Exercito

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  Nota: Para uma grande unidade militar composta por varios corpos de exercito, veja Exercito (unidade) .
Soldados de infantaria britanicos da Grenadier Guards .
Arma blindada: carro de Combate Leopard 2 do Exercito Alemao.
Cavalaria: soldados a cavalo do Exercito Argentino.
Infantaria: soldados do Exercito dos EUA.
Tropas aerotransportadas: lancamento de paraquedistas do Exercito Frances.
Tropas cerimoniais: soldados dos regulares mouros do Exercito Espanhol com farda de gala.
Escolas militares: cadetes do Exercito Brasileiro.
Artilharia de campanha: disparo de um obus do Exercito Canadense.
Engenharia: trator blindado de engenharia do Exercito Britanico.
Servicos de saude militar: ambulancia blindada do Exercito Suico.
Soldadas do exercito peruano . A partir do final do seculo XX mais paises comecaram a aceitar mulheres em seus exercitos, incluindo em unidades de combate.
Artilharia antiaerea: misseis SA-6 de defesa antiaerea do Exercito da Russia .
Aviacao ligeira: helicoptero Gazelle do Exercito Frances.
Tropas de guerra NBQ: soldados do Exercito Frances equipados para a guerra quimica.
Policia militar: soldados da policia militar do Exercito dos EUA.
Tropas logisticas: veiculo HEMTT de transporte de contentores do Exercito dos EUA.

O exercito e a componente terrestre das forcas armadas da maioria dos paises, em contraste com as suas componentes naval ( marinha ) e aerea ( forca aerea ).

O termo exercito tambem pode ser usado para se referir a uma fracao de um exercito nacional, referindo-se a uma grande unidade militar , que agrupa normalmente varios corpos de exercito .

Historia [ editar | editar codigo-fonte ]

Esparta [ editar | editar codigo-fonte ]

O Exercito de Esparta foi um dos primeiros exercitos profissionais conhecidos da Historia. Aos sete anos de idade, os rapazes espartanos eram enviados para um aquartelamento para receberem a instrucao militar necessaria para se tornarem soldados. Com a idade de 30 anos, podiam deixar o aquartelamento para casar e criar familia. A partir de entao, os homens espartanos dedicavam a sua vida a atividade militar ate de reformarem aos 60 anos.

Ao contrario de outras civilizacoes, cujos exercitos eram desmobilizados durante as epocas das sementeiras e das colheitas , isto nao acontecia em Esparta , uma vez que o trabalho manual era totalmente realizado pelos servos ( helotas ). Isto permitia a Esparta manter um exercito permanente, capaz de entrar em campanha durante todo o ano.

O Exercito Espartano era maioritariamente composto por hoplitas , com todos eles equipado com armas e armaduras padronizadas, praticamente identicas umas das outras. Cada hoplita ostentava o emblema de Esparta e um uniforme escarlate. O equipamento principal individual consistia num escudo redondo , numa lanca e num elmo .

Antiga Roma [ editar | editar codigo-fonte ]

O Exercito Romano teve as suas origens no exercito miliciano da epoca da Republica , o qual era composto por cidadaos que prestavam servico militar obrigatorio a Roma . Por volta de 115 a.C. , foram realizadas reformas no Exercito Romano que o tornaram numa organizacao profissional, ainda composta por cidadaos, mas agora voluntarios que serviam durante 25 anos antes de serem desmobilizados. [ 1 ]

Os Romanos tambem se destacaram por utilizarem tropas auxiliares, compostas por nao Romanos, que serviam ao lado e complementavam as legioes , assumindo funcoes nas quais as tropas romanas nao eram tao eficazes, como as de infantaria ligeira e de cavalaria pesada. Depois de servirem com o Exercito Romano, os membros das tropas auxiliares e os seus filhos eram feitos cidadaos romanos. Tambem lhes eram oferecidos dinheiro e terras para colonizarem. No Imperio Romano tardio, as tropas auxiliares e os mercenarios estrangeiros tornaram-se no nucleo do Exercito Romano. Por essa altura, varias tribos Germanicas como as dos Visigodos eram pagas para servirem Roma como mercenarios.

Europa medieval [ editar | editar codigo-fonte ]

Na Europa medieval , era obrigacao de um nobre responder ao apelo do seu suserano para a guerra, levando consigo o seu proprio equipamento e um contingente de tropas. Os exercitos medievais ou hostes eram assim agrupamentos heterogeneos de varios contingentes de tropas senhoriais, tanto dos vassalos como dos respetivos suseranos, os quais podiam apresentar graus diversos de instrucao, equipamento e organizacao. Quantos mais recursos tinha um nobre, melhores seriam as suas tropas. Este sistema descentralizado refletia a ordem social do feudalismo em vigor na epoca.

Os cavaleiros medievais eram mobilizados para a guerra tanto por obrigacao feudal e social, como pela perspetiva de lucro e promocao. Aqueles que se portassem bem em combate tinham uma grande hipotese de aumentar os seus senhorios e de progredir na hierarquia social. Para o cavaleiro, era tambem importante a perspetiva de obter ganhos com as pilhagens e com o resgate de prisioneiros de guerra. Para o cavaleiro nobre, a guerra poderia ser assim uma atividade de baixo risco relativo.

Com o fortalecimento do poder central dos reinos e outros estados da Europa, iniciou-se um retorno aos exercitos de cidadaos da epoca classica . Estes eram agora constituidos maioritariamente por levas de camponeses recrutados diretamente pelo poder central, bem como por viloes que eram obrigados a prestar servicos militares como o fossado . Posteriormente, foram introduzidos impostos como a fossadeira , cujo pagamento era feito em troca da remissao ao servico militar. O dinheiro que os estados obtinham com estes impostos comecou a servir para o pagamento de soldados profissionais e mesmo de mercenarios . A maioria dos exercitos europeus da Baixa Idade Media eram ja constituidos por importantes contingentes de soldados pagos, existindo ja um desenvolvido mercado de mercenarios no seculo XII .

A medida que a epoca medieval progredia, as cidades-estado da Italia comecaram a depender cada vez mais de tropas mercenarias para combater as suas guerras, do que das milicias que anteriormente eram preponderantes na regiao. As tropas mercenarias consistiam em grupos de soldados de carreira, aos quais deveria ser pago um valor previamente acordado para combaterem numa campanha. Os mercenarios eram normalmente soldados bastante eficientes. No entanto, o facto de precisarem de combater para ser pagos, tornava-os menos confiaveis do que os exercitos permanentes. Os mercenarios acabaram por dominar os exercitos das cidades italianas, levando a guerras entre forcas mercenarias, com campanhas nas quais a manobra era quase tao importante como a combate, provocando um relativamente reduzido derramamento de sangue.

Inicio da epoca moderna [ editar | editar codigo-fonte ]

Os primeiros estados-nacao nao dispunham dos fundos necessarios para manter exercitos permanentes. Tendiam assim a recrutar mercenarios que serviam nos seus exercitos apenas durante os periodos de guerra. Estes mercenarios tinham normalmente origem em homens de armas dispensados dos exercitos nos finais dos conflitos, quando ja nao eram necessarios pelos seus estados. Os soldados veteranos tinham assim que procurar outras formas de emprego, tornando-se mercenarios. Os mercenarios agrupavam-se normalmente em companhias livres que se especializavam em tecnicas de combate que obrigavam longos periodos de instrucao militar que nao estava disponivel para as milicias mobilizadas apenas por periodos limitados.

Em meados do seculo XVII , a maioria dos exercitos europeus era constituida por unidades mercenarias. Contudo, depois do seculo XVII, a maioria dos estados comecou a investir em exercitos permanentes, mais disciplinados e politicamente mais confiaveis. Durante algum tempo, os mercenarios foram mantidos como instrutores e administradores militares, mas posteriormente mesmo estas funcoes foram assumidas pelos estados.

Os novos exercitos nacionais permanentes tornaram-se forcas cada vez maiores que necessitavam de um largo contingente de administradores. Os estados centralizados foram assim obrigados a estabelecer complexas organizacoes burocraticas para administrarem os seus cada vez mais vastos exercitos. Alguns historiadores defendem que isto foi a base do moderno estado burocratico. Os custos com estes exercitos aumentaram tambem, obrigando ao aumento e a criacao de novos impostos, os quais provocaram revoltas e conflitos civis em varios paises da Europa, como foram os casos da Fronda na Franca e da Guerra Civil Inglesa .

Em muitos paises, a resolucao destes conflitos consistiu na ascensao da monarquia absoluta . Apenas na Inglaterra e Paises Baixos , prevaleceram formas de governo representativo como alternativas a monarquia absoluta. A partir do final do seculo XVII, encontraram uma alternativa ao aumento de impostos para financiar as guerras, a qual consistia na obtencao de emprestimos a longo prazo, com baixas taxas de juro, obtidos junto de instituicoes bancarias. O primeiro estado a aprimorar-se neste processo foram as Provincias Unidas dos Paises Baixos .

Estas transformacoes nos exercitos da Europa tiveram um grande impacto social. A defesa do estado deixou de estar a cargo dos aristocratas e passou a estar a cargo do homem comum. Contudo, os aristocratas continuaram a monopolizar o corpo de oficiais de quase todos os exercitos, incluindo os seus altos comandos. Este facto, impedia o sucesso de quase todas as revoltas que nao fossem patrocinadas ou apoiadas pelas classes nobres. Os novos exercitos, uma vez que eram bastante dispendiosos, estavam muito dependentes das contribuicoes e impostos cobrados as classes comerciais, que comecaram assim a exigir e a obter um papel mais importante na sociedade. O grande poderio financeiro dos homens de negocio dos Paises Baixos e Inglaterra permitia, por exemplo, que estes paises pudessem manter forcas militares tao ou mais poderosas que as de outros estados bastante maiores que aqueles.

Como qualquer homem poderia ser rapidamente instruido no uso de um mosquete , tornou-se mais facil a criacao de exercitos maiores. Por outro lado, a falta de precisao das armas de fogo da epoca obrigava a formacoes macicas de atiradores. Estes fatores levaram ao rapido crescimento do tamanho dos exercitos. Pela primeira vez na historia, enormes massas da populacao podiam entrar em combate e ja nao apenas uma minoria de profissionais altamente especializados.

Existem opinioes que defendem que a mobilizacao macica de homens por todo o territorio das nacoes, integrando-os numa corporacao organizada, contribuiu largamente para as unidades nacionais e o sentimento de patriotismo. Tera sido durante este periodo que nasceu a nocao moderna de estado-nacao . Isto, contudo, so se tornou aparente depois das guerras revolucionarias francesas . Por esta altura, a levee en masse (levantamento em massa) e a conscricao tornar-se-iam no paradigma da guerra moderna.

Contudo, antes disso, na realidade muitos exercitos nacionais eram compostos por soldados de diversas nacionalidades. Por exemplo, na Espanha , os soldados eram recrutados nos territorios espanhois da Europa, incluindo os da propria Espanha, Italia, Valonia e Alemanha . A Franca recrutava soldados na Alemanha, Suica e Piemonte . A Gra-Bretanha recrutava tropas no Hesse e Hanover . Muitos catolicos irlandeses e suicos fizeram carreiras militares ao servico dos exercitos de diversos estados catolicos da Europa.

Epoca contemporanea [ editar | editar codigo-fonte ]

A conscricao permitiu a Franca revolucionaria formar o exercito de massas - referido por Napoleao Bonaparte como "a nacao em armas" - que conseguiu bater com sucesso os exercitos profissionais europeus.

O existencia de conscricao - especialmente quando os soldados conscritos sao enviados para campanhas exteriores, contra inimigos que nao ameacam diretamente o territorio nacional - tem sido historicamente politicamente contenciosa, especialmente em regimes democraticos. Exemplos, foram as disputas politicas no Canada quando foi decidida a conscricao durante a Segunda Guerra Mundial e os protestos macicos nos Estados Unidos contra a conscricao para a Guerra do Vietname .

A conscricao foi abolida depois do final da Guerra Fria em grande parte dos paises ocidentais. Na maior parte dos paises desenvolvidos da atualidade, a crescente enfase na tecnologia militar e em forcas altamente treinadas, bem como a pouca probabilidade de uma agressao militar convencional por outros paises tecnologicamente desenvolvidos torna pouco provavel o retorno da conscricao num futuro proximo.

Exercitos de conscritos sao, no entanto, ainda mantidos por muitos paises, sobretudo da Europa de Leste , da America Latina , do Norte de Africa e do Medio Oriente . O Exercito Suico mantem-se ainda como um raro exercito de cidadaos.

Organizacao [ editar | editar codigo-fonte ]

Os exercitos possuem, normalmente, uma organizacao horizontal por especialidades denominadas "armas" e "servicos", e uma organizacao vertical por unidades de diversos escaloes.

Armas e servicos [ editar | editar codigo-fonte ]

Normalmente os exercitos englobam especialidades denominadas "armas" se sao combatentes, e "servicos" se sao de apoio logistico. Em alguns exercitos, as armas dividem-se em armas de combate (infantaria, cavalaria, etc.) e armas de apoio de combate (artilharia, engenharia, etc.).

Conforme a sua funcao, os militares e as unidades dos exercitos sao englobadas numa dessas armas ou servicos. Normalmente, sao os seguintes:

Unidades [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Unidade militar

Em termos de organizacao vertical os exercitos englobam unidades de varios escaloes. As unidades especializadas numa unica arma ou servico sao conhecidas por "pequenas unidades". As unidades de escalao superior que englobam varias pequenas unidades de armas e servicos diferentes sao chamadas "grandes unidades", sendo normalmente comandadas por oficiais generais.

Tradicionalmente, em ordem crescente, os diversos escaloes das unidades do Exercito sao os seguintes:

  • Esquadra - unidade basica comandada por um cabo, composta por quatro a oito elementos. Em alguns tipos de unidades e chamada "equipa";
  • Seccao / secao - fracao comandada por um sargento, composta por duas ou tres esquadras. Em algumas unidades do Exercito Brasileiro e chamada " grupo de combate ";
  • Pelotao - a menor unidade de comando de oficial (normalmente alferes ou tenente), composta por duas ou tres seccoes / secoes. Em algumas unidades do Exercito Portugues e chamado grupo de combate;
  • Companhia - unidade sob comando de um capitao, constituida por diversos pelotoes. Tradicionalmente, na cavalaria e chamada " esquadrao " e na artilharia " bateria ";
  • Batalhao - a menor unidade comandada por um oficial superior (normalmente major ou tenente-coronel), composta por diversas companhias. Em algumas armas e servicos adopta a designacao de " grupo " ou "regimento";
  • Regimento - tradicionalmente, a pequena unidade de maior escalao, comandada por um coronel e incorporando varios batalhoes. Ate ao seculo XVIII , a unidade equivalente era designada " terco ", nos exercitos ibericos . Nos exercitos revolucionarios franceses, o regimento passou a ser designado " meia-brigada ". Atualmente, na maioria dos exercitos deixou de ser uma unidade operacional, mantendo-se apenas em alguns como unidade administrativa. Com a extincao deste escalao, alguns exercitos, por motivos de tradicao, passaram a chamar "regimento" as unidades de escalao batalhao de todas ou algumas armas, como e o caso da cavalaria no Exercito Brasileiro;
  • Brigada - tradicionalmente, a grande unidade de menor escalao sob comando de um oficial general. Antigamente, era composta por varios regimentos, mas atualmente as suas subunidades maiores sao de escalao batalhao;
  • Divisao - agrupamento de varias brigadas, mais unidades de apoio divisionario, totalizando entre 10 mil e 25 mil efectivos;
  • Corpo de exercito - agrupamento de varias divisoes, mais unidades de apoio de corpo de Exercito, com um efectivo entre 20 mil e 80 mil militares;
  • Exercito - agrupamento de varios corpos de exercito, com mais de 200 mil efetivos. Antigamente, era a denominacao generica de uma grande unidade em operacoes, sob o comando de um oficial general. No Brasil, era denominado "exercito" um comando territorial agrupando varias regioes militares;
  • Grupo de exercitos - agrupamento de varios exercitos, com mais de 700 mil militares.

Muitas vezes sao constituidas unidades provisorias de escalao variavel que sao conhecidas por " destacamentos ", " agrupamentos / grupamentos ", " patrulhas ", "forcas", etc..

Hierarquia do exercito [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Hierarquia militar

O pessoal dos exercitos, de acordo com o seu nivel de formacao e o grau do comando exercido, divide-se em tres grandes escaloes hierarquicos: oficiais, sargentos e pracas. Em alguns paises, como e o caso do Brasil, os sargentos sao incluidos na classe das pracas, sendo subdividida em circulos hierarquicos dos sargentos, dos cabos e soldados. A categoria dos oficiais subdivide-se entre oficiais subalternos, capitaes ou intermediarios, superiores e generais.

Oficiais [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Oficial (militar)

Atualmente, na maioria dos exercitos, os oficiais sao os militares com formacao superior com as maiores responsabilidades em termos de comando. Os oficiais especializam-se numa arma ou servico, exercendo as suas funcoes nessa especialidade. A subcategoria ou circulo mais elevado dos oficiais e o dos generais, que alem da formacao base na sua arma de origem, recebem uma formacao em altos estudos militares que lhes permite exercer o comando de grandes unidades de todas as armas e servicos.

Os diversos graus hierarquicos de oficiais do exercito sao os seguintes:

Oficiais generais [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Generalissimo - titulo atribuido em alguns paises aos chefes-de-estado, quando militares, ou aos comandantes-chefes do Exercito;
  • Marechal-general - posto reservado ao comandante-chefe do Exercito Portugues , durante o final do seculo XVIII e o inicio do XIX. Ate 1762 foi chamado " capitao-general ". Na monarquia constitucional tornou-se o posto privativo do Rei, na sua funcao de comandante supremo do Exercito;
  • Marechal do Exercito - dignidade honorifica atribuido a generais de grande destaque. No Brasil ja foi uma patente e agora somente existe em casos de guerra com o titulo de marechal ;
  • Coronel-general - posto antigo no Brasil e atualmente existente apenas em alguns paises, responsavel pelo comando de um Exercito ou grupo de exercitos. Noutros paises da-se o titulo de coronel-general aos oficiais generais que exercem o comando honorario de uma arma ou corpo militar (ex.: coronel-general da Cavalaria, coronel-general da Policia Militar);
  • General ou general de exercito - oficial general responsavel pelo comando de uma grande unidade superior a Divisao. Antigamente era o comandante de uma arma especifica (ex.: general de infantaria). No Exercito Portugues, atualmente, o posto de general esta reservado ao chefe do Estado-Maior do Exercito e ao Chefe do Estado-Maior General das Forcas Armadas . No Brasil , existem varios generais de exercito que exercem diversos altos comandos;
  • Tenente-general ou general de divisao - general responsavel pelo comando de uma divisao ou comando militar equivalente. Ate ao seculo XVIII, o posto denominava-se " mestre de campo general ";
  • Major-general ou general de brigada - general responsavel pelo comando de uma brigada . Ate 1762, o posto chamava-se sargento-mor de batalha . Entre 1762 e 1864 , o posto chamou-se " marechal de campo ". Passou depois a chamar-se "major-general" e posteriormente "general de brigada". Em Portugal , o posto foi extinto em 1911 e restaurado em 1937 com a denominacao de "brigadeiro". Em 1999 , passou novamente a designacao de "major-general";
  • Brigadeiro-general ou brigadeiro - posto intermedio entre o de oficial general e oficial superior, antigamente responsavel ao mesmo tempo pelo comando de uma brigada e por um dos regimentos seus componentes. Em Portugal, o posto foi extinto em 1863 e reintroduzido com as mesmas caracteristicas no periodo de 1929 a 1937. Entre 1937 e 1999, utilizou-se o termo "brigadeiro" para designar o general de brigada. Neste pais, brigadeiro-general e, desde 1999, uma graduacao temporaria, atribuida a determinados coroneis para exercerem certos comandos especiais. No Brasil este posto nao existe atualmente.

Oficiais superiores [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Coronel tirocinado - no Exercito Portugues, e a designacao dos coroneis com o Curso Superior de Comando e Direcao, com todas as condicoes para promocao a oficial general. Em alguns outros exercitos existe o posto de coronel superior, com caracteristicas equivalentes;
  • Coronel - o mais alto posto de oficial superior, tradicionalmente comandante de um regimento. Antigamente, era chamado " mestre de campo ;
  • Tenente-coronel - oficial superior que exerce as funcoes de segundo comandante (subcomandante) de um regimento ou de comandante de um batalhao independente. Ate inicios do seculo XIX, nas Ordenancas , o posto era chamado "capitao-mor";
  • Major - segundo comandante (subcomandante) de um batalhao independente ou comandante de um batalhao integrado num regimento. Ate inicios do seculo XIX , o posto era conhecido por "sargento-mor".

Capitaes ou oficiais intermediarios [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Capitao - tradicionalmente, o comandante de uma companhia, esquadrao ou bateria.

Oficiais subalternos [ editar | editar codigo-fonte ]

Oficiais em formacao [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Tenente aluno - em Portugal e a graduacao dos alunos do ultimo ano dos cursos da Academia Militar com a duracao de sete anos;
  • Alferes aluno - em Portugal e a graduacao dos alunos do 6º ano de cursos da Academia Militar com mais de cinco anos;
  • Aspirante a oficial - militar com o curso superior completo, mas ainda em estagio numa unidade militar. Em alguns casos pode assumir o comando de um Pelotao. Em Portugal e a graduacao dos alunos do 5º ano da Academia Militar;
  • Cadete - aluno de uma escola superior militar (ex.: Academia Militar de Portugal ou Academia Militar das Agulhas Negras do Brasil). Antigamente era um jovem nobre que estagiava como Soldado num Regimento, para se tornar seu Oficial.

Sargentos [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Sargento

O escalao de sargentos corresponde a militares de carreira com uma formacao mais avancada que as pracas e que auxiliam os oficiais no exercicio do seu comando. Na atualidade os sargentos assumem uma importancia cada vez maior, exercendo o comando operacional de diversas unidades basicas. Os sargentos tambem sao conhecidos por oficiais inferiores ou suboficiais.

Sargentos superiores [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Subtenente ou suboficial - designacao da maior graduacao da categoria de sargento em alguns paises, entre os quais, o Brasil;
  • Sargento-mor - a maior graduacao da categoria de sargento em diversos exercitos. Introduzido em Portugal em 1976 ;
  • Sargento-chefe - posto introduzido em 1976, em Portugal, como o de sargento mais graduado num batalhao. No Brasil esta graduacao nao existe;
  • Sargento-ajudante - ate 1976, no Exercito Portugues, era o sargento mais graduado de um regimento ou batalhao, sendo responsavel pelo seu secretariado e assuntos do pessoal. Ocasionalmente era chamado "sargento-brigada". Em 1976 passou a ser o posto mais elevado de sargento numa companhia. No Brasil esta graduacao e honorifica, dedicada ao 1º Sargento mais antigo da unidade com comportamento excepcional e conduta ilibada. E a denominacao do sargento auxiliar do oficial responsavel pela Secao de Pessoal das unidades;
  • Sargento-quartel-mestre - durante o seculo XIX era um posto inferior ao de sargento-ajudante no Exercito Portugues, responsavel pela logistica do regimento.

Sargentos subalternos [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Primeiro-sargento - tradicionalmente o sargento superior de uma companhia. Em Portugal, atualmente e o sargento de pelotao, auxiliando o seu comandante no exercicio do comando;
  • Segundo-sargento - em Portugal, a graduacao mais basica de sargento profissional. No Brasil o sargento superior do pelotao;
  • Furriel ou terceiro-sargento - em Portugal, a graduacao de furriel corresponde aos sargentos nao profissionais (militares voluntarios, contratados, etc.). No Brasil, terceiro-sargento e o primeiro posto da categoria dos sargentos;
  • Sargento aluno - militar em formacao em Escola de Formacao de Sargentos com graduacao equivalente ao cabo.

Pracas [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Praca de pre

Os pracas sao o grupo de militares com a formacao mais basica, com poucas ou nenhumas responsabilidades de comando, sao essencialmente executantes. Os diversos postos sao os seguintes:

  • Cabo - e o militar que comanda uma Esquadra ou grupo basico de soldados. Antigamente era chamado "cabo de esquadra". Em Portugal, desde finais do sec. XIX e chamado de " primeiro-cabo ". No Brasil, em algumas especialidades militares, e chamado "taifeiro-mor";
  • Anspecada - tradicionalmente a primeira graduacao a que um soldado pode ser promovido. Em Portugal, em meados do seculo XIX passou a designar-se "segundo cabo";
  • Soldado - o mais baixo posto de militar, com a formacao completa. No Brasil, em algumas especialidades e chamado de " taifeiro ";
  • Recruta - a denominacao de uma praca que ainda esta a receber a formacao militar.

Galeria de imagens de varios exercitos do mundo [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

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Referencias

  1. Knighton, Andrew (7 de maio de 2018). ≪The Roman Army ? The Development Of One Of The Most Powerful Military Forces In The Ancient World≫ . War History Online . Consultado em 11 de marco de 2021  

Bibliografia [ editar | editar codigo-fonte ]

  • VASCONCELLOS, J.S., Principios de Defesa Militar , Rio de Janeiro: Editora Biblioteca do Exercito e Marinha do Brasil, 1939.
  • GUEDES, Correa, Prontuario de Infantaria , Lisboa, 1934

Ligacoes externas [ editar | editar codigo-fonte ]