Generalidades
Desporto
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Fundado em
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1896
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Numero de edicoes
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120 (ate 2023)
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Periodicidade
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anual (abr.)
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Tipo / Formato
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Prova de um dia
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Local(ais)
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Categorias
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CDM
(
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CDM
(
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CDM
(
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CDM
(
-
)
1.UWT
(a partir de
)
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Circuito
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Organizador
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Federacao
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UCI World Tour
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Web site oficial
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Palmares
Ultimo vencedor
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Mais vitorias
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editar codigo-fonte
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editar Wikidata
Paris?Roubaix
e uma prova de
ciclismo de estrada
que acontece em apenas um dia no norte da
Franca
, proximo a fronteira com a
Belgica
. Desde o seu inicio em 1896 ate 1967 ela tinha sua largada em
Paris
e sua chegada em
Roubaix
, dai a origem do seu nome. A partir de 1968 a cidade de largada foi alterada para
Compiegne
, a aproximadamente 60 km do centro de Paris, sendo mantida a cidade da chegada. Famosa pelo terreno dificil e seus trechos de
paralelepipedos
, ela faz parte da chamadas corridas
classicas
do calendario europeu e distribui pontos para o ranking mundial da
UCI
. Ela e conhecida como
Inferno do Norte
,
Um Domingo no Inferno
,
Rainha das Classicas
ou
La Pascale
.
[
1
]
A prova acontece anualmente em meados de abril e e organizada pelo grupo de midia
Amaury Sport Organisation
.
A Paris-Roubaix e uma das mais antigas corridas de ciclismo de estrada, com sua primeira edicao acontecendo em 1896. Ela e conhecida por possuir varios trechos em que a estrada e pavimentada com paralelepipedos, sendo considerada uma das classicas de paralelepipedo juntamente com a
Ronde van Vlaanderen
e Gent-Wevelgem. Em virtude do tipo de calcamento, as bicicletas tem seus quadros e rodas desenvolvidas especialmente para esta prova e pneus furados ou problemas mecanicos sao comuns, geralmente influenciando na definicao dos competidores que poderao ou nao vencer a prova.
Apesar de ser bem avaliada pela maioria das pessoas, ao longo dos tempos, varios grandes ciclistas consideravam a prova como uma brincadeira por causa de suas dificeis condicoes. A prova tambem tem diversas controversias, com muitos dos provaveis vencedores sendo desclassificados por diferentes motivos.
O percurso e mantido pelo
Les Amis de Paris-Roubaix
, um grupo de fans da prova formado em 1983. Os
forcats du pave
mantem os trechos de paralelepipedo o mais seguro possivel para os ciclistas, ao mesmo tempo que mantem a sua dificuldade.
A Paris-Roubaix e uma das mais antigas corridas do ciclismo de estrada profissional, com sua primeira edicao ocorrendo em 1896 e que deixou de acontecer apenas durante a
Primeira
e
Segunda
Guerra Mundial
. Ela foi criada por Theodore Vienne
[
2
]
e Maurice Perez.,
[
3
]
que tambem estiveram envolvidos na construcao de um
velodromo
na esquina da rua Verte e da rota d'Hempempont inaugurado em 9 de Junho de 1895.
[
4
]
Vienne e Perez organizaram varias disputas na pista, inclusive a primeira prova do velocista
norte-americano
Major Taylor
na Franca, e entao comecaram a buscar novas ideias. Em fevereiro de 1896, eles imaginaram uma corrida de Paris ate a pista construida por eles. No entanto, esta ideia apresentava dois problemas: o primeiro era que as maiores provas iniciavam ou terminavam em Paris e Roubaix seria considerado um destino muito provinciano e o segundo era que eles somente conseguiriam organizar o inicio ou o fim da prova, mas nao os dois.
Eles entao conversaram com Louis Minart, o editor do
Le Velo
, o unico diario esportivo da epoca. Minart se demonstrou entusiasmado, mas disse que a decisao sobre se o diario iria organizar a largada e providenciar publicidade caberia ao seu diretor, Paul Rousseau.
[
5
]
Minart tambem teria sugerido uma abordagem indireta, pois eles recomedaram a corrida que estavam imaginando como uma preparacao para outra. Eles escreveram:
Caro Sr. Rousseau, Bordeaux-Paris esta se aproximando e este grande evento anual que tanto tem feito para promover o ciclismo nos deu uma ideia. O que o senhor acha de uma corrida-treino que precederia a Bordeaux-Paris em quatro semanas? A distancia entre Paris e Roubaix e de aproximadamente 280 km, entao ela seria uma brincadeira de crianca para os futuros participantes da Bordeaux-Paris. A chegada seria no velodromo de Roubaix depois de varias voltas na pista. Todos teriam a certeza de uma recepcao calorosa, uma vez que, a maioria dos nossos cidadaos nunca tiveram o privilegio de assistir o espetaculo de uma grande prova de estrada e nos acreditamos que Roubaix e realmente uma cidade hospitaleira. Como premiacao, nos ja subscrevemos um primeiro premio de 1.000 francos em nome do velodromo de Roubaix e nos comprometemos a estabelecer uma lista generosa de premios que sera satisfatoria para todos. Mas por enquanto, podemos contar com o patrocinio da
Le Velo
e na sua ajuda para organizar a largada?
[
6
]
O primeiro premio representava sete meses do ganho de um mineiro da epoca.
[
7
]
Rousseau ficou entusiasmado e mandou seu editor de ciclismo, Victor Breyer, definir uma rota.
[
8
]
Breyer, que futuramente seria um dos organizadores do
Tour de France
, bem como integraria a
Union Cycliste Internationale
, viajou para
Amiens
em um
Panhard
guiado pelo seu colega, Paul Meyan. Na manha seguinte Breyer continuou o trajeto de
bicicleta
. O vento soprou, a chuva caiu e a temperatura diminuiu. Breyer chegou a Roubaix imundo e exausto depois de um dia de viagem por estradas de
paralelepipedos
. Ele jurou que mandaria um telegrama para Minart convencendo-o a desistir da ideia, dizendo que era perigoso demais realizar uma corrida pelo caminho que ele acabara de percorrer. Porem, naquela noite, apos uma refeicao e alguns drinques com a equipe de Roubaix, ele mudou sua opiniao.
[
9
]
Vienne e Perez marcaram sua prova para o domingo de
Pascoa
. A Igreja tinha objecoes. Os competidores nao teriam tempo para assistir a missa, enquanto os espectadores poderiam simplesmente ignora-la. Folhetos foram distribuidos em Roubaix depreciando o evento. O que aconteceu a seguir e incerto. Diz a lenda que Vienne e Perez prometeram a igreja que uma missa seria celebrada para os atletas numa capela a 200 m da largada, na boulevard Maillot. Esta historia e repetida por Pascal Sergent, o
historiador
da corrida, e por Pierre Chany, historiador do esporte em geral.
[
10
]
Sergent vai alem, afirmando que Victor Breyer, que ele diz que estava presente, teria dito que a missa foi cancelada porque 4 da manha
[
11
]
era cedo demais. Nenhuma mencao a data da corrida foi mudada.
Entretanto, a primeira Paris-Roubaix, diz Sergent, aconteceu em 19 de abril de 1896. Mas o domingo de pascoa de 1896 caiu em 5 de abril.
[
12
]
[
13
]
[
14
]
A primeira Paris-Roubaix num domingo de Pascoa teria acontecido somente no ano seguinte, 1897.
Noticias sobre a viagem de Breyer ate Roubaix podem ter se espalhado e metade dos ciclistas inscritos nao compareceram a largada. Entre as desistencias estava Henri Desgrange, um proeminente
ciclista de pista
que mais tarde organizaria o
Tour de France
. Entre os
ciclistas
que se alinharam para largada estava Maurice Garin, vencedor do primeiro Tour organizado por Desgrange, que era a esperanca local, ja que, no ano anterior em companhia de dois irmaos, ele havia aberto uma loja de bicicletas na boulevard de Paris.
[
15
]
Garin acabou por chegar em terceiro lugar, 15 minutos apos Josef Fischer, ate hoje o unico alemao vencedor desta prova.
[
16
]
Durante uma hora apenas quatro competidores finalizaram a prova. Garin teria chegado em segundo se nao tivesse sido atrapalhado por uma queda envolvendo duas
bicicletas tandem
, uma delas guiada por seus passistas. Garin "terminou exausto e Dr. Butrille se sentiu obrigado a atender-lo, disse Sergent.
[
17
]
Ele acabou ganhando no ano seguinte, derrotando o holandes Mathieu Cordang nos ultimos dois quilometros do velodromo em Roubaix.
[
n 1
]
Sergent disse:
Assim que os dois campeoes apareceram, eles foram recebidos por um publico em delirio e todos os seguiam aclamando os dois herois. Era muito dificil reconhece-los. Garin chegou primeiro, seguido pelo totalmente enlameado Cordang. De repente, para o assombro de todos, Cordang escorregou e caiu no piso de cimento do velodromo. Garin nao podia acreditar na sua sorte. Ate que Cordang voltasse a subir em sua bicicleta, Garin ja havia se distanciado uns 100 m. Ainda restavam seis voltas. Dois miseraveis quilometros para alcancar Garin. O publico prendeu a respiracao enquanto assistia a essa incrivel perseguicao. A campainha tocou. Restava uma volta. 333 metros para Garin, que chegou a liderar por 30 m na Batave.
Uma vitoria classica estava ao seu alcance, mas ele quase podia sentir a respiracao de seu adversario no seu pescoco. De alguma forma, Garin conseguiu manter sua lideranca por dois metros, dois pequenos metros para uma vitoria lendaria. O publico explodiu em uma ovacao que uniu os dois homens. Garin estava exultante sob os aplausos de todos. Cordang derramou lagrimas de desapontamento.
[
18
]
A corrida costuma deixar seus participantes cobertos de lama e areia provenientes das estradas de paralelepipedos e cheia de sulcos existentes nesta regiao da Franca, que originalmente tinha como atividade a mineracao de carvao. Entretanto, nao e este o motivo pelo qual a prova ganhou o nome
l'enfer du nord
, ou
Inferno do Norte
. Este termo foi usado para descrever o caminho da prova apos a
Primeira Guerra Mundial
. Organizadores e jornalistas deixaram Paris em 1919 buscando ver o quanto da rota havia sobrevivido a quatro anos de bombardeios e trincheiras da guerra. A
Procycling
, revista britanica de ciclismo, relatou:
[
19
]
Eles pouco sabiam sobre os efeitos permanentes da guerra. Nove milhoes haviam morrido e a Franca perdeu mais do que qualquer outro. Mas, como em outros lugares, as noticias eram escassas. Quem saberia se ainda existia uma estrada para Roubaix? Mais que isso, Roubaix ainda estava la? O carro dos organizadores e jornalistas percorreu o caminho que aqueles primeiros competidores haviam passado e, no inicio, tudo aparentava estar bem. Havia destruicao, pobreza e uma estranha ausencia de homens. Mas a Franca havia sobrevivido. No entanto, ao se aproximarem do norte, o ar exalava um cheiro de ralo, esgotos e gado putrefato. As arvores estavam negras, queimadas, quando nao haviam sido transformadas em tocos. Havia lama por toda a parte. Ninguem sabe quem primeiro a descreveu como 'inferno', mas nao havia melhor maneira de se expressar. E foi assim que foi publicado nos jornais do dia seguinte: aquele pequeno grupo de pessoas havia visto o 'inferno do norte'.
[
19
]
As palavras no
L'Auto
foram:
Nos entramos no centro do campo de batalha. Nao havia uma arvore, tudo foi derrubado! Nao havia um metro quadrado sequer que nao tivesse sido revirado. Havia um buraco de bombardeio atras do outro. As unicas coisas que ainda estavam de pe nesta terra revirada eram as cruzes com suas fitas em azul, branco e vermelho.
E o inferno!
[
19
]
“
|
Nao era uma corrida. Foi uma peregrinacao. -
Henri Pelissier
, falando da sua vitoria em 1919.
[
20
]
|
”
|
A busca por
paralelepipedos
e relativamente recente. Ela comecou concomitantemente na Paris-Roubaix e na Ronde van Vlaanderen, quando foi percebido que as melhorias generalizadas nas estradas apos a
Segunda Guerra Mundial
trariam mudancas no estilo das duas provas. Ate entao, a prova acontecia por estradas de paralelepipedos nao porque eles simplesmente queriam, mas porque era como as estradas eram realmente construidas. Andre Mahe, que vencedor da edicao de 1948, disse:
Apos a guerra, claro, todas as estradas eram ruins. Havia paralelepipedos desde o momento em que se deixava Paris, ou Senlis, onde a prova se iniciava naquela epoca. Havia trechos de estrada recuperada e frequentemente havia um caminho para bicicleta ou uma calcada pavimentada e as vezes curtos trechos de algo mais suave. Mas voce nunca sabia onde era melhor de andar e ficava sempre alternando. Voce podia pular com sua bicicleta para um local com pavimento, mas isso ficava cada vez mais dificil a medida que voce se cansava. Entao voce subia a roda dianteira, mas nao a traseira. Isso aconteceu comigo. E entao voce se estatelava no chao e, naturalmente, podia derrubar outros ciclistas. Ou eram eles que caiam e te derrubavam. E o caminho para a bicicleta eram frequentemente apenas cinzas compactadas, que ficavam macias na chuva e que apos a passagem de tantos ciclistas acabava causando atolamento ou perda de equilibrio. E deste modo ficavamos cobertos de po de carvao ou outra porcaria. Nao, tudo esta mudado agora, e nao podemos comparar aquela epoca e a atual.
[
21
]
A chegada da
televisao
ao vivo, impeliu os prefeitos das cidades ao longo do caminho que repavimentassem suas estradas de paralelepipedos por receio de que o resto da Franca os visse como atrasados e que nao investiam na regiao. Alvert Bouvet, o organizador disse: "Se as coisas nao mudarem, logo ela sera chamada de Paris-Valenciennes", em referencia a uma corrida plana em boas estradas que geralmente termina numa chegada de sprint em massa.
L'Equipe
disse: "Os competidores nao merecem isso." Seu editor, Jacques Goddet, chamou a Paris-Roubaix de "ultima grande loucura do ciclismo."
[
22
]
Bouvet e Jean-Claude Vallaeys formaram os Les Amis de Paris-Roubaix
[
23
]
(
veja abaixo
). Seu presidente, Alain Bernard, persuadiu entusiastas a procurar, e algumas vezes manter, caminhos de paralelepipedos ainda nao repavimentados. Ele disse:
“
|
Ate a guerra, a Paris-Roubaix acontecia toda em
routes nationales
. Mas muitas delas eram de paralelepipedos, o que era o espirito da prova, e os competidores tentavam pedalar nos caminhos de bicicleta, quando havia algum. Entao a Paris Roubaix sempre foi em
pave
, porque era de
pave
que as estradas eram construidas. Entao em 1967 as coisas comecaram a mudar. Havia menos
pave
que antes e a partir de 1967 o percurso comecou a mudar para o leste para usar as estradas de paralelepipedos que ainda la existiam. E entao aqueles paralelepipedos tambem comecaram a desaparecer e nos tememos que as previsoes de Bouvet se realizariam. Foi ai que nos comecamos a procurar por velhos caminhos ou estradas abandonadas que nao existiam nos nossos mapas.
Nos anos 1970, era so a prova passar por uma vila que o prefeito mandava repavimentar a estrada. Perre Mauroy, quando prefeito de Lille, disse que nao queria ter nada com a corrida e que ele nao faria nada para ajuda-la. Poucos anos depois, nao havia quase nenhuma vila ou area que queria algo conosco. Se a Paris-Roubaix vinha a seu encontro, eles sentiam-se envergonhados por expormos suas estradas ruins. Eles saiam e cobriam suas estradas, faziam o possivel para nos atrapalhar. Hoje eles nao nos deixam em paz. Prefeitos me ligam dizendo que encontraram um novo trecho de paralelepipedo e perguntam se nao queremos usa-lo.
|
”
|
O Carrefour de l'Arbre, um dos trechos de paralelepipedos mais importantes foi encontrado por Alain Bernard quando, num passeio de domingo, deixou a estrada principal para explorar o que existia em um determinado trecho e acabou por descobrir o ultimo trecho de paralelepipedo antes da chegada. Era um local ermo com apenas um bar. Bernard disse:
“
|
"Ate entao, o bar ('Cafe de l'Arbre) abria durante apenas um dia do ano. Na Franca um bar deve abrir pelo menos um dia no ano para para manter sua licenca de funcionamento. Era so o que ele fazia, pois ficava no meio do nada e ninguem ia la tomar um drinque sequer. Com a fama trazida pela corrida, ele agora tambem e um restaurante e fica aberto durante todo o ano."
|
”
|
Os Amis de Paris-Roubaix gastam entre €10.000 a 15.000 por ano restaurando e reconstruindo trechos de paralelepipedo. Os Amis fornecem a areia e outros materiais e os reparos sao feitos como treinamento por estudantes de escolas de hoticultura de Dunkirk, Lomme, Raismes e Douai. Cada secao custa entre €4-6,000, rateados igualmente entre os Amis, organizadores e a comunidade local.
[
24
]
Bernard disse:
“
|
"O problema agora e que os belgas vem assistir a prova e levam para casa um paralelepipedo da estrada como souvenir. Eles chegam a levar as marcacoes de quilometragem das estradas. E realmente uma dor de cabeca. Mas eu estou confiante que agora a Paris-Roubaix esta a salvo, e sempre existira como a corrida que sempre foi ate agora."
|
”
|
Pontos estrategicos das corridas historicas
[
editar
|
editar codigo-fonte
]
Os pontos estrategicos que podiam definir os vencedores ou perdedores nas edicoes historicas desta prova incluiam
Doullens Hill
,
Arras
,
Carvin
e a
Wattignies bend
.
[
25
]
Varios trechos de paralelepipedo foram excluidos da prova. Alguns se deterioraram de tal forma que nao proviam mais seguranca para os competidores ou permitiam sua restauracao. Outros foram repavimentados e perderam sua significancia para a competicao. Outras secoes foram retiradas a medida que a prova rumou para o leste.
Nas edicoes antigas, os ciclistas competiam correndo atras de passistas, como muitas outras competicoes da epoca.
[
26
]
Passistas tinham a funcao de marcar o ritmo para o competidor e inicialmente eram outros ciclistas em bicicletas tandem ou normal. A partir de 1898 foi permitido que
carros
e
motocicletas
tambem participassem como passistas.
[
27
]
O historiador Fer Schroeders disse:
Em 1898, A permissao para abrir a estrada para os competidores foi concedida ate para carros e motocicletas. Em 1900, a corrida estava por um fio, com apenas 19 ciclistas na largada. No ano seguinte, os organizadores decidiram que os competidores poderiam ser auxiliados apenas por passistas em bicicletas, ate que em 1910 toda ajuda dos passistas foi extinta. Esta opcao aumentou o interesse pela Paris-Roubaix, retirando-a do segundo plano e colocando-a a frente da prestigiada Bordeaux-Paris.
[
n 2
]
[
27
]
Originalmente a corrida acontecia entre Paris e Roubaix, mas em 1966 a largada foi alterada para
Chantilly
, 50 km ao norte, e em 1977 para
Compiegne
, 80 km ao norte.
[
28
]
A partir de Compiegne ela segue uma rota sinuosa de 260 km ate Roubaix, alcancando o primeiro trecho de paralelepipedo apos 100 km de prova. Durante os ultimos 150 km, os trechos de paralelepipedos totalizam mais de 50 km. A corrida atinge o apice nos 750 m do suave concreto do extenso velodromo ao ar livre de Roubaix. O caminho exato muda a cada ano, a medida que os trechos de paralelepipedos sao repavimentados e os organizadores procuram outros trechos para manter a caracteristica da prova. Em 2005, por exemplo, a corrida incluiu 54,7 km de paralelepipedos.
[
29
]
A largada da corrida ja aconteceu em diversos locais:
- 1896?1897 Porte Maillot, Paris
- 1898?1899: Chatou
- 1900: Saint-Germain
- 1901: Porte Maillot, Paris
- 1902?1913: Chatou
- 1914: Suresnes
- 1919?1928: Suresnes
|
- 1929?1937: Porte Maillot, Paris
- 1938: Argenteuil
- 1939: Porte Maillot, Paris
- 1943?1965: Saint-Denis
- 1966?1976: Chantilly
- 1977?hoje: Compiegne
|
A prova normalmente tem uma largada controlada (
depart fictif
), com a organizacao controlando o ritmo do pelotao. A largada real (
depart reel
) acontece em movimento depois que um pequeno trecho ja foi percorrido. A largada real ja foi:
- 1896?1897: Porte Maillot
- 1898?1899: Chatou
- 1900: Saint-Germain
- 1901: Porte Maillot
- 1902?1913: Chatou
- 1914: Suresnes
|
- 1919: Suresnes
- 1920?1922: Chatou
- 1923?1929: Le Vesinet
- 1930?1938: Argenteuil
- 1939: Le Vesinet
|
O organizador, Jean-Francois Pescheux, pontua os trechos de paralelepipelo considerando a distancia, irregularidades, condicao geral e localizacao na prova.
[
30
]
Em 2008, havia 28 trechos de
paralelepipedo
, sendo tres deles avaliados como dificuldade maxima. Alem do Trouee d'Arenberg, os trechos dificeis incluiam os 3000 m do Mons-en-Pevele (na altura do quilometro 213) e os 2100 m do Carrefour de l'Arbre (na altura do quilometro 244), este ultimo geralmente decisivo nos quilometros finais da prova. Os 28 trechos sao:
[
31
]
[
32
]
N.º
|
Nome da Seccao
|
Quilometro
|
Comprimento
(em m)
|
Categoria
|
28
|
Troisvilles
ate
Inchy
|
98
|
2200
|
|
27
|
Viesly
ate
Quievy
|
104
|
1800
|
|
26
|
Quievy ate Saint Python
|
106,5
|
3700
|
|
25
|
Saint-Python
|
111,5
|
1500
|
|
24
|
Vertain
ate
Saint-Martin-sur-Ecaillon
|
119
|
2000
|
|
23
|
Capelle-sur-Ecaillon
- Le Buat
|
126
|
1700
|
|
22
|
Verchain-Maugre
-
Querenaing
|
138
|
1600
|
|
21
|
Querenaing -
Maing
|
141
|
2500
|
|
20
|
Maing -
Monchaux-sur-Ecaillon
|
144
|
1600
|
|
19
|
Haveluy
|
155,5
|
2500
|
|
18
|
Trouee d'Arenberg
|
163,5
|
2400
|
|
17
|
Wallers
-
Helesmes
|
170
|
1600
|
|
16
|
Hornaing
-
Wandignies-Hamage
|
176,5
|
3700
|
|
15
|
Warlaing
-
Brillon
|
184
|
2400
|
|
14
|
Tilloy-lez-Marchiennes
-
Sars-et-Rosieres
|
187,5
|
2400
|
|
13
|
Beuvry-la-Foret
- Orchies
|
194
|
1400
|
|
12
|
Orchies
|
199
|
1700
|
|
11
|
Auchy-lez-Orchies
-
Bersee
|
205
|
1200
|
|
10
|
Mons-en-Pevele
[
n 3
]
|
210,5
|
3000
|
|
9
|
Merignies
? Pont-a-Marcq
|
216,5
|
700
|
|
8
|
Pont Thibaut
ate
Ennevelin
|
219,5
|
1400
|
|
7
|
Templeuve l'Epinette
Templeuve Le Moulin de Vertain
|
225
225,5
|
200
500
|
|
6
|
Cysoing
-
Bourghelles
Bourghelles -
Wannehain
|
232
234,5
|
1300
1100
|
|
5
|
Camphin-en-Pevele
|
239
|
1800
|
|
4
|
Le Carrefour de l'Arbre
|
242
|
2100
|
|
3
|
Gruson
|
244
|
1100
|
|
2
|
Hem
|
251
|
1400
|
|
1
|
Roubaix 'Espace Charles Crupelandt'
|
257,5
|
300
|
|
Comprimento - 2.200m
Utilizado pela primeira vez em 1987, e o maior de todos os trechos de paralelepipedo a 136m. Memorial Jean Stablinski a direita. A secao desce 900 metros em dois por cento. Os alunos do Lycee Professionnel Horticole de Raismes instalaram uma cobertura em novembro de 2007 para evitar a lama. A secao sobe suavemente para os proximos 900 metros ao planalto a 121 metros. Este ponto e muitas vezes dificil devido a lama. A curva de angulo reto rumo a Inchy e dificultada pela lama. A estrada, em seguida, cai em 3,2 por cento para 400 metros.
Classificacao:
. O paralelepipedo esta em muito bom estado, exceto no final. A segunda parte, depois da estrada principal, e sempre enlameada.
27 - Viesly (rue de la chapelle) ate Quievy
[
editar
|
editar codigo-fonte
]
Comprimento - 1.800m.
Utilizado pela primeira vez em 1973. Esta secao e ligeiramente descendente, caindo de 120m a 100m uniformemente. E quase totalmente limpa, embora em algumas partes lamacentas.
Classificacao:
. Em boas condicoes.
[
31
]
[
32
]
Comprimento - 3,700m
Utilizado pela primeira vez em 1973. Esta seccao atravessa duas estradas regionais, D113b e D134. Esta e a seccao de Hornaing para Wandignies-Hamage sao as mais longas. Ela aumenta de 95 a 117m. Comeca com uma leve queda, continua com uma ligeira subida sobre 600m e, em seguida, uma seccao quase totalmente plana. Depois de uma reta, existe uma curva de 90 graus a direita que leva a um trecho de 2 km morro acima que causa desgaste aos competidores.
Classificacao:
. Muito bom estado. O conselho regional restaurou o paralelepipedo do fim da secao em 2007. A bela fazenda de Fontaine au Tertre esta a esquerda no final do trecho.
[
31
]
[
32
]
Comprimento - 1.500m
Utilizado pela primeira vez em 1973. Comeca em 104m e termina em 82m. A estrada e quase reta, comecando com 500 metros planos, em seguida, uma descida de 1 km para Saint-Python.
Classificacao:
. Em boas condicoes, mas lamacento no inicio.
[
31
]
[
32
]
Comprimento - 1.900m plus 100m from which the tar has been removed.
Utilizado pela primeira vez em 1985. Ela desce de 105 para 89 m em uma linha quase reta apos uma pequena curva a esquerda no meio.
Classificacao:
Comprimento - 1.700m.
Utilizado pela primeira vez em 2005. Sobe de 91 a 102m em uma linha quase reta. Comeca com uma queda de quatro por cento acima por mais de 700m e, em seguida, sobe de 66m a 400m em sete por cento, seguido por uma lenta subida de dois por cento por 500m. E a parte mais ingreme do curso, guiada por especialistas com um anel de 46 dentes.
Classificacao:
. Muito bom estado, mas com faixas de vegetacao a direita durante a descida.
[
31
]
[
32
]
Comprimento - 1.600m.
Utilizado pela primeira vez possivelmente em 1974 . Praticamente plana - de 80m ate 78m, praticamente reta, subindo um pouco e depois descendo mais suavemente por mais tempo.
Classificacao:
. Em boas condicoes, exceto por alguns buracos.
[
31
]
[
32
]
Comprimento - 2.500m
Utilizado pela primeira vez em 1996 e a partir de entao sempre no mesmo sentido. A estrada e a D59, descendo de 85m para 40m em uma linha reta. Comeca com uma descida suave para 72m por 400m, seguida de um trecho rapido de 400m. Em seguida, vem um trecho plano seguido de uma longa descida de 2,5 a 3,8 por cento.
Classificacao:
. Em boas condicoes, com uma parte lamacenta.
[
31
]
[
32
]
Comprimento - 1.600m.
Utilizado pela primeira vez em 2001. A estrada e a D88, subindo de 47 ate 50m em uma linha quase reta. Comeca com um trecho de velocidade de 1.000m, seguido de uma descida por 600m.
Classificacao:
. Dificil no comeco, com grandes buracos, e depois em excelentes condicoes.
[
31
]
[
32
]
Comprimento - 2.500m.
Utilizado pela primeira vez em 2001 e desde entao. Esta e a secao Bernard Hinault, nomeada em sua presenca em 28 de marco de 2005 pela prefeitura. A secao e as vezes usada pela Quatre Jours de Dunkerque. Comeca em 31 m e termina em 34 m. Inicia com uma subida suave e conclui com uma descida tambem suave.
Classificacao:
.
Eles sao descritos como media condicao, mas com muita lama. A segunda metade e mais dificil.
[
31
]
[
32
]
A
Trouee d'Arenberg
,
Tranchee d'Arenberg
, (Trincheira de Arenberg),
Trouee de Wallers Arenberg
, tornou-se o simbolo da Paris-Roubaix. Oficialmente, 'La Dreve des Boules d'Herin', os 2400m de paralelepipedo foram colocados no tempo de
Napoleao
atraves da Raismes Forest-Saint-Amand-Wallers, proximo a
Wallers
e
Valenciennes
.
[
33
]
(
50° 23′ 56″ N, 3° 24′ 45″ L
) A estrada foi proposta para a Paris-Roubaix pelo ex-profissional
Jean Stablinski
,
[
34
]
que trabalhou na mina sob a floresta de Arenberg.
[
35
]
A mina foi fechada em 1990 e a passagem esta agora preservada. Embora a quase 100 km de Roubaix, o setor costuma provar-se decisivo e como Stablinski disse,
“
|
Paris-Roubaix nao e vencida em Arenberg, mas de la o grupo dos vencedores e selecionado.
[
36
]
|
”
|
Ha um memorial para ele em uma das extremidades da estrada.
[
37
]
Introduzida em 1968, a passagem foi fechada de 1974 a 1983 pelo Office National des Forets. Ate 1998 a entrada para o pave de Arenberg era ligeiramente inclinada, levando a um
sprint
por uma melhor posicao. A rota foi invertida em 1999 para reduzir a velocidade. Isso foi resultado do acidente de
Johan Museeuw
em 1998, quando lider da
Copa do Mundo
, que quase lhe custou a perna por gangrena. Em 2005, a Trouee d'Arenberg foi deixada de fora, os organizadores disseram que as condicoes tinham se deteriorado para alem dos limites de seguranca. As minas abandonadas fizeram alguns trechos cederem.
Os conselhos regional e local
[
n 4
]
gastaram 250 mil euros
[
38
]
para adicionar 50 cm para restaurar a largura inicial de tres metros e a corrida voltou a usa-la.
[
39
]
O ciclista italiano
Filippo Pozzato
disse depois de experimentar a estrada reparada:
E a verdadeira definicao do inferno. E muito perigosa, especialmente no primeiro quilometro quando entramos a mais de 60km/h. E inacreditavel. A bicicleta vai em todas as direcoes. Sera um verdadeiro espetaculo mas eu nao sei se e realmente necessario nos obrigar a isso.
[
38
]
Em 2001, o ciclista frances
Philippe Gaumont
quebrou o
femur
apos cair no inicio da Trouee quando liderava o pelotao.
[
38
]
Ele disse:
O que eu passei, so eu vou saber. Meu joelho virou completamente para a direita, formando uma bola de sangue na minha perna e no osso que quebrou, sem ser capaz de mover o meu corpo. E a dor, uma dor que eu nao desejo a ninguem. O cirurgiao colocou um grande apoio [
un gros materiel
] na minha perna, porque os ossos haviam se movido muito. Quebrar um femur e sempre grave por si mesmo, mas uma fratura exposta em um atleta de alto nivel nitidamente rasga os musculos. Aos 180 batimentos por minuto [do coracao], ha uma quantidade colossal de sangue sendo bombeado, o que significa que a minha perna estava cheia de sangue. Estou grato pelo fato de a arteria ter permanecido intacta.
[
40
]
Gaumont passou um mes e meio na cama, incapaz de se mover, e teve uma placa de 40 milimetros fixada logo acima do joelho e um pino de 12 milimetros na cabeca do femur.
Comprimento - 2.400m.
Utilizado pela primeira vez em 1968. Uma estrada reta atraves da floresta domaniale de Raismes/Saint-Amand/Wallers, descendo suavemente primeiro e depois subindo. A estrada esta em 25m no inicio e em 19m no fim.
Classificacao:
. A pista e extremamente dificil de subir por causa de sua irregularidade. Entao muitos fas levam consigo paralelepidedos como
souvenirs
e a Amis de Paris-Roubaix esta tendo que substitui-los.
[
31
]
[
32
]
Comprimento - 1.600m.
Utilizado pela primeira vez em 1974 em substituicao a Trouee. E simples e nivelada. O inicio e dificil, a estrada ruiu parcialmente e as pedras sao irregulares. O setor nao sera mais utilizado em 2009.
[
41
]
Classificacao:
[
31
]
[
32
]
Comprimento - 3.700m.
Utilizado pela primeira vez em 1983. Em 1988 foi usado em todo o seu comprimento. A ultima extensao de
2.900 metros foi usada para a
Tour de France
em 2004. A estrada e a D130. Ela desce de 23 para 17m em forma de L. E plana, comecando com 800m um linha reta, seguidos de followed by a turn ate the right near two chateaux, then a straight line of 2,900m towards Wandignies-Hamage.
Classificacao:
. Em boas condicoes.
[
31
]
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32
]
Comprimento - 2.400m.
Utilizado pela primeira vez em 1983. A estrada e a D81, em 17m em cada extremidade, em forma de L. Primeiros 400m retos, entao uma curva para a direita seguida de uma reta de 2 km.
Classificacao:
. Em boa condicao no comeco, mas depois com secoes alagadas.
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31
]
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32
]
14 - Tilloy-lez-Marchiennes ate Sars-et-Rosieres
[
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]
Comprimento - 2.400m.
Utilizado pela primeira vez em 1980 mas somente nos primeiros 1.400m. Usada com seu comprimento inteiro desde 1982. Uma secao em L da D158b com duas curvas de 90 graus a direta e uma curva de 90 graus a esquerda. Inicia a 18m e termina a 19m.
Classificacao:
. Em bom estado e com manutencao periodica. As vezes enlameada por causa dos tratores.
[
31
]
[
32
]
Comprimento - 1.400m.
Utilizado pela primeira vez em 2007. A secao foi restaurada para a corrida, 700m de paralelepipedos foram adicionados aos 700 ja existentes. A secao foi nomeada apos Marc Madiot em 2007. Ela sobe suavemente na primeira metade depois e plana.
Classificacao:
. Em uma condicao correta, embora a superficie e descrita como "caotico" na primeira parte.
[
31
]
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32
]
12 - Orchies, chemin des Prieres, and chemin des Abattoirs
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]
Comprimento - 1700m.
Utilizado pela primeira vez em 1980. Os ultimos 600 metros foram usados no sentido oposto na primeira vez, em 1977. A secao e em forma de L, os primeiros 1.100m planos e os ultimos 600 em uma subida suave.
Classificacao:
. Em um bom estado, bastante enlameado num primeiro momento, deslocado nos ultimos 600m.
[
31
]
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32
]
Comprimento - 1.200m.
Utilizado pela primeira vez em 1980. A segunda secao, Nouveau Monde, foi desprezada em 2007 e 2008 devido as pobres condicoes da pista, mas parte dessa secao tem sido reparada e ira retornar a corrida em 2009.
[
42
]
O setor sobre de 40 para 54m. E quase plano em forma de semicirculo.
Classificacao:
. Em bom estado, apesar de irregular e dificil na segunda metade.
[
31
]
[
32
]
Mons-en-Pevele, (
50° 29′ 31″ N, 3° 07′ 05″ L
), e a decima seccao de pave antes do fim. Seus 3.000m sao classificados com o mais dificil nivel de dificuldade, cinco estrelas. Esta na municipalidade de
Mons-en-Pevele
. E um dos setores chaves, um dos mais duros, e dentro dos 50 km finais. Tem sido usado todos os anos desde 1978, exceto em 2001. Em 1997, 2000, 2002 e 2003, somente os primeiros 1.100m foram usados.
Em 2008, a arremetida de
Stijn Devolder
neste setor contribuiu para a vitoria de
Tom Boonen
, seu companheiro de equipe
Quick Step
.
No geral, e uma subida de 3.000m de 53m no inicio para 63m no fim. Comeca com uma descida de 300m de dois por cento para a Ruisseau La Petite Marque em 47m. Seguem-se 800m que sobem 3m. Uma curva a direta de 90 graus para a rue du Blocus da inicio a uma reta de 800m que desce 2m e leva a uma dificil e lamacenta curva de 90 graus a esquerda para a ruelle Flamande. Os 1.100m finais da ruelle Flamande e Chemin de Randonnee Pedestre sobem 16m ate
Merignies
.
Comprimento - 3.000m
Usada pela primeira vez em 1978. Comeca em 53m e termina em 63m. Os primeiros 300m descem dois por cento. Entao uma curva a direita de 90 graus, 800 metros de estrada plana, uma curva dificil e lamacenta de 90 graus a esquerda e 1.100m de subida suave.
Classificacao:
. Condicao correta para os primeiros 1.100 m, entao piora, seguindo-se 1.100 m sobre o qual a lama desce dos campos.
[
31
]
[
32
]
Comprimento - 700m.
Utilizado pela primeira vez em 1981. A estrada e a rue de la Rosee. Ela sobe de 35 para 37m, quase em linha reta.
Classificacao:
. Boa condicao.
[
31
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32
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Comprimento - 1.400m.
Utilizado pela primeira vez em 1978. Um duplo L plano com curvas de 90 graus a esquerda.
Classificacao:
. Boa condicao mas lamacento nos primeiros 1.100 m, e dificil no fim, mas ha uma intervencao prevista, no sentido de melhora-lo.
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31
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32
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Comprimento - 200m.
Utilizado pela primeira vez em 1992. Uma linha reta subindo dois metros.
Classificacao:
. Ma no comeco, e depois boa.
Comprimento - 500m.
Utilizado pela primeira vez em 2002. Esta secao, coberta por terra, foi escavada para a centesima corrida. Ela desce de 38m a 33m em uma linha reta.
Classificacao:
. Trecho pequeno, mas com pista dificil de lidar.
[
31
]
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32
]
Comprimento - 1.400m.
Utilizado pela primeira vez em 1981. Desde 2006 inclui os 300 metros que levam a Bourghelles. Conhecida como a secao Duclos-Lassalle, e nivelada e em forma de L, subindo gradativamente, descendo, subindo e entao descendo novamente ate terminar em sua altitude original: 44m.
Classificacao:
. Em boas condicoes nos primeiros 700m, temivel nos 300m ate a curva a direita, e boa de novo para os ultimos 300m.
Comprimento - 1.100m.
Utilizado pela primeira vez em 1992. Uma ligeira subida seguida de uma ligeira descida.
Classificacao:
.
Muito bom estado na primeira metade e, em seguida, dificil de guiar na segunda metade por causa de sua superficie irregular. Parcialmente repavimentada com paralelepipedos da velha estrada em Peronne-en-Melantois substituida pela Paris-Roubaix nos anos 1950.
[
31
]
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32
]
Comprimento - 1.800m.
Utilizado pela primeira vez em 1980. Em forma de L, descendo de 52 ate 50m. A faixa direita no meio e dificil por causa da lama.
Classificacao:
. Bastante deslocado mas temivel nos ultimos 300m.
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31
]
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32
]
4 - Camphin-en-Pevele ate Carrefour de l'Arbre
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]
Comprimento - 2.100m.
Utilizado pela primeira vez em 1980. Uma secao em forma de L subindo de 48 para 51m. Plana por 1.200m, em seguida uma curva dificil a esquerda levando a uma ligeira subida.
Classificacao:
. Alterna boas e mas secoes. A secao antes da curva, que leva ao restaurante, e particularmente ruim e dificil de guiar.
Le Carrefour de l'Arbre (ou Pave de Luchin) e a quarta secao de pave antes da chegada em Roubaix. Seus 2,1 km sao classificados no mais alto nivel de dificuldade, cinco estrelas. A encruzilhada (
carrefour
) esta em um terreno aberto entre
Gruson
e
Camphin-en-Pevele
.
50° 35′ N, 3° 14′ L
A rota sai a oeste de Camphin-en-Pevele ao longo da Rue de Cysoing ate Camphin de l'Arbre. A primeira metade e uma serie de curvas, em seguida, um pave irregular ate Luchin. A segunda metade termina no restaurante Cafe de L'Arbre e ainda tem mais pave. Uma acentuada curva para Gruson sinaliza o inicio do setor 3, embora esta tenha sido algumas vezes incluida no setor 4.
O setor Carrefour de l'Arbre / Pave de Luchin tem se mostrado frequentemente decisivo. Devido a sua proximidade com Roubaix (15 km) e a dificuldade cumulativa, mesmo assim e considerado menos desafiador do que o Trouee d'Arenberg. O lider na passagem do Cafe tem uma boa chance de liderar no velodromo, como
Fabian Cancellara
fez em 2006 e
Stuart O'Grady
em 2007. Como a ultima area em que um arremate pode revelar-se decisivo, ela e popular entre os espectadores.
Este setor de 1.100m, que foi usado pela primeira vez em 1978, desce de 50m para 45m em linha reta. Foi tambem incorporada ao estagio 3 da
Tour de France
de 2004, entre
Waterloo
e
Wasquehal
.
[
32
]
Classificacao:
[
31
]
[
32
]
Acredita-se que este setor de 1.400 m setor foi usado pela primeira vez em
1968
, mas talvez remonte a
decada de 1950
. A sinuosa secao sobe de 25m para 30m, repleta de curvas. Em 2004, Johann Museeuw sofreu um estiramento neste trecho, o que lhe custou a chance de disputar o sprint para igualar o recorde da quarta vitoria.
[
32
]
Classificacao:
. Muito bom estado, por vezes deslocada, mas os ciclistas tem duas faixas de vegetacao para evitar os buracos que causam frequentes acidentes.
[
31
]
[
32
]
1 - Roubaix, Espace Charles Crupelandt - O ultimo trecho de paralelepipedo
[
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]
O ultimo trecho de paralelepipedo antes do estadio tem o nome de um piloto local,
Charles Crupelandt
, que venceu em 1912 e 1914. O organizador do Tour de France, Henri Desgrange, previu que ele iria vencer a corrida. Ele foi entao para a guerra e voltou como um heroi, com a
Croix de Guerre
. Apos tres anos de paz, no entanto, ele cometeu um crime e foi considerado culpado pelo tribunal. A Union Velocipedique o baniu por toda a vida, possivelmente a pedido dos rivais no ciclismo.
[
43
]
Crupelandt correu novamente, mas registrado por uma associacao nao oficial de ciclismo, pela qual ele venceu os campeonatos nacionais em 1922 e 1923. Ele morreu em 1955, cego e com ambas as pernas amputadas.
Este setor de 300m, que desce de 32m para 27m, e informalmente conhecido como a "
Chemin des Geants
" (
Estrada dos Gigantes
). Ele foi utilizado pela primeira vez em 1996, tendo sido criada para o centenario, deixando uma faixa de bom calcamento no centro da ampla avenida Alfred Motte. Espalhados nos paralelepipedos estao placas para cada vencedor da corrida, os gigantes.
[
32
]
Classificacao:
. Excelentes condicoes.
[
31
]
[
32
]
Ate 1914 o final era na pista original em Croix, onde a clinica Parc agora se localiza. Desde entao foram varios os locais de chegada:
[
44
]
- 1896?1914: Rue Verte/route d'Hempempont, Croix, Roubaix
- 1919: avenue de Jussieu, Roubaix, atras do diario
- 1920?1921: Estadio Jean Dubrulle, Roubaix
- 1922?1928: avenue des Villas (hoje avenue Gustave Delory), Roubaix
- 1929: Stade Amedee Prouvost, Wattrelos
- 1930?1934: avenue des Villas, Roubaix
- 1935?1936: Hipodromo de Flandres, Marcq
- 1937?1939: avenue Gustave Delory (antiga avenue des Villas), Roubaix
- 1943?1985: Velodromo de Roubaix
- 1986?1988: avenue des Nations-Unies
- 1989?2008: Velodromo de Roubaix
A chegada foi movida para o estadio atual em 1943, e permaneceu por la com excecao aos anos de 1986, 1987 e 1988 quando foi utilizada a avenue des Nations-Unies, em frente aos escritorios de
La Redoute
, a empresa de correspondencias que patrocinava a prova.
[
16
]
O vestiario dentro do velodromo e caracteristico pelas baias abertas com tres lados, paredes baixas de concreto, cada uma com uma placa de bronze comemorando um vencedor. Estes incluem
Peter van Petegem
,
Eddy Merckx
,
Roger De Vlaeminck
,
[
45
]
Rik van Looy
and
Fausto Coppi
.
[
46
]
“
|
Quando e estou no chuveiro em Roubaix, eu comeco a preparacao para o proximo ano. - Tom Boonen, 2004.
[
47
]
|
”
|
Uma placa comemorativa na 37 avenue Gustave Delory homenageia
Emile Masson Jr.
, o ultimo a vencer ali.
A Paris-Roubaix representa um desafio tecnico para os atletas, pessoal da
equipa
e equipamento. Frequentemente sao usados quadros e rodas especiais. Alguns atletas usam pneus mais largos, freios cantilever e manetes duplos de
freios
. Muitas equipes colocam pessoas em varios pontos do percurso com rodas, equipamentos e bicicletas sobressalentes para prestar ajuda aos competidores em trechos que nao sao acessiveis para os carros.
Andre Mahe, vencedor de 1948, disse que esta especializacao e recente:
“
|
… [Em 1948] Nos corriamos com as mesmas bicicletas que utilizavamos no resto do ano. Nao tinhamos a necessidade de muda-las, pois elas eram muito menos rigidas do que as bicicletas atuais. Os quadros se movimentavam por inteiro. Quando eu atacava, podia sentir o movimento central oscilar abaixo de mim. Por outro lado, nos tinhamos mais trechos de paralelepipedo. As pessoas falam sobre a quantidade de trechos de paralelepipedo que existe hoje, mas quando eles terminam, voltam para estradas asfaltadas.
[
21
]
|
”
|
Em todo caso, os ciclistas improvisam. Depois da
Segunda Guerra Mundial
muitos tentaram utilzar aros de madeira do tipo dos usados no inicio das competicoes de ciclismo.
Francesco Moser
embrulhou seu guidao com tiras de espuma nos anos 1970.
Gilbert Duclos-Lasalle
and
Greg LeMond
experimentaram usar suspensao dianteira nos anos 1990.
[
48
]
Alguns dos melhores ciclistas profissionais recebem quadors especiais que garantem maior estabilidade e conforto. Diferentes materias tornam a pedalada mais confortavel.
Tom Boonen
usou um quadro da marca Time com uma maior distancia entre eixos pela primeira vez na edicao de 2005 da qual sagrou-se vencedor e desde entao countiua a se utilizar deste artificio.
[
49
]
[
50
]
George Hincapie
teve um quadro com um elastomero de 2 mm inserido no topo do seat stay de seu quadro. O fabricante afirmava que este absorveria quase toda a vibracao proveniente do calcamento. A bicicleta de Hincapie da marca Trek nao teve um bom desempenho em 2006: a espiga de aluminio de sua bicicleta quebrou quando faltavam 46 km para o final, causando sua queda e, consequentemente, ferindo seu ombro.
[
51
]
[
52
]
A bicicleta feita para
Peter van Petegem
em 2004 era uma Time. A distancia entre o movimento central e o eixo traseiro era de 419 mm ao inves dos normais 403 mm, enquanto a distancia do movimento central para o cubo dianteiro era de 605 mm ao inves de 600 mm. O comprimento do garfo dianteiro era de 372 mm e nao 367,5 mm e os garfos possuiam espaco para o uso de pneus de 28 mm. Os pinhoes eram de aco ao inves de liga de metais e a espiga foi cortada 5 mm mais alta do que o normal caso se fosse necessario levantar o guidao antes da largada.
[
24
]
As pessimas estradas frequentemente causam furos nos pneus. Uma frota de 5 motociclistas e quatro carros providencia pneus sobressalentes independentemente da equipa a que pertencam
[
53
]
Yves Hezard da Mavic, empresa fabricante de rodas e pneus para bicicletas que proporciona esta cobertura disse:
A cada ano nos trocamos menos rodas, pois as rodas e pneus estao cada vez melhores. Nos trocamos cerca de 20 rodas hoje. Ha cinco anos era muito pior - nos imaginamos que eram cerca de 100 rodas. Os pneus esta se tornando muito melhores que antigamente. Entao, sim, nosso trabalho e mais facil, exceto que a prova e geralmente mais rapida agora, entao nos estamos sob um pouco mais de pressao. Todos os anos ha novos tipos de marchas, quadros de aluminio, quadros de titanio, entao esta ficando mais complexo para nos oferecermos um servico neutro. Nos temos uma lista no carro de quem esta usando Mavic ou Shimano ou Campagnolo; no momento que alguem tem um pneu furado nos precisamos pensar em uma serie de coisas ao mesmo tempo. E um quadro de
titanio
ou carbono ou aco?
Em 1907, Georges Passerieu abriu uma fuga de um pequeno grupo de competidores proximo a Douai, pois sabia que nao teria condicoes de responder aos sprints caso todos terminassem agrupados. Ele foi perseguido por todo o caminho ate Roubaix pelo belga Cyrille van Hauwaert, e a tensao era alta no velodromo. O publico ouviu que Passarieu havia alcancado o estadio, mas ninguem entrava na pista. Quando o lider estava para entrar, um
gendarme
entrou no seu caminho para verificar se seu bicicleta possuia a placa obrigatoria anexada. Passarieu, que ja tinha tido um dia muito dificil, somente conseguiu prosseguir apos um discussao acalorada.
Na edicao de 1930, Jean Marechal terminou a prova 24 segundos a frente do belga Julien Vervaeche, mas foi removido para o segundo lugar pois, quando Marechal tentava ultrapassar Vervaecke, este caiu numa vala. De acordo com alguns espectadores, Marechal teria atingido o ombro do belga e causado sua queda. Jacques Augendre, historiador do Tour de France, disse que Marechal, entao com 20 anos, "competia individualmente representando Colin, um pequeno fabricante de bicicletas, e chegou sozinho a Roubaix. Sua alegria teve vida curta. Arbitrariamente acusado de ter provocado a queda de Julien Vervaecke, com quem tinha empreendido uma fuga, ele foi desclassificado sem sequer ser ouvido. Detalhe importante: Vervaecke pertencia a toda-poderosa equipe Alcyon, gerida pelo nao menos poderoso Ludovic Feullet…"
[
54
]
Roger Lapebie foi desclassificado da edicao de 1934 por ter trocado de bicicletas. O segundo colocado Gaston Rebry, foi agraciado com a vitoria, quando os oficiais descobriram que faltava um adesivo da prova na bicicleta de Lapebie.
[
55
]
Em 1936, o belga, Romain Maes, parecia ter vencido a prova, porem juizes declararam o frances Georges Speicher vencedor e Maes em segundo lugar.
[
56
]
A gritaria comecou na arquibancada, e por um momento, parecia que uma briga estava por comecar, mas a calma voltou e o resultado foi acolhido. Um belga pode nao ter vencido, mas entre os dez primeiros colocados havia sete belgas.
O resultado da prova de 1949 levou varios meses e duas conferencias internacionais para ser definido. Andre Mahe foi primeiro, mas sua vitoria foi contestada porque ele tomou o caminho errado. Mahe empreendia uma fuga de outros tres competidores que haviam alcancado o velodromo de Roubaix na lideranca, mas foi confundido pelos oficiais e entrou no velodromo pelo portao errado. Mahe foi declarado o vencedor, no entanto poucos minutos depois outros competidores chegaram utilizando o rota correta e Serse Coppi, irmao do famoso
Fausto Coppi
, ganhou no sprint, o que imaginava tratar-se de posicoes intermediarias. Depois de um protesto e varios meses, Serse Coppi foi declarado vencedor juntamento com Mahe.
[
57
]
C'est trop bete d'en parler
(E demasiado estupido para falar sobre). Houve uma fuga. Coppi atacou. Seu irmao Fausto deu-lhe um empurrao para ajuda-lo. Ele queria que seu irmao vencesse. Eu esperei um pouco e entao ataquei e o alcancei e a fuga. Entao eu ataquei. E iria ganhar a Paris-Roubaix. Na entrada no velodromo, havia pessoas por todo o lado bloqueando o caminho. Eu olhei em volta procurando por onde ir e fui orientado a contornar a parede externa da pista, ate onde os carros dos times deviam estacionar. Nao era como os tempos atuais, quando existe televisao e tudo isso. Na epoca era mais caotico e toda a estrada era bloqueada. Disseram-me que eu deveria saber o caminho para entrar na pista. Mas como voce pode saber uma coisa dessa no final da Paris-Roubaix, quando voce percorreu todo o dia por estradas como aquelas? Um gendarme sinalizou o caminho a percorrer, e e por este caminho que eu fui.
[
21
]
Foi um jornalista em uma motocicleta que chegou ate mim. Ele gritava 'Nao por ai! Nao por ai!' E eu dei a volta na estrada e ao pe da parede externa da arquibancada e e vi o portao que entrava na pista, o portao para os jornalistas. E foi por ai que eu fui, no entanto ele saia no lado oposto a da entrada correta para a pista. O grupo chegou e Serse ganhou no sprint. Mas seu irmao disse a Serse para reclamar junto aos juizes. Ele disse a Serse que eu nao havia percorrido precisamente todo o percurso e que, por esse motivo, eu deveria ser
declasse
. Mas isso foi indigno dele. Coppi queria que seu irmao obtivesse uma grande vitoria. Ele era um grande campeao, Coppi, mas fazer o que ele fez, protestar deste modo para conseguir um vitoria para seu irmao, isso nao e digno de um campeao. Isto era indigno dele. Um campeao como ele nunca deveria ter se rebaixado tanto. Eu nunca conversei com ele sobre isso. Nunca. Por que deveria?
[
21
]
Em 1981, apos vencer a prova em sua primeira participacao, Bernard Hinault disse:
“
|
Paris-Roubaix est une connerie
[
48
]
- "Paris-Roubaix e uma besteira" ou "Paris-Roubaix e pura estupidez".
[
58
]
|
”
|
A outra unica vez que ele participou foi no ano seguinte, defendendo o titulo. Quando foi criticado, ele disse: "Eu nao quero entrar nos seus escritorios e dizer as pessoas que trabalhem mais, ainda assim as pessoas me pedem para ser o mais forte nos paralelepipedos."
[
40
]
Hinault teve sete quedas naquela prova, incluindo uma a 13 km da chegada quando um pequeno cao preto de nome Gruson escapou de sua coleira e correu para debaixo da sua roda. Hinault tinha sido claro com
Roger de Vlaeminck
,
Hennie Kuiper
e
Dirk de Meyer
. O incidente deixou Hinault furioso e ele correu para alcancar os outros e ganhou em Roubaix.
Ele nao foi a primeira estrela a rejeita-la.
Jacques Anquetil
chamou-a de loteria depois de ter seu pneu furado a 13 km da chegada em 1958 e nunca mais a levou a serio.
[
48
]
Em 2002, dentre os ciclistas que estavam classificados como
top 20
pela UCI, apenas
Jens Voigt
e
Erik Zabel
se alinharam para a largada. No ano seguinte somente Zabel estava la. Em 2004, tambem ele deixou de participar. Philippe Brunel escreveu no
L'Equipe
:
Nos nao chegaremos ao ponto de dizer que [Hinault], cinco vezes campeao do Tour - que todo ano entrega ao vencedor seu "paralelepipedo de celebracao" em nome dos organizadores - tenha contribuido para o enfraquecimento [
Pauperisation
] da Rainha das Classicas, o que o ofenderia, mas suas palavras contribuiram para a rejeicao, ou indiferenca, daqueles que se mantem longe da prova. O fato nao e novo mas o fenomeno esta piorando e e relativo. O pelotao de ausentes e grande a ponto de a Paris-Roubaix ser destinada apenas para um pequeno grupo de especialistas…principamente os belgas, capazes de manter alta velocidade nos paralelepipedos.
[
48
]
Em 2006
Leif Hoste
,
Peter van Petegem
e
Vladimir Gusev
foram desclassificados por atravessar um cruzamento de trens fechado 10 km antes da chegada e bem a frente do comboio que se aproximava.
[
20
]
O vencedor foi
Fabian Cancellara
e as outras posicoes do podium foram herdadas por
Tom Boonen
e
Alessandro Ballan
.
“
|
Eu conheco as regras, sim, mas eu nao sei porque ninguem nos parou, e porque ninguem nos disse nada nos 10 km que se seguiram. Tudo isso para nos dizer somente dois minutos antes de ir para o podium que haviamos sido desclassificados. Cancellara mereceu a vitoria mas, para mim, eu sempre serei o segundo colocado, ainda que tenha sido desclassificado.
|
”
|
“
|
"E uma loucura. Na Belgica, o trem teria sido parado" - Peter van Petegem, Abril 2006
[
20
]
|
”
|
O canal de televisao estadunidense
CBS
cobriu a Paris-Roubaix na decada de 1980.
Theo de Rooij
, um neerlandes, era considerado uma promessa para a vitoria na edicao de 1985, mas entao sofreu um acidente, perdendo a chance de vencer. Coberto de lama, ele externou seus pensamentos para o jornalista John Tesh apos a prova:
"E uma besteira, esta corrida!” disse de Rooij. “Voce trabalha feito um animal, nao tem nem tempo de mijar, voce faz nas suas calcas. Voce esta pedalando em lama como essa, voce escorrega... e um monte de merda.”
Quando foi perguntado se correria a prova novamente, de Rooij respondeu:
“Claro, e a mais bela corrida do mundo!”
[
59
]
- "Uma Paris-Roubaix sem chuva nao e uma Paris-Roubaix de verdade. Coloque um pouco de neve tambem, nao e serio." -
Sean Kelly
[
60
]
- "Deixe-me dizer-lhe - ha uma diferenca enorme entre
Flanders
e a Paris-Roubaix. Elas nao estao nem proximas de parecerem-se. Em uma, os paralelepipedos sao utilizados diariamente por carros, e tem manutencao, e coisas do tipo. A outra - e completamente diferente... O melhor que eu posso fazer e descreve-la deste modo - eles aram uma estrada de terra, sobrevoam ela com helicoptero, e entao apenas jogam um monte de rochas do helicoptero! Esta e a Paris-Roubaix. E ruim deste jeito - e ridiculo." -
Chris Horner
[
61
]
- "Esta e a prova que eu me encaixo quando estou num bom dia. Por outro lado, se voce nao tem pernas, este e o pior local que voce poderia estar." - Jo Planckaert, 2004
[
62
]
- "E um circo, e eu nao quero ser um dos palhacos." -
Chris Boardman
(Falando antes da largada para a Eurosport britanica).
[
63
]
Les Amis de Paris-Roubaix - os "amigos" da prova - e um grupo de entusiastas fundado por Jean-Claude Vallaeys em 1983. Ele tem sua base na Franca, no entanto e aberto para membros de todo o mundo. Suas raizes remetem a Paris-Roubaix Cyclo-Touriste de 1972. Em 1982 ja eram 7.242 participantes. Neste e em outros eventos que utilizam o percurso, uma peticao para o salvamento dos paralelepipedos conseguiu coletar 10.000 assinaturas. Jean-Claude Vallaeys, Jean-Francois Pescheux
[
n 5
]
e o Velo-club de Roubaix, que foi fundado em 1966 por Vallaeys , formaram o Les Amis de Paris-Roubaix em 1982 em uma exposicao fotografica na Maison du Nord-Pas de Calais
[
n 6
]
em Paris.
Seu objetivo era encontrar trechos suficientes de estradas de paralelepipedos para preservar a natureza da prova. Tantas foram as estradas que foram repavimentadas que, como disseram os organizadores, havia o risco de que a prova se transformasse em uma corrida rapida em boas estradas e a vitoria seria dos sprinters, ao inves daqueles que teriam enfrentado o inferno. Alain Bernard, que sucedeu a Vallaeys, diz: "Nos tivemos sucesso nisto. Hoje, a associacao procura manter estes caminhos lendarios, trabalhando com as administracoes locais para preserva-las. Mas, ao mesmo tempo, nos tambem realizamos outras acoes para preservar o valor da corrida, acumulando uma impressionante colecao de documentos, organizando exposicoes, homenageando ex-vencedores, explorando turisticamente a rota."
[
23
]
Les Amis dizem que ja esta tarde para salvar o setor de Bersee, que foi retirado do percurso da prova por conta de seu perigoso estado em 2007. A situacao esta se tornando critica, dizem eles, no Pont Gibus de Wallers, no Mons-en-Pevele, Pont Thibaut em Ennevelin, na secao de pave de Duclos-Lasalle em Cysoing e em Camphin-en-Pevele.
[
64
]
- 4 vitorias (1) :
- 3 vitorias (7) :
- Octave Lapize
(1909, 1910, 1911)
- Gaston Rebry
(1931, 1934, 1935)
- Rik Van Looy
(1961, 1962, 1965)
- Eddy Merckx
(1968, 1970, 1973)
- Francesco Moser
(1978, 1979, 1980)
- Johan Museeuw
(1996, 2000, 2002)
- Fabian Cancellara
(2006, 2010, 2013)
|
- 2 vitorias (11) :
- Maurice Garin
(1897, 1898)
- Lucien Lesna
(1901, 1902)
- Hippolyte Aucouturier
(1903, 1904)
- Charles Crupelandt
(1912, 1914)
- Henri Pelissier
(1919, 1921)
- Georges Claes
(1946, 1947)
- Rik Van Steenbergen
(1948, 1952)
- Sean Kelly
(1984, 1986)
- Marc Madiot
(1985, 1991)
- Gilbert Duclos-Lassalle
(1992, 1993)
- Franco Ballerini
(1995, 1998)
- Mathieu van der Poel
(2023, 2024)
|
Actualizado apos edicao de 2024
As edicoes mais rapidas da Paris-Roubaix
Velocidade media (Distancia)
|
Atleta
|
Ano
|
47,802 km/h (259,7 km)
|
Mathieu van der Poel
|
2024
|
46,841 km/h (256,6 km)
|
Mathieu van der Poel
|
2023
|
45,792 km/h (257 km)
|
Dylan van Baarle
|
2022
|
45,2 km/h (265 km)
|
Greg Van Avermaet
|
2017
|
45,129 km/h (265 km)
|
Peter Post
|
1964
|
44,190 km/h (254,5 km)
|
Fabian Cancellara
|
2013
|
43,612 km/h (246 km)
|
Rik Van Steenbergen
|
1948
|
43,538 km/h (262 km)
|
Pino Cerami
|
1960
|
43,522 km/h (245 km)
|
Germain Derijcke
|
1953
|
43,476 km/h (257,5 km)
|
Tom Boonen
|
2012
|
43,406 km/h (259,5 km)
|
Tom Boonen
|
2008
|
43,305 km/h (262 km)
|
Johan Museeuw
|
1996
|
43,105 km/h (264 km)
|
Francesco Moser
|
1980
|
O recorde mantido por Peter Post, foi obtido em um trajeto diferente do atual.
[
67
]
- O
belga
Raymond Impanis
completou 16 edicoes durante os anos de 1947 e 1963 tornando-se o recordista. Servais Knaven e
Gilbert Duclos-Lassalle
completaram 15 edicoes.
[
67
]
- Gilbert Duclos-Lassalle
tornou-se em 1993 o ciclista velho a ganhar uma edicao, possuindo na epoca 38 anos e 8 meses.
[
68
]
- A vitoria por maior diferenca de tempo aconteceu em 1970, quando Eddy Merckx derrotou Roger de Vlaeminck por 5 minutos e 21 segundos.
[
7
]
- A vitoria por menor margem foi de 1 cm e ocorreu em 1990, entre Eddy Planckaert e Steve Bauer.
[
7
]
[
67
]
- A vitoria mais lenta aconteceu em 1919, quando
Henri Pelissier
ganhou a prova apos percorrer em 12 horas e 15 minutos as estradas devastadas pela Primeira Grande Guerra.
[
67
]
- A mais longa escapada vitoriosa - 222 km, foi empreendida pelo Belga Dirk Demol e pelo Suico Thomas Wegmuller em 1988, discutindo a vitoria entre os 2 ao sprint.
[
67
]
- A fuga a solo para a vitoria mais longa da historia e a do belga
Andrei Tchmil
em 1994.
[
69
]
Notas
- ↑
Em 2004 Les Amis de Paris-Roubaix homenageou as vitorias de Garin na Paris-Roubaix colocando um paralelepipedo, trofeu tradicional do vencedor do prova, em seu tumulo. Veja
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A corrida
Bordeus-Paris
manteve passistas ate 1985.
- ↑
Francesco Moser (1978, 1979, 1980) e Sean Kelly (1984, 1986) venceram a prova apos realizarem um ataque no Mons-en-Pevele. O vencedor provavelmente e um dos tres primeiros que finalizam trecho de paralelepipedos de Mons
- ↑
Conseil General du Nord e Communaute de la Porte du Hainaut
- ↑
Jean-Francois Pescheux e agora o organizador da Paris-Roubaix
- ↑
Les Amis de Paris-Roubaix e uma combinacao de camara de comercio, organizacao de
Lobby
e escritorio de turismo.
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