Guerrilha

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Guerrilheiros bielo-russos na Bielo-Russia ocupada pelos nazistas em 1943.

Guerrilha (em castelhano : guerrilla ; "pequena guerra") e um tipo de guerra nao convencional na maior parte das vezes rural [ 1 ] no qual o principal estratagema e a ocultacao e extrema mobilidade dos combatentes , chamados de guerrilheiros, incluindo, mas nao limitado a civis armados (ou "irregulares").

Pode se constituir tambem como uma movimentacao hibrida, ou seja, ora centralizada por uma atitude belica cujo aspecto pode ser colaboracionista com as forcas regulares de determinadas regioes, e ora pode se dar o enfrentamento sem conexao com qualquer forca armada regular .

Origem [ editar | editar codigo-fonte ]

Resistencia da guerrilha espanhola a invasao napoleonica da Espanha em 1808, onde o termo "guerrilha" foi usado pela primeira vez.

Presume-se que tenha sido utilizada a palavra guerrilha (guerrilla) pela primeira vez na Guerra Peninsular contra a invasao napoleonica a Portugal e Espanha , entre 1808 e 1812 , embora as tecnicas guerrilheiras remontem a Antiguidade . [ 2 ] Portanto, o termo passou a ser utilizado a partir da sua origem iberica , tendo sua grafia original preservada em muitos idiomas. No Brasil data da Invasao Holandesa em Salvador, entre 1624 a 1625, quando o Sargento-mor Antonio Dias Cardoso , Mestre das Emboscadas, aplicou as tecnicas para conter o invasor. E em 1645 voltaria a empregar nos Monte das Tabocas, seguindo com acoes na(s) Batalha dos Guararapes , respectivamente, em 19 de abril de 1648 e em 19 de fevereiro de 1649.

A guerra de guerrilhas tambem recebeu outras denominacoes. Na America Latina , por exemplo, foi chamada de montonera no Rio da Prata e bola no Mexico , entre outras nomenclaturas que nao prevaleceram. Na America do Norte foi Francis Marion , a "Raposa do Pantano", seu precursor com uso de armadilhas e emboscadas durante a guerra de Independencia dos Estados Unidos .

Conceito [ editar | editar codigo-fonte ]

Guerrilheiros do grupo autoproclamado Frente Popular para a Libertacao (FPLP).

"Trata-se de levar um adversario, por muito mais forte que seja, a admitir condicoes frequentemente muito duras, nao empregando contra ele senao meios extremamente limitados". [ 3 ] E entao que entra em jogo, em toda a sua plenitude, a formula das variaveis complementares que ja encontramos: a inferioridade das forcas militares deve ser compensada por uma superioridade crescente das forcas morais, a medida que a acao se prolonga. Assim, a operacao desenvolve-se simultaneamente em dois planos, o plano material, das forcas militares, e o plano moral, da acao psicologica.

A guerrilha pode ser um tipo de guerra de resistencia onde os insurgentes se opoem a uma forca de ocupacao , como no Iraque ocupado pelos estadunidenses [ 4 ] ou o Afeganistao invadido pela Uniao Sovietica. Ela tambem pode ser comum em guerras revolucionarias (com fator politico-ideologico) que podem ocorrer entre partidos ou faccoes de um mesmo povo tais como M.M.D.C. , Guerrilha do Araguaia , Acao Libertadora Nacional (ALN), Movimento Revolucionario 8 de Outubro (MR80), Forcas Armadas Revolucionarias da Colombia (FARC), Sendero Luminoso , Euskadi Ta Askatasuna (ETA), Exercito Republicano Irlandes (IRA).

As guerras de guerrilhas, quase em sua totalidade, buscaram a independencia de determinada regiao ou grupos. Utilizam armamentos leve e de facil deslocamento. Atualmente se mantem com recursos financeiros advindos de impostos cobrados de transeuntes da area dominada pela guerrilha, bem como operacoes militares.

Em geral, os grupos guerrilheiros tendem a apoiar solucoes progressistas , pois, sendo oriundos de grupos locais, mantem contatos estreitos com a populacao da regiao onde atuam, ao contrario das Forcas Armadas regulares. Assim, e muito comum a estes grupos serem liderados por " caciques " , " caudilhos " , governo sombra , mais modernamente, ou liderancas de classes em geral, segundo conceito da Corte de Palermo , Italia, devido ao chamado "Anos de Chumbo". As quais antigamente, no Brasil, com interesses escusos, e "mais amplos". Neste caso, como as acoes do Cabo Anselmo , antigo guerrilheiro comunista de "dupla face", que desenvolvia trabalhos tanto de um lado (do governo da epoca), como de outro da guerrilha, no inicio do regime militar no Brasil (1964 ate 1970).

Foi justamente por esta ligacao estreita que o chamado "guerrilheirismo latino-americano" proliferou na America Latina enfrentando o poder chamado de "Forcas Realistas Coloniais Espanholas".

Estrategia [ editar | editar codigo-fonte ]

Se a margem de liberdade de acao e grande, mas os meios disponiveis excessivamente fracos para obter uma decisao militar, pode-se recorrer a uma estrategia de conflito de longa duracao, visando a promover a usura moral, a lassidao do adversario. Para poder durar, os meios empregados serao muito rusticos, mas a tecnica de emprego (geralmente uma guerra total apoiada sobre uma guerrilha generalizada) obrigara o adversario a um esforco bem mais consideravel do que ele podera suportar indefinidamente. Este modelo de luta total prolongada de fraca intensidade militar foi geralmente empregado com sucesso nas Guerras de Descolonizacao . Seu teorico principal e Mao Tse-Tung . Observemos que esta estrategia, que exige consideravel esforco moral de parte de quem toma a iniciativa, pressupoe forte elemento passional e muito boa coesao da alma nacional. Assim, ela corresponde o mais completamente possivel as guerras de liberacao. Mas ela somente tem chances de sucesso se o que esta em jogo entre as partes e bem desigual (caso das Guerras de Descolonizacao), ou bem ela se beneficia de intervencoes armadas (caso das guerras de liberacao, na Europa, entre 1944-45, e na Espanha, em 1813-14) as quais elas servem de reforco. A tecnica da guerrilha por vezes leva, em maior ou menor intensidade, a uma verdadeira Onda Revolucionaria no tecido social , visando a tomada do poder constituido.

Plano material [ editar | editar codigo-fonte ]

Em situacao de grande inferioridade de meios, nao se pode esperar sobreviver senao recusando combater, e empregando uma tatica de fustigamento para manter vivo o conflito. Isto conduz a guerrilha, velha como o mundo e, no entanto, esquecida e depois reaprendida, a cada geracao. Mas esta tatica ha quarenta anos e objeto de codificacoes estrategicas muito importantes, as quais permitem conduzir tal genero de operacoes segundo conceitos racionais que lhe aumentam consideravelmente a eficacia e, consequentemente, permitem reduzir bastante o desequilibrio de forcas materiais. Mao Tse-Tung definiu em sete regras a essencia da guerrilha: intimo acordo entre a populacao e os guerrilheiros, retraimento ante um avanco inimigo em forca, fustigamento e ataque ante um retraimento inimigo, estrategia de um contra cinco, tatica de cinco contra um, particularmente gracas ao que se chama o "retraimento centripeto", isto e, a concentracao de forcas durante o retraimento (ele dispunha de muito espaco na China); enfim, logistica e armamento gracas ao que e tomado do inimigo.

Estas sete regras constituem o minimo necessario para tal forma de guerra, minimo, no entanto, as vezes desconhecido, como, por exemplo, quando a OAS pretendeu estabelecer um "reduto" na Argelia, ou quando os americanos aceitaram a ideia de um desembarque em Cuba, sob a forma de "cabeca de ponte" classica.

Mais alem desse minimo, duas nocoes capitais foram formuladas, para garantir a liberdade de acao da guerrilha A primeira, de origem Uniao Sovietica, mas ja aplicada pelos irlandeses, visa a impedir a repressao, dissuadindo a populacao de informar o inimigo, muito embora esse movimento se diferencia de atos de terrorismo como se portaria quaisquer movimentos sociais. [ 5 ] A segunda, luminosamente explicada por T. E. Lawrence , a proposito de Medina , tem por principio estender em superficie, ao maximo, a ameaca da guerrilha, sem, no entanto, incitar o inimigo a retrair-se, de forma a criar para ele um problema de protecao cada vez mais dificil. A aplicacao desta ultima nocao tem como efeito levar o adversario a despender mais e mais forcas para a guarda de um numero crescente de pontos, o que, em larga medida, e capaz de modificar o equilibrio pratico das forcas em presenca. E assim que, na Argelia, mais de 300 mil homens eram mantidos na incerteza por menos de 30 mil.

Enfim, as forcas de guerrilha, cujo desgaste e terrivel, devem ser mantidas e constantemente desenvolvidas para que a pressao seja crescente. Isto exige um sistema inicial de contrabando de armas (ou de lancamento por paraquedas, como na Franca, em 1944), seguido, desde que possivel, do estabelecimento de bases proximas do territorio atacado, cuja inviolabilidade sera assegurada pelos meios de dissuasao da manobra exterior. Tal foi o papel das bases da China para a guerra da Indochina, das do Egito, inicialmente, e, depois das da Tunisia e do Marrocos, para a Guerra da Argelia , das do Congo , ex-belga, para a Angola portuguesa etc. Certos autores viram na organizacao dessas bases o elemento decisivo de tal genero de guerra. Se ele nao e decisivo em si mesmo, certamente e muito importante, pois pode-se notar que as guerrilhas que fracassaram no Quenia e na Malasia sao justamente as que se encontravam isoladas. Este ultimo ponto confere a manobra exterior capital valor operacional, que se agrega ao que ja se disse de seu papel chave no dominio da liberdade de acao global.

Plano psicologico [ editar | editar codigo-fonte ]

No plano psicologico, a ideia geral e, ainda, saber durar. Para isto, e indispensavel que as forcas morais dos combatentes e da populacao sejam desenvolvidas e mantidas em nivel elevado. A alavanca moral e, por conseguinte, capital. Simetricamente, e preciso levar o adversario a ceder por lassidao. Ainda aqui, a acao psicologica sera essencial para explorar nesse sentido os resultados obtidos. Esta acao psicologica e complexa, pois que deve dirigir-se simultaneamente aos combatentes e a populacao amiga e inimiga, alem de repousar sobre dois elementos principais, a "linha politica" de base e a escolha da tatica psicologica .

A linha politica de base, que deve estar em harmonia com a linha politica necessaria a manobra exterior, deve ser tal que possa mobilizar, em vista da luta, as paixoes latentes do povo que se quer emocionar. Por outro lado, estas paixoes (patrioticas, religiosas, sociais etc.) devem ser apresentadas segundo uma orientacao que demonstre a justica da causa que se quer apoiar. Do mesmo modo, o sucesso da operacao deve parecer certo, nao como em 1940, "porque nos somos os mais fortes" - o que, nesse genero de guerra, no inicio jamais e verdadeiro - mas porque "Deus (ou obscuras forcas historicas) esta conosco". O determinismo historico, predestinando a historia no sentido desejado, vem assim substituir as imagens santas ou as aparicoes que galvanizavam os cruzados.

Ele cria uma especie de fatalismo otimista e, simetricamente, um fatalismo pessimista no inimigo, que se aparentam com o fatalismo dos muculmanos, sucessivamente conquistadores e subjugados.

Este ultimo ponto e particularmente importante, porque foi medido mal o papel que representou na rapida conquista do mundo pela raca branca: o sentimento dos povos submetidos de que os brancos eram trazidos pelo destino, e de que nao podiam deixar de ser os senhores de seu futuro. Os revezes sofridos pelo Ocidente na primeira parte da II Guerra Mundial desmentiram tal previsao: perderam a face, e as mesmas forcas que operaram em favor dele passaram a atuar contra ele.

As taticas psicologicas comportam, evidentemente, o emprego de tecnicas hoje bem conhecidas, de propaganda, doutrinacao e organizacao da populacao, atraves de um enquadramento cerrado e cuidadosamente vigiado. Porem, nesse genero de guerra e, sobretudo, indispensavel compreender que os unicos exitos sao de ordem psicologica, e que, portanto, todas as acoes materiais somente tem interesse pelo seu valor para levantar o moral ou o prestigio dos combatentes, ou da populacao. Por conseguinte, a guerrilha devera, mais frequentemente, ser conduzida nesse sentido. Por outro lado, se faltam os exitos, ou se eles sao minimos, o blefe podera suplementa-los, tais como na defesa de Port. Said, a destruicao do "Suffren" pelos norte-vietnamitas, do "Jean Bart" pelos egipcios, o desembarque do Exercito egipcio na Kabilia, etc. No mesmo sentido, um prurido de noticias sensacionais, como colocado pela imprensa ocidental, permite ao adversario multiplicar o efeito psicologico de acoes modestas e repetidas.

Se a guerrilha nao e sufocada desde o inicio, existem as maiores probabilidades de um desfecho vitorioso. Na melhor das hipoteses, conseguir-se-a a renuncia a luta pelo adversario (Tunisia, Marrocos, Argelia). Se a manobra exterior nao consegue impedir a intervencao de outras potencias, chegar-se-a a uma solucao de compromisso, sob a forma de uma particao (Israel, Indochina). Se a manobra exterior nao consegue alimentar suficientemente a acao interior e se o adversario se agarra, entao chega-se ao fracasso (Quenia, Malasia). Porem, os germes semeados durante a luta, mais tarde se desenvolverao e, no minimo, ter-se-a imposto ao adversario um esforco consideravel ao preco de meios irrisorios.

Contraguerrilha [ editar | editar codigo-fonte ]

Soldados do exercito dos Estados Unidos em acao de contraguerrilha na vila de My Tho, no Vietna do Sul , procurando combatentes Viet Congs .

Em uma agressao do tipo guerra de guerrilha, pode-se hesitar entre diversas solucoes. A melhor, se ela for possivel, consistiria em salvaguardar o essencial (isto e, o controle governamental), sem engajar grandes meios, e em resolver o conflito.

A linha politica, sera a de reduzir os trunfos do adversario. Por conseguinte, sera necessario, por um lado, manter e desenvolver o prestigio, mediante uma demonstracao de forca, sem duvida, como tambem persuadindo de possibilidades futuras (civilizacao em progresso, apoio internacional etc.); e, por outro lado, desarmar reivindicacoes atraves de reformas profundas.

No plano militar, e indispensavel frustrar a estrategia da guerrilha, tal como foi descrita mais acima; e preciso, antes de mais nada, evitar-se deixar desbordar pela manobra de superficie, praticando estrita economia de forcas, com a colocacao da guerrilha em xeque pela "manobra de Medina". Estrategia das forcas arabes, sob a lideranca de Lawrence da Arabia por ocasiao da Primeira Guerra Mundial , onde mantiveram sob ataque a ferrovia Damasco-Medina, cortando as ligacoes do Exercito turco com Damasco e fixando-o em Medina. Isto leva a limitar a protecao generalizada de pessoas e de bens, gracas a uma forte densidade de ocupacao em zonas reduzidas e bem escolhidas, em funcao de sua importancia geografica, politica e economica; e em consentir certo grau de inseguranca no resto do pais. Os postos que nestes eixos serao deixados terao por finalidade, somente, manter um sistema de informacoes, gracas ao qual se podera desencadear uma serie de operacoes destinadas a impedir a reorganizacao de bases adversas. Em certos casos mesmo, poder-se-a deixar o inimigo ai se instalar a vontade, para destrui-lo mais facilmente. Correlativamente, as fronteiras deverao ser hermeticamente fechadas, gracas a uma tatica de barragens (posicoes defensivas), das quais as guerras da Libia (da Italia fascista ) e da Argelia deram o exemplo. Mesmo bem conduzidas, essas operacoes requererao meios muito importantes. E sua grande fraqueza, para uma guerra necessariamente prolongada, face a acomodacao da tropa. A estrategia devera, entao, esforcar-se por encontrar solucoes economicas, enquanto a organizacao devera aplicar formulas (substituicoes com a movimentacao da tropa, etc.) concebidas para o tempo de duracao da guerra. Em circunstancias, excepcionalmente favoraveis poder-se-a tentar obter a decisao por um consideravel esforco de meios, sob a condicao de que os resultados sejam rapidamente compensadores. Se nao fosse assim (Argelia, 1956), nao se faria senao reduzir a sua propria capacidade de durar; por conseguinte, fazendo o jogo da guerra de guerrilha.

Enfim, e bem certo que as operacoes deverao ser conduzidas com a constante preocupacao de obter um efeito psicologico sobre o inimigo e sobre a populacao. Sendo esta completamente protegida nas zonas de forte densidade de ocupacao, dever-se-a poder comparar sua sorte invejavel com a das populacoes vivendo em zonas mais ou menos controladas pelo adversario. As partes protegidas, tornadas zonas de refugio, nao deverao, sob pretexto algum, ser reduzidas (isto obriga a prever, a longo prazo, uma politica de efetivos que nao comportem variacoes), de modo a dar confianca; e, se elas se estenderem, nao devera jamais haver recuos. Os combates devem ser uteis para o prestigio e apoio da populacao. Os fracassos devem ser ocultados ou compensados por exitos mais importantes, convenientemente realcados. Na atualidade, a maioria dos paises possuem tropas especificas para este tipo de emprego inicial: Comandos e Forcas Especiais .

Malgrado todas estas precaucoes, cuja enumeracao sublinha um bom numero de erros levantados na campanha da Argelia, em particular, e necessario ter presente no espirito que esse genero de luta so excepcionalmente foi favoravel a defesa e, como foi sublinhado, somente quando nao existiam bases exteriores proximas que pudessem alimentar a guerrilha. Em estrategia de contraguerrilha, responder a um ataque por uma defesa direta e solucao tao ma como a do um touro investindo contra uma muleta vermelha. E contra o toureiro que e preciso investir, isto e, contra a guerra de guerrilha.

Exemplos [ editar | editar codigo-fonte ]

Vietna [ editar | editar codigo-fonte ]

A Guerra do Vietna e um exemplo tipico no qual o exercito regular dos Estados Unidos , sem conhecer o terreno por nao ser nativo da regiao, acabou desmoralizado pela guerrilha Vietcong , embora aquele conflito tenha tido outros fatores e caracteristicas como desfecho.

America espanhola [ editar | editar codigo-fonte ]

A queda das Colonias Espanholas entre 1810 e 1824 foi decidida pelas guerras de guerrilhas. Muitos grupos foram chefiados por diversos lideres que carregaram consigo a responsabilidade da vitoria ou do fracasso dos movimentos de libertacao. Houve tambem guerrilhas de estado, isto e, aquelas financiadas e incentivadas por grupos que detinham o poder em determinada regiao, mas que tinham por finalidade a desestabilizacao dos movimentos de libertacao.

Entre diversos movimentos de guerrilhas e seus lideres que ocorreram na America Latina, podem ser destacados:

Brasil [ editar | editar codigo-fonte ]

No Brasil, houve muitos movimentos guerrilheiros nas provincias contra o centralismo executado pelo Imperio . E, notadamente, na ditadura militar (1964-1985), houve muitos participantes da Guerrilha do Araguaia que efetivamente atuaram na lideranca das acoes da populacao:

  • Pode ser citada tambem a decada de 1920, a Coluna Prestes , oriunda do tenentismo , que foi um movimento guerrilheiro executado por Luiz Carlos Prestes , baseado na busca de reforma governamental, porem sem nenhuma ideologia fundamentada, motivo do abandono da coluna;
  • O ex-dirigente do Partido Comunista , Carlos Marighella , morto em 4 de novembro de 1969, criou e comandou a guerrilha urbana nas cidades de Sao Paulo e Rio de Janeiro por dois anos;
  • Carlos Lamarca , morto em Ipupiara , localidade do interior da Bahia , em 17 de setembro de 1971, comandou no Vale do Ribeira , em meados de abril de 1969, em Sao Paulo um movimento guerrilheiro, apos roubar 63 fuzis FAL , metralhadoras leves e municao do Quartel de Quitauna , em Sao Paulo, desertando e entrando para a clandestinidade, onde cometeria crimes como o assassinato do Guarda Civil Orlando Pinto Saraiva e assaltos a bancos. Assassinou o entao tenente da Policia Militar de Sao Paulo, Alberto Mendes Junior, a golpes de coronhada, numa emboscada;
  • Em 1972, o Exercito Brasileiro enfrentou a Guerrilha do Araguaia, organizada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), enviando mais de 5 mil homens para combater os 80 guerrilheiros.

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

Referencias

  1. Hubbard, Ben; Schmitt, Eric; Mazzetti, Mark (11 de setembro de 2014). ≪U.S. Pins Hope on Syrian Rebels With Loyalties All Over the Map≫ . The New York Times (em ingles). ISSN   0362-4331 . The Syrian rebels are a scattered archipelago of mostly local forces with ideologies that range from nationalist to jihadist. Their rank-and-file fighters are largely from the rural underclass, with few having clear political visions beyond a general interest in greater rights or the dream of an Islamic state.  
  2. O Conceito de Guerrilha e o Debate sobre a Transformacao da Guerra . Por Luiz Felipe Rebello.
  3. BEAUFRE, Andre , Introducao a Estrategia . Rio de Janeiro : Bibliex, 1998, apud SANT'ANNA, Carlos Alexandre Rezende de. Pensamento estrategico brasileiro contemporaneo. ? reflexoes sobre o Atlantico Sul Arquivado em 22 de novembro de 2015, no Wayback Machine .. Niteroi, Universidade Federal Fluminense, 2011.
  4. Ackerman, Elliot (8 de agosto de 2014). ≪The Islamic State's Strategy Was Years in the Making≫ . The New Republic . ISSN   0028-6583  
  5. ≪Ocupar propriedade nao e terrorismo, diz ex-Relator Especial da ONU≫ . Agencia Publica . 23 de abril de 2019 . Consultado em 15 de dezembro de 2019  

Bibliografia [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Chevalier, F.; Caudillos et caciques en Amerique. Contribution a l'etude des liens personnels . Bordeaux, 1962.
  • Guevara , Guerra de guerrillas ; La Habana: Dep. de Instruccion del MINFAR, 1960.
  • R. Debray ; ¿Revolucion en la revolucion? La Habana: Casa de las Americas, 1966.
  • R. Gott, La guerrilla en America Latina ; Santiago de Chile: Universitaria, 1971.
  • Minimanual de la guerrilla urbana ; La Habana, 1967.
  • Rezende, Claudinei Cassio de . Suicidio Revolucionario: a luta armada e a heranca da quimerica revolucao em etapas. Ed. Unesp, 2010.
  • Il Risorgimento ; Einaudi, Torino, 1950.
  • Hanlweg, W.; Storia della guerriglia . Milano, Feltrineli, 1973.
  • Rama, C. M.; "La nouvelle gauche latino-americaine". In: Raison presente . Paris, 1970.

Ligacoes externas [ editar | editar codigo-fonte ]