Insignia da
Forca Aerea Francesa
, a primeira em forma de cocar.
A
insignia de nacionalidade das aeronaves militares
, geralmente conhecida como
cocar
, e utilizada pelas diferentes aviacoes militares como distintivo nacional dos respectivos paises nas suas aeronaves.
Pode se dizer que os cocares se tornaram simbolos distintivos da diferentes Forcas Aereas, similar ao que ocorreu com as
bandeiras navais
(Marinhas de Guerra) e os Brasoes de Armas (Forcas Terrestres).
A maioria destas insignias sao de formato redondo e baseiam-se nas
cocares
ou lacos nacionais dos respectivos paises. No entanto ha algumas excepcoes:
- 8 paises usam formas geometricas distintas do circulo (6 usam triangulos:
Botsuana
,
Estonia
,
Hungria
,
Macedonia do Norte
,
Mexico
e
Mianmar
; a
Indonesia
usa um pentagono; o
Chile
usa o seu Escudo Nacional)
- 9 paises usam barras horizontais (
China
,
Panama
,
Filipinas
,
Senegal
,
Sri Lanka
,
Estados Unidos
,
Venezuela
,
Vietname
e
Coreia do Sul
)
- 5 paises usam Bandeiras Nacionais (
Belize
,
Honduras
,
Iraque
,
Islandia
e
Laos
)
- 5 paises usam estrelas (
Bielorrussia
,
Brasil
,
Nepal
,
Russia
e
Tajiquistao
)
- 3 paises usam cruzes (
Alemanha
,
Portugal
e
Lituania
)
- 2 paises usam quadrados (
Comores
e
Polonia
)
Insignias de nacionalidade de
Espanha
,
Italia
,
Reino Unido
e
Alemanha
num prototipo do
Eurofighter
.
A-10
da
Forca Aerea dos Estados Unidos
com pintura e insignias de baixa visibilidade.
Antigo
T-37
da
Patrulha Acrobatica Asas de Portugal
com insignias e pintura de alta visibilidade.
O primeiro uso de uma cocar num aviao militar foi feito durante a
Primeira Guerra Mundial
pelo Exercito Frances. O desenho reproduzia uma cocar ou laco nacional frances com as cores azul-branco-vermelho. Os restantes paises aliados, na sua maioria, seguiram o exemplo frances e identificaram as suas aeronaves com cocares baseados nas respectivas cores nacionais.
Os britanicos, que ate ai usavam como distintivo de nacionalidade bandeiras nacionais pintadas nas fuselagens, comecaram a substitui-las por uma cocar com as cores inversas das francesas, uma vez que as cruzes daquelas bandeiras se confundiam com as cruzes identificativas da
aviacao militar alema
. O desenho da cocar britanica foi tambem utilizados pelas forcas aereas do imperio britanico, que, mais tarde procederam a substituicao do ponto central vermelho por emblemas especificos de cada pais (
Folha de bordo
para o
Canada
,
Canguru
para a
Australia
e
Quivi
para a
Nova Zelandia
).
Actualmente, nas aeronaves susceptiveis de utilizacao em combate de diversas forcas aereas, as insignias de nacionalidade coloridas foram substituidas por reproducoes em cores de baixa visibilidade.
Em 1914, a semelhanca do que vinha sendo feito pela maioria das aviacoes dos paises aliados, o
Exercito Portugues
comecou a identificar as suas aeronaves com as
cocares nacionais
portuguesas
de cores verde-vermelha. Os mesmos distintivos foram utilizados a partir de 1917, pelas aeronaves da
Marinha Portuguesa
. Nessa altura, as cocares eram pintadas normalmente apenas nas asas (parte superior dos extremos das asas superiores e parte inferior dos extremos das asas inferiores).
Os aviadores portugueses que combateram em esquadrilhas francesas e britanicas na frente ocidental da
Primeira Guerra Mundial
identificavam a sua nacionalidade de duas maneiras: ou pintando bandas diagonais verdes e vermelhas nas fuselagens dos seus avioes ou pintando as partes azuis e brancas das cocares francesas, da cor verde, deixando a parte vermelha original e formando assim as cocares verde-vermelha de Portugal.
Em 1918 a
Aeronautica Militar
comecou a utilizar outra insignia de nacionalidade, a
Cruz de Cristo
. A mesma insignia foi tambem adoptada pela
Aviacao Naval
que, contudo, ainda utilizou cocares verde-vermelhas ate ao principio da decada de 1920. Na Aeronautica Militar a Cruz de Cristo era normalmente colocada sobre um circulo branco e passou, alem das asas, a ser aplicada tambem na lateral das fuselagens. Ja nos avioes da Marinha, a Cruz de Cristo continuou, na maioria dos casos, a ser aplicada apenas nas asas e sem o circulo branco. A partir da decada de 1940 a Aviacao Naval adoptou o sistema de colocar as insignias de nacionalidade apenas sobre a parte superior da asa direita e sob parte inferior da asa esquerda.
Com a unificacao das aviacoes do Exercito e da Marinha, na Forca Aerea Portuguesa em 1952 foi tambem adoptado um sistema unico de identificacao das aeronaves. No que diz respeito as Cruzes de Cristo, passaram ser aplicadas na fuselagem traseira e na parte superior da asa direita e na inferior da asa esquerda das aeronaves.
No inicio da decada de 1970, fruto da experiencia da
Guerra do Ultramar
que entao decorria, com o objectivo de aumentar o grau de camuflagem das aeronaves empregues em operacoes de combate, alem da mudanca da sua pintura base, procedeu-se tambem a reducao do tamanho das insignias de nacionalidade. Algumas das aeronaves foram inclusivamente empregues sem as Cruzes de Cristo.
A partir da reforma das pinturas das aeronaves da Forca Aerea em 1980, as Cruzes de Cristo deixaram de ser aplicadas nas asas dos aparelhos camuflados. Na decada de 1990, em alguns avioes, comecaram a ser utilizadas Cruzes de Cristo de baixa visibilidade pintadas em cinzento.
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Insignia das aeronaves militares portuguesas antes de 1918
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Insignia das aeronaves militares portuguesas a partir de 1918
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Insignia de baixa visibilidade, usada em algumas aeronaves a partir de 1988
Inicialmente a nacionalidade das aeronaves das aviacoes do
Exercito
e da
Marinha
do
Brasil
era identificada por uma cocar azul-amarela-verde.
Em 1934 a insignia das aeronaves do Exercito foi alterada para uma reproducao simplificada da estrela das armas nacionais (estrela gironada de verde e vermelho, subposta a um circulo azul, com uma coroa branca). As aeronaves da Marinha mantiveram a cocar tricolor.
Em 1941 da-se a unificacao das aviacoes do Exercito e da Marinha, dando origem a
Forca Aerea Brasileira
. As aeronaves da FAB passam a ostentar as estrelas usadas ate entao pela aviacao do Exercito.
Durante a
Segunda Guerra Mundial
para facilitar a sua identificacao pelas forcas aliadas, os Avioes da Forca Aerea Brasileira a operar na Italia usam uma insignia baseada na dos EUA, onde a estrela branca destes era substituida pela estrela brasileira.
Em 1957 a aviacao da Marinha foi reativada, voltando a identificar as suas aeronaves com as cocares azul-amarelo-verde.
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Insignia da aviacao da Marinha do Brasil (usada tambem pela Aviacao Militar, integrante do Exercito, ate 1934)
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Insignia da aviacao da
Forca Expedicionaria Brasileira
durante a Segunda Guerra Mundial
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Insignia da Forca Aerea Brasileira (anteriormente usada pela Aviacao Militar, integrante do Exercito, entre 1934 e 1941)
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Insignia das aeronaves do Exercito Brasileiro
Insignias de nacionalidade de avioes militares por pais
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Insignias de Forca Aereas de paises extintos
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