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Funcao (matematica)

Origem: Wikipedia, a enciclopedia livre.
  Nota: Para outros significados de Funcao, veja Funcao (desambiguacao) .
Uma funcao nao injetiva e nao sobrejetiva do dominio X para o contradominio Y. A funcao e nao injetova pois ha dois elementos do dominio ligados a um mesmo elemento do contradominio (cor vermelha). A funcao e nao sobrejetiva pois ha elementos de Y sem correspondentes em X (cores azul e lilas).

Uma funcao e uma relacao de um conjunto com um conjunto . Denotamos uma funcao por onde e o nome da funcao, e chamado de dominio , e chamado de contradominio e expressa a lei de formacao (relacao) dos elementos, com os elementos Considerando o conjunto de pares ordenados de x , teremos uma relacao entre os elementos de e de ou, simplesmente, relacao binaria de em . [ 1 ] Para cada elemento do dominio, existira um unico correspondente no contradominio, esse correspondente e conhecido como imagem . De acordo com suas caracteristicas, as funcoes sao agrupadas em varias categorias, entre as principais temos: funcao trigonometrica , funcao afim (ou funcao polinomial do 1° grau) , funcao modular , funcao quadratica (ou funcao polinomial do 2° grau), funcao exponencial , funcao logaritmica , funcao polinomial , dentre inumeras outras. [ 2 ] [ 3 ] [ 1 ]

Conceito [ editar | editar codigo-fonte ]

As funcoes sao definidas por relacionar constantes e variaveis para descrever fenomenos naturais e tecnologicos, estudadas em diversas areas do conhecimento. [ 4 ] Deve-se notar que as palavras "funcao", "mapeamento", "mapa" e "transformacao" sao geralmente usadas como termos equivalentes. Muitas leis cientificas e muitos principios de Engenharia descrevem funcao como uma quantidade dependendo de outra. Em 1673, essa ideia foi formaliza por Leibniz, quando cunhou o termo para indicar a dependencia de uma quantidade em relacao a uma outra. [ 5 ] Alem disso pode-se ocasionalmente se referir a funcoes como "funcoes bem definidas" ou "funcoes totais". O conceito de uma funcao e uma generalizacao da nocao comum de formula matematica . As funcoes descrevem relacoes matematicas especiais entre dois elementos. Intuitivamente, uma funcao e uma maneira de associar a cada valor do argumento (as vezes denominado variavel independente ) a um unico valor da funcao (tambem conhecido como variavel dependente ). Isto pode ser feito atraves de uma equacao , um relacionamento grafico , diagramas representando os dois conjuntos, uma regra de associacao, uma tabela de correspondencia, etc... Muitas vezes, e util associar cada par de elementos relacionados pela funcao com um ponto em um espaco adequado (por exemplo, no espaco geometricamente representado no plano cartesiano ). Neste caso, a exigencia de unicidade da imagem (valor da funcao) implica um unico ponto para cada entrada (valor do argumento). [ 1 ] [ 6 ] [ 7 ]

Assim como a nocao intuitiva de funcoes nao se limita a calculos usando numeros individuais, a nocao matematica de funcoes nao se limita a calculos e nem mesmo a situacoes que envolvam numeros. De forma geral, uma funcao liga um dominio (conjunto de valores de entrada) com um segundo conjunto, o contradominio (conjunto de valores de saida), de tal forma que a cada elemento do dominio esta associado exatamente um elemento do contradominio. O conjunto dos elementos do contradominio para os quais existe pelo menos um no dominio tal que (i.e., se relaciona com ), e o conjunto imagem ou chamado simplesmente de imagem da funcao. [ 7 ]

Definicao formal [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Se uma variavel depende de uma variavel de tal modo que cada valor de determina exatamente um valor de , entao dizemos que e uma funcao de [ 5 ]
  • Uma funcao e uma regra que associa uma unica saida a cada entrada. Se a entrada for denotada por , entao a saida e denotada por . [ 5 ]
  • Sejam dados os conjuntos uma relacao e o conjunto dos pares ordenados Dizemos que e uma funcao se, e somente se, para todos com temos Ou, em outras palavras, para todo existe no maximo um tal que se relaciona com [ 1 ] Assim sendo, escrevemos quando se relaciona com por O conjunto e chamado de conjunto de partida e e chamado de contradominio da funcao Outra maneira de dizer isto e afirmar que e uma relacao binaria entre os dois conjuntos tal que e univoca, i.e. se e entao Algumas vezes, na definicao de funcao, impoe-se que todo o elemento do conjunto se relaciona com algum elemento de

Exemplos [ editar | editar codigo-fonte ]

Vejamos as seguintes relacoes

Esta nao e uma funcao, pois o elemento e associado (se relaciona) com dois elementos a saber com Esta e, entretanto, um exemplo das chamadas funcoes multivaloradas .
Este e um exemplo de uma funcao dita parcial ( funcao parcial ), pois ha pelo menos um elemento no conjunto de partida, a saber que nao se relaciona com nenhum elemento do contradominio (conjunto ).
Este e um exemplo de uma funcao dita discreta (veja, funcao discreta ). Sua lei de correspondencia pode ser escrita da seguinte forma:

Exemplo de aplicacao [ editar | editar codigo-fonte ]

Podemos usar uma funcao para modelar o numero de individuos em uma populacao de acordo com o tempo ( modelos de crescimento demografico ). Por exemplo, denotando o tempo por e o numero de individuos em um dado tempo por escrevemos Assim, temos abstratamente modelado o numero de individuos (variavel dependente) em funcao do tempo ( variavel independente ). Aqui, o nome da funcao foi arbitrariamente escolhido como o conjunto de partida e o conjunto dos numeros reais nao negativos (assumindo que o tempo e continuo e nao negativo) e o contradominio e o conjunto dos numeros naturais (assumindo que o numero de individuos e sempre um numero inteiro nao negativo).

Elementos de uma funcao [ editar | editar codigo-fonte ]

Da definicao, temos que uma funcao tem um nome, um conjunto de partida, um contradominio (conjunto de chegada) e uma lei de correspondencia. Por exemplo, denotamos onde e o nome da funcao, e seu conjunto de partida, e seu contradominio e denota sua lei de correspondencia.

Em muitos casos, nem todos os elementos do conjunto de partida se relacionam com algum elemento do contradominio. Aqueles que se relacionam sao elementos do chamado dominio da funcao . Mais precisamente, o dominio de uma funcao e o conjunto:

Tambem, geralmente, nem todos os elementos do contradominio se relacionam com algum elemento do conjunto de partida. Aqueles que se relacionam sao elementos da chamada imagem da funcao . A imagem de uma funcao e o conjunto:

Exemplo [ editar | editar codigo-fonte ]

Seja onde o conjunto de partida e dada por e o contradominio por Pela lei de correspondencia, vemos que, neste caso, e Veja a ilustracao.

Representacao em diagrama de Venn da funcao A imagem de esta delineada por uma linha tracejada.

Grafico de uma funcao [ editar | editar codigo-fonte ]

Esboco do grafico de uma funcao arbitraria de uma variavel com representacao do par ordenado
Ver artigo principal: Graficos de funcao

O grafico de uma funcao e o conjunto:

e o conjunto dos pares ordenados tal que

Quando possivel, usualmente fazemos uma representacao geometrica do grafico da funcao. Tal representacao e usualmente chamada de esboco do grafico da funcao (ou, simplesmente grafico, quando subentendido).

Popularmente, temos os graficos de funcoes de uma variavel, para as quais seu esboco e dado pelo conjunto de pontos no plano cartesiano (veja a ilustracao). Neste caso, usualmente as variaveis independentes sao chamadas de abcissas e marcadas sobre o eixo horizontal (chamado de eixo das abcissas). As variaveis dependentes sao chamadas de ordenadas e marcadas sobre o eixo vertical (chamado de eixo das ordenadas).

Classificacao quanto a imagem [ editar | editar codigo-fonte ]

Funcoes sao usualmente classificadas quanto a sua imagem como: funcoes injetoras , funcoes sobrejetoras e funcoes bijetoras . Seja dada a funcao Por definicao, e injetora (ou injetiva) se, e somente se, para todos temos A funcao e dita sobrejetora (ou sobrejetiva) quando Por fim, uma funcao injetora e sobrejetora e dita ser bijetora (ou bijetiva). Veja a seguinte tabela.

Tipo de funcao Caracteristica da funcao Conjunto imagem Explicacao visual Exemplo Admite funcao inversa ? E inversivel?
Injetora ou injetiva Cada elemento da imagem esta associado a apenas um elemento do dominio, isto e, quando no dominio tem-se no contradominio. Pode haver elementos do contradominio que nao pertencam a imagem da funcao.
A funcao dada por , e injetiva porque numeros distintos possuem dobros distintos. Nem sempre, mas sempre admite inversa a esquerda.
Sobrejetora ou sobrejetiva Todos os elementos do contradominio estao associados a algum elemento do dominio. O conjunto imagem e igual ao conjunto contradominio
A funcao , e sobrejetiva. Nem sempre, mas sempre admite inversa a direita.
Bijetora ou bijetiva Sao ao mesmo tempo sobrejetoras e injetoras, isto e, cada elemento do dominio esta associado a um unico elemento do contradominio e vice-versa. O conjunto imagem e igual ao conjunto contradominio
A funcao , e bijetiva. Sim.

Funcoes implicitas e explicitas [ editar | editar codigo-fonte ]

Dizemos que uma funcao e definida de forma explicita (funcao explicita) quando seus valores podem ser expressados pela variavel independente i.e., quando temos uma relacao da forma Por outro lado, dizemos que uma tal funcao e definida de forma implicita (funcao implicita) quando a relacao entre as variaveis dependente e independente e dada como onde denota uma expressao envolvendo e [ 8 ]

Exemplo [ editar | editar codigo-fonte ]

Seja dada por Isto e, a funcao que toma dois valores reais e os associa ao produto entre eles. Trata-se de uma funcao explicita. Agora, a equacao define implicitamente a funcao que associa um numero real nao nulo ao seu inverso. Ou seja, tal funcao esta, aqui, definida implicitamente por Notamos que neste caso em particular, podemos definir a funcao de forma explicita, escrevendo

Composicao de funcoes [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Composicao de funcoes

Dadas uma funcao e uma funcao com definimos a funcao composta de com por Analogamente, quando tambem podemos definir a funcao composta de com dada por [ 1 ]

Exemplo [ editar | editar codigo-fonte ]

Considere as seguintes funcoes e dada por:

e

Notamos que e, portanto, podemos definir a funcao composta por:

Tambem, como temos a composicao dada por:

Outras classificacoes [ editar | editar codigo-fonte ]

Funcoes sao classificadas quanto a uma series de propriedades (caracteristicas) alem das ja mencionadas. Alguns desses tipos de funcoes sao listados a seguir.

Historia [ editar | editar codigo-fonte ]

O conceito matematico de funcao emergiu no seculo XVII em conexao com o desenvolvimento do Calculo . [ 9 ] [ 10 ] O termo "funcao" foi introduzido por Gottfried Leibniz em uma de suas cartas, datada de 1673, na qual ele descreve a declividade de uma curva em um ponto especifico. [ 11 ] Na antiguidade, embora nao se conheca o uso explicito de funcoes, tal conceito pode ser observado em alguns trabalhos percursores de filosofos e matematicos medievais, como Oresme . [ 12 ]

Matematicos do seculo XVII tratavam por funcoes aquelas definidas por expressoes analiticas . [ 13 ] Foi durante os desenvolvimentos rigorosos da Analise Matematica por Weierstrass e outros, a reformulacao da Geometria em termos da analise e a invencao da Teoria dos Conjuntos por Cantor, que se chegou ao conceito moderno e geral de uma funcao como um mapeamento univoco de um conjunto em outro. Nao ha consenso sobre a quem se deva os creditos da nocao moderna de funcao, sendo cotada os matematicos Nikolai Lobachevsky , Peter Gustav Lejeune Dirichlet e Dedekind . [ 14 ] [ 15 ] [ 16 ]

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

Referencias

  1. a b c d e Iezzi, Gelson (1977). Fundamentos de Matematica Elementar: conjuntos e funcoes . Sao Paulo: Atual. pp. 73?74A, 179A?180A  
  2. STEWART, James. Calculo Vol. I - 4ª edicao. Sao Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. Pagina 12.
  3. FRANK AYRES, Philip A. Schmidt. Matematica para Ensino Superior - 3ª edicao. Sao Paulo: Editora Artmed, 2003. Pagina 16.
  4. Nachtigall, Cicero; Molter, Alexandre; Zahn, Mauricio (2021). Conjunto e Funcoes: Com aplicacoes . Sao Paulo: Edgard Blucher  
  5. a b c Anton, Howard; Bivens, Irl; Davis, Srephen (2014). Calculo: Volume I . Porto Alegre: Bookman  
  6. STEWART, James. Calculo Vol. I - 4ª edicao. Sao Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
  7. a b FRANK AYRES, Philip A. Schmidt. Matematica para Ensino Superior - 3ª edicao. Sao Paulo: Editora Artmed, 2003.
  8. Bronshtein, I.N. (2007). Handbook of Mathematics . Berlin: Springer. 120 paginas  
  9. "The emergence of a notion of function as an individualized mathematical entity can be traced to the beginnings of infinitesimal calculus". ( Ponte 1992 )
  10. Kleiner, Israel (2009). ≪Evolution of the Function Concept: A Brief Survey≫. In: Marlow Anderson; Victor Katz; Robin Wilson. Who Gave You the Epsilon?: And Other Tales of Mathematical History . [S.l.]: MAA. pp. 14?26. ISBN   978-0-88385-569-0  
  11. Eves dates Leibniz's first use to the year 1694 and also similarly relates the usage to "as a term to denote any quantity connected with a curve, such as the coordinates of a point on the curve, the slope of the curve, and so on" ( Eves 1990 , p. 234).
  12. "...although we do not find in [the mathematicians of Ancient Greece] the idea of functional dependence distinguished in explicit form as a comparatively independent object of study, nevertheless one cannot help noticing the large stock of functional correspondences they studied." ( Medvedev 1991 )
  13. N. Bourbaki (18 de setembro de 2003). Elements of Mathematics Functions of a Real Variable: Elementary Theory . [S.l.]: Springer Science & Business Media. pp. 154?. ISBN   978-3-540-65340-0  
  14. "On the vanishing of trigonometric series," 1834 ( Lobachevsky 1951 ).
  15. Uber die Darstellung ganz willkurlicher Funktionen durch Sinus- und Cosinusreihen," 1837 ( Dirichlet 1889 ).
  16. "By a mapping φ of a set S we understand a law that assigns to each element s of S a uniquely determined object called the image of s , denoted as φ( s ). Dedekind 1995

Bibliografia [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Avila, Geraldo Severo de Souza. (2005). Analise matematica para licenciatura . Sao Paulo. Edgard Blucher. ISBN 85-212-0371-3 .
  • Barboni, Ayrton; Paulette, Walter. (2007). Fundamentos de Matematica: Calculo e Analise . Editora LTC. ISBN 978-85-216-1546-0 .
  • Iezzi, G; Murakami, C.. (2013). Fundamentos de Matematica Elementar: Conjuntos e Funcoes . vol. 1, 9. ed., Atual Editora:Sao Paulo. ISBN 9788535716801 .