Maestro

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Maestro/Regente
Tipo
Setor de atividade
Competencias
Educacao requirida
Campos de trabalho

Maestro (feminino: maestrina) (do latim: magister ) ou regente e alguem que rege uma orquestra ou coro . O termo tambem e aplicado a um virtuose ou grande compositor . [ 1 ]

Historia [ editar | editar codigo-fonte ]

O maestro como conhecemos hoje surgiu no Romantismo musical, quando a massa orquestral ou coral tomou grandes proporcoes.

Antes disto, no barroco e no periodo classico , a figura do maestro nao era materializada. Os grupos eram pequenos ( orquestras de camara ) e todos os musicos podiam se entreolhar para analisar dinamicas e entradas. Porem, ja no classicismo , com o inicio do crescimento da massa orquestral ou coral, quem coordenava era o musico mais visivel: o primeiro violinista ou algum instrumentista de sopro. Em composicoes com acompanhamento por instrumento de teclado, o cravo na epoca e depois o piano , quem tocava este instrumento conduzia a orquestra . Tem-se noticia de Bach e Mozart regendo sentados ao instrumento .

Uma evolucao deste estado inicial foi a marcacao do tempo (metrica musical) atraves de batidas de um bastao no chao. Contudo, o ruido produzido pela batida afetava diretamente a musica , pois todos precisavam ouvir a marcacao (batidas) e assim todo o publico tambem a ouvia. Desta forma, alguns musicos optaram por marcar o tempo com as maos e bracos e outros, ainda, enrolavam as partituras e marcavam o tempo de maneira visual .

Carl Maria von Weber foi quem introduziu uma vareta ou pequeno bastao para substituir o rolo de partitura. A esta vareta deu-se o nome de batuta . [ 2 ]

Regencia [ editar | editar codigo-fonte ]

A regencia e o ato de conduzir um grupo de musicos , atraves do gestual, geralmente exercida pelo maestro.

Regente e regencia musical [ editar | editar codigo-fonte ]

A regencia musical e a atividade atraves da qual se pode coordenar, dirigir e liderar as atividades musicais realizadas em grupo, para que apresentem coesao e coerencia em sua manifestacao.

Ha grupos que possuem um(a) regente que se posiciona a frente de todos e comunicando referenciais para que os integrantes do grupo possam realizar uma execucao musical com unidade interpretativa. E ha outros grupos que nao possuem um(a) regente destacado. Mas, independente disso, qualquer que seja a situacao, todo conjunto musical precisa de um tipo de direcao, de uma lideranca.

A regencia e uma atividade que envolve diversos aspectos: musicais, gestuais, vocais, psicopedagogico e psicologicas. O(a) regente deve representar e promover a unidade da expressao artistico-musical de um grupo de pessoas, mesmo que elas tenham habilidades artisticas heterogeneas. Para isso, precisa se preparar em todos os aspectos citados, principalmente na sua formacao musical: bom dominio da partitura , percepcao sonora apurada para poder distinguir aquilo que estara conduzindo, conhecimento e compreensao de estilos, generos, autores, epocas, questoes de contraponto , harmonia e analise musical , etc.

Para o exercicio da regencia existem gestos convencionais que precisam ser dominados. Eles foram estabelecidos ao longo da historia da atividade da regencia e permitem um tipo especifico de comunicacao compreensivel por todos que participam do grupo. Existem gestos pessoais que caracterizam o estilo de cada regente, mas algumas convencoes, ate internacionais, sao importantes para que a comunicacao se estabeleca de forma homogenea entre grupos distintos.

O maestro comanda a orquestra usando a batuta para melhorar a visualizacao pelos musicos e cantores. Maestros como Leopold Stokowski (1882?1977), Kurt Masur (1927?2015) e Pierre Boulez (1925?2016), entre outros, notabilizaram-se por regerem sem batuta . [ 3 ]

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

Referencias

  1. ≪Dicionario Grove de musica: edicao concisa. Stanley Sadie; traducao Eduardo Francisco Alves. p 564. - Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,1994≫ . Consultado em 31 de agosto de 2009 . Arquivado do original em 12 de outubro de 2007  
  2. ≪Historia da musica ocidental. Jean e Brigitte Massin; traducao Teresa Resende Costa. p 37ss. - Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997≫ . Consultado em 31 de agosto de 2009 . Arquivado do original em 12 de outubro de 2007  
  3. Harold Farberman (1999). The Art of Conducting Technique: A New Perspective . [S.l.]: Alfred Music, pag. 21 (em ingles). ISBN 9781457460326   Consultado em 13 de fevereiro de 2020.

Ligacoes externas [ editar | editar codigo-fonte ]

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