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Joias do Imperio do Brasil

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D. Pedro II na abertura da Assembleia Geral, durante a Fala do Trono . Pintura de Pedro Americo , em 1872. O imperador utiliza boa parte das joais da coroa .

As Joias da Coroa do Imperio do Brasil foram os aderecos e regalias oficiais de uso do Imperador do Brasil durante o periodo imperial brasileiro . Eram utilizadas nas cerimonias de Aclamacao , Sagracao e Coroacao dos imperadores do Brasil, e tambem nas sessoes solenes de abertura e fechamento da Assembleia Geral (atual Congresso Nacional ).

Fazem parte das regalias: a Coroa de Pedro I , a Coroa de Pedro II , o Cetro Imperial , a Mao da Justica, os Trajes Majestaticos , a Espada do Ipiranga, o Orbe , a Pena da Abolicao e as Ordens Honorificas do Imperio , todos conservados em territorio brasileiro.

Utilizadas pela Familia imperial brasileira ate 1889 , as Joias da Coroa e um dos trabalhos de joalheria mais importantes da America Latina . Parte das joias se encontram expostas no Museu Nacional no Rio de Janeiro e outras no Museu Imperial de Petropolis desde 1943 . [ 1 ] Ja a Espada do Ipiranga se encontra exposta no Museu Historico Nacional , no Rio de Janeiro . [ 2 ] Algumas outras joias tambem se encontram em Brasilia .

Atualmente as Joias (e tambem os museus) sao pertencentes a Uniao , que e sucessora (como pessoa juridica ) da Coroa do Imperio do Brasil (entendida como uma pessoa juridica). [ 3 ]

Coroa de Pedro I [ editar | editar codigo-fonte ]

Coroa de Pedro I, esvaziada de suas joias. Os diamantes foram instalados na nova coroa de Pedro II.
Ver artigo principal: Coroa de Pedro I

Feita em 1822 para a coroacao do primeiro imperador do Brasil , D. Pedro I , pelo ourives Manuel Inacio de Loiola, a coroa de D. Pedro I e quase o inverso da coroa real de Portugal . [ 4 ] A estrutura de ouro macico foi adornada com 639 diamantes e decorada com varios elementos vegetais e brasoes imperiais gravados. O seu topo e decorado com uma esfera armilar encimada por uma cruz patada. Esvaziado de suas joias na epoca da criacao da coroa de D. Pedro II em 1841, seu ultimo uso remonta a repatriacao dos restos mortais do imperador D. Pedro I em 1972.

Coroacao de D. Pedro I em 01 de dezembro de 1822, na Capela Imperial do Rio de Janeiro , por Jean Baptiste Debret.

Apos a proclamacao da Republica , ela ficou desaparecida, ate ser encontrada por um funcionario da Casa da Moeda , em 1943. Atualmente, esta em exposicao como parte acervo do Museu Imperial , em Petropolis .

Coroa de Pedro II [ editar | editar codigo-fonte ]

A Coroa de Pedro II.
Ver artigo principal: Coroa de Pedro II

A Coroa de Pedro II foi confeccionada em 1841 pelo joalheiro Carlos Martin, a coroa de D. Pedro II e composta em ouro 18 quilates com os diamantes da antiga Coroa Imperial e com as perolas de um colar da Imperatriz Leopoldina . Ao todo sao 639 diamantes e 77 perolas de oito milimetros cada uma, em uma estrutura que pesa um quilo e novecentos gramas, com diametro de 205 milimetros e altura de 31 centimetros.

A Coracao de D. Pedro II , pintura de Manuel de Araujo Porto-Alegre , c. 1840. Acervo do Museu Historico Nacional .

A Coroa e composta por oito semiarcos que se encontram ao topo em um orbe , o “globus cruciger”, encimado por uma Cruz de Cristo; ela e forrada internamente por veludo verde escuro, mesma cor do Manto Imperial. [ 5 ]

A Coroa Imperial, simbolo do poder e legitimidade do monarca, assim como do proprio Estado, e a uma das joias mais importantes ja feita nas Americas. Era utilizada apenas durante a cerimonia de Coroacao e na Abertura e Fechamento dos trabalhos na Assembleia Geral, na cerimonia chamada de “Fala do Trono”.

A Coroa foi apresentada pela primeira vez ao publico em 8 de julho de 1841, apenas dez dias antes da cerimonia de Coroacao e desde a proclamacao da republica ate a inauguracao do Museu Imperial em Petropolis , em 1943, foi mantida guardada nos cofres do Tesouro Nacional , junto com as outras Joias da Coroa. [ 6 ]

Cetro Imperial [ editar | editar codigo-fonte ]

O Cetro Imperial.
Ver artigo principal: Cetro Imperial

Confeccionado pelo ourives fluminense Manuel Inacio de Loiola, o mesmo que confeccionou a primeira Coroa Imperial para a cerimonia de Coroacao de D. Pedro I em 1822. O Cetro Imperial era entregue ao soberano por ultimo durante a cerimonia, apos a entrega da Mao da Justica. A peca foi confeccionada inteiramente em ouro com decoracao de grinalda de folhas, frutos de carvalho e um molho de folhagens. A haste e em latao , chapeada a ouro. Medindo dois metros e meio, sobre o topo, ha uma serpe, um dragao alado de duas patas representando as armas Casa de Braganca , com asas espalmadas, a cauda revirada para cima, boca aberta, lingua movel e farpada e olhos com brilhantes incrustados que foram afixados na epoca da coroacao de d. Pedro II.

Traje Imperial [ editar | editar codigo-fonte ]

O Traje Majestatico.

Manto Imperial [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Traje imperial brasileiro

Utilizado juntamente com a Coroa Imperial e o Cetro Imperial durante cerimonias da Coroacao e das solenes da abertura e fechamento da Assembleia Geral, quando Imperador proferia a “Fala do Trono”, o Manto Imperial foi confeccionado para a Coroacao de Dom Pedro I em 1822.

A veste Imperial.

Atualmente o Manto Imperial com as vestes de D. Pedro II, que haviam pertencido ao seu avo, o Imperador Francisco I da Austria , encontra-se no Museu Imperial em Petropolis .

Murca de Penas [ editar | editar codigo-fonte ]

A Murca era feita de penas, primeiramente de galo-da-serra , sendo refeita durante o Segundo Reinado por penas de papo de Tucano , ambas amarelas. A confeccao da primeira murca e atribuida a um comerciante que a encomendou aos indios Tirio e com ela presenteou o Imperador.

Chapeu Imperial [ editar | editar codigo-fonte ]

Chapeu de veludo branco com bordados dourados. Aba frontal elevada, copa redonda com rosacea formada por bolotas e folhas de carvalho intercaladas num circulo formado por ramos e folhas de carvalho na parte central superior; faixa circundando a juncao entre a copa e a aba com bordados a ouro formando ramos de carvalho.

Mao da Justica [ editar | editar codigo-fonte ]

A mao da justica.

Uma tradicao medieval da monarquia francesa retomada no seculo XIX por Napoleao Bonaparte, a Mao da Justica foi tambem incorporada ao rito do Imperio do Brasil, tornando-se uma das insignias da monarquia brasileira durante a coroacao do Soberano.

O Manto Imperial.

A escultura original em gesso, que traz o sinete com as Armas do Imperio no dedo anular, foi moldada pelo escultor Marc Ferrez, no dia 7 de marco de 1841, a partir da mao direita do proprio Imperador menino, Dom Pedro II.

Segundo o ritual brasileiro da Coroacao, depois de ungido e coberto pelo manto imperial, o imperador voltaria ao Trono de onde ouviria uma celebracao religiosa, na epoca uma missa da Igreja Catolica , ja que o cristianismo catolico era a religiao oficial do pais (que somente se tornou um pais laico em 1891). Atualmente em posses de autoridades do poder judiciario, [ 7 ] prefeitos, [ 8 ] governadores, [ 9 ] e na de pelo menos um presidente da republica, [ 10 ] estes preferiram a realizacao de cultos ecumenicos . Apos a celebracao religiosa o imperador receberia do celebrante (nas coroacoes de Pedro I e Pedro II um Bispo da Igreja Catolica) a Espada do Ipiranga, o Cetro Imperial, a Coroa, o Orbe e a Mao da Justica.

Por ocasiao da maioridade de Pedro II, foram feitas algumas esculturas em bronze-dourado.

A Pena da Abolicao.

Pena de Abolicao [ editar | editar codigo-fonte ]

A Caneta Abolicionista e a caneta com a qual a Princesa Imperial Isabel assinou a Lei Aurea em 1888, acabando com a legalidade da escravidao no Brasil. Financiado pela populacao quando se sabia que o projeto seria aprovado pela Assembleia Geral , e inteiramente feito de ouro 18 quilates e decorado com 27 diamantes e 25 rubis. [ 11 ]

O murca do traje majestatico.

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]


Referencias

  1. Batista Da Silva, George (2009). Petropolis . Joinville , SC: Clube de Autores . p. 54  
  2. ≪Lei obriga os museus brasileiros a tomar mais cuidado com seu acervo≫ . epoca.globo.com . Consultado em 6 de agosto de 2023  
  3. ≪A advocacia publica brasileira no periodo colonial e no...≫ . Jus.com.br . Consultado em 6 de agosto de 2023  
  4. Silva 2009, p. 54
  5. ≪G1 > Edicao Rio de Janeiro - NOTICIAS - Coroa Imperial e a original, afirma perita≫ . g1.globo.com . Consultado em 30 de abril de 2023  
  6. Rezzutti 2019, p. 135
  7. Ehlert, Ana (3 de fevereiro de 2023). ≪Ministros do Supremo participam de Culto Ecumenico de posse da nova cupula diretiva do TJPR≫ . Bem Parana . Consultado em 6 de agosto de 2023  
  8. ≪Culto ecumenico volta a ser realizado na posse da Prefeitura do Rio≫ . Extra Online . Consultado em 6 de agosto de 2023  
  9. ≪FOTOS: Missa ecumenica abre cerimonias de posse de Jorginho Mello em SC; veja quem acompanhou | ND Mais≫ . ndmais.com.br . 1 de janeiro de 2023 . Consultado em 6 de agosto de 2023  
  10. ≪Bolsonaro quer cerimonia mais curta e ato religioso inedito no dia da posse≫ . Folha de S.Paulo . 21 de novembro de 2018 . Consultado em 6 de agosto de 2023  
  11. Schwartz 1996, pag. 1