Nota:
Este artigo e sobre mulheres homossexuais. Para a ilha grega, veja
Lesbos
.
Lesbica
e uma
mulher
que sente
atracao
, seja
sexual
ou
romantica
, por mulheres.
[
1
]
[
2
]
[
3
]
Os termos "lesbianidade" e "lesbianismo" sao usados para designar o
relacionamento
ou
comportamento sexual
ou
romantico
entre
mulheres
e/ou
pessoas nao-binarias
(
agenero
,
demigirls
,
genero-fluido
, etc.)
[
4
]
[
5
]
[
6
]
independentemente da
orientacao sexual
, como na expressao "casal lesbico",
[
2
]
embora haja quem use a expressao
safico
para evitar o
apagamento bissexual
.
[
7
]
[
8
]
[
9
]
[
10
]
O conceito de "lesbica" para diferenciar mulheres com uma
orientacao
homossexual
e uma construcao do
seculo XX
. Ao longo da historia, as mulheres nao tiveram a mesma liberdade e independencia para possuir relacoes homossexuais como os homens, mas foram perseguidas com violencias especificas como o
estupro corretivo
(para controlar comportamento social ou sexual da vitima)
[
11
]
e ate executadas quando questionaram
papeis de genero
e
estereotipos de genero
[
12
]
e se recusaram a ceder acesso ao corpo a homens. Em vez disso, as relacoes lesbicas tem sido muitas vezes consideradas inocuas e incomparaveis com as relacoes
heterossexuais
, por nao cumprimento da funcao reprodutiva e submissao ao conceito de familia patriarcal. Como resultado, pouco da historia foi documentada para dar uma descricao precisa de como a homossexualidade feminina foi expressa. Quando
sexologos
no
seculo XIX
comecaram a categorizar e descrever o comportamento homossexual, dificultados pela falta de conhecimento sobre a homossexualidade e
sexualidade feminina
, distinguiram lesbicas como mulheres que nao aderem aos
papeis de genero
feminino e as designaram incorretamente como doentes mentais, designacao que foi revertida mais tarde pela
Organizacao Mundial de Saude
, em 1991.
[
13
]
Neste periodo, mulheres em
relacionamentos
lesbicos esconderam suas vidas pessoais ou aceitaram o rotulo de "
paria
" e criaram uma
subcultura
e identidade que se desenvolveu na
Europa
e nos
Estados Unidos
, sendo algumas executadas durante o
Holocausto
[
14
]
como
associais
ou lesbicas, estas lesbicas eram obrigadas a usar um
triangulo preto
para identificacao. Apos a
Segunda Guerra Mundial
veio um periodo de repressao social, os governos passaram a perseguir homossexuais ativamente e as mulheres desenvolveram redes para socializar e educar umas as outras. Maior liberdade economica e social permitiu-lhes gradualmente serem capaz de determinar como elas poderiam formar relacionamentos e familias. Com a
segunda onda do feminismo
e crescimento de
bolsas de estudos
em
historia
e sexualidade das mulheres no
seculo XX
, a discussao pelos direitos lesbicos foi iniciada, o que provocou um debate sobre a
atracao sexual
como o principal componente para definir o que lesbica e.
Retratos de mulheres lesbicas na midia sugerem que a sociedade em geral tem sido ao mesmo tempo intrigada e ameacada por mulheres que desafiam os
papeis de genero
feminino, e fascinada e horrorizada com mulheres que estao romanticamente envolvidas com outras mulheres. Mulheres com uma identidade lesbica compartilham experiencias que formam uma visao semelhante a uma identidade
etnica
: como homossexuais, elas sao unificadas pela discriminacao homofobica e rejeicao potencial que enfrentam de suas familias, amigos e outros como resultado da
lesbofobia
. As mulheres lesbicas podem ter problemas de saude fisica ou mental distintos decorrentes de discriminacao,
preconceito
e estresse. As condicoes politicas e atitudes sociais tambem afetam a formacao dos relacionamentos lesbicos e suas familias.
A palavra "lesbica" vem do
latim
"
lesbius"
e originalmente referia-se somente aos habitantes da ilha de
Lesbos
, na
Grecia
. A ilha foi um importante centro cultural onde viveu a poetisa
Safo
, entre os
seculos
VI
e
VII
a.C., muito admirada por seus
poemas
sobre amor e beleza, em sua maioria dirigidos as mulheres. Por esta razao, o relacionamento sexual entre mulheres passou a ser conhecido como lesbianidade ou safismo. Ate o seculo XIX, a palavra lesbica nao tinha o significado que hoje lhe e dado, o termo mais utilizado ate entao era "tribade". Muitos termos foram usados para descrever o amor entre mulheres nos ultimos dois seculos, entre os quais:
amor lesbicus
,
urningismo
,
safismo
,
tribadismo
, e outros. No poema
Sapphic
, de
Algernon Charles Swinburne
, de 1866, o termo "lesbica" aparece duas vezes mas em ambas como habitantes da ilha de Lesbos.
[
15
]
Em 1875,
George Saintsbury
referiu-se ao poema de Swinburne em seus "Estudos lesbicos", em que ele inclui seu poema sobre "A Paixao de Delphine", que e sobre amor entre mulheres que nao alude Lesbos, apesar de ser intitulado Lesbos.
[
16
]
Lesbianismo
e
lesbianidade
para descrever relacoes eroticas entre mulheres tem sido documentados desde 1870.
[
17
]
Em 1890 o termo "lesbica" foi usado no dicionario medico com um adjetivo para
tribadismo
. Os termos "lesbicas", "
invertidas
" e "homossexual" eram utilizados com "safista", "safismo", ao longo do seculo XX. O uso de "lesbica" na literatura medica tornou-se proeminente; em 1925, a palavra foi registrada como um
substantivo
para significar o equivalente feminino de
sodomita
.
[
17
]
[
18
]
O desenvolvimento do conhecimento medico foi um significante fator para as conotacoes do termo "lesbica". Em meados do
seculo XIX
, os escritores medicos tentaram estabelecer formas de identificar a
homossexualidade masculina
, que foi considerado um problema social "grave" na maioria das sociedades ocidentais. Esta categorizacao servia para indicar o comportamento "inverso". O sexologo alemao
Magnus Hirschfeld
pesquisava categorizar o que foi o comportamento sexual "normal" para um homem e uma mulher.
Por ultimo, a literatura focava na homossexualidade feminina depois da homossexualidade masculina. Os medicos nao consideravam a homossexualidade feminina um problema significante e, em alguns casos, foi tida como algo que nao existia. No entanto, sexologos como
Richard von Krafft-Ebing
(
Alemanha
) e
Havelock Ellis
(
Gra-Bretanha
) escreveram algumas das primeiras categorizacoes e mais duradouras sobre
atracao pelo mesmo sexo
em mulheres, aproximando-as a uma forma de insanidade.
[
19
]
Krafft-Ebing, que considerou a lesbianidade (que ele chamou de "
uranismo
"), uma
doenca neurologica
, e Ellis - que foi influenciado pelos escritos de Krafft-Ebing - discordava se a "inversao sexual" era geral. Ellis acredita que muitas mulheres que professavam amor por outras mulheres mudaram seus sentimentos sobre tais relacoes depois de terem experimentado casamento e uma "vida pratica".
[
20
]
No entanto, Ellis admitiu que houve "verdadeiras invertidas" que iria passar a vida buscando relacoes eroticas com mulheres. Estes eram membros da "
terceiro sexo
", como a polonesa
Eva Kotchever
, a "rainha do terceiro sexo",
[
21
]
foi apelidada em
Greenwich Village
, ou seja, mulheres que rejeitaram os seus papeis como seres humanos subservientes, femininos e domesticos.
[
22
]
"Inversao" descrevia os papeis de genero oposto e tambem a atracao relacionada as mulheres em vez de homens; desde que as mulheres na
era vitoriana
foram consideradas incapazes de buscar ou querer relacoes sexuais, as mulheres que o fizeram com outras mulheres foram consideradas como possuindo desejos sexuais masculinos.
[
23
]
O trabalho de Krafft-Ebing e Ellis foi amplamente lido, e ajudou a criar a consciencia publica da homossexualidade feminina.
[
nota 1
]
As reivindicacoes dos sexologos que a homossexualidade era uma anomalia congenita foram geralmente bem aceitas por homens homossexuais; isto significava que o seu comportamento nao deveria ser considerado um vicio criminal, como era amplamente tido. Na ausencia de qualquer outro material para descrever suas emocoes, os homossexuais aceitaram a designacao de "diferentes" ou "pervertidos", e usaram o seu estado "fora da lei" para formar circulos sociais em
Paris
e
Berlim
. A palavra "lesbica" comecou a descrever os elementos de uma
subcultura
.
[
24
]
As lesbicas, nas culturas ocidentais em particular, muitas vezes classificam-se como tendo uma identidade, que define a sua sexualidade individual, bem como a sua adesao a um grupo que compartilha tracos comuns.
[
25
]
Mulheres em muitas culturas ao longo da historia tiveram
relacoes sexuais
com outras mulheres, mas elas raramente foram designadas como parte de um grupo de pessoas com base em suas relacoes fisicas. Como as mulheres tem sido geralmente minorias politicas nas culturas ocidentais. A designacao medica da homossexualidade tem sido motivo para o desenvolvimento de uma identidade subcultural.
[
26
]
A sexualidade feminina muitas vezes nao e adequadamente representada em textos e documentos. Ate muito recentemente, muito do que tem sido documentado sobre a sexualidade das mulheres foi escrita por homens, no contexto de compreensao do sexo masculino, e relevante para as associacoes de mulheres a homens como suas esposas, filhas ou maes, por exemplo.
[
27
]
Muitas vezes, representacoes artisticas da
sexualidade feminina
sugerem tendencias ou ideias em escalas amplas, dando aos historiadores pistas de como a era a aceitacao generalizada das relacoes sexuais entre as mulheres.
A nocao de que a atividade sexual entre mulheres e necessaria para definir um relacionamento lesbico ou uma lesbica continua a ser debatido. De acordo com a escritora feminista Naomi McCormick, a sexualidade feminina e construida por homens, cujo principal indicador da orientacao sexual lesbica e a experiencia sexual com outras mulheres. O mesmo indicador, entretanto, nao e necessario para identificar uma mulher como heterossexual. McCormick afirma que as conexoes emocionais, mentais e ideologicas entre as mulheres sao tao ou mais importantes que as genitais.
[
37
]
No entanto, na decada de 1980, um movimento significativo rejeitou a dessexualizacao da lesbianidade por
feministas culturais
, causando uma acalorada polemica chamada de
guerras sexuais feministas
.
[
38
]
Os papeis de
butch
e
femme
voltaram, embora nao tao estritamente seguidos como eram na decada de 1950. Eles se tornaram um modo de autoexpressao sexual escolhido por algumas mulheres nos anos 1990. Mais uma vez, as mulheres se sentiram mais seguras alegando ser mais aventureiras sexualmente, e a
flexibilidade sexual
tornou-se mais aceita.
[
39
]
O foco do debate geralmente se concentra em um fenomeno nomeado pela sexologa
Pepper Schwartz
em 1983. Schwartz descobriu que casais lesbicos de longa data relatam ter menos contato sexual do que casais heterossexuais ou homossexuais masculinos, chamando isso de
lesbian bed death
[
en
]
(em
portugues
:
morte lesbica na cama
). No entanto, algumas lesbicas contestam a definicao do estudo de contato sexual e introduziram outros fatores, como conexoes mais profundas existentes entre mulheres que tornam redundantes as relacoes sexuais frequentes, maior
fluidez sexual
nas mulheres, fazendo-as passar de heterossexual para bissexual para lesbica varias vezes ao longo de suas vidas? ou rejeitar os rotulos inteiramente. Outros argumentos atestaram que o estudo foi falho e deturpou o contato sexual preciso entre mulheres, ou o contato sexual entre mulheres aumentou desde 1983, pois muitas lesbicas se encontram mais livres para se expressar sexualmente.
[
40
]
Por conta dessas discussoes sobre identidade de genero e orientacao sexual, muitas mulheres mudaram a maneira de como se rotulam ou se veem. A maioria das pessoas na cultura ocidental aprende que a heterossexualidade e uma qualidade inata em todas as pessoas. Quando uma mulher percebe sua atracao romantica e sexual por outra mulher, pode causar uma "crise existencial"; muitas das que passam por isso adotam a identidade de lesbica, desafiando o que a sociedade oferece em estereotipos sobre homossexuais, para aprender como funcionar dentro de uma subcultura homossexual.
[
41
]
As lesbicas em culturas ocidentais geralmente compartilham uma identidade paralela aquelas construidas na etnia; elas tem uma historia e subcultura compartilhadas, e experiencias semelhantes com discriminacao, o que fez com que muitas lesbicas rejeitassem os principios heterossexuais.
[
25
]
Nao se sabe qual e a pratica sexual preferida das mulheres, mas pesquisas afirmam que talvez possa ser o de papel passivo na
cunilingua
, e isso estaria associado a estimulacao do
ponto G
e/ou do
clitoris
.
[
42
]
Por conta disso, muitas vezes o "
69
lesbico" seria dispensado para que apenas uma das parceiras receba estimulacao na
vulva
pelos labios e lingua da outra.
[
42
]
Outro termo muito usado quando se escreve sobre praticas homossexuais femininas e o
tribadismo
, popularmente conhecido como "tesoura", em que duas parceiras pratiquem uma
friccao
, ou seja, um encontro entre as vulvas de ambas.
[
42
]
Diversos sexologos tem escrito que, ao contrario do que se pensa, o prazer sexual nao deriva somente das vaginas de ambas as parceiras, mas principalmente pelo encontro entre seus
clitoris
.
[
42
]
As praticas homossexuais entre mulheres tambem incluem
penetracao
;
[
43
]
no entanto, quando praticada, e mais comum que a estimulacao do orgao genital da parceira seja realizada manualmente ou, em outros casos, com um
vibrador
ou proteses, embora esse seja mais raro.
[
43
]
Certos estudiosos tambem pretendem pesquisar se o interesse lesbico por imitacoes de penis nao significaria uma frustracao da falta de um penis real; alguns afirmam que nao se pode generalizar acerca de todos os casos de lesbicas, enquanto outros afirmam que as que utilizam penis artificiais nao possuem interesses sexuais ou mesmo afetivos por homens.
[
44
]
Pesquisas revelam que a utilizacao de penis artificiais seria, para as lesbicas, uma tentativa da busca de "algo mais" assim como acontece com parceiros heterossexuais que buscam outras formas de "enriquecer" suas praticas de sexo.
[
44
]
Outras praticas sexuais entre lesbicas, e que sao menos comuns, incluem o
fistfucking
, o
sexo anal
, que e tido como secundario numa relacao lesbica, muitas vezes realizado manualmente ou com dildos;
[
44
]
e praticas
sadomasoquistas
que, embora muito raras, podem incluir o uso de
chicotes
e
flagelacao
, como entre os heterossexuais sadomasoquistas.
[
45
]
Outro assunto de interesse entre estudiosos e sexologos e saber se as lesbicas possuem atracao sexual por
mamilos
tanto quanto os homens heterossexuais, e a maior parte dos autores escrevem que o interesse e relativo mas semelhante.
[
45
]
O primeiro estudo mais extenso sobre a homossexualidade feminina foi fornecido pelo
Institute for Sex Research
, que publicou um relatorio detalhado das experiencias sexuais de mulheres
norte-americanas
em 1953. Mais de 8 000 mulheres foram entrevistadas por
Alfred Kinsey
e a equipe do
Institute for Sex Research
para um livro intitulado
Sexual Behavior in the Human Female
, popularmente conhecido como parte dos
Estudos de Kinsey
. A discussao imparcial dos Estudos de Kinsey sobre a homossexualidade como uma forma de comportamento sexual humano foi revolucionaria. Ate este estudo, apenas medicos e psiquiatras estudavam o comportamento sexual e quase sempre os resultados eram interpretados com uma visao moral.
[
46
]
Kinsey e sua equipe relataram que 28% das mulheres ficaram excitadas por outra mulher e 19% tiveram contatos sexuais com outra mulher.
[
47
]
[
nota 2
]
Das mulheres que tiveram contato sexual com outra mulher, metade a dois tercos delas tiveram
orgasmo
. Mulheres solteiras tiveram a maior prevalencia de atividade homossexual, seguidas por mulheres que eram viuvas, divorciadas ou separadas. A menor ocorrencia de atividade sexual foi entre as mulheres casadas; aquelas com experiencia homossexual anterior relataram que se casaram para interromper a atividade homossexual.
[
49
]
A maioria das mulheres que relatou atividade homossexual nao a havia experimentado mais do que dez vezes. Cinquenta e um por cento das mulheres que relataram experiencias homossexuais tinham apenas um parceiro.
[
50
]
Mulheres com pos-graduacao tiveram maior prevalencia de experiencia homossexual, seguidas por mulheres com ensino superior; a menor ocorrencia foi entre mulheres com escolaridade nao superior a oitava serie.
[
51
]
No entanto, a metodologia de Kinsey foi criticada.
[
52
]
Vinte e tres anos depois, em 1976, a sexologa
Shere Hite
publicou um relatorio sobre os encontros sexuais de 3 019 mulheres que haviam respondido a questionarios, sob o titulo
The Hite Report
. As perguntas de Hite diferiam das de Kinsey, concentrando-se mais em como as mulheres se identificavam ou no que elas preferiam, em vez do que experimentaram. As respostas para as perguntas de Hite indicaram que 8% preferem sexo com mulheres e 9% responderam que se identificaram como bissexuais ou tiveram experiencias sexuais com homens e mulheres, embora se recusassem a indicar preferencia.
[
53
]
As conclusoes de Hite sao mais baseadas nos comentarios das entrevistadas do que em dados quantificaveis. Ela achou "impressionante" que muitas mulheres que nao tiveram experiencias lesbicas indicaram que estavam interessadas em sexo com mulheres, principalmente porque a pergunta nao foi feita.
[
54
]
Hite descobriu que as duas diferencas mais significativas entre as experiencias das entrevistadas com homens e mulheres eram o foco na estimulacao do clitoris e maior envolvimento emocional e respostas orgasticas.
[
55
]
Desde que Hite realizou seu estudo durante a popularidade do feminismo nos anos 1970, ela tambem reconheceu que as mulheres podem ter escolhido a identidade politica de lesbica.
Em termos de questoes medicas, as lesbicas sao chamadas de
mulheres que fazem sexo com mulheres
(MSM) por causa dos equivocos e suposicoes sobre a sexualidade das mulheres e a hesitacao de algumas mulheres em revelar suas historias sexuais precisas ate mesmo para um medico.
[
56
]
Muitas lesbicas deixam de ver um medico porque nao participam de atividades heterossexuais e nao requerem
controle de natalidade
, que e o fator inicial para a maioria das mulheres procurarem um
ginecologista
quando se tornam sexualmente ativas.
[
57
]
Como resultado, muitas lesbicas nao sao examinadas regularmente com o
esfregaco de Papanicolau
. O governo dos Estados Unidos relata que algumas lesbicas negligenciam a busca por exames medicos nos EUA; elas carecem de seguro saude porque muitos empregadores nao oferecem beneficios de saude para parceiros domesticos.
[
58
]
O resultado da falta de informacoes medicas sobre as MSM e que os profissionais medicos e algumas lesbicas percebem que as lesbicas tem menos riscos de adquirir
infeccoes sexualmente transmissiveis
ou tipos de cancer. Quando as mulheres procuram atendimento medico, os profissionais medicos muitas vezes nao conseguem obter um historico medico completo. Em um estudo de 2006 com 2 345 mulheres lesbicas e bissexuais, apenas 9,3% afirmaram que ja haviam sido questionados sobre sua orientacao sexual por um medico. Um terco das entrevistadas acreditava que revelar sua historia sexual resultaria em uma reacao negativa, e 30% receberam uma reacao negativa de um profissional medico apos se identificarem como lesbicas ou bissexuais.
[
59
]
O historico completo de um paciente ajuda os profissionais medicos a identificar areas de maior risco e corrige suposicoes pessoais das mulheres. Em uma pesquisa semelhante com 6 935 lesbicas, 77% tiveram contato sexual com um ou mais parceiros do sexo masculino, e 6% tiveram esse contato no ano anterior.
[
59
]
As
doencas cardiacas
sao listadas pelo
Departamento de Saude e Servicos Humanos dos EUA
como a causa numero um de morte para todas as mulheres. Fatores que aumentam o risco de doencas cardiacas incluem
obesidade
e
tabagismo
, sendo que ambos sao mais prevalentes em lesbicas. Estudos mostram que as lesbicas tem uma
massa corporal
maior e geralmente estao menos preocupadas com questoes de peso do que as mulheres heterossexuais, e algumas lesbicas consideram as mulheres com massas corporais maiores mais atraentes do que as mulheres heterossexuais. As lesbicas sao mais propensas a se exercitar regularmente do que as mulheres heterossexuais, e as lesbicas geralmente nao se exercitam por razoes esteticas, embora as mulheres heterossexuais o facam.
[
60
]
Sao necessarias pesquisas para determinar as causas especificas da obesidade em lesbicas.
[
58
]
[
59
]
A falta de diferenciacao entre mulheres homossexuais e heterossexuais em estudos medicos que se concentram em questoes de saude para mulheres distorce os resultados para lesbicas e nao lesbicas. Os relatorios sao inconclusivos sobre a ocorrencia de
cancer de mama
em lesbicas.
[
59
]
Foi determinado, no entanto, que a taxa mais baixa de lesbicas testadas por exames de Papanicolau regulares torna mais dificil detectar o
cancer cervical
em estagios iniciais em lesbicas. Os fatores de risco para o desenvolvimento de
cancer de ovario
sao maiores em lesbicas do que em mulheres heterossexuais, talvez porque muitas lesbicas nao tem elementos de protecao para gravidez, aborto, anticoncepcionais, amamentacao e abortos espontaneos.
[
61
]
Nem todas as mulheres lesbicas tem uma ditada aparencia e comportamento, conforme dita o
estereotipo
popular, isto e, nao existe uma aparencia lesbica e ja esta ultrapassada a ideia de que todas as lesbicas querem ser homens.
[
62
]
Lesbofobia
e o termo utilizado para descrever a
interseccao
entre a
homofobia
e o
sexismo
contra
mulheres
. A lesbofobia frequentemente se traduz em agressividade verbal, fisica ou sexual, como o
estupro corretivo
.
[
62
]
Portanto, a lesbofobia e a homofobia, assim como o
racismo
, sao considerados comportamentos hostis.
[
62
]
De acordo com estudos conduzidos por mais de dez anos pelo
antropologo
e professor
Luiz Mott
, fundador de uma das mais antigas organizacoes em defesa dos direitos das pessoas
LGBT
, o
Grupo Gay da Bahia
, a cada dois ou tres dias uma pessoa LGBT e brutalmente assassinada no
Brasil
.
[
63
]
A
discriminacao
de lesbicas e outras pessoas pela sua
orientacao sexual
e absolutamente proibida de acordo com a lei em varios paises. A propria Carta Magna do Brasil, a
Constituicao Federal do Brasil
, reza explicitamente que todos deverao ser tratados com isonomia perante a lei sem que se faca acepcao de pessoas por qualquer motivo ou razao.
[
64
]
Se e verdade que as regras de
fe
de muitas
religioes
proibem expressamente relacoes homossexuais, essas leis religiosas se restringem somente dentro das respectivas comunidades religiosas. Em outras palavras, a liberdade religiosa exige que todas as religioes atuem dentro dos padroes basicos dos
Direitos Humanos
adotados pelo Estado Brasileiro.
Tambem e preciso esclarecer que nem todas as religioes proibem a
uniao
homossexual.
Igrejas cristas
como a Igreja Metropolitana do Brasil, entre outras, projetam uma visao reformada em relacao a comunidade LGBT. Muitas igrejas cristas do mundo entraram no novo milenio discutindo com muita seriedade e deliberacao o assunto da homossexualidade. Existe muita resistencia por parte das alas mais conservadoras dessas instituicoes a ideia da uniao entre iguais.
Desde de 1993, a
Organizacao Mundial da Saude
(OMS) retirou a homossexualidade feminina, bem como a homossexualidade como um todo, de sua lista de doencas, reconhecendo, enfim, nao se tratar de nenhuma disfuncao.
Conselhos Regionais de Psicologia de todo o Brasil vem punindo psicologos que se propoem a curar a lesbianidade. Uma Resolucao do
Conselho Federal de Psicologia
, datada de 1999, proibe os psicologos de tratar a homossexualidade como doenca, disturbio ou perversao.
As lesbicas retratadas na literatura, no cinema e na televisao frequentemente moldam o pensamento contemporaneo sobre a sexualidade das mulheres. A maior parte da midia sobre lesbicas e produzida por homens;
[
65
]
as editoras femininas nao se desenvolveram ate os anos 1970, os filmes sobre lesbicas feitos por mulheres nao apareceram ate os anos 1980 e os programas de televisao retratando lesbicas escritos por mulheres so comecaram a ser criados no seculo 21.
Alem das realizacoes de Safo,
[
nota 3
]
a historiadora literaria
Jeannette Howard Foster
[
en
]
inclui o
Livro de Rute
,
[
67
]
e a antiga tradicao mitologica como exemplos de lesbianidade na literatura classica. As historias gregas sobre o ceu muitas vezes incluiam uma figura feminina cuja virtude e virgindade eram intocadas, que perseguia interesses mais masculinos e que era seguida por um grupo dedicado de donzelas. Foster cita
Camilla
e
Diana
,
Artemis
e
Callisto
, e
Iphis
[
en
]
e
Ianthe
[
de
]
como exemplos de figuras mitologicas femininas que mostraram notavel devocao uma a outra ou desafiaram as expectativas de genero.
[
68
]
Os gregos tambem sao creditados com a divulgacao da historia de uma raca mitologica de mulheres guerreiras chamadas
Amazonas
.
Notas
- ↑
Na Alemanha entre 1898 e 1908 mais de mil artigos foram publicados sobre o tema da homossexualidade. (Faderman [1981], p.248) e entre 1896 e 1916, 566 artigos sobre "perversoes" de mulheres foram publicados nos Estados Unidos. (Faderman, [1991], p.49)
- ↑
O contato sexual, de acordo com Kinsey, incluia beijos nos labios, beijos profundos, toque corporal, estimulacao manual da mama e genital, estimulacao oral da mama e genital e penetracao vaginal por objeto.
[
48
]
- ↑
Safo tambem serviu como tema de muitas obras de literatura de escritores como
John Donne
,
Alexander Pope
,
Pierre Louys
, e varios escritores anonimos, que abordaram suas relacoes com mulheres e homens. Ela tem sido usada como uma personificacao do desejo pelo mesmo sexo e como personagem em ficcoes vagamente baseadas em sua vida.
[
66
]
Referencias
- ↑
≪Lesbian≫ [Lesbica]
.
Reference.com
(em ingles)
. Consultado em 22 de dezembro de 2021
- ↑
a
b
Zimmerman, p. 453.
- ↑
Dicionario UNESP do portugues contemporaneo
. UNESP. 2005. p. 837.
ISBN 978-85-7139-576-3
.
- ↑
Ashenden, Amy (13 de agosto de 2018).
≪Can you be both non-binary and lesbian?≫ [Voce pode ser nao binaria e lesbica?]
.
PinkNews
(em ingles)
. Consultado em 22 de dezembro de 2021
- ↑
Carney, Sasha.
≪In Defense of Non-Binary Lesbianism≫ [Em Defesa do Lesbianidade Nao-Binario]
(em ingles)
. Consultado em 22 de dezembro de 2021
- ↑
Carracher, Arlo (14 de julho de 2020).
≪I'm Proud to be a Non-Binary Lesbian≫ [Tenho orgulho de ser uma lesbica nao binaria]
.
Ygender
(em ingles)
. Consultado em 22 de dezembro de 2021
- ↑
koalatygirl (11 de marco de 2021).
≪What Does Sapphic Mean?≫
.
a lesbian and her laptop
(em ingles)
. Consultado em 27 de setembro de 2021
- ↑
≪Casais lesbicos X Casais saficos: entenda a diferenca!≫
.
Boys Love Brasil
. 14 de dezembro de 2020
. Consultado em 27 de setembro de 2021
- ↑
≪O que sao livros saficos? - Blog autora Julia Rietjens≫
. 12 de junho de 2021
. Consultado em 27 de setembro de 2021
- ↑
≪Identidade safica: como uma poeta nascida ha 2 mil anos virou referencia nos estudos de genero≫
.
O Globo
. 26 de junho de 2021
. Consultado em 27 de setembro de 2021
- ↑
≪Lei 13.718 de 24 de setembro de 2018≫
.
www.planalto.gov.br
. Consultado em 25 de junho de 2020
- ↑
≪Feminismo e lesbianismo≫
.
www.labrys.net.br
. Consultado em 25 de junho de 2020
- ↑
Committee on Lesbian Health Research Priorities, Neuroscience and Behavioral Health Program, Health Sciences Policy Program, Health Sciences Section, Institute of Medicine (1999).
Lesbian Health: Current Assessment and Directions for the Future
. [S.l.]:
National Academies Press
. p. 22.
ISBN
0309174066
. Consultado em 16 de outubro de 2013
- ↑
≪Lesbians ? The Holocaust Explained: Designed for schools≫
(em ingles)
. Consultado em 25 de junho de 2020
- ↑
Swinburne, Algernon Charles.
≪Sapphics≫
.
poetryfoundation
. Poetry Foundation
- ↑
Marcus, Sharon.
≪Comparative Sapphism≫
(PDF)
.
Academic Commons
. Academic Commons
- ↑
a
b
Zimmerman, pp. 776?777.
- ↑
"Lesbian",
Oxford English Dictionary
, Second Edition, 1989. Retrieved on January 7, 2009.
- ↑
Faderman (1981), p. . 241
- ↑
Faderman (1981), p. p. 242.
- ↑
Miller, Tom (2 de agosto de 2010).
≪Daytonian in Manhattan: "Men Are Admitted, But Not Welcome" -- 129 MacDougal Street≫
- ↑
Faderman (1981), p. . 240
- ↑
Jennings, p. 77.
- ↑
Aldrich, 178-179.
- ↑
a
b
Rust, Paula C. (Novembro de 1992).
≪The Politics of Sexual Identity: Sexual Attraction and Behavior Among Lesbian and Bisexual Women≫ [A politica de identidade sexual: atracao sexual e comportamento entre mulheres lesbicas e bissexuais]
. Oxford University Press.
Social Problems
(em ingles).
39
(4): 366-386.
doi
:
10.2307/3097016
. Consultado em 22 de dezembro de 2021
- ↑
Aldrich, p. 239.
- ↑
Rabinowitz , p. 2.
- ↑
Cottingham, Laura (1996).
Lesbians Are So Chic
. [S.l.]: Bloomsbury.
ISBN
9780304337217
. Consultado em 26 de junho de 2014
- ↑
Murphy, Timothy (2013).
Reader's Guide to Lesbian and Gay Studies
. [S.l.]: Routledge. p. 44ff.
ISBN
9781135942342
. Consultado em 26 de junho de 2014
- ↑
Morrow, Deana F.; Messinger, Lori (2006).
Sexual Orientation and Gender Expression in Social Work Practice: Working with Gay, Lesbian, Bisexual, and Transgender People
. [S.l.]: Columbia University Press. p. 476.
ISBN
9780231127295
. Consultado em 26 de junho de 2014
- ↑
Pea, Georgie (9 de agosto de 2013).
≪LABRYS Tool of Lesbian Feminism≫
.
Finding Lesbians
. Consultado em 10 de julho de 2018
- ↑
SwadePages "Origin & History of Gay & Lesbian Symbols"
- ↑
Andersson, Jasmine (4 de julho de 2019).
≪Pride flag guide: what the different flags look like, and what they all mean≫ [Guia das bandeiras do orgulho: como sao as diferentes bandeiras e o que todas significam]
.
INews
(em ingles)
. Consultado em 5 de janeiro de 2022
.
Copia arquivada em 24 de agosto de 2019
- ↑
Rawles, Timothy (12 de julho de 2019).
≪The many flags of the LGBT community≫ [As muitas bandeiras da comunidade LGBT]
.
San Diego Gay and Lesbian News
(em ingles)
. Consultado em 5 de janeiro de 2022
. Arquivado do
original
em 12 de julho de 2019
- ↑
≪Lesbian Flag, Sadlesbeandisaster≫ [Bandeira lesbica, Sadlesbeandisaster]
.
Majestic Mess
(em ingles). 3 de junho de 2018
. Consultado em 22 de dezembro de 2021
- ↑
Murphy-Kasp, Paul (6 de julho de 2019).
Pride in London: What do all the flags mean?
[
Orgulho em Londres: O que todas as bandeiras significam?
]
.
BBC News
(em ingles)
. Consultado em 22 de dezembro de 2021
- ↑
McCormick, pp. 60?61.
- ↑
Faderman (1991), pp. 246?252.
- ↑
Faderman, Lillian (Abril de 1992).
≪The Return of Butch and Femme: A Phenomenon in Lesbian Sexuality in the 1980s and 1990s≫ [O retorno de Butch e Femme: um fenomeno na sexualidade lesbica nas decadas de 1980 e 1990]
. University of Texas Press.
Journal of the History of Sexuality
(em ingles).
2
(4): 578-596
. Consultado em 22 de dezembro de 2021
- ↑
Nichols, Margaret (Novembro de 2004). ≪Lesbian sexuality/female sexuality: Rethinking 'lesbian bed death
'
≫ [Sexualidade lesbica/sexualidade feminina: repensando a "morte lesbica na cama"] (publicado em 25 de agosto de 2010).
Sexual and Relationship Therapy
(em ingles).
19
(4): 364?371.
doi
:
10.1080/14681990412331298036
- ↑
Schlager, p. 93.
- ↑
a
b
c
d
Aldo Pereira,
Vida Intima - Enciclopedia do amor e do sexo
, Abril Cultural, 1981, Vol. 1, p. 185.
- ↑
a
b
Aldo Pereira,
Vida Intima - Enciclopedia do amor e do sexo
, Abril Cultural, 1981, Vol. 1, p. 186.
- ↑
a
b
c
Aldo Pereira,
Vida Intima - Enciclopedia do amor e do sexo
, Abril Cultural, 1981, Vol.1, p.187.
- ↑
a
b
Aldo Pereira,
Vida Intima - Enciclopedia do amor e do sexo
, Abril Cultural, 1981, Vol.1, p.188.
- ↑
Bullough, Vern L. (Maio de 1998).
≪Alfred Kinsey and the Kinsey Report: Historical Overview and Lasting Contributions≫ [Alfred Kinsey e os Estudos de Kinsey: Visao Geral Historica e Contribuicoes Permanentes]
. Taylor & Francis, Ltd.
The Journal of Sex Research
(em ingles).
35
(2): 127-131
. Consultado em 22 de dezembro de 2021
- ↑
Kinsey, p. 453.
- ↑
Kinsey, pp. 466-467
- ↑
Kinsey, pp. 453?454.
- ↑
Kinsey, p. 458.
- ↑
Kinsey, p. 460.
- ↑
Leonhardt, David
(28 de julho de 2000).
≪John Tukey, 85, Statistician; Coined the Word 'Software
'
≫ [John Tukey, 85, Estatistico; Cunhou a palavra "software"]
.
The New York Times
(em ingles)
. Consultado em 22 de dezembro de 2021
- ↑
Hite, p. 261.
- ↑
Hite, p. 262.
- ↑
Hite, p. 274.
- ↑
King, p. 219.
- ↑
Zimmerman, p. 359.
- ↑
a
b
≪Frequently Asked Questions: Lesbian Health≫ [Perguntas Frequentes: Saude lesbica]
(PDF)
.
womenshealth.gov
(em ingles).
Departamento de Saude e Servicos Humanos dos Estados Unidos
. Janeiro de 2005
. Consultado em 5 de janeiro de 2022
. Arquivado do
original
(PDF)
em 8 de maio de 2009
- ↑
a
b
c
d
Mravack, Sally A. (15 de julho de 2006).
≪Primary Care for Lesbians and Bisexual Women≫ [Atencao primaria para mulheres lesbicas e bissexuais]
(PDF)
.
American Family Physician
(em ingles).
74
(2): 279?286.
PMID
16883925
. Consultado em 5 de janeiro de 2022
- ↑
Haines, Megan E.; Erchul, Mindy J.; Liss, Miriam; Turner, Dixie L.; Nelson, Jaclyn A.; Ramsey, Laura R.; Hurt, Molly M. (2008).
≪Predictors and Effects of Self-Objectification in Lesbians≫ [Preditores e efeitos da auto-objetificacao em lesbicas]
(PDF)
. University of Mary Washington.
Psychology of Women Quarterly
(em ingles).
32
: 181?187.
doi
:
10.1111/j.1471-6402.2008.00422.x
. Consultado em 5 de janeiro de 2021
- ↑
Vo, Christine; Carney, Michael E. (Dezembro de 2007).
≪Ovarian Cancer Hormonal and Environmental Risk Effect≫
.
Obstetrics and Gynecology Clinics of North America
(em ingles).
34
(4): 687?700.
PMID
18061864
.
doi
:
10.1016/j.ogc.2007.09.008
. Consultado em 5 de janeiro de 2022
- ↑
a
b
c
Toledo, Livia G. (2008).
≪Estigmas e estereotipos sobre lesbianidades≫
(PDF)
. Assis
. Consultado em 22 de dezembro de 2021
- ↑
Fraga, Alexandre B.; Mott, Luiz; Domingos, Jose M.; Luciana, Carla S.; Ferreira, Wilians V.; Cordeiro, Kayque V. (2021).
≪Observatorio de Mortes Violentas de LGBTI+ no Brasil - 2020≫
(PDF)
1ª ed. Florianopolis: Editora Acontece Arte e Politica LGBTI+.
ISBN
978-65-994905-0-7
. Consultado em 22 de dezembro de 2021
- ↑
≪Constituicao da Republica Federativa do Brasil § Art. 5º≫
.
normas.leg.br
. Consultado em 22 de dezembro de 2021
- ↑
Schlager, pp. 389?390.
- ↑
Castle, pp. 125, 208, 252, 319, 566.
- ↑
Foster, pp. 22-23. Terry Castle tambem lista o Livro de Rute como um exemplo de lesbianidade inicial na literatura (Castle, p. 108.)
- ↑
Foster, pp. 24?27.