Felipe Daudt de Oliveira

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Felipe Daudt de Oliveira
Felipe Daudt de Oliveira
Nascimento 23 de agosto de 1890
Santa Maria , Rio Grande do Sul , Brasil
Morte 17 de fevereiro de 1933  (42 anos)
Paris , Franca
Cidadania Brasil
Ocupacao jornalista , escritor , poeta
Causa da morte acidente rodoviario

Felippe Daudt Alves de Oliveira ( Santa Maria , 23 de agosto de 1890 ? Paris , 17 de fevereiro de 1933 ) foi um poeta , jornalista , farmaceutico , empresario , esportista e escritor brasileiro .

Filho do bacharel pernambucano Filipe Alves de Oliveira e de Maria Adelaide Daudt, seu pai, ex-juiz municipal, foi assassinado em conflitos politicos da cidade, antes de seu nascimento. [ 1 ] Seu tio, Joao Daudt Filho , auxiliou na sua educacao, e o iniciou no mundo dos negocios. [ 1 ] Em 1908 , formou-se farmaceutico , pela Faculdade Livre de Medicina e Farmacia , em Porto Alegre e passou a auxiliar o tio, na Daudt, Oliveira & Cia. , que se transferiu para o Rio de Janeiro . [ 1 ]

Na epoca, colaborava para varios periodicos, entre os quais, o jornal Correio do Povo , Revista Fon-Fon (publicando com seu proprio nome ou com o pseudonimo Gavarni ) e Gazeta de Noticias . Tambem ja integrava o Grupo dos Sete , difusor do Simbolismo no Rio Grande do Sul . Seu primeiro livro de poesia, Vida Extinta , foi publicado em 1911 ; o segundo, Lanterna Verde saiu apenas em 1926 . Escreveu tambem para a revista Ilustracao Brasileira , publicada por seu amigo Alvaro Moreyra . [ 1 ]

Em 1930 integrou o grupo Triade Indissoluvel , com seu irmao Joao Daudt de Oliveira e com Joao Neves da Fontoura , no trabalho para a vitoria da Alianca Liberal . Tem o seu poema Magnificat citado, em virtude do sentimento de continentalidade americana, na conferencia Poesia Modernissima do Brasil , pronunciada na Faculdade de Letras de Coimbra pelo professor da Cadeira de Estudos Brasileiros, Dr. Manuel de Sousa Pinto. Esta conferencia foi publicada no Jornal do Commercio , Rio de Janeiro, domingo, 11 de janeiro de 1931, pagina 3.

Em 1932 , apoiou a Revolucao Constitucionalista , mesmo estando no Rio de Janeiro, pelo qual foi frequentemente procurado pela policia , sem sucesso. [ 1 ] Em 12 de outubro , apos ter se asilado em uma embaixada , foi para o exilio na Franca . [ 1 ]

No Brasil foram publicada suas obras Alguns Poemas (1937) e a obra em prosa Livro Postumo (1938). Sua obra poetica foi influenciada, nos primeiros anos, pela estetica simbolista e, a partir de 1926, passou a incorporar elementos das vanguardas modernistas . Sofreu a influencia da poesia de Baudelaire , Cesario Verde , Cruz e Sousa , Gabriele d'Annunzio , Maeterlink e Marcelo Gama .

Conviveu com Agripino Grieco, Alvaro Moreyra , Antonio Barreto, Carlos de Azevedo, Eduardo Guimaraens , Francisco Barreto, Guilherme de Almeida , Homero Prates , Paulo da Silveira, Ronald de Carvalho , Teixeira Soares, Villa-Lobos . E patrono da cadeira 37 da Academia Rio-Grandense de Letras .

Esportista, fundou a Federacao Carioca de Esgrima , remodelou o Clube de Regatas Guanabara . [ 1 ]

Faleceu, vitima de um acidente de carro, na estrada de Auxerre , proxima a Paris. [ 1 ] Em sua homenagem, foi batizada uma rua de Porto Alegre (no bairro Petropolis ), outra no Rio de Janeiro (no bairro Copacabana ) e outra em Sao Paulo. Em Santa Maria, alem de ser nome de rua [ 2 ] , foi lhe erguida uma estatua, de Vitor Brecheret . [ 1 ]

Referencias

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