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Elegia

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  Nota: Para outros significados, veja Elegia (desambiguacao) .
Elegia , por William Adolphe Bouguereau (1899).

Na literatura, Elegia e uma poesia triste, melancolica ou complacente, especialmente composta como musica para funeral, ou um lamento de morte.

Definicao [ editar | editar codigo-fonte ]

e Na Literatura Grega antiga o termo "elegeia" (?λεγε?α) originariamente referia-se a qualquer verso escrito em distico elegiaco cobrindo uma vasta gama de assuntos, entre eles, os epitafios para tumulos. A elegia na Literatura Latina foi mais erotico ou mitologico. Devido ao seu potencial estrutural para efeitos retoricos, o distico elegiaco foi tambem utilizada pelos poetas gregos e romanos para assuntos espirituosos, engracados e satiricos.

Modernamente, elegia e uma poesia de tom terno e triste. Geralmente e uma lamentacao pelo falecimento de um personagem publico ou um ser querido. Vale ressaltar que na elegia tambem ha digressoes moralizantes destinadas a ajudar ouvintes ou leitores a suportar momentos dificeis. Por extensao, designa toda reflexao poetica sobre a morte : a elegia, assim como a Ode , tem extensoes variadas. O que as difere e que a elegia trata de acontecimentos infelizes.

Na literatura inglesa, geralmente elegia e um lamento pelos mortos. No entanto, de acordo com The Oxford Handbook of the Elegy , "apesar de toda a sua difusao ... a 'elegia' permanece notavelmente mal definida: as vezes usada como um termo generico para denominar textos de tom sombrio ou pessimista, as vezes como para monumentalizacao textual, e as vezes estritamente como um sinal de lamento pelos mortos". [ 1 ] [ 2 ]

Historia [ editar | editar codigo-fonte ]

Na antiguidade , a elegia era uma composicao da poesia lirica monodica (ou seja, declamada pelo proprio poeta, geralmente, e acompanhada por um so instrumento musical - como a lira ; ao contrario da lirica coral, apresentada por um coro , como ou sem acompanhamento musical), aparentada a epica pela sua forma. No entanto, o metro utilizado era o distico elegiaco . Havia varios tipos de elegia, conforme seu conteudo: elegia marcial ou guerreira, elegia amorosa e hedonista, elegia moral e filosofica, elegia gnomica...

Inicialmente definida pelo metro especifico, chamado metro elegiaco, a elegia passou a designar um genero poetico que se caracterizou nao pela forma, mas pelo assunto: a tristeza dos amores interrompidos pela infidelidade ou pela morte.

A elegia surgiu na Grecia antiga , com Calino de Efeso (seculo VII a.C.), Tirteu e Mimnermo . Seus poemas eram cantos guerreiros que incitavam a luta. Calimaco , importante poeta alexandrino do seculo III a.C., foi um dos primeiros a escrever elegias no sentido do moderno termo, ou seja, como poemas liricos e tristes. Sua elegia Os cabelos de Berenice , da qual so restaram fragmentos, constituiu o primeiro modelo do genero .

Entre os romanos , o primeiro grande poeta elegiaco foi Tibulo . Seus tres livros sentimentais, muito lidos durante a Idade Media , influenciaram fortemente os poetas da Renascenca . Foram preferidos as elegias de Propercio , que inauguraram um subgenero, com poemas ardentemente eroticos. O mais importante dos elegiacos romanos foi Ovidio : os Poemas tristes e as Cartas do Ponto , que lamentavam seu exilio, se aproximam bastante das elegias modernas.

No seculo XVI, a elegia transformou-se num dos generos poeticos mais cultivados, embora ainda pouco definido. Em Portugal , o primeiro escritor de elegias foi Sa de Miranda , mas Camoes foi o principal: da edicao de 1595 de suas obras completas, constam quatro elegias, tidas pelas melhores em lingua portuguesa. Na Franca da Renascenca, destacou-se no genero Pierre de Rosnard .

Na poesia inglesa, a elegia apareceu com Astrophel , lamento funebre de Edmund Spenser . Durante quase tres seculos produziram-se, dentro desse modelo, alguns dos maiores poemas da literatura inglesa, como Lycidas , de Milton (1638), Adonais, de Shelley (1821), sobre a morte de Keats, e muitas outras. Contudo a mais famosa elegia da lingua inglesa foi Elegy Written in a Country Church Yard (1751; Elegia escrita num cemiterio da aldeia), de Thomas Gray , meditacao sobre a morte de gente humilde e anonima e uma das obras capitais do pre-romantismo europeu.

Em outras literaturas, a elegia assumiu caracteristicas pagas , como as belas e eroticas Romische Elegien (1797; Elegias romanas), de Goethe , obra prima da literatura alema . No seculo XX, a obra mais importante do genero foi sem duvida Duineser Elegien (1923; Elegias de Duino ), do poeta alemao Rainer Maria Rilke . No Brasil, o mais importante autor de elegias foi Fagundes Varela , no seculo XIX. Destacam-se ainda Cristiano Martins , Vinicius de Moraes , Cecilia Meireles (em Solombra) e Dantas Mota , no seculo XX.1

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

Referencias

  1. Weisman, Karen, ed. (2010). The Oxford Handbook of the Elegy . Col: Oxford handbooks of literature. [S.l.]: Oxford University Press. ISBN   9780199228133 . doi : 10.1093/oxfordhb/9780199228133.001.0001 . For all of its pervasiveness, however, the 'elegy' remains remarkably ill-defined: sometimes used as a catch-all to denominate texts of a somber or pessimistic tone, sometimes as a marker for textual monumentalizing, and sometimes strictly as a sign of a lament for the dead.  
  2. Klinck, Anne L. (1984). ≪The Old English Elegy as a Genre≫ . ESC: English Studies in Canada . 10 (2): 129?140. ISSN   1913-4835 . doi : 10.1353/esc.1984.0016