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Jose Saramago

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Jose Saramago Medalha Nobel
Jose Saramago
Jose Saramago fotografado por Mario Antonio Pena.
Nome completo Jose de Sousa Saramago
Nascimento 16 de novembro de 1922
Azinhaga , Golega , Portugal
Morte 18 de junho de 2010  (87 anos)
Tias , Provincia de Las Palmas , Canarias , Espanha
Nacionalidade portugues
Conjuge
Ocupacao
Premios
Magnum opus Memorial do Convento
O Evangelho segundo Jesus Cristo
Ensaio sobre a Cegueira
A Viagem do Elefante
Religiao nenhuma ( ateismo ) [ 1 ]
Assinatura
Pagina oficial
Fundacao Jose Saramago

Jose de Sousa Saramago ComSE ? GColSE ? GColCa ( Azinhaga , Golega , 16 de novembro de 1922 ? Tias , Lanzarote , 18 de junho de 2010 ) foi um escritor portugues. Galardoado com o Nobel de Literatura de 1998. Tambem ganhou, em 1995, o Premio Camoes , [ 2 ] o mais importante premio literario da lingua portuguesa . Saramago foi considerado o responsavel pelo efetivo reconhecimento internacional da prosa em lingua portuguesa. [ 3 ] A 24 de Agosto de 1985 foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 3 de Dezembro de 1998 foi elevado a Grande-Colar da mesma Ordem, uma honra geralmente reservada apenas a Chefes de Estado. [ 4 ] A titulo postumo, em 2021, no ambito da abertura oficial das comemoracoes do centenario do seu nascimento, foi condecorado com o grau de Grande-Colar da Ordem de Camoes por "servicos unicos prestados a cultura e a lingua portuguesas", [ 5 ] o primeiro membro titular desta ordem honorifica recem-instituida.

O seu livro Ensaio sobre a Cegueira foi adaptado para o cinema e lancado em 2008, produzido no Japao, Brasil, Uruguai e Canada, dirigido por Fernando Meirelles (realizador de O Fiel Jardineiro (filme) e Cidade de Deus ). Em 2010 o realizador portugues Antonio Ferreira adapta um conto retirado do livro Objecto Quase , conto esse que viria dar nome ao filme Embargo , uma producao portuguesa em coproducao com o Brasil e Espanha. Tambem foi adaptado para o cinema o livro O Homem Duplicado , no filme de 2014 dirigido por Denis Villeneuve e estrelado por Jake Gyllenhaal .

O Memorial do Convento foi adaptado num opera de Azio Corghi , Blimunda , criada na Scala de Milao em 1990

Nasceu na Golega , Azinhaga , no dia 16 de Novembro, embora o registo oficial apresente o dia 18 como o do seu nascimento. Saramago, conhecido pelo seu ateismo e iberismo , foi membro do Partido Comunista Portugues e foi director-adjunto do Diario de Noticias . Juntamente com Luiz Francisco Rebello , Armindo Magalhaes , Manuel da Fonseca e Urbano Tavares Rodrigues foi, em 1992, um dos fundadores da Frente Nacional para a Defesa da Cultura (FNDC). Casado, em segundas nupcias, com a espanhola Pilar del Rio , Saramago viveu na ilha espanhola de Lanzarote, nas Ilhas Canarias .

A 29 de Junho de 2007 constitui a Fundacao Jose Saramago para a defesa e difusao da Declaracao Universal dos Direitos Humanos e dos problemas do meio ambiente. [ 6 ] Em 2012 a Fundacao Jose Saramago abre as suas portas ao publico na Casa dos Bicos em Lisboa, presidida pela sua esposa Pilar del Rio .

Biografia [ editar | editar codigo-fonte ]

Jose Saramago nasceu na vila de Azinhaga , no concelho da Golega , oriundo de uma familia de agricultores, eram seus pais Jose de Sousa (1896?1964), que posteriormente foi policia, e Maria da Piedade (1898?1982). [ 7 ] A sua vida e passada em grande parte na cidade de Lisboa , para onde a familia se mudou em 1924, antes mesmo de fazer dois anos de idade, falecendo o irmao Francisco de Sousa (1920?1924), em 22 de dezembro do mesmo ano.

A origem do apelido Saramago remete a alcunha da familia, Saramago , que e uma planta herbacea com flor que cresce na regiao da Golega. A data do registo de nascimento de Jose, o conservador erroneamente regista a crianca com a alcunha pela qual se conhecia a familia.

Demonstrava desde cedo interesse pelos estudos e pela cultura, sendo que essa curiosidade perante o Mundo o acompanhou ate a morte.

Dificuldades economicas dos seus pais impediram Jose Saramago de completar os estudos liceais no Liceu Gil Vicente , onde ainda esteve matriculado durante dois anos e que o levaria a frequentar a universidade. Por conseguinte, formou-se na Escola Industrial de Afonso Domingues , onde estudou ate 1940, e teve o seu primeiro emprego como serralheiro mecanico. [ 8 ]

Fascinado pelos livros, visitava, a noite, com grande frequencia, a Biblioteca Municipal Central/ Palacio Galveias . [ 9 ]

Percurso profissional e literario [ editar | editar codigo-fonte ]

Aos 25 anos, publica o primeiro romance Terra do Pecado (1947), no mesmo ano de nascimento da sua filha, Violante dos Reis Saramago, fruto do primeiro casamento com Ilda Reis ? com quem se casou em 1944 e com quem permaneceu ate 1970. Nessa epoca, Saramago era funcionario publico . Viveu, entre 1970 e 1986 com a escritora Isabel da Nobrega . Em 1988, casar-se-ia com a jornalista e tradutora espanhola Maria del Pilar del Rio Sanchez , que conheceu em 1986 e ao lado da qual viveu ate a morte. Em 1955 e para aumentar os rendimentos, comecou a fazer traducoes de Hegel , Tolstoi e Baudelaire , entre outros. [ 9 ]

Depois de Terra do Pecado , Saramago apresentou ao seu editor o livro Claraboia que, depois de rejeitado, permaneceu inedito ate 2011. Persiste, contudo, nos esforcos literarios e, 19 anos depois, funcionario, entao, da Editorial Estudos Cor , troca a prosa pela poesia , lancando Os Poemas Possiveis. [ 7 ] Num espaco de cinco anos, publica, sem alarde, mais dois livros de poesia: Provavelmente Alegria (1970) e O Ano de 1993 (1975). E quando troca tambem de emprego, abandonando a Estudos Cor para trabalhar no Diario de Noticias (DN) e, depois, no Diario de Lisboa . Em 1975, retorna ao DN como Director-Adjunto, onde permanece por dez meses, ate 25 de Novembro do mesmo ano, quando os militares portugueses intervem na publicacao (reagindo ao que consideravam os excessos da Revolucao dos Cravos ) demitindo varios funcionarios. Demitido, Saramago resolve dedicar-se apenas a literatura, substituindo de vez o jornalista pelo ficcionista: "(…) Estava a espera de que as pedras do puzzle do destino ? supondo-se que haja destino, nao creio que haja ? se organizassem. E preciso que cada um de nos ponha a sua propria pedra, e a que eu pus foi esta: "Nao vou procurar trabalho" , disse Saramago em entrevista a revista Playboy, em 1995. [ 9 ]

Tributo a Jose Saramago espalhado pelos outdoors da cidade de Lisboa .

Da experiencia vivida nos jornais, restaram quatro cronicas : Deste Mundo e do Outro , 1971, A Bagagem do Viajante , 1973, As Opinioes que o DL Teve , 1974 e Os Apontamentos , 1976. Mas nao sao as cronicas, nem os contos , nem o teatro os responsaveis por fazer de Saramago um dos autores portugueses de maior destaque ? esta missao esta reservada aos seus romances , genero a que retorna em 1977. [ 10 ]

Tres decadas depois de publicado Terra do Pecado , Saramago retornou ao mundo da prosa ficcional com Manual de Pintura e Caligrafia . Mas ainda nao foi ai que o autor definiu o seu estilo. As marcas caracteristicas do estilo "saramaguiano" so surgiriam com Levantado do Chao (1980), livro no qual o autor retrata a vida de privacoes da populacao pobre do Alentejo. [ 10 ]

Dois anos depois de Levantado do Chao , surge o romance Memorial do Convento (1982), livro que conquista definitivamente a atencao de leitores e criticos. Nele, Saramago misturou factos reais com personagens inventados: o rei D. Joao V e Bartolomeu de Gusmao , com a misteriosa Blimunda e o operario Baltazar, por exemplo. O contraste entre a opulenta aristocracia ociosa e o povo trabalhador e construtor da historia servem de metafora a medida da luta de classes marxista. A critica brutal a uma Igreja ao servico dos opressores inicia a exposicao de uma tentativa de destruicao do fenomeno religioso como devaneio humano construtor de guerras. [ 10 ]

De 1980 a 1991, o autor trouxe a lume mais quatro romances que remetem a factos da realidade material, problematizando a interpretacao da "historia" oficial: O Ano da Morte de Ricardo Reis (1985), sobre as andancas do heteronimo de Fernando Pessoa por Lisboa; A Jangada de Pedra (1986), em que se questiona o papel Iberico na entao CEE atraves da metafora da Peninsula Iberica soltando-se da Europa e encontrando o seu lugar entre a velha Europa e a nova America; Historia do Cerco de Lisboa (1989), onde um revisor e tentado a introduzir um "nao" no texto historico que corrige, mudando-lhe o sentido; e O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991), onde Saramago reescreve o livro sagrado sob a optica de um Cristo que nao e Deus e se revolta contra o seu destino e onde, a fundo, questiona o lugar de Deus, do cristianismo, do sofrimento e da morte. [ 10 ]

Nos anos seguintes, entre 1995 e 2005, Saramago publicou mais seis romances, dando inicio a uma nova fase em que os enredos nao se desenrolam mais em locais ou epocas determinados e personagens dos anais da historia se ausentam: Ensaio Sobre a Cegueira (1995); Todos os Nomes (1997); A Caverna (2001); O Homem Duplicado (2002); Ensaio sobre a Lucidez (2004); e As Intermitencias da Morte (2005). Nessa fase, Saramago penetrou de maneira mais investigadora os caminhos da sociedade contemporanea, questionando a sociedade capitalista e o papel da existencia humana condenada a morte. [ 10 ]

A ida para Lanzarote conta mais sobre o escritor do que deixa transparecer a justificativa corrente (a medida censoria portuguesa). Com o gesto de afastamento rumo a ilha mais oriental das Canarias , Saramago nao apenas protesta ante o cerceamento, como finca raizes num local de geografia inospita (trata-se de uma ilha vulcanica, com pouca vegetacao e nenhuma fonte de agua potavel). A decisao tem um caracter revelador, tanto mais se se levar em conta que, neste caso, "mais oriental" significa dizer mais proximo de Portugal e do continente europeu. [ carece de fontes ? ]

Mesmo em dias de hegemonia do pensamento pro-mercado, Saramago guardava um olhar abrigado numa ilha europeia mais proxima da Africa que do velho centro da civilizacao capitalista . Sempre atento as injusticas da era moderna, vigilante das mais diversas causas sociais, Saramago nao se cansava de investir, usando a arma que lhe coube usar, a palavra. "Aqui na Terra a fome continua, / A miseria, o luto, e outra vez a fome." , diz o eu lirico do poema saramaguiano "Fala do Velho do Restelo ao Astronauta" (do livro Os Poemas Possiveis , editado em 1966). [ carece de fontes ? ]

Morte [ editar | editar codigo-fonte ]

Saramago faleceu no dia 18 de junho de 2010, [ 11 ] aos 87 anos de idade, na sua casa em Lanzarote onde residia com a mulher Pilar del Rio , vitima de leucemia cronica. [ 12 ] O escritor estava doente havia algum tempo e o seu estado de saude agravou-se na sua ultima semana de vida. O seu funeral teve honras de Estado, tendo o seu corpo sido cremado no Cemiterio do Alto de Sao Joao, em Lisboa . As cinzas do escritor foram depositadas aos pes de uma oliveira, em Lisboa em 18 de junho de 2011. [ 13 ] [ 14 ]

Obra [ editar | editar codigo-fonte ]

“Dificilimo acto e o de escrever, responsabilidade das maiores.(…) Basta pensar no extenuante trabalho que sera dispor por ordem temporal os acontecimentos, primeiro este, depois aquele, ou, se tal mais convem as necessidades do efeito, o sucesso de hoje posto antes do episodio de ontem, e outras nao menos arriscadas acrobacias(…)”

? Saramago, A Jangada de Pedra , 1986

Jose Saramago foi conhecido por utilizar um estilo oral, coevo dos contos de tradicao oral populares em que a vivacidade da comunicacao e mais importante do que a correccao ortografica de uma linguagem escrita. Todas as caracteristicas de uma linguagem oral, predominantemente usada na oratoria, na dialectica, na retorica e que servem sobremaneira o seu estilo interventivo e persuasivo estao presentes. Assim, utiliza frases e periodos compridos, usando a pontuacao de uma maneira nao convencional; os dialogos das personagens sao inseridos nos proprios paragrafos que os antecedem, de forma que nao existem travessoes nos seus livros . Este tipo de marcacao das falas propicia uma forte sensacao de fluxo de consciencia , a ponto do leitor chegar a confundir-se se um certo dialogo foi real ou apenas um pensamento. Muitas das suas frases (i.e. oracoes) ocupam mais de uma pagina , usando virgulas onde a maioria dos escritores usaria pontos finais. Da mesma forma, muitos dos seus paragrafos ocupariam capitulos inteiros de outros autores. [ 10 ]

Estas caracteristicas tornam o estilo de Saramago unico na literatura contemporanea, sendo considerado por muitos criticos um mestre no tratamento da lingua portuguesa . Em 2003, o critico norte-americano Harold Bloom , no seu livro Genius: A Mosaic of One Hundred Exemplary Creative Minds ("Genio: Um Mosaico de Cem Exemplares Mentes Criativas", traducao livre), considerou Jose Saramago "o mais talentoso romancista vivo nos dias de hoje", [ 15 ] referindo-se a ele como "o Mestre". Declarou ainda que Saramago e "um dos ultimos titas de um genero literario que se esta a desvanecer". [ 10 ]

Obras publicadas [ editar | editar codigo-fonte ]

Romances [ editar | editar codigo-fonte ]

Cronicas [ editar | editar codigo-fonte ]

Pecas teatrais [ editar | editar codigo-fonte ]

Contos [ editar | editar codigo-fonte ]

Poesia [ editar | editar codigo-fonte ]

Diario e Memorias [ editar | editar codigo-fonte ]

Infantil [ editar | editar codigo-fonte ]

Viagens [ editar | editar codigo-fonte ]

Outros [ editar | editar codigo-fonte ]

Premios [ editar | editar codigo-fonte ]

Entre as premiacoes destacam-se o Premio Camoes (1995) [ 16 ] ? distincao maxima oferecida aos escritores de lingua portuguesa, e o Nobel de Literatura (1998), [ 17 ] o primeiro concedido a um escritor de lingua portuguesa.

Politica [ editar | editar codigo-fonte ]

Jose Saramago numa iniciativa do PCP

Militante do Partido Comunista Portugues [ editar | editar codigo-fonte ]

Jose Saramago aderiu ao Partido Comunista Portugues em 1969, [ 18 ] pertencendo a Organizacao dos Intelectuais de Lisboa do PCP, e tornando-se apos a Revolucao dos Cravos membro da entao criada Celula dos Escritores do Sector Intelectual de Lisboa. Nas Eleicoes autarquicas portuguesas de 1989 e candidato pelo Partido Comunista na lista da coligacao Por Lisboa , sendo eleito Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa . Em todas as Eleicoes europeias desde 1987, quando Portugal integrou a Uniao Europeia , ate 2009, ultima eleicao antes do seu falecimento, Jose Saramago foi candidato a deputado no Parlamento Europeu pela Coligacao Democratica Unitaria , ocupando, porem, posicoes que tornavam virtualmente impossivel a sua eleicao. [ 19 ]

“"Marx nunca teve tanta razao como hoje." [ 20 ]

? Jose Saramago, Publico, 15/06/2008

Em 1998, quando aterra em Lisboa regressado da cerimonia de atribuicao do Premio Nobel da Literatura, Jose Saramago desloca-se diretamente ao Centro de Trabalho Vitoria do PCP na Avenida da Liberdade onde e recebido por uma homenagem e simbolicamente segue com a comitiva deste partido para a acao de protesto no Terreiro do Paco contra as medidas laborais anunciadas pelo Governo. [ 21 ] Participante regular das jornadas de trabalho de construcao da Festa do Avante! todos os veroes, viria anos mais tarde neste evento a ser protagonista das homenagens oficiais nos aniversarios dos dez e dos vinte anos da atribuicao do premio Nobel a sua obra.

Polemicas [ editar | editar codigo-fonte ]

Diretor-Adjunto do Diario de Noticias [ editar | editar codigo-fonte ]

Apos a Revolucao dos Cravos , no dia 25 de abril de 1974, Jose Saramago ingressa na direccao do Diario de Noticias como adjunto do director Luis de Barros . Desde logo tornou claro que pretendia utilizar o posto concedido como ferramenta politica no intuito de tornar Portugal um estado socialista : "O DN vai ser o instrumento, nas maos do povo portugues, para a construcao do socialismo." [ carece de fontes ? ]

Com a nacionalizacao do jornal, apos o 11 de Marco de 1975, o jornal remodelou a sua direccao. Saramago manteve o seu cargo, mas para efeitos praticos, as suas funcoes assemelhavam-se mais ao cargo de director do que director-adjunto. Entre Abril e Novembro do mesmo ano, redigiu cerca de 95 textos na primeira pagina sob o titulo de "Apontamentos", que acabavam por funcionar como editoriais do jornal. Nestes textos era possivel denotar fortes criticas a Mario Soares , Freitas do Amaral , entre outros, e rasgados elogios a dirigentes conotados com o ideario comunista dos quais se destacam Vasco Goncalves . [ carece de fontes ? ]

Estes textos nao eram assinados, e por uma so vez surge a assinatura de Jose Saramago junto com a de Luis de Barros, nas paginas do DN num texto intitulado "Uma Direccao Nova" e publicado a 11 de Abril: "O DN e importante de mais para que os seus trabalhadores aceitem ve-lo transformar-se em feudo de alguem. Esta Casa precisa de todos e sera obra de todos". Contrariando estas palavras, 22 jornalistas serao despedidos a 27 de Agosto por delito de opiniao . "Informacao revolucionaria nao se faz com jornalistas contra-revolucionarios. Por isso, os que o eram foram afastados", explicara o DN, a 4 de Setembro, em prosa nao assinada. [ carece de fontes ? ]

Entre os varios textos que escreveu, nunca escondeu que acreditava na instauracao de regime socialista recorrendo a forca das armas. Sao dele as afirmacoes: "Ou esta Revolucao se suicida (...) ou se recupera pela unica via que lhe deixam aqueles que a querem liquidar", "a violencia revolucionaria e uma legitima defesa quando esta em causa a vida e o futuro de um povo inteiro" e "O regresso aos quarteis, que alguns teimam em preconizar, nada resolveria as Forcas Armadas, tendo sido MFA no seu sector progressista, nao podem recuperar neutralidades utopicas: mais vale, portanto, que, mesmo em conflito, continuem no primeiro plano da accao politica. Mas cuidado, o tempo nao espera". Estas afirmacoes consistiam num apelo implicito ao golpe militar , que poderia mergulhar o pais na guerra civil como preco a pagar para que continuasse a ser o povo a determinar os destinos do pais. De facto, no dia seguinte a publicacao destas afirmacoes, 25 de Novembro de 1975, sectores da esquerda radical levam a cabo uma tentativa de golpe de estado falhada, assinalando tambem o fim da influencia de Saramago no DN. [ 22 ]

Criticas a Israel e acusacoes de anti-semitismo [ editar | editar codigo-fonte ]

Um caso que tem tido alguma repercussao relacionou-se com a posicao critica do autor em relacao a posicao de Israel no conflito contra os palestinianos. Por exemplo, a 13 de Outubro de 2003, numa visita a Sao Paulo , em entrevista ao jornal O Globo , afirmou que os sionistas nao merecem a simpatia pelo sofrimento por que passaram durante o Holocausto … Vivendo sob as trevas do Holocausto e esperando ser perdoados por tudo o que fazem em nome do que eles sofreram parece-me ser abusivo. Eles nao aprenderam nada com o sofrimento dos seus pais e avos . A Anti-Defamation League (ADL) (Liga Anti-Difamacao), um grupo judaico de defesa dos direitos civis, caracterizou estes comentarios como sendo anti-semitas . Segundo as palavras de Abraham Foxman, director da ADL, "os comentarios de Jose Saramago sao incendiarios, profundamente ofensivos e mostram uma ignorancia destes assuntos, o que sugere um preconceito contra os judeus". [ carece de fontes ? ]

Em defesa de Saramago, diversos autores afirmam que ele nao se insurgiu contra os judeus, mas contra a politica de Israel, como, por exemplo, num artigo publicado a 3 de Maio de 2002 no jornal Publico , onde, comparando o actual conflito com a cena biblica de Davi e Golias , o autor diz que Davi, representando Israel, " se tornou num novo Golias " e que aquele " lirico Davi que cantava loas a Betsabe , encarnado agora na figura gargantuesca de um criminoso de guerra chamado Ariel Sharon , lanca a "poetica" mensagem de que primeiro e necessario esmagar os palestinianos para depois negociar com o que deles restar ". [ carece de fontes ? ]

Integracao de Portugal numa Federacao Iberica [ editar | editar codigo-fonte ]

Em entrevista ao jornal Diario de Noticias em 15 de Julho de 2007, Saramago afirmou que a integracao entre Espanha e Portugal e uma forte probabilidade e que os portugueses so teriam a ganhar se Portugal fosse integrado na Espanha, pais no qual se auto-exilou (na ilha de Lanzarote) e que viu como seu a atribuicao do Nobel da Literatura. [ carece de fontes ? ]

Acerca do premio Nobel [ editar | editar codigo-fonte ]

Em Setembro de 1997, a agencia publicitaria sueca, Jerry Bergstrom AB, de Estocolmo , contratada pelo ICEP (orgao estatal portugues para a promocao do comercio e turismo nacional), organizou uma visita de Jose Saramago a Estocolmo, incluindo um seminario na Hedengrens , a principal cadeia de livrarias sueca, um discurso na Universidade de Estocolmo e varias entrevistas a jornais, revistas e radios suecas. Nesses mesmos dias, a televisao estatal sueca produziu um programa especial dedicado ao escritor. [ carece de fontes ? ]

Em outubro do mesmo ano, a Feira Internacional do Livro de Frankfurt tem neste ano Portugal como pais em destaque, estando Jose Saramago neste local, em 8 de outubro de 1998, quando recebe a informacao de ter ganho o premio, que, em 7 de dezembro de 1998, Saramago recebe em Estocolmo . [ carece de fontes ? ]

Segundo o Diario de Noticias , o director da empresa sueca Jerry Bergstrom AB afirmou: "Portugal nunca tinha tido um Premio Nobel da literatura e uma parte da nossa missao consistia em mudar essa situacao". [ carece de fontes ? ]

Comentando esta atribuicao, Sture Allen , entao secretario da Academia Sueca , negou que a decisao tenha sido afectada por "campanhas publicitarias, comentarios de academicos ou escritores, ou qualquer outro tipo de pressao". [ carece de fontes ? ]

Contradizendo Allen, Knut Ahnlund e Lars Gyllensten , membros da academia afirmaram que seria ridiculo afirmar que os membros da academia sejam "imunes a agencias publicitarias". Ahnlund foi critico da atribuicao do premio Nobel a Saramago, que segundo ele foi o culminar de uma campanha profissional de relacoes publicas . [ carece de fontes ? ]

Religiao [ editar | editar codigo-fonte ]

Oposicao a Igreja Catolica [ editar | editar codigo-fonte ]

Saramago por Bottelho

Saramago encontrou sempre fortes criticas e oposicao na Igreja Catolica , facto pelo qual ele se refere a esta como " fascista " com frequencia. Alguns protestantes (ou evangelicos ) ja declararam publicamente apoiar a liberdade de expressao do autor. [ 23 ] E essa relacao de tensao com a Igreja Catolica e agravada devido a origem portuguesa de Saramago, local onde o catolicismo e muito forte e discuti-lo ainda e um tabu. [ 24 ]

Devido a sua origem portuguesa e a toda a influencia cultural exercida pelo catolicismo em tal contexto, Saramago sente a necessidade de abordar a Biblia no seu trabalho de escritor ? esse texto faz parte do seu patrimonio cultural, ao contrario do corao , que Saramago entende nao ser a sua tarefa aborda-lo. [ 25 ]

A interpretacao que Saramago faz da Biblia e a de que ela e um "manual de maus costumes", cheio de "um catalogo de crueldade e do pior da natureza humana", e que para uma pessoa comum a decifrar, precisaria de ter "um teologo ao lado". E cita para sustentar isso os episodios de violencia relatados na Biblia, como sacrificio de Isaque , a destruicao de Sodoma ou a vida de Jo , por exemplo. Para Saramago, todos eles revelam que "Deus nao e de fiar". E Saramago diz, sobre a necessidade ou nao da exegese, que tem que "interpretar a letra" do texto ? um processo que, na interpretacao biblica, e chamado de literalista. [ 25 ] E isso de modo algum impede que outra pessoa tenha a sua interpretacao, ou que ele tente impor a sua interpretacao como verdade absoluta. Muito pelo contrario, ele ate mesmo estimula a leitura biblica: "Sobre o livro sagrado, eu costumo dizer: le a Biblia e perde a fe!", diz Saramago. [ carece de fontes ? ]

Porem, Saramago nao deixa de reconhecer que a "Biblia tem coisas admiraveis do ponto de vista literario" e "muita coisa que vale a pena ler", estando, dentre elas, os salmos , com paginas "belissimas", o Cantico dos Canticos , e a parabola do semeador contada por Jesus. [ 25 ]

A relacao de tensao de Saramago com a Igreja Catolica cresceu fortemente apos a publicacao do livro O Evangelho Segundo Jesus Cristo em 1991, que foi adaptado para o teatro em 2001. O livro foi motivo de fortes criticas por parte de catolicos que se consideraram ofendidos pela leitura secular que Saramago faz da personagem Jesus. [ 26 ] [ 27 ]

A Igreja Catolica nao gostou da atribuicao do Premio Nobel a Saramago e publicou no diario do Vaticano , L'Osservatore Romano : "Saramago e, ideologicamente, um comunista inveterado". [ 28 ]

O lancamento do livro Caim (2009) voltou a suscitar "incompreensoes, resistencia, odios velhos", conforme Saramago. "Desperto muitos anticorpos em certas pessoas", acrescenta, acusando varias vezes responsaveis da Igreja Catolica (mas nao protestantes ou judeus ) de terem comentado o livro que ainda nao leram ? de facto, as pessoas foram instadas a comentar as declaracoes sobre a Biblia, feitas por Saramago. [ 25 ]

E, realmente, apos o lancamento de Caim , varias vozes catolicas se insurgiram contra Saramago. Ele foi acusado pelo padre Jose Tolentino Mendonca, director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, de fazer uma leitura "ingenua, ideologica e manipuladora" da Biblia. O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, afirmou que Jose Saramago "revela uma ingenuidade confrangedora quando faz incursoes biblicas" e, como "exigencia intelectual, deveria informar-se antes de escrever". Ja o director da Faculdade de Teologia da Universidade Catolica de Lisboa , Peter Stilwell, considera que "seria espantoso" que Jose Saramago encontrasse algo divino na Biblia e sublinhou que o escritor escolheu o fratricida Caim e nao Abel , a vitima. [ carece de fontes ? ]

O teologo Anselmo Borges inicialmente afirmou que Saramago fez uma leitura "completamente unilateral" da Biblia, que tem, como qualquer livro, de ser lida como um todo. [ 29 ] Mais tarde, tal teologo declarou ter opiniao formada sobre Caim: "Gostei do livro e ate digo que e importante." Da tres razoes para justificar a sua opiniao: a "Biblia e um livro aberto; ha liberdade de interpretacao e obriga os crentes a reflectir". [ 24 ] Para o biblista Fernando Ventura, Jose Saramago tinha a exigencia intelectual de se informar antes de escrever. O religioso capuchinho referiu que "a Biblia pode ser lida por alguem que nao tem fe, mas supoe alguma honestidade intelectual de quem o le", e acusou Saramago de "uma falta gigantesca" dessa honestidade. [ carece de fontes ? ]

Sobre tais afirmacoes, Saramago, com sarcasmo, disse: "Dizem que li a Biblia com ingenuidade porque e necessario fazer uma interpretacao simbolica, ou seja, aquilo que ali esta escrito nao tem sentido por si. E levou mil anos a ser escrito!". [ 30 ] Ainda sobre a alegacao de "ingenuidade", respondeu: "Abencoada ingenuidade que me permitiu ler o que la esta e nao qualquer operacao de prestidigitacao, dessas em que a exegese e prodiga, forcando as palavras a dizerem apenas o que interessa a Igreja. Leio e falo sobre o que leio". [ 31 ]

E tambem por esses comentarios que Saramago diz que os catolicos "nao leem a Biblia". [ 32 ]

Devido aos acontecimentos, em uma conversa com o teologo catolico Jose Tolentino de Mendonca no final de Outubro de 2009, Saramago declarou: "A mim, o que me vale, meu caro Tolentino, e que ja nao ha fogueiras em Sao Domingos". [ 33 ]

O Papa Bento XVI, que em Abril de 2009 ja havia afirmado que "os estudiosos catolicos nao podem interpretar a Biblia de uma maneira independente, nem de um ponto de vista cientifico ou individual", [ 34 ] apos o episodio ocorrido no lancamento de Caim voltou a afirmar publicamente que apenas a Igreja Catolica pode interpretar a Biblia. [ 35 ]

Dias apos a morte de Saramago, o jornal oficial do Vaticano chamou o escritor de "populista extremista" e "ideologo anti-religioso" . [ 36 ]

Criticas ao Papa Bento XVI [ editar | editar codigo-fonte ]

Na sua passagem por Roma em 14 de Outubro de 2009, Saramago chamou Joseph Aloisius Ratzinger, o Papa Bento XVI , de "cinico", dizendo que a "insolencia reaccionaria" da Igreja Catolica precisa ser combatida com a "insolencia da inteligencia viva". [ 37 ]

Dentre as suas principais declaracoes, estavam a de que Ratzinger tenha a coragem de invocar Deus para "reforcar o seu neomedievalismo universal, um Deus que ele jamais viu, com o qual nunca se sentou para tomar um cafe, mostra apenas o absoluto cinismo intelectual" dele. Nao podemos permitir que a verdade seja ofendida todos os dias por supostos representantes de Deus na Terra, os quais, na verdade, so tem interesse no poder ". [ 37 ]

Criticas de catolicos a Saramago [ editar | editar codigo-fonte ]

Apos ter enfrentado fortes criticas com o lancamento do livro O Evangelho Segundo Jesus Cristo em 1991, mudou-se de Portugal para a Espanha . Pouco depois, [ 38 ] o lancamento de Caim em 2009 voltou a render-lhe mais criticas.

O eurodeputado Mario David , falando em nome pessoal e assumindo-se catolico nao-praticante, disse ter vergonha de ser compatriota do escritor, e escreveu no seu blogue da Internet , tendo-o repetido depois aos meios de comunicacao, que Saramago devia renunciar a nacionalidade portuguesa. [ 39 ] Apesar de tais declaracoes, o escritor esclareceu que jamais pensou em abandonar a cidadania portuguesa. [ 40 ]

Em defesa de Saramago, a eurodeputada socialista Edite Estrela declarou que tais palavras de Mario David sao inquisitorias . [ 41 ]

Ja Sousa Lara , sub-secretario de Estado adjunto da Cultura de Portugal em 1991, que entao vetou o livro O Evangelho segundo Jesus Cristo de uma lista de romances portugueses candidatos a um premio literario europeu, em Outubro de 2009 comparou Saramago com Berlusconi (isto embora Berlusconi seja um politico direitista italiano conhecido por sua fe catolica [ 42 ] [ 43 ] [ 44 ] [ 45 ] [ 46 ] que ate ja foi responsavel pela publicacao de um livro de Saramago em Italia por ser uma obra de "anticatolica", sendo que Saramago considerava que "O Estado de Berlusconi" era "catolico e reaccionario" [ 47 ] ), sugerindo que ele deveria receber uma "punicao" (nao apenas divina) pelo que foi escrito em Caim , declarando o que segue:

"Este senhor atingiu, nao se percebe muito bem porque, um patamar de impunidade que a humanidade concede, tipo Berlusconi. Ha umas pessoas que podem dizer tudo, que podem fazer as coisas mais absurdas e as pessoas habituam-se a isso e nao levam a mal. So tenho pena que nao enxovalhe, da mesma forma que enxovalhe o patrimonio catolico, por exemplo os muculmanos, porque esses nao perdoam e vergam-lhes pela pele. Ai e mais dificil insistir muito numa gracinha reiterada contra a religiao muculmana. Calculo que depois nao lhe corra bem o futuro depois". [ 48 ]

O poeta Manuel Alegre , sobre tais acontecimentos, declarou: "Isto e uma historia portuguesa cheia de preconceitos e fantasmas. Em primeiro lugar e preciso ler o livro de Jose Saramago. Ele e um grande escritor, mas parece que nao se perdoa a Saramago, ser um grande escritor da lingua portuguesa, ser um Premio Nobel e nao ser um homem religioso". "Ele escreveu um livro, mas nao vejo ninguem discutir o livro. So vejo discutir as opinioes que com todo o direito ele expressou sobre a Biblia". Conforme questiona Alegre, "As pessoas podem nao estar de acordo com aquilo que ele diz, mas como e que se pode por em causa a seriedade de um homem que diz aquilo que pensa". Ele considera tais acontecimentos como "um preconceito " e "resquicios de dogmatismo ". "Nao lhe podem negar o direito de escrever um livro e tambem nao se pode crucificar o Saramago por exprimir as suas opinioes e menos ainda por ser um grande escritor, e menos ainda por ser um Premio Nobel". Finalizando, disse que "ao Saramago nao se perdoa ser um portugues que se atreveu a ganhar o Premio Nobel da Literatura e que diz que nao acredita em Deus ". [ 49 ]

Devido ao ocorrido, Saramago chegou ate mesmo a propor dois novos direitos a Declaracao Universal dos Direitos Humanos : o direito a dissidencia e a heresia. [ 40 ]

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

Referencias

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