Joyce Mansour
nascida Joyce Patricia Ades, em
Bowden
,
Inglaterra
, no dia 25 de julho de 1928 e morta em
Paris
em 27 de agosto de 1986, foi uma poetisa
egipcia
de expressao
francesa
ligada ao
Surrealismo
.
Os ascendentes de Joyce Ades fazem parte da colonia britanica instalada na cidade do
Cairo
ha varias geracoes. Seu pai administra um negocio de fiacao de produtos texteis.
Apos estudos na Inglaterra e na
Suica
, ela retornou ao Egito, onde se torna uma ilustre atleta corredora .
Em 1947, seu primeiro casamento termina tragicamente ao cabo de seis meses quando seu marido morre de uma doenca incuravel.
Ela se casa novamente em 1949 com Samir Mansour, natural da colonia francesa do Cairo.
Desde entao, eles dividem sua vida entre o Cairo e Paris. Joyce Mansour se inicia na cultura francesa e comeca a escrever em frances.
Em 1953, as edicoes “Pierre Seghers” publicam sua primeira colecao de poemas "Gritos" (Cris) que e percebida pela revista surrealista "Medium". Ela encontra
Andre Breton
que a compara com aquela ≪que o conto oriental nomeia de
a menina tuberculosa
≫. Por seu intermedio, ela conhece
Pierre Alechinsky
,
Wifredo Lam
,
Roberto Matta
,
Henri Michaux
,
Andre Pieyre de Mandiargues
e participa nas atividades dos surrealistas [1].
[
1
]
.
Em 1954, os Mansour se instalam definitivamente em Paris. E em seu apartamento que em 2 de setembro de 1959, a margem da exposicao internacional do surrealismo dedicada a
Eros
, na presenca de Breton e Matta, o artista plastico de
Quebec
,
Jean Benoit
apresenta seu
Execution du testament du Marquis de Sade
. Durante esta sessao, Jean Benoit aplica no peito um ferro em brasa marcando as quatro letras
SADE
[
2
]
.
Em 1965, a contracapa de
Carre blanc
a apresenta assim: ≪ Joyce Mansour, Egyptienne, nee en Angleterre, a sejourne en Egypte, vit en France. Specialiste du saut en hauteur, elle a ete championne de course a pied (Joyce Mansour, Egipcia, nascida na Inglaterra, permaneceu no Egito, viveu na Franca. Especialista no salto e altura, ela foi campea de corrida a pe)≫.
Jean-Louis Bedouin
ve na poesia de Joyce Mansour ≪um poder a imagem da antiga
terra- mae
: e porque ela engole a semente, porque pode criar o beijo de uma flor ardente
[
3
]
≫. Para
Alain Jouffroy
, sua ausencia de pudor ≪marca um tipo de rebeliao, essencialmente feminina, contra o despotismo sexual do homem, que muitas vezes faz do erotismo sua criacao exclusiva≫
[
4
]
.
Alguns de seus livros sao ilustrados pelos pintores
Pierre Alechinsky
,
Enrico Baj
,
Hans Bellmer
,
Jorge Camacho
, Lam, Matta,
Pierre Molinier
,
Reinhoud
e
Max Walter Svanberg
[
5
]
.
Em 7 de novembro de 1984, para uma noite em beneficio da
Anistia Internacional
, ela atua na peca de
Virginia Woolf
, " Freshwater ", em uma producao de
Simone Benmussa
, no "Theatre du Rond-Point a Paris". Os escritores
Eugene Ionesco
,
Nathalie Sarraute
,
Alain Robbe-Grillet
e
Jean-Paul Aron
sao outros interpretes desta peca (a peca foi anteriormente montada em
Nova Iorque
em 20 de outubro de 1983,
Londres
em novembro de 1983 e
Spoleto
em 4 de julho de 1984).
Em 1991, as edicoes “Actes Sud” publicaram todos os seus escritos, reunidos com a ajuda de seu marido, Samir Mansour.
- Poesia
- ≪
Cris
≫, Ed. Seghers, Paris, 1953
- ≪
Dechirures
≫, Ed. de Minuit, Paris, 1955
- ≪
Rapaces
≫, Ed. Seghers, Paris, 1960
- ≪
Carre blanc
≫, Le Soleil noir, Paris, 1966
- ≪
Les Damnations
≫, Ed. Visat, Paris, 1967
- ≪
Phallus et momies
≫, Ed. Daily Bul, 1969
- ≪
Astres et desastres
≫, 1969
- ≪
Anvil Flowers
≫, 1970
- ≪
Predelle Pierre Alechinsky a la ligne
≫, 1973
- ≪
Pandemonium
≫, 1976
- ≪
Faire signe au machiniste
≫, 1977
- ≪
Sens interdits
≫, 1979
- ≪
Le Grand Jamais
≫, 1981
- ≪
Jasmin d'hiver
≫, 1982
- ≪
Flammes immobiles
≫, 1985
- ≪
Trous noirs
≫, 1986
- Prosa
- ≪
Les Gisants satisfaits
≫, Jean-Jacques Pauvert, Paris, 1958
- ≪
Jules Cesar
≫, Ed. Pierre Seghers, Paris, 1956
- ≪
Le Bleu des fonds
≫, Le Soleil noir, Paris, 1968 (theatre)
- ≪
Ca
≫, Le Soleil noir, Paris, 1970
- ≪
Histoires nocives
≫,
Gallimard
, Paris, 1973. Nouvelle parution aux Editions Les Perseides, coll. "La Lune attique", Rennes, 2005
- Obras completas
- Jean-Louis Bedouin,
Anthologie de la poesie surrealiste
, Ed. Pierre Seghers, Paris, 1983, p. 285
- Adam Biro & Rene Passeron,
Dictionnaire general du surrealisme et de ses environs
, co-edicao Office du livre,
Fribourg
(Suica) e Presses universitaires de France, Paris, 1982
- Georgiana Colvile,
Scandaleusement d'elles. Trente-quatre femmes surrealistes
, Jean-Michel Place, Paris, 1999, pp. 186-195.
- Georginana Colvile, ≪ Joyce Mansour et "Les Gisants satisfaits", trente ans apres ≫, in
Avant-Garde
, Rodopi, 1990.
Referencias
- ↑
Colvile, obra citada, p. 186
- ↑
Biro e Passeron, obra citada, pp. 56 e 263
- ↑
"Medium", revista surrealista frances, edicao nao especificada.
- ↑
"L'Observateur", jornal frances, edicao nao especificada.
- ↑
Biro, p. 263
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipedia em
frances
cujo titulo e ≪
Joyce Mansour
≫.