a cultura das favas , das ervilhas e dos tremocos , produtos que eram vendidos para os mercados urbanos da ilha e exportados.

A freguesia era tambem conhecida pela sua producao de musgo para cabeceiras . Este produto, utilizado para encher almofadas, era constituido por esfagno recolhido nas zonas altas da Serra de Santa Barbara, que depois de seco era desfiado ate adquirir a consistencia desejada. Era vendido em toda a ilha.

Os solos da freguesia sao de boa qualidade a beira-mar, mas a parte alta da freguesia e recoberta por uma espessa camada de pedra-pomes , localmente conhecida por bagacina branca. O aproveitamento desses solos exigiu o desenvolvimento de uma tecnica de movimentacao da camada superficial e seu recobrimento com material retirado do paleossolo [ 6 ] que se encontra sob a camada de bagacina. Para tal eram abertas, a pa ou com uma escrepa (do ingles: scraper ) puxada por animais, escavacoes rectangulares com alguns metros de profundidade, das quais era extraida a terra que era redistribuida sobre a superficie dos campos. Esta tecnica deixou marcas que sao visiveis nas imagens aereas da zona alta da freguesia sob a forma de depressoes rectangulares na zona mais baixa dos cerrados.

A integracao nas capitanias e concelhos [ editar | editar codigo-fonte ]

Quando em 1474, o territorio da ilha Terceira foi dividido nas capitanias da Praia e de Angra, o limite na costa norte da ilha foi fixado algures entre a Ponta Negra e a foz da Ribeira de Lapa, provavelmente coincidindo com a margem oeste do biscoito da Ponta Negra. O Raminho dos Folhadais ficou assim na esfera da capitania de Angra, embora a sua populacao, tal como a dos Altares, tivesse maior afinidade familiar e melhor comunicacao com os povos da Capitania da Praia.

A partir de 1565, quando, ouvidas pessoas experientes na geografia da ilha, por acordao de 1565 do Desembargo do Paco , em pleito que longamente opos os capitaes do donatario de Angra e Praia, respectivamente Antao Martins da Camara e Manuel Corte-Real , [ 7 ] o limite avancou cerca de 5 km para noroeste. A demarcacao final foi feita, recorrendo a pilotos , e ficou concluida a 8 de Julho de 1565, pondo termo a um pleito que durava ha varias decadas (pelo menos de 1525) sobre o limite dos Altares. [ 8 ] Em consequencia, a parte leste da freguesia, entre o Cerro da Ribeira dos Gatos e a Ponta Negra, pertencia a capitania da Praia, enquanto a parte oeste, do Cerro da Ribeira dos Gatos ao Biscoito da Faja, pertencia a capitania de Angra. [ 9 ] Esta divisao nao foi pacifica, tendo requerido a intervencao real, e materializou-se na instalacao de um marco (ainda lembrado pela toponimia do local onde se situou, a Cruz do Marco) no extremo mais proximo do mar do Cerro da Ribeira dos Gatos, frente a boca da Canada das Almas. Como consequencia desta alteracao, o Raminho dos Folhadais continuou a pertencer a Capitania de Angra, enquanto o territorio dos Altares, a cuja paroquia o Raminho continuou a pertencer, transitou para a Capitania da Praia.

No campo municipal a freguesia pertencia ao termo da vila de Sao Sebastiao , como o atestam multiplos documentos referentes a cultura e a fiscalidade do pastel, [ 10 ] mas a distancia em relacao a sede do concelho e o isolamento imposto pela cadeia de montanhas que se lhes entrepoe, fez com que o poder municipal fosse localmente pouco intenso e que o relacionamento preferencial se fizesse com a vila da Praia . Para complicar ainda mais esta situacao, a divisao entre capitanias levava a que a jurisdicao da Praia abrangesse o centro da freguesia dos Altares, deixando a Canada dos Morros, os Folhadais (hoje Raminho) e a Faja na orbita do capitao-do-donatario de Angra. Assim, se e seguro que os Folhadais (Raminho) foram sempre parte do concelho da Vila de Sao Sebastiao, ja no caso dos Altares, a partir do seculo XVIII foi forte a influencia dos edis praienses.

Com a extincao do concelho da Vila de Sao Sebatiao, determinada pela reforma administrativa de 24 de outubro de 1855 [ 11 ] e executada por portaria de 12 de fevereiro de 1870, com efeitos a 1 de abril daquele ano, procedeu-se a clarificacao da pertenca concelhia da freguesia. A partir de 1 de abril de 1870, cessou a influencia do concelho da Praia, passando os Altares, e por consequencia o Raminho, a pertencer ao concelho de Angra do Heroismo. Nessa mesma altura, foi redefinido a demarcacao oeste da freguesia, fixando-se o limite na parte mais alta da Rocha do Peneireiro, no extremo do cerro que termina na falesia da Ponta do Raminho (imedatamente a oeste do Cabo do Raminho), o que deixou as terras da Faja, entao ainda povoadas, na freguesia da Serreta .

A formacao do curato e a autonomia paroquial [ editar | editar codigo-fonte ]

A densificacao do povoamento dos Folhadais [ 12 ] e o surgimento das primeiras manifestacoes de alguma necessidade de autonomia em relacao ao resto da paroquia de Sao Roque dos Altares ocorrem nas decadas finais do seculo XVII . Na visita pastoral realizada em 1684 pelo entao bispo de Angra , D. frei Joao dos Prazeres , aquele prelado reconheceu que a paroquia dos Altares era muito extensa, sendo dificil ao vigario e ao cura entao existentes atender as necessidades espirituais de um povoado que se estendia da Faja (hoje na Serreta) a Ponta Negra (hoje nos Biscoitos). Face a isso, deliberou solicitar confirmacao regia a criacao de um segundo lugar de cura para a paroquia. Esse cura, aparentemente, destinava-se ao Raminho dos Folhadais e a Faja, territorios que constituiam a parte oeste da paroquia. A criacao do lugar de 2.º cura demorou a ser despachada pelo poder regio, pois uma decada depois, em 1694, aquando da visita a paroquia realizada pelo doutor Ambrosio de Sousa Fagundes , tesoureiro-mor e penitenciario da Se de Angra, visitador em nome do bispo D. Frei Clemente Vieira , deliberou aceder a uma peticao que lhe foi feita pelos moradores do Raminho, [ 13 ] os quais lhe fizeram saber que ≪ um devoto e eles intentavam erigir naquele sitio, uma ermida da invocacao da Madre de Deus, por ser certo que em razao dos longes que vao do lugar da Faja e Raminho ficavam muitas pessoas sem ouvirem missa e ser muita a distancia dos ditos lugares a paroquia para receberem os Divinos Sacramentos ≫. [ 14 ] No seu deferimento aquele visitador afirma que ≪ mando que aprovando Sua Majestade, que Deus Guarde, o provimento do dito segundo cura, este seja obrigado nos domingos e dias santos de preceito ir logo de manha dizer missa aos povos que residem da Cruz dos Dois Moios ate a Faja e os doutrine... ≫. [ 14 ] Contudo, nao foi obtida a sancao regio para a criacao de mais um lugar de cura e a pretensao gorou-se. Tambem nao ha noticia da construcao da ermida da Madre de Deus, talvez porque a obra estivesse condicionada a criacao do lugar de 2.º cura para a paroquial de Sao Roque dos Altares.

Com a criacao do curato de Nossa Senhora dos Milagres da Serreta , ocorrida em 1842, o lugar da Fajao, ao tempo termo da Vila de Sao Sebastiao, passou a integrar o novo curato, desligando-se da paroquia de Sao Roque dos Altares . Com esse desligamento, o limite ocidental dos Altares passou a ser ≪ a casa da Faja ≫, limite que depois passou a ser o extremo nordeste da Serreta, quando aquele curato foi elevado a paroquia em 1861.

Com o crescimento da populacao, naturalmente a necessidade de autonomia paroquial reacendeu-se e por iniciativa local em 1855 iniciou-se a construcao de uma ermida, sendo escolhido o inicio da Canada do Esteves, o mesmo lugar onde 160 anos antes se propusera a construcao da ermida da Madre de Deus. A primeira pedra foi lancada a 16 de agosto de 1855. Perante as dificuldades da populacao local em conseguir angariar os necessarios fundos, por alvara de 25 de janeiro de 1856, do governador civil Nicolau Anastacio de Bettencourt , foi constituida uma comissao filial destinada a angariar fundos e a conduzir a obra. A ≪ comissao filial ≫ era presidida pelo padre Antonio Joaquim Borges, vigario do Cabo da Praia , e integrava como tesoureiro Jose Coelho Cota, e como vogais Joao Machado Bretao, Francisco Vaz Toste, Andre Coelho e Joao Vieira Cardoso, sendo secretariada pelo padre Jose Bernardo Corvelo.

Nos trabalhos destacou-se a colaboracao do raminhense Jose Coelho Neto , [ 15 ] personalidade que viria a ser instrumental na criacao do curato e depois da freguesia do Raminho. A comissao assumiu as obras e deliberou dirigir a edificacao de uma igreja na povoacao do Raminho, prestando a obra todo o auxilio que pudesse. [ 14 ] A comissao angariou 152$530 reis, quantia avultada ao tempo. Com esta quantia, com o contributo em trabalho e materiais dos raminhenses e com o que dos fundos publicos o governador pode obter, construiu-se um templo, de uma so nave, com tres altares, localizado bem no centro da povoacao, em local elevado e vistoso (onde agora esta a igreja paroquial).

Na escolha do orago foi determinante Francisco Nunes da Rocha, residente na cidade de Angra, que era centuriao da Pontificia Obra da Propagacao da Fe , organismo que tem Sao Francisco Xavier como protetor. Ao tempo avancado em idade e com posses, quando lhe pediram um contributo para a igreja do Raminho respondeu que ofereceria a imagem do orago, se a escolha fosse Sao Francisco Xavier. Tendo em conta que as imagens eram muito caras e dificeis de obter, a oferta foi aceite, ficando a nova igreja com aquele orago. [ 14 ]

Ainda estava a igreja em obras quando, por decreto de 14 de agosto de 1861, [ 16 ] foi criado no Raminho o curato com a invocacao de Sao Francisco Xavier, sufraganeo da paroquial de Sao Roque dos Altares. Criado no mesmo dia que o curato de Santa Rita , na Serra de Santiago, o diploma foi obtido do 25.º governo da Monarquia Constitucional , presidido por Nuno Jose Severo de Mendoca Rolim de Moura Barreto , o 1.º duque de Loule , do Partido Historico , a requerimento da Camara Municipal da Praia da Vitoria atraves do deputado daquele partido eleito pelo circulo de Angra do Heroismo, Jacome de Ornelas Bruges , o 2.º conde da Praia , que naquele tempo exercia as funcoes de governador civil do Distrito de Angra do Heroismo . O decreto foi executado por provisao do bispo de Angra, D. frei Estevao de Jesus Maria , datada de 1 de outubro daquele ano de 1861, [ 17 ] tendo como limites a Cruz dos Dois Moios e a Faja.

A inauguracao da igreja, apos 6 anos de obras, ocorreu a 26 de outubro de 1861 com uma imponente procissao que saindo da igreja dos Altares conduziu a imagem de Sao Francisco Xavier, que lhe deveria servir de orago, ate a nova igreja. Houve missa solene e sermoes, sendo pregadores o tesoureiro-mor da Se, Jose Prudencio Teles de Bettencourt , [ 18 ] e o vigario de Santa Barbara, Joao Lourenco da Rocha. Sobre o arco da capela-mor foi colocada uma inscricao que dizia: ≪A caridade levantou este templo: a sua primeira pedra foi lancada no dia 16 de agosto do ano de 1855; e abriu-se ao culto religioso a 26 de outubro de 1861≫. [ 14 ]

Com a extincao do concelho de Sao Sebastiao, a partir de 1 de abril de 1870 os Altares, e por consequencia o curato do Raminho, passaram a integrar o concelho de Angra do Heroismo , sendo em simultaneo redefinida o seu limite oeste, passando o lugar da Faja a integrar a freguesia da Serreta que havia sido criada por decreto de 16 de outubro de 1861. [ 19 ]

Consolidado o curato, iniciou-se o processo de autonomizacao do lugar, visando a criacao da freguesia do Raminho. Num percurso em que ambos os partidos do rotativismo procuraram mobilizar as suas influencias junto do Governo, a freguesia foi criada por Decreto de 11 de julho de 1878, [ 20 ] por iniciativa do deputado Jose Maria Sieuve de Meneses , o visconde de Sieuve de Menezes , junto do 36.º governo da Monarquia Constitucional , presidido por Fontes Pereira de Melo , do Partido Regenerador , sendo Ministro dos Negocios Eclesiasticos e de Justica Barjona de Freitas , que assina o decreto. Num periodo de intensa luta partidaria, a elevacao do Raminho a paroquia, em simultaneo com igual processo nas Cinco Ribeiras , foi saudada como uma vitoria dos regeneradores, insinuando-se que Jacome de Ornelas Bruges , o 2.º conde da Praia , lider local do Partido Progressista , se havia oposto. Essas ≪especulacoes politicas≫ foram desmentidas pelos progressistas, que publicaram um oficio de 27 de dezembro de 1876, reforcado por outro datado de 26 de novembro de 1877, em que aquele politico, ao tempo servindo de governador civil de Angra do Heroismo, apoiava as pretensoes dos povos do Raminho e Cinco Ribeiras, solicitando ao governo, entao presidido pelo faialense Antonio Jose de Avila , duque de Avila e Bolama , a elevacao a freguesias daqueles curatos. [ 21 ]

O decreto foi recebido pelos raminhenses com Te Deum e sermao pregado por monsenhor Jose Alves da Silva , [ 17 ] paroco dos Altares. Contudo, quando se tratou de delimitar a nova freguesia, durante o processo de consulta ordenado pelo bispo de Angra, ao tempo D. Joao Maria Pereira do Amaral e Pimentel , surgiu forte contestacao por parte dos residentes do extremo leste do curato. [ 22 ] [ 23 ] Exposto a publicidade o teor do Decreto pela autoridade eclesiastica, para que houvessem de reclamar os interessados na delimitacao final da nova paroquia, ≪ todo o povo da Canada dos Morros e o da Estrada Real ate ao Outeiro da Chourica, expos em requerimento que o seu comodo e vontade era continuar a pertencer aos Altares ≫. [ 24 ]

Em resultado, e apesar do parecer favoravel da autoridade eclesiastica as pretensoes dos residentes, gerou-se um conflito em torno da delimitacao da freguesia ao longo da Canada dos Morros, com os raminhenses a insistirem que o limite deveria coincidir com a posicao do antigo marco das capitanias, na boca da Canada das Almas, que era ao tempo o limite do curato, e os altarenses a contrapor que o Treatro do Meio (nome resultante de ali ser montado um antigo treatro do Divino Espirito Santo) e a Canada dos Morros deveriam permanecer na sua jurisdicao. Perante a irredutibilidade das partes, o bispo de Angra, a quem incumbia a instalacao da nova paroquia, decidiu consultar o governo, o qual, por portaria de 3 de setembro de 1879, [ 25 ] ordenou ≪ que dispondo-se simplesmente no Decreto de onze de julho ultimo que pode ser elevado a paroquia independente o curato de Sao Francisco Xavier, sufraganeo da de Sao Roque dos Altares, sem que tenha sido autorizada alteracao alguma na respetiva circunscricao, por nao se ter mostrado pelas informacoes entao havidas ser ela necessaria, deve considerar-se demarcada a nova freguesia pelos mesmos limites do curato, enquanto outra coisa nao for resolvida quando porventura venha a conhecer-se pelos meios competentes nao ser aquela demarcacao a mais racional e conveniente ≫. [ 24 ] Esta portaria, emanada do 37.º governo da Monarquia Constitucional , presidido por Anselmo Jose Braamcamp , do Partido Progressista , e sendo governador civil Jacome de Ornelas Bruges , o 2.º conde da Praia , veio reacender as malquerencas partidarias entre regeneradores e progressistas que aproveitaram o conflito resultante como arma de arremesso.

Para obstar ao alastramento do conflito com a manutencao dos enterramentos de raminhenses no cemiterio dos Altares, por provisao do bispo de Angra de 21 de maio de 1879 foi autorizada a bencao do cemiterio da nova freguesia, a qual ocorreu a 26 de maio daquele mesmo ano. Ainda antes da bencao, e por autorizacao especial, ja ali fora sepultado Jose Coelho Neto , que oferecera o tereno para o cemiterio e fora o grande dinamizador da construcao da igreja, da criacao do curato e, depois, da elevacao do curato a freguesia. Sobre este raminhense diz Jose Alves da Silva: ≪ Foi ele um dos principais contribuintes para as despesas da construcao, e animava os seus concidadaos para todos os trabalhos necessarios, com o seu constante exemplo. Teve a gloria e indizivel prazer de ver coroados os seus esforcos; e deixou bem assinalado o seu amor por esta edificacao tao necessaria e tao piedosa, legando em seu testamento a Junta dez alqueires de renda. Foi ainda ele que ofereceu o terreno para o cemiterio, quando depois se pensou em elevar o curato a paroquia, sendo tambem o primeiro que neste cemiterio se sepultou, por licenca especial, antes de ele estar completo e bento. Jaz em sepultura assinalada com uma modesta pedra, que mesmo assim a distingue das demais sepulturas, como uma manifestacao da gratidao daquele povo para com a sua memoria abencoada .≫ [ 26 ]

Apesar da discordancia em relacao aos limites, o bispo D. Joao Maria Pereira do Amaral e Pimentel cumpriu o que lhe era ordenado pela portaria e por provisao de 3 de fevereiro de 1880 deu execucao a criacao da paroquia e de acordo com o governador civil mandou instalar os respetivos marcos de delimitacao. No dia 15 de fevereiro de 1880, primeira dominga da Quaresma, comecou a nova paroquia a funcionar com inauguracao que constou de missa cantada, Te Deum e sermao pregado pelo monsenhor Jose Alves da Silva , paroco dos Altares. [ 24 ] A freguesia, na sua configuracao inicial, tinha a data de entrada em funcionamento 1258 habitantes repartidos por 342 fogos. [ 24 ]

A par da justa alegria do povo do Raminho, que via o seu curato elevado a paroquia, ficou lavrando muito fundo o desgosto dos habitantes da Canada dos Morros e imediacoes que receberam um indeferido a reclamacao para que foram convidados pela autoridade. As consequencias deste desgosto foram retrairem-se os ditos habitantes de qualquer servico religioso no Raminho, a ponto de nao se desobrigarem das Quaresmas, deixarem de fazer as suas coroacoes de Espirito Santo, nao darem esmola, como costumavam, para o culto religioso naquela igreja e conservarem os filhos por baptizar. Este estado de violencia e de profundo desgosto era acompanhado de continuas reclamacoes ao prelado e ao Governo de Sua Majestade. [ 24 ] As reclamacoes foram finalmente atendidas, embora parcialmente, por Decreto de 28 de junho de 1882, que alterou a demarcacao das duas freguesias, assinado por Julio de Vilhena , ao tempo Ministro dos Negocios Eclesiasticos e de Justica do 39.º governo da Monarquia Constitucional , presidido pelo regenerador Fontes Pereira de Melo . A nova demarcacao da freguesia foi ordenada por provisao do bispo de Angra datada de 11 de setembro de 1882. [ 27 ]

Por ordem do governador civil, ao tempo Afonso de Castro , os marcos divisorios foram colocados nos seguintes locais: ≪ um por detras da casa de Manuel do Couto Fagundes, na distancia de 22 metros do eixo da Canada dos Morros; outro por detras da casa de Francisco Goncalves Ramos, junto da ribeira denominada dos Dois Moios, em que se inscreveu em tinta vermelha de oleo a letra ? A ?; outro na entrada da dita Canada dos Dois Moios, na parede divisoria da propriedade de Francisco Vaz Toste, indicado com a letra ? R ? a tinta vermelha. ≫ Pela nova demarcacao, a Canada dos Morros e o troco da Estrada Real da Canada das Almas ate a Cruz do Marco regressava aos Altares, mas o troco da Estrada entre a Cruz do Marco e o Outeiro da Chourica, abrangendo quase todo o Teatro do Meio, permanecia no Raminho. Tambem regressava aos Altares a Silveira Grande e a Silveira Pequena, no extremo sudoeste da Canada dos Morros, apesar dos seus moradores pretenderem permanecer no Raminho, ja que ficavam a curta distancia da respetiva paroquial quando desciam pela Canada do Esteves. [ 24 ]

Apesar de com esta nova demarcacao nao ficarem satisfeitos todos os reclamantes, porque por um engano na redacao do decreto ficou incorporado nos Altares o extremo oeste da Canada dos Morros, que devia pertencer ao Raminho por assim o pedir o bom servico, tendo ficado incorporada no Raminho a parte da Estrada Real ate a Chourica, cuja populacao reclamara tambem para ser dos Altares, aquietaram-se os animos. [ 24 ]

Uma consequencia da manutencao do Teatro do Meio no Raminho foi o desencadear em 1882 de um grave conflito sobre a posse da coroa do Espirito Santo que era pertenca da irmandade que mantinha o culto naquela parte da freguesia, composta maioritariamente por residentes na Canada dos Morros e locais viznhos. O conflito arratou-se por uma decada, sendo apenas resolvido nos tribunais por sentenca de segunda instancia em 1892. Sobre esta questao escreve o padre Jose Alves da Silva , ao tempo paroco dos Altares: ≪ Em 1892 foi decidida pela Relacao de Ponta Delgada uma impertinente questao de uma coroa do Espirito Santo que trazia dividido o povo desta freguesia e o do Raminho. Eis o caso: quando a freguesia compreendia o curato do Raminho tinha 3 imperios, um junto de cada igreja, e outro num ponto intermedio, e que por isso se chamava ? Teatro do Meio; o povo da vizinhanca, que compreendia toda a Canada dos Morros e imediacoes, e que geria este imperio. Efetuada a divisao da freguesia, ficou o dito imperio no territorio do Raminho. Nada mais justo e racional do que continuar o mesmo imperio a funcionar, o mesmo povo com a respetiva gerencia como acontece em toda a ilha em identicos casos. Nao o entendeu assim, infelizmente, a Junta do Raminho, e logo depois de efetuada a divisao exigiu judicialmente a entrega da coroa e mais insignias do imperio! Esta exigencia causou grande sobressalto, como e facil de compreender, e o povo das imediacoes do imperio, para se subtrair a tal violencia, constituiu-se em irmandade com estatutos aprovados. Parecia que assim ficariam terminados todos os conflitos. Pois nao sucedeu tal. A Junta nao se deu por vencida, e foi de novo para juizo contra a irmandade, alegando que os estatutos foram elaborados depois da questao estar em juizo. Parecia ainda, perante a razao, que se aqueles objetos podiam pertencer aqueles individuos constituidos em irmandade antes da questao estar em juizo, tambem posteriormente o poderiam; tanto mais quanto objetos identicos nunca em parte alguma sao reclamados pelas juntas; andam sempre entre o povo que sempre deles usou, ainda mesmo quando os respetivos imperios nao funcionem, como nomeadamente esta acontecendo em Angra aos imperios da rua do Galo, da rua de Santo Espirito e ate julgo que tambem ao da rua de Sao Pedro, continuando as coroas e mais insignias em poder dos antigos irmaos. Nao sucedeu, porem, assim; e a Junta teve sentenca favoravel na primeira instancia. Desta sentenca apelou a irmandade para a Relacao de Ponta Delgada e ai obteve sentenca adversa, mas que, depois de postos uns embargos, se lhe tornou favoravel. Assim terminou esta questao irritante e escusada, que nunca se devera ter levantado, e com a qual tanto dinheiro se gastou e tantas indisposicoes se criaram. Oxala que o tempo tudo faca esquecer, e que a paz se restabeleca por tal ordem entre estas duas freguesias, que elas se mostrem um povo de irmaos, como realmente sao, visto que os lacos de sangue entre elas sao intimos e estreitissimos. Todas as dissensoes devem esquecer e a paz deve ser tanto mais perduravel, quanto e certo que ninguem pode nem deve cantar vitoria. O individuo que representava a irmandade em juizo, depois de ter sofrido desgostos gravissimos e feito despesas muito superiores aos seus haveres, recebeu a noticia da sentenca quase a beira do tumulo, ferido por uma doenca mortal. A parte que perdeu a questao, sendo, como e, o povo inteiro de uma freguesia, quase nao sente as consequencias dessa perda, pois os encargos sao divididos por todos. Serviu, porem, este resultado para dar sossego e tranquilidade aos ultimos dias da vida daquele individuo, afinal sempre bem-intencionado nesta questao, pois que so desejou a conservacao daqueles direitos e regalias que gozaram os seus antepassados, e servira por certo tudo quanto se passou de licao para casos identicos, de sorte que em boa inteligencia e harmonia se resolvam toda e qualquer pendencias, como e proprio de cristaos, irmaos e amigos .≫ [ 28 ]

Depois de anos de discussao, e de varias assuadas entre freguesias e do marco de delimitacao ter sido movido e destruido varias vezes, o limite acabou na boca da Canada dos Morros, na Cruz do Marco, ficando o Treatro do Meio no Raminho e a Canada dos Morros nos Altares. Desta contenda resultou que as casas sitas no lado oeste da Canada dos Morros sao dos Altares, mas os terrenos rustico confinantes sao do Raminho. Dai que o marco de separacao entre freguesias nao esteja no mesmo alinhamento, o dos Altares, junto ao chafariz da Cruz do Marco, a leste da Canada dos Morros, o do Raminho quase uma centena de metros para oeste, ja bem internado no Treatro do Meio, deixando uma curiosa terra de ninguem entre eles.

A par com os Altares , a freguesia do Raminho foi a ultima do concelho de Angra do Heroismo a ter electricidade , com a sua rede de distribuicao domiciliaria a ser inaugurada no dia 6 de Julho de 1969. [ 29 ] A distribuicao domiciliaria de agua apenas foi conseguida na decada de 1980 .

O terramoto de 1980 causou graves danos na freguesia, obrigando a reconstrucao da quase totalidade do seu parque habitacional. Tambem provocou grandes desabamentos na arriba costeira, destruindo o acesso a varios pesqueiros e o atalho (a ≪descida≫) de acesso a nascente de agua mineromedicinal da Agua Azeda do Cabo do Raminho , um manancial situado na zona entremares nas proximidades da Ponta do Raminho que era aproveitado para fins medicinais. [ 30 ]

A principal festa religiosa do Raminho realiza-se anualmente no ultimo domingo de Agosto em honra do Sagrado Coracao de Jesus.

Cronologia [ editar | editar codigo-fonte ]

  • 1474 ? Nesta data e devido a divisao da ilha Terceira nas capitanias da Praia e de Angra o Raminho e integrado no territorio da capitania de Angra.
  • 1684 ? Nesta data e por decisao do entao bispo de Angra, D. frei Joao dos Prazeres , a Ermida da Madre de Deus do lugar dos Folhadais , concelho de Angra do Heroismo passa a ter cura nomeado.
  • 1856 ? 25 de janeiro ? Dada a necessidade de ampliacao da Ermida da Madre de Deus, e emitido um pelo governador civil, Nicolau Anastacio de Bettencourt , para a formacao de uma comissao fabriqueira encarregue de angariar fundos e de conduzir a obra.
  • 1861 ? E terminada a obra de substituicao da Ermida da Madre de Deus do Raminho, concelho de Angra do Heroismo, por um novo templo de maior dimensao, constituido por tres naves, espacoso e em estilo neo?romantico . Tem duas torres de sineira e foi consagrada a Sao Francisco Xavier .
  • 1861 ? A freguesia do Raminho, concelho de Angra do Heroismo, e elevado a curato independente por provisao do bispo D. frei Estevao de Jesus Maria , confirmada por decreto real de 14 de agosto do mesmo ano. [ 31 ]
  • 1864 ? E feito o primeiro recenseamento populacional da freguesia do Raminho, pelos modernos criterios demograficos. [ 32 ]
  • 1867 ? Na noite de 1 para 2 de junho de 1867, apos muitas semanas de intensa sismicidade, que provocou grandes danos nas freguesias de Serreta , Raminho e Altares , iniciou-se uma erupcao submarina a cerca de 9 milhas nauticas da Ponta da Serreta, na area contigua a Baixa da Serreta , hoje conhecida por Vulcao da Serreta . Este facto deu origem a Procissao dos Abalos que se realiza a 31 de maio de cada ano.
  • 1870 ? Com o desmembrar do concelho de Sao Sebastiao, a freguesia do Raminho e integrada no concelho de Angra do Heroismo.
  • 1878 ? Separacao da paroquia do Raminho da Paroquia dos Altares, ambas do concelho de Angra do Heroismo.
  • 1878 ? 11 de julho ? Por decreto recebido pelos raminhenses com Te Deum e sermao pregado por Monsenhor Jose Alves da Silva , o Raminho, concelho de Angra do Heroismo, foi transformado em freguesia. [ 31 ]
  • 1880 ? E construido o Imperio do Divino Espirito Santo do Raminho .
  • 1960 ? A freguesia do Raminho, concelho de Angra do Heroismo e fortemente atingida pelo grande surto emigratorios para os Estados Unidos ao abrigo do Kennedy-Pastore Act . [ 33 ]
  • 1993 ? 13 de novembro ? e criada a Tuna do Raminho, agrupamento musical com origem em cursos extra-escolares de musica promovidos pela Junta de Freguesia. Inclui tocadores de viola da terra, violao , bandolim , violino e instrumentos de percussao. O repertorio e constituido por musica regional acoriana e musica popular.
  • 1980 ? Chega a distribuicao domiciliaria de agua a freguesia do Raminho, concelho de Angra do Heroismo.
  • 1980 ? O Terramoto de 1 de janeiro de 1980 causou graves danos a freguesia do Raminho, concelho de angra do Heroismo, obrigando a reconstrucao da quase totalidade do seu parque habitacional.
  • 1993 ? 10 de junho ? E inaugurada a Casa do Povo do Raminho, instituicao socio-cultural e recreativa, detentora de edificio polivalente destinada a uso comunitario.
  • 2001 ? 25 de abril ? E inaugurado o edificio da Junta de Freguesia do Raminho.

A Procissao dos Abalos [ editar | editar codigo-fonte ]

Na noite de 1 para 2 de Junho de 1867, apos muitas semanas de intensa sismicidade, que provocou grandes danos nas freguesias de Serreta , Raminho e Altares , iniciou-se uma erupcao submarina a cerca de 9 milhas nauticas da Ponta da Serreta , na area contigua a Baixa da Serreta, hoje cohecida por Vulcao da Serreta . A erupcao estendia-se por uma faixa de mais de 2,5 milhas nauticas de comprido na direccao EW e terminou cerca de um mes depois. O local onde ocorreu e sensivelmente o da recente erupcao de 1998 e 1999. Relembrando a procissao que foi deita na vespera da erupcao, na freguesia do Raminho ainda se realiza anualmente, a 31 de Maio, a Procissao dos Abalos .

E uma procissao com um cariz diferente das restantes que se realizam na ilha, ja que se faz de madrugada (por volta das 6:00 horas), em silencio, transportando apenas as coroas da Irmandade do Divino Espirito Santo . Os participantes vestem as suas roupas de trabalho. Chegados ao alto da Ponta do Raminho, em local sobranceiro ao ponto do mar onde se deu a erupcao, ha missa campal e sermao. A procissao regressa entao a igreja do Raminho, com os participantes a ficar nas suas residencias a medida que a procissao por elas passa.

Instituicoes da freguesia [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Irmandade do Divino Espirito Santo ? A mais antiga agremiacao da freguesia, tem o seu imperio e dispensa nas proximidades da igreja paroquial.
  • Casa do Povo do Raminho ? Instituicao sociocultural e recreativa, detentora de edificio polivalente inaugurado a 10 de Junho de 1993. Naquele imovel funcionou a Junta de Freguesia, hoje com edificio proprio, inaugurado no dia 25 de Abril de 2001. Alberga os servicos locais de seguranca social e de saude, com com servicos medicos e de enfermagem. Na vertente sociocultural, tem uma biblioteca, sala para actividades recreativas e culturais e um salao para bailes, banquetes e convivios.
  • Sociedade Recreativa do Raminho ? Instituicao sociocultural e recreativa com sala de espectaculos e bar.
  • Tuna do Raminho ? agrupamento musical fundada a 13 de Novembro de 1993, na sequencia dos cursos extra-escolares de musica promovidos pela Junta de Freguesia. Inclui tocadores de viola da terra, violao, bandolim, violino e instrumentos de percussao. O repertorio e constituido por musica regional acoriana e musica popular.
  • Agrupamento de Escuteiros.
  • Centro Social de Idosos Sao Francisco Xavier do Raminho ? um pequeno lar de idosos sito a Presa Grande.

Patrimonio natural e construido [ editar | editar codigo-fonte ]

Personalidades [ editar | editar codigo-fonte ]

Diversas personalidades da vida cultural, social e politica estiveram ligadas ao Raminho, entre as quais:

Referencias [ editar | editar codigo-fonte ]

  1. a b c d Enciclopedia Acoriana : Raminho (freguesia) .
  2. Instituto Nacional de Estatistica (2002), XIV Recenseamento Geral da Populacao . Lisboa, Instituto Nacional de Estatistica.
  3. Instituto Nacional de Estatistica (Recenseamentos Gerais da Populacao) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  4. INE
  5. Legislacao especial passado pelo Congresso dos Estados Unidos Arquivado em 19 de janeiro de 2012, no Wayback Machine . em 1958, apos a erupcao do Vulcao dos Capelinhos , que permitiu a entrada de 2000 familias acorianas naquele pais. Como as leis de imigracao nos Estados Unidos permitiam a reunificacao familiar, esta leva inicial teve um extraordinario efeito multiplicador, permitindo nas decadas seguintes a partida de mais de 120 000 acorianos.
  6. Eram solos ferteis que ficaram recobertos pela pedra-pomes emitida durante a erupcao que deu origem a doma do Biscoito da Faja. A terra manteve a sua fertilidade apesar do recobrimento, pelo que os agricultores abriam grandes covas, que desciam abaixo da base do deposito pomitico, para retirar o material que depois estendiam sobre a bagacina.
  7. Francisco Ferreira Drumond, Anais da Ilha Terceira , vol. I., Segunda Epoca, Cap. V .
  8. Francisco Ferreira Drumond, Anais da Ilha Terceira , vol. I., Segunda Epoca, Cap. V .
  9. Rute Dias Gregorio, Terra e Fortuna: os primordios da humanizacao da ilha Terceira (1450?-1550) . Ponta Delgada, Centro de Historia de Alem-mar, 2008 ( ISBN 978-989-95563-1-7 ).
  10. Francisco Ferreira Drummond, op. cit. , vol. I., cap. IV .
  11. Decreto (pelo Ministerio da Justica ? Diario do Governo n.° 283) contendo a nova divisao de territorio para o servico judicial e administrativo .
  12. A localidade era entao conhecida por Raminho dos Folhadais ou simplesmente Folhadais .
  13. O texto do deferimento e o seguinte: ≪E porque por parte dos moradores do lugar do Raminho, que fica nos confins do freguesia, me foi representado que um devoto e eles intentavam erigir naquele sitio, uma ermida da invocacao da Madre de Deus, por ser certo que em razao dos longes que vao do lugar da Faja e Raminho ficavam muitas pessoas sem ouvirem missa e muita distancia dos ditos lugares a paroquia para receberem os Divinos Sacramentos: acedendo ao bem comum daqueles povos e haver eu pessoalmente visto a necessidade, mando que aprovando Sua Majestade, que Deus Guarde, o provimento do dito segundo cura, este seja obrigado nos domingos e dias santos de preceito ir logo de manha dizer missa aos povos que residem da Cruz dos Dois Moios ate a Faja e os doutrine porque aquele rebanho nao fique desfavorecido do pasto espiritual, e quando para os ditos moradores, se procurar o Viatico, sendo a horas para se poder dizer missa, da dita ermida ira administrar o dito cura, e nao sendo a hora competente de poder celebrar missa lhe levara o Viatico da igreja paroquial, e na dita ermida tera no lugar de melhor resguardo o Sacramento da Extrema-Uncao, fazendo-se relicario e ambula com veu a custa dos moradores daquele lugar, sendo obrigada a Confraria do Santissimo Sacramento da paroquia a dar a cera necessaria para a tal administracao. E nos tais dias festivos, depois do dito cura dizer missa na ermida, se recolhera a Igreja paroquial administrando na dita ermida sem prejuizo dos direitos paroquiais≫.
  14. a b c d e Jeronimo Emiliano de Andrade , Topografia da ilha Terceira , pp. 322-323. Instituto Historico da Ilha Terceira/Camara Municipal de Angra do Heroismo, Angra do Heroismo, 2020 ( ISBN 978-972-9220-51-7 ).
  15. Filho de Mateus Coelho Vaz da Costa e de Ana Josefa, era irmao do cantador raminhense Francisco Coelho Neto .
  16. Decreto de 14 de agosto de 1861 que cria um curato no lugar do Raminho, sufraganeo da paroquial de Sao Roque dos Altares .
  17. a b Alfredo Lucas, op. cit. , p. 219.
  18. O sermao foi editado num opusculo intituado: Sermao da trasladacao da Imagem de S. Francisco Xavier da Igreja de S. Roque dos Altares para a sua nova igreja do Lugar do Raminho da ilha Terceira , Typ. do Governo Civil, Angra do Heroismo, 1862.
  19. Aviso (pelo ministerio da justica ? Diario de Lisboa n.° 277 de 5) annunciando que por decreto de 15 de outubro ultimo se auctorisara a creacao de um curato na Queimada, pertencente a freguezia de Santo Amaro, no bispado do Angra, com a invocacao de Nossa Senhora da Boa Hora, e que por decreto de 16 do mesmo mez se resolveu que o curato de Nossa Senhora dos Milagres, no logar da Serreta, freguezia de S. Jorge das Doze Ribeiras, no bispado de Angra, possa ser elevado a parochia .
  20. Ministerio dos Negocios Eclesiasticos e de Justica ? Direccao Geral dos Negocios Eclesiasticos ? Segunda Reparticao ? Tendo subido a Minha Real Presenca a representacao em que os habitantes do lugar do Raminho, curato de Sao Francisco Xavier, sufraganeo da freguesia de Sao Roque dos Altares no Concelho e Distrito de Angra do Heroismo, pedindo que o mesmo curato seja elevado a paroquia independente; Constando-me pelas informacoes recebidas do Reverendo Bispo da Diocese de Angra, e da respetiva Autoridade Administrativa, que se torna de necessidade a providencia que se solicita pelas circunstancias que tornam recomendavel o lugar de que se trata; Conformando-me com o parecer do Reverendo Prelado, Usando da autorizacao concedida pela Carta de Lei de quatro de junho de mil oitocentos cinquenta e nove; e visto a disposicao do paragrafo segundo do artigo terceiro do novo Codigo Administrativo, aprovado pela Carta de Lei de seis de maio do corrente ano: Hei por bem Resolver que possa com efeito ser elevado a Paroquia o Curato de Sao Francisco Xavier, ficando constituindo uma freguesia independente; e abonando-se anualmente para congrua e subsistencia do paroco da nova freguesia uma quantia igual a que se acha estabelecida para a referida Paroquia de Sao Roque dos Altares . ? O Ministro e Secretario de Estado dos Negocios Eclesiasticos e de Justica o tenha assim entendido, e faca executar. ? Paco em onze de Julho de mil oitocentos setenta e oito. ? Rey ? Augusto Cesar Barjona de Freitas .
  21. Pedro de Merelim , As 18 Paroquias de Angra , p. 186-187. Angra do Heroismo, Instituto Historico da Ilha Terceira, 2.ª edicao, 2017 ( ISBN 978-972-9220-32-6 ).
  22. Jose Rodrigues Ribeiro, op. cit , p. 148.
  23. Noticia da criacao da freguesia no Supplemento ao n.º 1007 de A Terceira .
  24. a b c d e f g Jose Alves da Silva , anotacoes a obra de Jeronimo Emiliano de Andrade, Topografia da Ilha Tereceira , pp. 329-333. Angra do Heroismo, 2020.
  25. Ministerio dos Negocios Eclesiasticos e de Justica ? Direccao Geral dos Negocios Eclesiasticos ? Segunda Reparticao ? ≪ Sua Majestade El-Rei Manda declarar ao Reverendo Bispo da Diocese de Angra, com referencia a sua representacao de onze de agosto proximo preterito, que dispondo-se simplesmente no Decreto de onze de julho ultimo que pode ser elevado a paroquia independente o curato de Sao Francisco Xavier, sufraganeo da de Sao Roque dos Altares, sem que tenha sido autorizada alteracao alguma na respetiva circunscricao, por nao se ter mostrado pelas informacoes entao havidas ser ela necessaria, deve considerar-se demarcada a nova freguesia pelos mesmos limites do curato, enquanto outra cousa nao for superiormente resolvida quando por ventura venha a conhecer-se pelos meios competentes nao ser aquela demarcacao a mais racional e conveniente. E devolvendo-se o processo que acompanhou a referida representacao para seguir os termos regulares e poder verificar-se a criacao da aludida paroquia, na conformidade do citado Decreto. Manda outrossim o Mesmo Augusto Senhor ponderar que, para evitar duvidas no futuro sobre os limites das duas freguesias, convem que na linha divisoria que as separa sejam postos os necessarios marcos; devendo a este respeito providenciar o sobredito Prelado, de acordo com o Governador Civil do Distrito. O que se comunica ao Reverendo Bispo da Diocese de Angra para seu conhecimento e devidos efeitos . ? Paco em tres de Setembro de mil oito centos setenta e nove. ? Adriano de Abreu Cardoso Machado .≪
  26. Jose Alves da Silva, anotacoes a Topografia da Ilha Terceira de Jeronimo Emiliano de Andrade, 2.ª edicao, p. 325. Instituto Historico da Ilha Terceira/Camara Municipal de Angra do Heroismo, Angra do Heroismo, 2020 ( ISBN 978-972-9220-51-7 ).
  27. D. Joao Maria Pereira de Amaral e Pimentel, por merce de Deus, e da Santa Se Apostolica, Bispo de Angra, e mais ilhas dos Acores, do Conselho de Sua Majestade, Comendador da Ordem de Cristo: ? Aos que esta Nossa Provisao virem, saude e graca: ? Fazemos saber, que nos autos do processo instaurado para a demarcacao das duas freguesias, de Sao Roque dos Altares e de Sao Francisco Xavier do lugar do Raminho, desta ilha Terceira, tratando-se de reformar a dita demarcacao em virtude do Decreto de vinte oito de junho do corrente ano, depois de preenchidas as formalidades legais que entendemos necessarias, e indispensaveis para o indicado fim, proferimos o julgado do teor seguinte: ? Vistos estes autos, et caetera; deles se mostra que por Decreto de vinte oito de junho do corrente ano foi Sua Majestade servido ordenar pelos motivos que Lhe foram presentes, e em conformidade com o que tinhamos informado o mesmo Augusto Senhor, que a povoacao que se denomina Canada dos Morros e que pertencia a freguesia de Sao Francisco Xavier do lugar do Raminho, desta ilha Terceira, fique pertencendo daqui em diante para todos os efeitos eclesiasticos a freguesia de Sao Roque dos Altares desta mesma ilha, servindo de limite entre as duas paroquias os marcos mandados colocar pelo excelentissimo Governador Civil do Distrito, e sao, como se ve no auto de ratificacao que por copia se acha a folhas sessenta e nov um por detras da casa de Manuel do Couto Fagundes, na distancia de vinte dois metros do eixo da Canada dos Morros; outro por detras da casa de Francisco Goncalves Ramos, junto da ribeira denominada dos Dois Moios, em que se inscreveu em tinta vermelha de oleo a letra ? A ? outro na entrada da dita canada dos Dois Moios, na parede divisoria da propriedade de Francisco Vaz Toste, indicado com a letra ? R ? a tinta vermelha. Pelo que, pela presente subtraimos da jurisdicao da paroquia da freguesia de Sao Francisco Xavier, do Raminho, da ilha Terceira os fieis da povoacao da Canada dos Morros, limitados pelos supramencionados marcos; e os sujeitamos ao paroco da freguesia de Sao Roque dos Altares, como seus fregueses, nao so no presente, mas igualmente no futuro; recomendando aos mesmos fieis que reconhecam e respeitem o dito paroco da igreja de Sao Roque dos Altares como proprio paroco para todos os efeitos. Passe-se Provisao com copia da presente Sentenca, de que se extrairao cinco exemplares: um para o arquivo da freguesia de Sao Roque dos Altares; outro para o arquivo da freguesia de Sao Francisco Xavier do Raminho; outro para ser enviado a Secretaria de Estado dos Negocios Eclesiasticos e de Justica; outro para o Governo Civil deste Distrito de Angra, e outro finalmente para a respetiva Camara Municipal. ? E paguem os interessados as despesas. ? Angra do Heroismo, cinco de setembro de mil oito centos oitenta e dois . ? D. Joao Maria, Bispo de Angra. ? E com teor da dita Sentenca mandamos passar esta Provisao, que ficara arquivada no cartorio da freguesia dos Altares, e se cumprira como nela se contem, para o que lhe interpomos a Nossa Autoridade Ordinaria, e Judicial Decreto . ? Dada, e passada, em este nosso Paco Episcopal de Angra do Heroismo, na Ilha Terceira, sob nosso sinal e selo, aos 11 de Setembro de 1882. ? E eu, Jose Maria Sodre , escrivao da Camara Eclesiastica a escrevi. ? Joao Maria , Bispo de Angra.≫
  28. Jose Alves da Silva, anotacoes a Topografia da Ilha Terceira de Jeronimo Emiliano de Andrade, 2.ª edicao, pp. 319-320. Instituto Historico da Ilha Terceira/Camara Municipal de Angra do Heroismo, Angra do Heroismo, 2020 ( ISBN 978-972-9220-51-7 ).
  29. [Assuncao Melo (coordenadora), Memoria Historica da Edificacao dos Pacos do Concelho de Angra do Heroismo , p. 101. Angra do Heroismo, 2016 ( ISBN 978-972-9135-23-1 ).
  30. Nao confundir esta nascente com a Agua Azeda da Serreta , uma grande nascente situada cerca de 700 m a oeste.
  31. a b [Padre Alfredo Lucas Sampaio, op. cit., p. 219.]
  32. DREPA (Aspectos demograficos - Acores 1978) e Servico Regional de Estatistica dos Acores (SREA.
  33. ≪Em 1958 e apos a erupcao do Vulcao dos Capelinhos, que permitiu a entrada de 2000 familias acorianas naquele pais. Como as leis de imigracao nos Estados Unidos permitiam a reunificacao familiar, esta leva inicial teve um extraordinario efeito multiplicador, permitindo nas decadas seguintes a partida de mais de 120 000 acorianos.≫ . Consultado em 9 de agosto de 2008 . Arquivado do original em 19 de janeiro de 2012  
  34. Ficha na base de dados SIPA
  35. Francisco Coelho Neto (Presa Grande (entao nos Altares), 15 de outubro de 1846 ? Presa Grande, Raminho, 5 de outubro de 1912), conhecido por Coelho Neto , foi filho de Mateus Coelho Vaz da Costa e de Ana Josefa e irmao de Jose Coelho Neto, um dos principais impulsionadores da fundacao da freguesia do Raminho. Era lavrador e nao sabia ler bem escrever. Apesar disso, sabia transmitir, nos seus versos, o sentimento simples e jovial que lhe saia espontaneo da alma: ≪ Quando passares pela gente, / Faz a tua cortesia, / Meu padrinho a sua bencao, / Haja saude, adeus Maria ≫. Ver Enciclopedia Acoriana : Coelho Neto, O (Francisco Coelho Neto) .

Ligacoes externas [ editar | editar codigo-fonte ]

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