한국   대만   중국   일본 
Partido Conservador (Imperio) ? Wikipedia, a enciclopedia livre Saltar para o conteudo

Partido Conservador (Imperio)

Origem: Wikipedia, a enciclopedia livre.
(Redirecionado de Partido Conservador (Brasil) )
Partido Conservador
Partido Conservador (Imperio)
Fundadores
Fundacao c.  1836
Registro 1837 [ 4 ]
Dissolucao 15 de novembro de 1889 [ 5 ]
Sede Rio de Janeiro ( MN )
Ideologia
Espectro politico Direita
Religiao Catolica romana [ nota 1 ]
Publicacao
Antecessor Partido Regressista
Sucessor Partido Republicano Mineiro (membros mineiros)
Pais Império do Brasil Imperio do Brasil
Presidentes do Conselho de Ministros
(1847 - 1889)
15 / 32
Politica do Brasil

Partidos politicos

Eleicoes

O Partido Conservador foi um partido politico brasileiro do Periodo Imperial , surgido por volta de 1836. Foi sucessor ideologico direto do Partido Restaurador , reunindo os antigos caramurus (exceto Antonio Francisco de Paula de Holanda Cavalcanti de Albuquerque ) com membros dissidentes do Partido Moderado . Tambem se denominavam regressistas , em contraposicao aos progressistas partidarios do Padre Diogo Antonio Feijo . O partido abarcava grandes proprietarios rurais, ricos comerciantes e altos funcionarios do governo. [ 13 ] A forca politica dos conservadores concentrava-se nas provincias do Nordeste.

Painel fotografico dos membros da Assembleia Legislativa de Minas Gerais , no bienio 1882-1883, onde se ve a bancada do Partido Conservador e a do Partido Liberal, ( Arquivo Publico Mineiro ).

Em 1862, um grupo de eminentes membros do Partido Conservador ? Pedro de Araujo Lima , Jose Tomas Nabuco de Araujo Filho , Joao Lins Vieira Cansancao de Sinimbu , Jose Antonio Saraiva , Joao Lustosa da Cunha Paranagua e Zacarias de Gois ? formaram a " Liga Progressista ", que a partir de 1868 se uniu ao Partido Liberal, gerando insatisfacoes dentro deste partido. [ 5 ] Em 1870, os liberais "exaltados" do Partido Liberal lancaram o Partido Republicano . Com a Proclamacao da Republica em 1889, o partido foi extinto. [ 5 ]

Historia [ editar | editar codigo-fonte ]

Antecedentes [ editar | editar codigo-fonte ]

Depois de ocorrida a abdicacao de Pedro I em 1831, tem-se inicio o periodo Regencial e, acompanhado dele, uma consideravel descentralizacao administrativa. Considerada por alguns historiadores como uma experiencia republicana, a Regencia foi palco de acao de politicos liberais, quer sejam de exaltados ou moderados, e tambem de revoltas, populares ou nao, de cunho contestatorio ao governo central. Muitas mudancas ocorreram durante esse periodo compreendido entre 1831 e 1840. [ 14 ] Ainda no ano de 1832, com o Codigo de Processo Penal e atribuida ampla autonomia administrativa aos municipios e, tambem, cria-se o chamado habeas corpus , um mecanismo de defesa da liberdade individual, sendo-lhe intrinseco um cunho liberal. [ 15 ]

Em 1834, vota-se o Ato Adicional a Constituicao de 1824 . A partir deste, sao criadas as Assembleias Provinciais, extingue-se o Conselho de Estado, concede-se maior autonomia as Provincias, substitui-se a Regencia Trina pela Una e, ainda, o Poder Moderador e praticamente esvaziado de seu poder. O projeto de lei, redigido pelo entao liberal Bernardo Pereira de Vasconcelos , recebera varias emendas, que acabaram por modificar a essencia da primeira redacao: objetivava-se implantar no Brasil uma federacao aos moldes norte-americanos, haja vista as medidas descentralizadoras e a transferencia das atribuicoes apaziguadoras do poder moderador para o executivo. [ 16 ] [ 17 ] Pois, na visao dos liberais, o quarto poder brasileiro era antidemocratico por ter direito a veto sobre as decisoes dos demais, sendo assim prejudicial para a constituicao da verdadeira federacao no Imperio.

No ano seguinte, o expoente dos moderados, Diogo Antonio Feijo , torna-se o regente, tendo que controlar as varias rebelioes que eclodiam no territorio, em especial a Farroupilha. A descentralizacao, implantada em 1834, mostrava-se como a promotora da anarquia e nao da satisfacao provincial, como se previa no momento de sua votacao. Isso e percebido na fala de Bernardo Pereira de Vasconcelos, em sessao do Senado em 1839: “ eu entendi que o Ato Adicional deveria ser aprovado tal qual o redigi e apresentei […] . Nao consegui o meu desejo; fizeram-lhe consideraveis emendas que o podem tornar, como eu receava, a carta da anarquia [ 18 ]

Alem disso, Feijo ainda propagava ideias abolicionistas, considerando que o trabalho escravo deveria ser substituido, progressivamente, por meio da imigracao. [ 19 ] A ala mais conservadora dos liberais moderados, temendo a abolicao, balcanizacao do territorio e a desordem gerada pela descentralizacao administrativa, retira seu apoio a Feijo. Sem maioria na Camara, o regente e obrigado a renunciar, sendo substituido por Araujo Lima cuja permanencia na Regencia se da ate a maioridade de D. Pedro de Alcantara.

Inicio [ editar | editar codigo-fonte ]

Caricatura de Bernardo Pereira de Vasconcelos , a "enterrar" as conquistas liberais do 7 de abril .

A queda de Feijo marca, assim, o inicio do processo de constituicao dos partidos imperiais da primeira metade do seculo XIX, a saber, o Liberal e o Conservador. Nao obstante a acao enquanto representantes no poder legislativo, configura-se uma incorrecao considerar os grupos liberal e conservador como partidos na significacao completa da palavra, isso porque ate 1860 nenhum desses grupos possuia um programa bem definido, nem tao pouco escrito como e o caso do Partido Conservador.

Em 1837, portanto, os grupos se distanciam, revelando a capa conservadora de um e a tendencia liberal do outro. O grupo conservador constitui-se por moderados pretendentes do restabelecimento da ordem e da centralizacao administrativa, como tambem por caramurus que viram suas intencoes restauradoras enfraquecidas a partir de 34, momento em que D. Pedro I falece e malogra a tentativa de reinstitui-lo no trono do Brasil.

Os conservadores provinham de grupos ligados a burocracia imperial e, tambem, de proprietarios de terra e escravos que tinham o mercado externo como alvo de sua producao. A estes era necessario um governo central forte, capaz de garantir condicoes unicas para o escoamento da producao em todas as provincias, alem de manter o papel univoco da administracao, traco que conferia uma posicao privilegiada aos funcionarios imperiais. Uma consideravel parte destes possuiam formacao superior, em sua maioria, na area juridica, o que lhes conferia grande capacidade discursiva e caracteristicas favoraveis a administracao: eram bons dirigentes, alem de possuirem aliados em todas as frentes, da elite agroexportadora aos detentores do nascente capital burgues.

Os moderados, participantes fervorosos no 7 de abril , contrarios aos desmandos de D. Pedro I, fundam um partido conservador, entendendo que o liberalismo se ressignificara no periodo Regencial. Para eles a faccao de Feijo havia “bebido em liberalismo de fontes exageradas”: a descentralizacao administrativa criava nas provincias uma certa repulsa ao poder central, cujas marcas estavam nas revoltas e no decorrente risco da balcanizacao do territorio.

Bernardo Pereira de Vasconcelos , fundador do Partido Conservador, justifica sua mudanca utilizando-se dessa mesma tese:

Fui liberal, entao a liberdade era nova no pais, estava nas aspiracoes de todos mas nao nas leis, nao nas ideias praticas; o poder era tudo; fui liberal. Hoje, porem, e diverso o aspecto da sociedade: os principios democraticos tudo ganharam e muito comprometeram; a sociedade que ate entao corria risco pelo poder, corre agora risco pela desorganizacao e pela anarquia. Como entao quis, quero hoje servi-la, quero salva-la e por isso sou regressista. Nao sou transfuga, nao abandono a causa que defendi no dia do seu perigo, de sua fraqueza: deixo-a no dia que tao seguro e o seu triunfo que ate o excesso a compromete

Saquaremas [ editar | editar codigo-fonte ]

Carregado de um sentimento tradicional manipulador, o termo saquarema e difundido como identificador do Partido Conservador Imperial. A genese da denominacao remonta o ano de 1845, momento em que os liberais compunham o ministerio de D. Pedro II .

Em Saquarema , vila da Provincia do Rio de Janeiro , dois chefes conservadores, proprietarios de terra e escravos, libertaram os eleitores do mando do padre, e tambem subdelegado, Jose Cea e Almeida que obrigava estes a votarem nos candidatos do Partido Liberal. [ 20 ] Aos protegidos pelos proprietarios atribuiu-se o nome de saquaremas, indicativo de protecao e favorecimento. Os liberais, aproveitando-se da ocorrencia, disseminaram o termo, visando vingar-se da denominacao de luzias, atribuida a eles apos sua derrota frente aos conservadores em 1842 na batalha de Santa Luzia . [ 21 ] O intento liberal mostrou-se eficaz, pois em 1846, na Provincia de Pernambuco , um jornal conservador fora batizado como “O Saquarema” . [ 22 ]

Organizacao [ editar | editar codigo-fonte ]

Uniao Conservadora [ editar | editar codigo-fonte ]

No final dos anos 1860, Antonio Candido da Rocha era um dos gestores do gremio paranaense da Uniao Conservadora. Fundado em junho de 1867 pelas liderancas sociais do Partido Conservador, tal orgao partidario propiciou a consolidacao da hierarquia partidaria e das regras de absorcao e atuacao dos correligionarios conservadores no interior das provincias.

E necessario salientar que antes da implantacao da Uniao Conservadora ja existiam diretorios provinciais e municipais do Partido Conservador. Havia, tambem, um diretorio nacional, denominado de Clube Central.

Antes da reorganizacao administrativa do Partido Conservador, nao existiam ritos precisos e transparentes para a definicao de candidaturas parlamentares. Por outro lado, tal excerto e uma evidencia de que, antes da citada reorganizacao, o Partido Conservador possuia uma administracao central.

O partido nao era apenas uma reuniao de nucleos administrativos independentes. Essa administracao central, porem, era admoestada em virtude da natureza oligarquica de seu modelo de gestao.

A criacao da Uniao Conservadora ocasionou a implantacao de um diretorio nacional do partido, denominado de Centro Conservador . Ao mesmo tempo, a fundacao da Uniao tambem implicou a instauracao de diretorios provinciais, denominados de Gremios , e de diretorios municipais, que receberam o nome de Juntas . [ 23 ]

Diretorios [ editar | editar codigo-fonte ]

Juntas [ editar | editar codigo-fonte ]

As juntas possuiam a prerrogativa de participar da escolha dos candidatos dos Gremios provinciais. Os membros das juntas enviados seus representantes ? os deputados ? as reunioes deliberativas dos Gremios. Esses deputados tambem participavam da escolha do representante do Gremio, denominado de deputado, no Centro da Uniao Conservadora. [ 24 ]

Ao mesmo tempo, cumpre demonstrar que as juntas possuiam autonomia para inserir ou suprimir determinados cargos da Mesa Diretora. Assim, a principal diferenca entre os diretorios municipais do Partido Conservador consistia no numero de funcoes e de membros da Mesa Diretora.

Gremios [ editar | editar codigo-fonte ]

Por outro lado, a organizacao de diretorios provinciais do Partido Conservador permitiu que os potentados desenvolvessem uma acao politica conjunta. Em geral, tal acao consistia em interferir na gestao dos presidentes de provincia. Essa interferencia, portanto, solapava a autonomia desses agentes imperiais.

Segundo o articulista de O Publicador Maranhense , essa situacao era peculiar as provincias do Norte em 1870: “A atitude que no Para, no Maranhao e no Piauhy tem tomado os gremios conservadores em relacao as presidencias, nao pode deixar de merecer a attencao do governo imperial e do centro director desse partido. Os gremios querem governar com a responsabilidade dos presidentes, e manifestam de dirigir e nullificar as administracoes” . [ 25 ]

Centro Conservador [ editar | editar codigo-fonte ]

O Centro Conservador nao possuia a prerrogativa de envolver-se na gestao das unidades regionais do partido. Trata-se, portanto, de uma evidencia de que, no projeto da elite imperial, estava prevista ampla autonomia para as elites regionais consolidarem seu proprio modelo de administracao de diretorios: “O Centro tem esse nome, nao por ter jurisdicao sobre os gremios provinciais (o que e vedado pelo § 3º do art. 11 do capit. III), mas simplesmente por ter de funcionar na capital do Imperio”.

Dados Politicos [ editar | editar codigo-fonte ]

Nome [ editar | editar codigo-fonte ]

O nome atribuido ao partido, surge da evolucao de uma corrente conservadora nascida no final de 1834 e ao qual passou a ser denominada de Partido Regressista em 1837 por Feijo e seus aliados. Esse partido foi renomeado para Partido da Ordem em algum momento de 1843 para se distinguir daqueles que os Regressistas viam como Liberais "indisciplinados". Os membros do Partido da Ordem eram conhecidos como saquaremas. [ 26 ] O nome tambem refletia a maturacao dos principios que o partido ha muito defendia: liberalismo , excepcionalismo, preservacao da autoridade do estado e uma monarquia parlamentar representativa. [ 8 ] Sendo, por fim, por volta de 1853 conhecido como Partido Conservador. [ 27 ] [ 28 ]

Programa [ editar | editar codigo-fonte ]

Constituicao Politica do Imperio do Brasil .

Em 1837, ano que se data o aparecimento do Partido Conservador. A luta entre o poder legislativo e o executivo, e a falta de apoio a politica de Feijo teve como consequencia a renuncia deste, em 1837 do cargo de Regente do imperio. [ 29 ] Pedro de Araujo Lima substituiu-o interinamente: foi organizado novo ministerio, e mudada a situacao politica. [ 4 ] [ 30 ] "Uma das principais feicoes que distinguia logo os partidos politicos, em que comecou a dividir-se em 1837 a sociedade brasileira […] foi sem duvida nenhuma a que procedera da necessidade de interpretar-se legalmente o Ato Adicional a Constituicao do Imperio" . [ 4 ] [ 31 ]

Dos discursos proferidos por membros eminentes desse partido no Parlamento, especialmente em 1838, das discussoes na imprensa das opinioes emitidas pelo governo, e de diversos atos deduz-se que no pensar dos conservadores o Ato Adicional, e as deliberacoes tomadas por varias Assembleias Provinciais ameacavam a integridade do imperio.

Era preciso fixar as atribuicoes delas para evitar que "com suas variadas interpretacoes formassem estados no estado" . Acreditavam que alem do Ato Adicional, leis anteriores votadas no periodo Regencial nulificavam a centralizacao politica, enfraqueciam a autoridade, atracavam a unidade e prestigio da acao governamental.

Pode-se pois afirmar que o programa desse partido encerrava como teses principais as seguintes:

  • Interpretacao do Ato Adicional , restringindo as atribuicoes das Assembleias Provinciais. [ 32 ]
  • Rigorosa observancia dos preceitos da Constituicao .
  • Resistencia a inovacoes politicas, que nao fossem maduramente estudadas. [ 4 ]
  • Restabelecimento do Conselho de Estado . [ 33 ] [ nota 2 ]
  • Centralizacao politica , toda a forca a autoridade e leis de compressao contra as aspiracoes anarquizadoras para que se restituisse e restaurasse a paz, a ordem, o progresso pautado e refletido, e a unidade do imperio sob o regime representativo e monarquico, que exclusivamente conseguiria fazer a nacao prosperar e engrandecer-se. [ 4 ]

Eis as ideias com que se formou a escola conservadora. [ nota 3 ]

Posteriormente a marcha dos acontecimentos, e questoes atiradas a discussao pelo Partido Liberal a levaram a declarar como principios de seu programa, consagrados pela Carta Constitucional os seguintes:

Raizes ideologicas [ editar | editar codigo-fonte ]

Os regressistas (tambem chamados de caramurus) tendo perdido seu principal objetivo com a morte de D. Pedro I , aliaram-se aos liberais moderados, estes que seriam o nucleo do Partido Conservador. Esta origem liberal manteria o Partido Conservador fiel aos principios da democracia liberal.

Enquanto o Partido Liberal se aglutinou em torno da defesa do Ato Adicional de 1834 , o Partido Conservador foi se organizando em torno da tese da necessidade de limitar o alcance liberal do Ato Adicional (apelidado de "a carta da anarquia") atraves de uma lei interpretativa. Assim, na Regencia Una de Pedro de Araujo Lima , o Ato Adicional foi revisto, instituindo-se a " Lei Interpretativa do Ato Adicional ", a qual revogava alguns dos aspectos mais federalistas do Ato. [ 32 ]

Os dois partidos nao apresentavam diferencas ideologicas marcantes, aceitando ambos a filosofia liberal classica, de pouca intervencao do Estado no dominio economico e outras caracteristicas proprias do Liberalismo do seculo XIX . Como diria Holanda Cavalcanti , "nada mais parecido com um saquarema do que um luzia no poder". Em grande parte, a antinomia conservador-liberal referia-se apenas a uma atitude psicologica, a oposicao entre "moderacao" e "exaltacao". De modo que se vemos constantes reivindicacoes liberais sendo realizadas por ministerios conservadores, a razao deve ser procurada neste espirito liberal subjacente a ambas as posicoes partidarias.

O Partido Liberal diferia do Partido Conservador quanto ao metodo ou ao modo de lidar com a realidade social. Os conservadores apostavam num poder central forte, enquanto os liberais defendiam a autonomia das provincias e valorizavam a representacao nacional ( deputados eleitos). Embora a diferenca de posicao entre conservadores e liberais nao fosse grande nem irreconciliavel, ambos adotavam processos absolutamente iguais, usando da maquina administrativa de acordo com suas necessidades eleitoralistas. A ponto de o Imperador D. Pedro II do Brasil registrar em suas notas particulares que "a nossa principal necessidade politica e a liberdade de eleicao".

Legado [ editar | editar codigo-fonte ]

Entre suas realizacoes temos o restabelecimento do Conselho de Estado , [ 33 ] a reforma do Codigo de Processo, [ 35 ] e a Abolicao da Escravatura (desde a supressao do trafico de negros, sob a gestao de Eusebio de Queiroz, [ 36 ] a Lei do Ventre Livre, de 1871 , [ 37 ] a Lei dos Sexagenarios ? preparada pelos liberais mas promulgada por um gabinete conservador [ 38 ] ? e finalmente a Lei Aurea, do conservador Joao Alfredo ). [ 39 ] [ 40 ] Credita-se aos conservadores ainda a adocao do sistema metrico decimal , o primeiro recenseamento geral do Imperio e o impulso principal a modernizacao das vias de comunicacao.

Desempenho eleitoral [ editar | editar codigo-fonte ]

Presidentes do Conselho de Ministros [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Gabinetes do Imperio
Nome Retrato Origem Periodo dos mandatos Ref.
Pedro de Araujo Lima
Visconde de Olinda

(1793?1870)
Pernambuco 29 de setembro de 1848 ? 8 de outubro de 1849 [ 41 ] [ 42 ] [ 43 ]
Jose da Costa Carvalho
Visconde de Monte Alegre

(1796?1860)
Bahia 6 de outubro de 1849 ? 11 de maio de 1852 [ 44 ] [ 45 ] [ 46 ]
Joaquim Jose Rodrigues Torres
Visconde de Itaborai

(1802?1872)
Rio de Janeiro 11 de maio de 1852 ? 6 de setembro de 1853 [ 47 ] [ 48 ]
Honorio Hermeto Carneiro Leao
Marques do Parana

(1801?1856)
Minas Gerais 6 de setembro de 1853 ? 3 de setembro de 1856 [ 49 ]
Luis Alves de Lima e Silva
Marques de Caxias

(1803?1880)
Rio de Janeiro 3 de setembro de 1856 ? 4 de maio de 1857 [ 50 ] [ 51 ]
Pedro de Araujo Lima
Marques de Olinda

(1793?1870)
Pernambuco 4 de maio de 1857 ? 12 de dezembro de 1858 [ 41 ] [ 42 ]
[ 43 ] [ 52 ]
Antonio Paulino Limpo de Abreu
Visconde de Abaete

(1798?1883)
Portugal 12 de dezembro de 1858 ? 10 de agosto de 1859 [ 53 ] [ 54 ]
[ 55 ] [ 56 ]
Angelo Moniz da Silva Ferraz
(1812?1867)
Bahia 10 de agosto de 1859 ? 2 de marco de 1861 [ 57 ] [ 58 ]
Luis Alves de Lima e Silva
Marques de Caxias

(1803?1880)
Rio de Janeiro 2 de marco de 1861 ? 24 de maio de 1862 [ 51 ] [ 59 ]
Joaquim Jose Rodrigues Torres
Visconde de Itaborai

(1802?1872)
Rio de Janeiro 16 de julho de 1868 ? 29 de setembro de 1870 [ 46 ] [ 60 ]
Jose Antonio Pimenta Bueno
Visconde de Sao Vicente

(1803?1878)
Sao Paulo 29 de setembro de 1870 ? 7 de marco de 1871 [ 61 ]
Jose Maria da Silva Paranhos
Visconde do Rio Branco

(1819?1880)
Bahia 7 de marco de 1871 ? 25 de junho de 1875 [ 62 ] [ 63 ]
Luis Alves de Lima e Silva
Duque de Caxias

(1803?1880)
Rio de Janeiro 25 de junho de 1875 ? 5 de janeiro de 1878 [ 64 ]
Joao Mauricio Wanderley
Barao de Cotejipe

(1815?1889)
Bahia 20 de agosto de 1885 ? 10 de marco de 1888 [ 65 ] [ 66 ]
Joao Alfredo Correia de Oliveira
(1835?1919)
Pernambuco 10 de marco de 1888 ? 7 de junho de 1889 [ 67 ] [ 68 ]

Participacao em eleicoes parlamentares gerais [ editar | editar codigo-fonte ]

Quantidade, por legislatura, de congressistas eleitos pelo Partido para o Senado Imperial :

Senadores
Legislatura Eleitos % Var.
20.ª   (1886-1889)
34 / 71
sem dados Estável 0
19.ª   (1885)
20 / 58
sem dados Estável 0
Presidentes [ 69 ]
Periodo Eleitos % Var.
(1826-1889)
8 / 20
40 Estável 0

Membros notaveis [ editar | editar codigo-fonte ]

Galeria de imagens [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

Notas

  1. Art. 5º : A Religiao Catolica Apostolica Romana continuara a ser a religiao do Imperio. Todas as outras religioes serao permitidas com seu culto domestico, ou particular, em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior de templo. [ 70 ] Art. 95 : Todos os que podem ser eleitores sao habeis para serem nomeados deputados. Excetuam-se: 3°) Os que nao professarem a religiao do Estado. [ 70 ]
  2. Foi restabelecido em 1841.
  3. O partido Conservador nao apresentou ate hoje (1878) outro programa, parecendo por tanto que mantem as mesmas ideias politicas inscritas na sua bandeira daquele tempo. O Partido liberal sustentava que o Ato Adicional nao precisava de correcoes e que a provincia deviam ter a maior independencia administrativa e ate um governo proprio politico, nao e podendo se podendo considerar enfraquecida a uniao ao imperio pela diversidade de inteligencia das atribuicoes das Assembleias Provinciais, visto que por uma lei se podiam nulificar os atos delas ofensivos ao direitos do governo e Assembleia Geral. Em 1838 por ocasiao de discutir-se o voto de gracas o mesmo partido, em oposicao ao ministerio, acusava-o de retrogrado ressuscitador de praticas antiquadas e orientais do beija-mao ao jovem imperador, de tendencia a cortar os voos das ideias democraticas, que a revolucao de Abril espalhara que so e preponderante, podiam vigorar na unica monarquia existente na America para que esta rodeada de instituicoes republicanas pudesse permanecer e firmar-se. Assim se criou o novo partido liberal sobre as ruina dos seus predecessores.
  4. Discurso proferido, em 1869, no Senado pelo Visconde de Itaborai, Presidente do Gabinete, conservador, organizado em julho de 1868.

Referencias

  1. Needell 2006 , p. 193
  2. Universidade Federal de Campina Grande. ≪Bernardo Pereira de Vasconcelos≫ . Consultado em 21 de novembro de 2015 . Arquivado do original em 22 de novembro de 2015  
  3. Prefeitura de Itaborai. ≪Predios Historicos≫ . Consultado em 20 de dezembro de 2015  
  4. a b c d e f g h Brasiliense A. (1878). Os programas dos partidos politicos e o Segundo Imperio . Sao Paulo: Tipografia de Jorge Seckler. p. 11-13. 264 paginas  
  5. a b c Arquivo Nacional. ≪Partidos Politicos no Periodo Imperial≫ . Consultado em 3 de dezembro de 2015  
  6. Garschagen, Bruno (15 de fevereiro de 2017). ≪Historia e Tradicao do Conservadorismo Brasileiro≫ . Gazeta do Povo . Consultado em 29 de abril de 2017  
  7. Lynch, Christian Edward Cyril (2011). Saquaremas e luzias: a sociologia do desgosto com o Brasil . Rio de Janeiro: Insight Inteligencia. pp. 21?37  
  8. a b Needell 2006 , p. 75
  9. Torres, Joao Camilo de Oliveira (1964). Democracia Coroada - Teoria Politica do Imperio do Brasil . Petropolis: Vozes Limitada. pp. 211 ? 220  
  10. http://memoria.bn.br/DocReader/Hotpage/HotpageBN.aspx?bib=385573&pagfis=9031&pesq=&url=http://memoria.bn.br/docreader#
  11. Biblioteca Nacional Digital Brasil: Fundacao Biblioteca Nacional. ≪A Provincia de Minas≫ . Consultado em 29 de novembro de 2015  
  12. http://www.sapientia.pucsp.br/tde_arquivos/3/TDE-2007-05-08T13:25:41Z-3073/Publico/Angela%20Thalassa.pdf
  13. Jeffrey D. Needell, The Party of Order: The Conservatives, the State, and Slavery in the Brazilian Monarchy , 1831-1871 (Stanford University Press, 2006: ISBN 0-8047-5369-5 ), p. 110.
  14. Sua Pesquisa.com. ≪Periodo Regencial≫ . Consultado em 20 de dezembro de 2015  
  15. Arquivo Nacional. ≪Codigo de Processo Criminal de Primeira Instancia de 1832≫ . Consultado em 20 de dezembro de 2015  
  16. TORRES, Joao Camilo de Oliveria. Os construtores do Imperio: ideias e lutas do partido conservador brasileiro
  17. MERCADANTE, Paulo. A consciencia conservadora no Brasil .
  18. SOUZA, Octavio Tarquinio de. Bernardo Pereira de Vasconcelos. In: Historia dos fundadores do Imperio do Brasil . p. 147
  19. Historia e Historia. ≪Manutencao do Trafico e a Lei de 1831: Relacoes Internas e Externas e suas Motivacoes≫ . Consultado em 25 de dezembro de 2015 . Arquivado do original em 21 de junho de 2014  
  20. O Saqua. Tenente-coronel da Guarda Nacional, o Barao de Saquarema foi o inventor do municipio: Os "saquaremas" e os "luzias" . Consultado em 29 de novembro de 2015  
  21. SciELO. O Partido Conservador e a educacao literaria no Imperio brasileiro (1841-1863) - Introducao . Consultado em 25 de dezembro de 2015  
  22. MATTOS, Ilmar R. de. Tempo Saquarema : a formacao do estado imperial. 106-107 p.
  23. PARENTELAS, PARTIDOS E TRANSICAO POLITICA: MUDANCAS NA GESTAO DE DIRETORIOS PARTIDARIOS E NA ATUACAO POLITICA DAS ELITES REGIONAIS NA PASSAGEM DO IMPERIO PARA A REPUBLICA (PARANA, c. 1853-c. 1926)
  24. Correio Mercantil, 15 de maio de 1868, n. 134, p. 1
  25. Diario do Rio de Janeiro, edicao de 08 de fevereiro de 1870, p. 3.
  26. Needell 2006 , p. 110
  27. Needell 2006 , pp. 134?135
  28. Needell 2006 , pp. 2, 65, 75, 110, 135
  29. Brasil Escola. ≪Regencia Una de Feijo≫ . Consultado em 3 de dezembro de 2015  
  30. Historia Brasileira. ≪Regencia Una de Araujo Lima≫ . Consultado em 3 de dezembro de 2015  
  31. P. da Silva-Hist. do Brazil de 1831 a 1840
  32. a b Arquivo Nacional. ≪Lei de Interpretacao do Ato Adicional de 1834≫ . Consultado em 3 de dezembro de 2015  
  33. a b Arquivo Nacional. ≪Conselho de Estado≫ . Consultado em 30 de novembro de 2015  
  34. V. de Uruguay- Ensaios sobre o Direito Administrativo, 1862.
  35. Multi Rio. ≪Ministerio da Maioridade≫ . Consultado em 3 de dezembro de 2015  
  36. Arquivo Nacional. ≪Lei Euzebio de Queiroz≫ . Consultado em 3 de dezembro de 2015  
  37. Arquivo Nacional. ≪Lei do Ventre Livre≫ . Consultado em 3 de dezembro de 2015  
  38. Arquivo Nacional. ≪Lei dos Sexagenarios≫ . Consultado em 3 de dezembro de 2015  
  39. Fundacao Joaquim Nabuco. ≪Joao Alfredo≫ . Consultado em 3 de dezembro de 2015  
  40. Congresso em Foco. ≪Um nome que ha de viver na historia≫ . Consultado em 3 de dezembro de 2015  
  41. a b ≪Pedro de Araujo Lima≫ . Historia Brasileira . Consultado em 29 de abril de 2017 . Arquivado do original em 21 de marco de 2013  
  42. a b ≪Pedro de Araujo Lima≫ . e-Biografias . Consultado em 29 de abril de 2017  
  43. a b ≪Pedro de Araujo Lima≫ . Camara dos Deputados . Consultado em 29 de abril de 2017  
  44. ≪Jose da Costa Carvalho, 1º barao, visconde e marques de Monte Alegre≫ . So Biografias . Consultado em 29 de abril de 2017 . Arquivado do original em 5 de marco de 2016  
  45. ≪Jose da Costa Carvalho≫ . Camara dos Deputados . Consultado em 29 de abril de 2017  
  46. a b MACEDO, Joaquim Manuel de, Anno biographico brazileiro (v.1), Typographia e litographia do imperial instituto artistico, Rio de Janeiro, 1876.
  47. ≪Joaquim Jose Rodrigues Torres≫ . Ministerio da Fazenda . Consultado em 29 de abril de 2017  
  48. Dicionario das Familias Brasileiras, de Carlos Eduardo Barata e AH Cunha Bueno e Almanak Laemmert (1844-1889)
  49. ≪Honorio Hermeto Carneiro Leao≫ . Ministerio da Fazenda . Consultado em 29 de abril de 2017  
  50. ≪Duque de Caxias≫ . Educacao UOL . Consultado em 29 de abril de 2017  
  51. a b ≪Duque de Caxias≫ . e-Biografias . Consultado em 29 de abril de 2017  
  52. Almanak Laemmert de 1856, Rio de Janeiro, pg. 46.
  53. VASCONCELOS, Jose Smith de ; VASCONCELOS, Rodolfo Smith de (1918). Archivo nobiliarchico brasileiro . Lausanne: Imprimerie La Concorde. pp. 26?27  
  54. ≪Antonio Paulino Limpo de Abreu≫ . Ministerio da Fazenda . Consultado em 29 de abril de 2017  
  55. ≪Antonio Paulino Limpo de Abreu (Visconde de Abaete)≫ . Supremo Tribunal Federal . Consultado em 29 de abril de 2017  
  56. ≪Antonio Paulino Limpo de Abreu≫ . Camara dos Deputados . Consultado em 29 de abril de 2017  
  57. BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento Blake . Diccionario bibliographico brazileiro. 7 vols, 1883.
  58. ≪Angelo Moniz da Silva Ferraz≫ . Ministerio da Fazenda . Consultado em 29 de abril de 2017  
  59. ≪Biografia resumida de Duque de Caxias≫ . Cip . Consultado em 29 de abril de 2017  
  60. ≪Biografia de Visconde de Itaborai - Joaquim Jose Rodrigues Torres≫ . Genealogia da Familia Freire . Consultado em 29 de abril de 2017  
  61. ≪Jose Antonio Pimenta Bueno, marques de Sao Vicente≫ . So Biografias . Consultado em 29 de abril de 2017 . Arquivado do original em 4 de marco de 2016  
  62. ≪Jose Maria da Silva Paranhos≫ . Ministerio da Fazenda . Consultado em 29 de abril de 2017  
  63. ≪Visconde do Rio Branco (Jose Maria da Silva Paranhos)≫ . Fundacao Joaquim Nabuco . Consultado em 29 de abril de 2017  
  64. ≪Luis Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias - Patrono do Exercito≫ . Assembleia Legislativa do Estado de Sao Paulo . Consultado em 29 de abril de 2017  
  65. ≪Joao Mauricio Wanderley, barao de Cotejipe≫ . So Biografias . Consultado em 29 de abril de 2017 . Arquivado do original em 18 de setembro de 2016  
  66. ≪Joao Mauricio Wanderley≫ . Ministerio da Fazenda . Consultado em 29 de abril de 2017  
  67. ≪Joao Alfredo Correia de Oliveira≫ . So Biografias . Consultado em 29 de abril de 2017 . Arquivado do original em 3 de marco de 2016  
  68. ≪Joao Alfredo Correa de Oliveira≫ . Ministerio da Fazenda . Consultado em 29 de abril de 2017  
  69. ≪Presidentes do Senado na epoca do Imperio (1822-1889)≫ . Senado Federal . Consultado em 29 de abril de 2017  
  70. a b ≪Constituicao Politica do Imperio do Brasil≫ . planalto.gov.br . 25 de marco de 1824 . Consultado em 20 de maio de 2023  

Bibliografia [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Brasiliense, Americo (1878). Os programas dos partidos politicos e o Segundo Imperio . Sao Paulo: Tipografia de Jorge Seckler. 264 paginas  
  • Camilo, Joao (1957). A Democracia Coroada . Rio de Janeiro: Jose Olympio. 589 paginas  
  • Estado, Conselho de (1824). Constituicao Politica do Imperio do Brazil . artigos 5º e 95. Rio de Janeiro: Conselho de Estado. 165 paginas  
  • Needell, Jeffrey D. (2006). The Party of Order: The Conservatives, the State, and Slavery in the Brazilian Monarchy (em ingles). Stanford : Stanford University Press. p. 110. ISBN   0-8047-5369-5  
  • Mattos, Ilmar Rohloff de (1986). O Tempo Saquarema: A Formacao do Estado Imperial . Tese do autor (doutorado - Universidade de Sao Paulo). Sao Paulo: Instituto Nacional do Livro. 165 paginas  
  • Mercadante, Paulo (2003). A consciencia Conservadora no Brasil 4 ed. [S.l.]: TopBooks. 318 paginas. ISBN   8574750654  
  • Sousa, Otavio Tarquinio de (2015). Historia dos fundadores do Imperio do Brasil 1° ed. Brasilia: Senado Federal - Conselho Editorial  
  • Torres, Joao Camilo de Oliveira (1968). O Tempo Saquarema: A Formacao do Estado Imperial . 340 1ª ed. Sao Paulo: Companhia Editora Nacional. 242 paginas