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Mecanismo de defesa

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Goya , Los Caprichos .

Mecanismo de defesa ou ajustamento designa em psicologia , em geral, e na teoria psicanalitica , em particular, as acoes psicologicas que tem por finalidade reduzir qualquer manifestacao que pode colocar em perigo a integridade do ego , onde o individuo nao consiga lidar com situacoes que por algum motivo considere ameacadoras. Sao processos subconscientes ou mesmo inconscientes que permitem a mente encontrar uma solucao para conflitos nao resolvidos no nivel da consciencia . As bases dos mecanismos de defesa sao as angustias . Quanto mais angustiados estivermos, mais fortes os mecanismos de defesa ficam ativados.

Um conflito cria em nos certa angustia . Essa angustia e o que nos motiva a resolver esse problema. Porem nem sempre o individuo e capaz de resolver um problema de forma imediata e direta, pois nossos problemas pessoais nao podem ser resolvidos atraves somente da razao . Isso se da pelo fato de que os problemas pessoais tem um certo envolvimento emocional que diminui nossa objetividade , e consequentemente somos levados a resolve-los de forma indireta e tortuosamente, buscando um ajustamento, a fim de adaptar-nos as exigencias que nos sao impostas pela sociedade em que vivemos. Tais processos adaptativos sao o que chamamos de mecanismos de defesa. Os mecanismos mais comuns sao o recalque (ou repressao), a regressao , a projecao , a formacao reativa e a sublimacao . [ 1 ] [ 2 ]

Recalque [ editar | editar codigo-fonte ]

O recalque , ou repressao, e o processo automatico que mantem fora da consciencia , impulsos, ideias ou sentimentos inaceitaveis, os quais nao podem se tornar conscientes atraves da evocacao voluntaria. O recalque e um dos mais importantes mecanismos de defesa do ego e e utilizado desde os primeiros anos de vida para protege-lo da angustia originada dos conflitos psiquicos. E um mecanismo de defesa basico e precede a maioria dos outros, os quais, em geral, funcionam como reforcos ou adjuntos, quando o recalque e incompleto. [ 3 ] Certos traumas e conflitos nao resolvidos sao recalcados e, se nao forem resolvidos, podem se tornar neuroses .

No Brasil, a traducao do termo alemao Verdrangung mais utilizada no meio psicanalitico e recalque, provavelmente pela influencia francesa que a psicanalise brasileira sofre (na traducao de Laplanche das Obras de Freud, o termo utilizado e refoulement - "recalcamento"). No entanto, na traducao brasileira das Obras Completas , como tambem nas traducoes inglesa e espanhola, o termo ainda utilizado e "repressao". [ 4 ] [ 5 ]

Verdrangung e considerado o primeiro mecanismo de defesa investigado por Freud e serve como modelo para a construcao de outros mecanismos de defesa mais complexos. [ 6 ] Na fase inicial de suas investigacoes, trabalhando com a neurose histerica , Freud estava preocupado em entender os mecanismos que poderiam explicar os esquecimentos. Freud atribuia a autoria desse conceito a ele proprio, mas em 1914, quando publicou A historia do movimento psicanalitico , reconheceu que a ideia ja havia sido pensada pelo filosofo Arthur Schopenhauer , na obra apresentada a Freud por Otto Rank , O mundo como vontade e como representacao. [ 7 ]

Regressao [ editar | editar codigo-fonte ]

E o retorno do individuo a niveis anteriores do desenvolvimento sempre que depara com uma frustracao. E uma sucessao genetica e designa o retorno do sujeito a etapas ultrapassadas do seu desenvolvimento. Por exemplo, o choro das pessoas em certas situacoes pode ser uma regressao a infancia, que pode ter tido uma situacao em que o choro "resolveu" o "problema", entao a pessoa inconscientemente usa aquele mesmo "metodo" para "resolver" a nova situacao.

Usamos a regressao para fantasiar, com o objetivo de criar uma valvula de escape. Defendermo-nos de ameacas e angustias e muito eficiente, pois dissipa a angustia e nos torna capazes de enfrentar novamente o problema. Entretanto, de forma constante, nos afasta da realidade, nos fornece falsos e efemeros sentimentos de triunfo e o despertar para a realidade (atraves das constantes pressoes do mundo objetivo) pode ser extremamente doloroso.

A regressao geralmente e assemelhada a um ato infantil, mas e mais comum do que as pessoas imaginam, a regressao pode ser desde assistir a um filme ate o ato estereotipo da regressao, que seria agir como uma crianca e fantasiar seu proprio mundo. Fumar e usar outros tipos de objetos orais que nos proporcionam prazer momentaneo e uma regressao tambem porque nos remete a satisfacao do bebe com a boca e o ato de sugar o leite.

A concepcao freudiana a respeito do desenvolvimento da sexualidade inclui a ideia de uma predisposicao evolutiva pela qual passa a libido , seguindo uma sequencia de fases ? oral , anal , falica ? para, apos um periodo de latencia, chegar numa organizacao genital da sexualidade adulta. Ou seja, para Freud a sexualidade esta presente desde o nascimento e evolui conforme a crianca vai crescendo de modo que, ao final do processo, espera-se que ela se organize sob a primazia da zona erogena genital e esteja a servico da reproducao. No caso especifico da evolucao da libido, isso significa que nem todas as fases pelas quais passa o seu desenvolvimento sao necessariamente superadas ou completamente ultrapassadas. Com relacao aos riscos proprios do caminho evolutivo da libido, Freud sinaliza duas possibilidades. Uma delas seria a de parte da libido ficar estancada nas fases iniciais, pre-genitais, fenomeno ao qual o autor chamou de fixacao do instinto. O outro risco apontado se refere a possibilidade de parte da libido que havia evoluido para um estagio posterior retornar para uma fase anterior do desenvolvimento: fenomeno denominado "regressao". [ 8 ]

Projecao [ editar | editar codigo-fonte ]

Projecao e o processo mental pelo qual as caracteristicas que estao ligadas ao eu sao gradativamente afastadas deste em direcao a outros objetos e pessoas. Essas projecoes tendem a deslocar-se em direcao a objetos e pessoas cujas qualidades e caracteristicas sao mais adequadas para encaixar o material deslocado.

Muitas vezes nos defendemos da angustia gerada por fracasso, culpa ou nossos defeitos projetando a responsabilidade por esse fato em alguem ou em algo.

Temos como exemplos:

  • um jogador de tenis que, ao perder uma partida, justifica sua perda botando a culpa na qualidade da raquete (aqui se assemelha ao deslocamento);
  • o fato de tratarmos uma pessoa com hostilidade, justificando a nos mesmos que ela e uma pessoa hostil, mas na verdade o unico agente cometendo hostilidade somos nos, a outra pessoa esta agindo normalmente;
  • o marido feio que exige que sua mulher seja bela, mas na verdade ele pode estar projetando o desejo de ser belo na mulher, ja que foi incapaz de cumpri-lo.

Formacao reativa [ editar | editar codigo-fonte ]

Quando a repressao de fortes impulsos e acompanhada por uma tendencia contraria, sob a forma de comportamentos e sentimentos exatamente opostos as tendencias reprimidas, tal tendencia e o que chamamos de formacao reativa . Uma mae que se preocupa exageradamente com o filho pode ser reflexo de uma verdadeira hostilidade a ele. Uma pessoa demasiadamente valente pode ser reflexo de um medo do oculto. Porem, vale salientar que existem outros fatores que levam a mae a preocupar-se com o filho e um homem a ser valente, sem ser obrigatoriamente um exemplo de formacao de reacao.

Esse mecanismo de defesa mantem o impulso indesejado longe do consciente, superenfatizando o impulso oposto.

Muitas atitudes neuroticas sao tentativas evidentes de negar ou reprimir alguns impulsos ou de defender a pessoa contra um perigo instintivo. Sao atitudes tolhidas, rigidas, que obstam a expressao de impulsos contrarios, os quais, no entanto, de vez em quando, irrompem por diversos modos.

Nas peculiaridades dessa ordem, a psicanalise, psicologia “desmascaradora” que e, consegue provar que a atitude oposta original ainda esta presente no inconsciente. Chamam-se formacoes reativas essas atitudes opostas secundarias. As formacoes reativas representam mecanismo de defesa separado e independente ou podem constituir consequencia e reafirmacao de uma repressao estabelecida.

Quando menores, contudo, significam certo tipo de repressao que e possivel distinguir de outras repressoes. Digamos: e um tipo de repressao em que a contracatexia e manifesta e que, portanto, tem exito no evitar atos muito repetidos de repressao secundaria. As formacoes reativas evitam repressoes secundarias pela promocao de modificacao definitiva, “de uma vez por todas”, da personalidade. O individuo que haja constituindo formacoes reativas nao desenvolve certos mecanismos de defesa de que se sirva ante a ameaca de perigo instintivo: ele modificou a estrutura da sua personalidade, como se esse perigo estivesse sem cessar presente, de maneira que ele esteja pronto sempre que ocorra.

Sublimacao [ editar | editar codigo-fonte ]

Proxima ao isolamento, a sublimacao consiste na busca de modos socialmente aceitaveis de satisfazer, ao menos parcialmente, as pulsoes do id . Caracteriza-se por apresentar uma inibicao do objeto e sua dessexualizacao. E responsavel pela civilizacao , ja que e resultante de pulsoes subjacentes que encontram vias aceitaveis para o que e reprimido. Dessa forma, e o unico mecanismo que nunca e patologico.

Exemplo:

  • um individuo que obtem prazer em cortar tecidos humanos pode se tornar cirurgiao , para satisfazer seus impulsos tornando este ato (cortar tecidos sem excitacao) aceitavel socialmente.

Racionalizacao [ editar | editar codigo-fonte ]

Existe em nos uma luta constante para dar sentido ao nosso proprio mundo de experiencias, uma procura de explicacoes para nossos fenomenos internos, nossos comportamentos e sentimentos . Para satisfazer essa busca, evitando a angustia e mantendo o autorrespeito, criamos “explicacoes” altamente racionais para fatores emocionais e motivacionais, para justificar nosso eu (ego); buscamos “boas razoes”, ainda que falsas, para nossas atitudes e fracassos.

Tal acomodacao ao conflito e o que chamamos de racionalizacao.

Sao exemplos de racionalizacao:

  • um rapaz que viaja de graca em um onibus e busca varias justificativas para seu ato como “a passagem e muito cara”, “a empresa ja tem muito dinheiro”, “eu pago passagem todo dia, um dia a menos nao vai fazer diferenca”, “o onibus esta lotado, nao vou passar pela borboleta, vou ficar aqui mesmo”;
  • um aluno que, nao conseguindo responder a uma questao, diz “isso nao e interessante de saber mesmo”, “nao respondi porque nao tive tempo de estudar, pois la em casa fazem muito barulho”;
  • alguem que nao consegue algo que deseja e logo se justifica dizendo que, na verdade, nao queria aquilo;
  • um rapaz que foi dispensado por uma garota, da qual estava a fim, logo diz “ela nem era tao boa assim, era ate feia, nao sei como fui gostar dela”.

A racionalizacao sobre algum fato nao e apenas uma simples “explicacao”, ela envolve um conjunto complexo de “explicacoes”, evitando assim ataques, ou seja, se uma for destruida havera outra para substitui-la. O que difere a racionalizacao da dissimulacao e o fato de que tais “explicacoes” nao sao simples mentiras , geralmente nao estamos em boas condicoes e nem temos a intencao de enganar, simplesmente nao estamos conscientes das deformacoes em nosso pensamento. Ela tambem pode ser confundida com a razao , apesar de nao existir uma linha muito clara que diferencie as duas, e de que a razao tambem pode ser influenciada por fatores emocionais e motivacionais, pois na racionalizacao ha uma nitida preocupacao em justificar a si mesmo; consequentemente tomamos uma atitude agressiva contra os contestadores de tais “explicacoes”, uma vez que sao as defesas de nosso ego .

Isolamento [ editar | editar codigo-fonte ]

E o mecanismo de defesa que envolve uma “separacao de sistemas” para que os sentimentos perturbadores possam ser isolados, de tal forma que a pessoa se torna completamente insensivel em relacao ao acontecimento sublimado e passe a comenta-lo como se tivesse acontecido com terceiros. Nosso pensamento parece capaz, em certas circunstancias, de manter, lado a lado, dois conceitos logicamente incompativeis, sem tomarmos consciencia de suas gritantes divergencias, o que tambem chamamos de “comportamentos logicos de estanques”.

E um processo de isolar uma, dentre as varias partes do conteudo mental, de tal forma que as interacoes normais que ocorreriam entre elas se reduzam e assim os conflitos sejam evitados.

Sao exemplos de isolamento:

  • um ladrao que rouba e nao experimenta os sentimentos de culpa que estao ligados a esse ato;
  • um filho que, apos a morte de sua mae, fala com uma frequente e enorme naturalidade sobre a morte dela.

Identificacao [ editar | editar codigo-fonte ]

O individuo pode diminuir ou evitar a angustia identificando-se com outras pessoas ou grupos, de forma a se proteger. Por exemplo, uma pessoa que sofreu um recente fracasso pode identificar-se com o triunfo de outras, como se aquele triunfo tambem fosse dela. Tambem, ameacas externas ao eu podem ser reduzidas quando a pessoa passa a ver essas ameacas voltadas para um grupo mais amplo ao qual se identifica e nao apenas a ela. Por isso, temos a tendencia de fazer algo que consideramos perigoso quando estamos em grupo, assim o sentimento de culpa e angustia ligados a tal acao se dilui no grupo inteiro.

A maior parte das identificacoes ocorre no mundo da fantasia, temos como exemplo: a crianca que se identifica com seu heroi favorito; a moca que se identifica com a “mocinha” da novela, etc. Algumas ocorrem, ainda, em grupos antissociais, como grupos neonazistas , por exemplo: essas, a longo prazo, podem trazer dificuldades ainda mais serias de ajustamento.

De forma branda, a identificacao pode ajudar a pessoa a torna-se mais confiante e ajudar em seus ajustamentos. Porem, em excesso, causa dependencia e impede o individuo de enfrentar seu problema. Um caso excepcional de identificacao defensiva e a identificacao com o agressor: nesse tipo de identificacao, o individuo procura se identificar com pessoas ou grupos que o ameacam, ele e transformado de agredido para agressor. Isso explica a sindrome de Estocolmo .

Negacao [ editar | editar codigo-fonte ]

A negacao talvez possa ser considerada o mecanismo de defesa mais ineficaz, pois se baseia em simplesmente negar os fatos acontecidos a base de mentiras que acabam se confundindo e na maioria das vezes contrariando uma a outra. Um bom exemplo de negacao e um garoto que, ao ser acusado de roubo (e realmente e culpado), diz: "nao foi bem assim que aconteceu, e nao acontece sempre. Nunca aconteceu e nao vai acontecer mais."

Outros mecanismos de defesa [ editar | editar codigo-fonte ]

Com o passar do tempo, outros mecanismos de defesa foram apresentados, sendo, em parte, variacoes dos mecanismos acima apresentados:

  • Introjecao : mecanismo de defesa que consiste na adocao de regras e comportamentos que podem nos livrar de uma situacao ameacadora ou perigosa. Ela se inicia na infancia, quando comecamos a aceitar como nossas, regras e valores sociais, nao porque acreditavamos que isto fosse o correto a fazer, ja que ainda nao tinhamos uma opiniao formada sobre a vida, mas porque isto nos foi imposto, tanto pela nossa familia quanto pelo que eramos capazes de perceber no comportamento dos que nos rodeavam e sabiamos que, “se nao dancassemos conforme a musica”, seriamos punidos ou marginalizados. Temos como exemplo o ditado popular: “se nao pode vence-los, junte-se a eles”. [ 9 ]
  • Intelectualizacao: "Eu sei, eu ja li tudo isso! Nao e bem assim, tem muita discussao nova!". E quando se lida de modo intelectual com o problema, afastando os afetos; assemelha-se ao isolamento e a racionalizacao.
  • Anulacao: acoes, rituais magicos que contestam ou desfazem um dano que o individuo imagina que pode ser causado por seus desejos. Exemplo: fazer o sinal da cruz para afastar um pensamento pecaminoso.
  • Deslocamento: consiste em transferir as caracteristicas ou atributos de um determinado objeto para outro objeto. Exemplo: receber uma bronca do chefe e, assim que chegar em casa, chutar o cachorro como se ele fosse o responsavel pela frustracao.
  • Idealizacao: consiste em atribuir a outro individuo qualidades de perfeicao, vendo o outro de modo ideal. E o que fazem os adolescentes com seus idolos, a quem consideram perfeitos.
  • Conversao: consiste em uma transposicao de um conflito psiquico e uma tentativa de resolucao desse conflito por meio de expressoes somaticas como dores de cabeca. Passa-se o problema da mente para o corpo.
  • Substituicao: o inconsciente oferece a consciencia um substituto aceitavel para ela e por meio do qual ela pode satisfazer o id ou o superego . E a satisfacao imaginaria do desejo. Processo pelo qual um objeto valorizado emocionalmente, mas que nao pode ser possuido, e inconscientemente substituido por outro, que geralmente se assemelha ao proibido. E uma forma de deslocamento. Um exemplo e o bebe chupar o dedo ou a chupeta para sentir o prazer como se estivesse no seio da mae.
  • Fantasia: e um processo psiquico em que o individuo concebe uma situacao em sua mente, que satisfaz uma necessidade ou desejo, que nao pode ser, na vida real, satisfeito. Exemplo: Um homossexual que precisa manter o casamento e que, quando procurado pela esposa para o sexo, fantasia que esta tendo relacoes homossexuais e nao heterossexuais durante o ato. Fantasiar pode ajudar em certos conflitos psicologicos, mas nao "resolve" o conflito. Certas pessoas podem passar a vida inteira fantasiando, mas, quando caem na realidade, o conflito retorna.
  • Compensacao: e o processo psiquico em que o individuo se compensa por alguma deficiencia, pela imagem que tem de si proprio, por meio de um outro aspecto que o caracterize, que ele, entao, passa a considerar como um trunfo. Exemplo: um aluno ruim nos esportes se consola por ser bom em matematica.
  • Expiacao: e o processo psiquico em que o individuo quer pagar pelo seu erro imediatamente. Sendo que imediatamente quer dizer que a pessoa, incapaz de lidar com o sentimento de culpa, precisa "expiar" ou projetar em alguem ja pre-determinado essa angustia. Para isso existem os tais "bodes expiatorios" sempre prontos para levar a culpa.
  • Clivagem: e a separacao dos aspectos bons e maus do outro. Exemplo: identificacao com o agressor, negando o aspecto violento, como uma sequestrada que se identifica com seu sequestrador.
  • Resistencia: e o processo de resistencia ao trabalho terapeutico, no qual o paciente tenta manter no inconsciente os acontecimentos esquecidos.
  • Sentido de humor: posicao ou uma atitude em relacao ao sofrimento. Freud enfatiza o carater do humor como uma atitude subjetiva, uma "operacao elevada" que nao depende de propositos conscientes, mas de uma necessidade inconsciente, tanto de quem o gera quanto de quem o recebe. O senso de humor facilita a conexao com o inconsciente, e a conexao com o inconsciente facilita o senso de humor. [ 10 ]

Consideracoes [ editar | editar codigo-fonte ]

Outros pontos que devemos levar em conta sobre os mecanismos de defesa sao:

  • Os diferentes mecanismos de defesa apresentam-se em todos os individuos, e so se tornam anormais quando aparecem de maneira excessiva.
  • Nao sao escolhidos e empregados conscientemente pelo individuo.
  • O mecanismo que vai atuar em um dado momento depende da natureza da situacao especifica e das caracteristicas da pessoa.
  • As mesmas situacoes podem ter mecanismos de defesa diferentes em pessoas diferentes.
  • Os mecanismos que se mostraram mais eficazes na resolucao de conflitos anteriores tendem a serem usados para resolverem novos conflitos.
  • Seu uso prolongado e excessivo pode ter consequencias graves no ajustamento efetivo a vida. Nesse sentido, alguns sao piores que outros, como a fuga, que impede a pessoa de ser capaz de enfrentar seus problemas; e a repressao, que cega para a natureza dos mesmos.
  • Os mecanismos de defesa podem ser frustrados: a racionalizacao pode ser desmentida; a identificacao, negada; a fuga, evitada; a repressao, revelada, etc. Tornando, assim, o conflito ainda mais intensificado.
  • Quando tais mecanismos falham, podem ocorrer transformacoes ainda mais violentas no comportamento; tais transformacoes apresentam-se sob a forma de perturbacoes psicologicas severas, sendo um efeito da psicose .

Referencias [ editar | editar codigo-fonte ]

  1. You're getting defensive again! Anna Freud (1946) "The ego and mechanism of defense" cit. Hook (1994) pg. 230-236
  2. Brenner, Charles. Nocoes Basicas de Psicanalise . [S.l.]: Imago  
  3. Leite, S. (2009). ≪Angustia, recalque e foraclusao: algumas notas para a clinica≫ . Psicanalise & Barroco em revista, v. 7, n. 1, p. 209-218  
  4. Schlachter, Lina; Beividas, Waldir (2010). ≪Recalque, rejeicao, denegacao: modulacoes subjetivas do querer, do crer e do saber≫ . Agora: Estudos em Teoria Psicanalitica . 13 (2): 207?227. ISSN   1516-1498 . doi : 10.1590/S1516-14982010000200005  
  5. Souza, Reginaldo Silva (28 de fevereiro de 2019). ≪A Repressao e o Recalque na Psicanalise≫ . Psicologado  
  6. Roudinesco, Elisabeth (1998). Dicionario de psicanalise . Rio de Janeiro: Zahar  
  7. Macedo, Fernanda Nunes (2014). ≪Recalque versus inveja: beijinho no ombro≫ . Estudos de Psicanalise (42): 47?51. ISSN   0100-3437  
  8. Galvan, Gabriela (2012). ≪O conceito de regressao em Freud e Winnicott: algumas diferencas e suas implicacoes na compreensao do adoecimento psiquico≫ . Winnicott e-prints . 7 (2): 38?51. ISSN   1679-432X  
  9. ≪Comportamento: Mecanismo de Defesa: Introjecao≫ . Consultado em 26 de abril de 2016  
  10. Goldin, Autor Liliana (23 de abril de 2018). ≪El humor como alternativa a la angustia≫ . Intervenciones y Efectos (em espanhol) . Consultado em 30 de dezembro de 2019  
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