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Desinfetante

Origem: Wikipedia, a enciclopedia livre.
(Redirecionado de Desinfeccao )
  Nota: Nao confundir com Antissepsia . "Assepsia" redireciona para este artigo. Para outros termos, veja Termos usados em biosseguranca .

Desinfetantes sao substancias que sao aplicadas em superficies nao vivas para destruir os microrganismos que vivem nesses objetos. A desinfeccao nao mata, necessariamente, todos os microrganismos, em especial as formas esporuladas de bacterias; sendo menos eficaz que a esterilizacao, que e um processo extremo quimico ou fisico que mata todos os tipos de vida. Os desinfetantes sao diferentes de outros agentes antimicrobianos como os antibioticos, que destroem micro-organismos dentro do corpo, e antissepticos, que destroem micro-organismos em tecidos vivos. Desinfetantes tambem sao diferentes de biocidas ? sendo este ultimo com o proposito de destruir todas as formas de vida, nao apenas micro-organismos.

Os desinfetantes funcionam atraves da destruicao da parede celular do micro-organismo ou por interferencia em seu metabolismo.

A assepsia e o conjunto de medidas que permitem manter um ser vivo ou um meio inerte isento de bacterias. A antissepsia refere-se a desinfeccao de tecidos vivos com antissepticos.

Generalidade [ editar | editar codigo-fonte ]

Desinfetante ideal [ editar | editar codigo-fonte ]

O desinfetante ideal deve ser capaz de destruir a forma vegetativa de todos os microrganismos patogenicos, requerer tempo limitado de exposicao e ser eficaz em temperatura ambiente , nao corrosivo, atoxico para seres humanos e de baixo custo. Devido as semelhancas na composicao quimica e metabolismo entre os seres humanos e microrganismos, e pouco provavel alcancar este ideal. Na pratica, o uso correto dos desinfetantes quimicos disponiveis ira pelo menos reduzir o numero de microrganismos patogenicos viaveis presentes em superficies para niveis que permitam a prevencao de infeccoes pelos mecanismos de defesa naturais do individuo sadio.

Principios gerais para uso dos produtos quimicos [ editar | editar codigo-fonte ]

Sao validos para esterilizacao :

  1. E necessario manter-se a concentracao original do produto mantendo-se o reservatorio sempre fechado para diminuirmos a evaporacao e enxugando-se os instrumentos para nao haver diluicao do produto;
  2. Deve-se evitar alteracao do pH enxaguando-se bem para nao haver contaminacao com saboes e detergentes;
  3. Uma temperatura mais elevada pode acelerar a acao do produto, mas o excesso pode inativa-lo;
  4. O instrumento deve ser totalmente imerso no produto. O contato completo e necessario;
  5. O tempo de atuacao e de reutilizacao e a durabilidade depende de cada produto;
  6. O profissional deve seguir as instrucoes do fabricante e este nao deve falhar em instruir corretamente o seu consumidor.

Regulamentacao [ editar | editar codigo-fonte ]

Os desinfetantes encontram-se sob regulamentacao da Environmental Protection Agency ( EPA ) e, portanto, estao sujeitos as regras desse orgao para a demostracao de eficacia e uso no trabalho. Como se destinam a aplicacao em tecidos vivos, os antissepticos encontram-se sob o controle da Food and Drug Administration ( FDA ) no que concerne a sua eficacia e uso clinico.

Escolha do desinfetante [ editar | editar codigo-fonte ]

A escolha deve ser feita cuidadosamente. Dependendo da natureza do produto agem:

Um desinfetante nao deve ser usado quando se pode usar um esterilizante . Existem varias razoes para isto, entre elas: a esterilizacao com solucoes quimicas nao pode ser monitorada biologicamente, os instrumentos assim tratados devem ser manuseados assepticamente, enxaguados com agua esteril e secados com toalhas estereis e os instrumentos, por nao estarem embalados, devem ser usados imediatamente ou serem colocados num receptaculo esteril.

Classificacao [ editar | editar codigo-fonte ]

Antes de tudo, o profissional nao deve ser levado pelas informacoes exageradas e/ou erroneas de alguns fabricantes. O profissional deve conhecer bem as propriedades e indicacoes dos produtos, pois podera ate ser responsabilizado, sob acusacao de impericia , pelo uso incorreto deles.

Sob o ponto de vista de resistencia a acao dos desinfetantes temos a classificacao de Spaulding que elenca, em forma decrescente:

  • os esporos bacterianos;
  • o Mycobacterium tuberculosis (que e um nivel de referencia);
  • os virus pequenos nao lipidicos;
  • os fungos;
  • os virus lipidicos de tamanho medio e, finalmente;
  • as bacterias vegetativas.

O M. tuberculosis e mais resistente aos desinfetantes quimicos que qualquer outra bacteria nao esporulante. As micobacterias nao tuberculosas, especialmente o M. avis e M. intracellurare , sao mais resistentes ainda e requerem um maior tempo de atuacao. A presenca destas e ubiqua na agua, inclusive na agua morna e um crescente numero de pacientes com AIDS apresenta infeccao com estes microrganismos.

Resistencia dos microrganismos aos desinfetantes quimicos, segundo Spaulding.
Endosporos bacterianos Resistencia
M. tuberculosis
Virus pequenos nao lipidicos
Fungos
virus lipidicos medio
bacterias vegetativas

Desinfetante de alto nivel [ editar | editar codigo-fonte ]

Possuem a capacidade de inativar esporos bacterianos resistentes.

Desinfetante de nivel intermediario [ editar | editar codigo-fonte ]

Devem ser tuberculicida, mas nao agem contra todos os esporos.

Desinfetante de nivel baixo [ editar | editar codigo-fonte ]

Atuam contra microrganismos vegetativos, nao sao tuberculicidas, nao agem contra esporos, tem atividade irregular contra fungos, atuam contra virus lipidicos e de tamanho medio, mas nao contra os lipidios de tamanho pequeno.

Agentes [ editar | editar codigo-fonte ]

Caracteristica dos desinfetantes quimicos comuns
Agente Atividade Desvantagens
Dioxido de cloro Rapida atividade de desinfeccao; pode ser utilizado para esterilizacao com exposicao de seis horas Corrosivo; reducao acentuada de sua atividade na presenca de restos proteicos e organicos; requer boa ventilacao
fenois Atividade antimicrobiana de amplo espectro; eficazes na presenca de detergentes Podem degradar plasticos; irritantes para a pele e os olhos; inativados pela agua dura e detritos organicos
Glutaraldeido Como preparacao de imersao a 2% a 3,2%, possui ativiadade antimicrobiana de alto espectro; esporicida depois de 10 horas de contato; vida util prolongada; solucao a 0,25% empregada como desinfetante de superficie Muito irritante para a pele e mucosas; alergenico com exposicao repetida
Hipoclorito Acao rapida, bactericida de amplo espectro, esporicida , desinfetante virucida Irritante para a pele; corrosivo; pode degradar alguns plasticos
Iodoforos Acao rapida. desinfetante bactericida de amplo espectro; permanece uma atividade antimicrobiana residual sobre a superficie apos secagem corrosivo para alguns metais; podem colorir algumas superficies; inativadas pela agua dura

Halogenios e substancia liberadoras de halogenios [ editar | editar codigo-fonte ]

Os halogenios e as substancia liberadas de halogenios constituem alguns dos mais eficazes agentes microbianos utilizados para a desinfeccao e antissepsia . Seu principal modo de acao parece depender da reacao covalente do halogenio com sistemas enzimaticos-chave.

Fenois e substancias relacionadas [ editar | editar codigo-fonte ]

Sir Joseph Lister introduziu o fenol como desinfetante cirurgico em meados da decada de 1800, porem sua natureza irritante e toxica levou a sua substituicao por varias substancias fenolicas substituidas. Estas substituicao acentuaram o efeito antimicrobiano do fenol, sem aumentar significativamente a sua toxidade nos seres humanos.

Clorexidina [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Clorexidina

A clorexidina foi aprovada para o uso em escovas cirurgicas em meados de 70, e como colutorio a 0,12%, no final da decada de 80. Para lavagem cirurgica, as solucoes de clorexidina a 4% sao de acao rapida como os iodoforos e possuem a substantividade do hexaclorefeno . A clorexidina e altamente eficaz contra os microrganismos Gram-positivos, enquanto exibe menor eficacia contra os microrganismos Gram-negativos e mostra-se ineficaz contra os bacilos da tuberculose, esporos e numerosos virus.

Na Europa, foram utilizados solucoes de clorexidina a 0,2% como colutorios orais desde a decada de 80. A eficacia da clorexidina nos colutorios resulta principalmente de sua substantividade. A natureza cationica da clorexidina permite a sua ligacao a tecidos duros e moles na cavidade bucal; a seguir, e liberada com o decorrer do tempo, produzindo um efeito bacteriostatico continuo. Foi demostrada a eficacia dessas solucoes, quando utilizadas duas vezes ao dia, na reducao da formacao da placa e gengivite. Os principais efeitos colaterais consistem na pigmentacao dos dentes, aumento da formacao de calculos e alteracao do paladar . Dois colutorios de clorexidina a 0,12% foram aprovados pela FDA ( Food and Drug Administration ), sendo tao eficazes clinicamente quanto a solucao mais forte a 0,2%, porem com uma reducao significativa na incidencia de efeitos colaterais.

Metais pesados [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Metal pesado

Os metais pesados, em particular os mercuriais e compostos de prata possuem uma longa historia como agentes antimicrobianos. Os mercuriais organicos ainda sao utilizados em alguns paises como fumigantes, mas foram substituidos pro substancias mais eficazes e menos toxicas na Medicina e na Odontologia.

Aldeidos [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Aldeido

O glutaraldeido (1,5 pentanodial) foi inicialmente proposto como agente antimicrobiano no inicio da decada de 60 entao, tem sido amplamente utilizado na Odontologia e Medicina como desinfetante de imersao.

Alcoois [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Alcool

Os alcoois, em particular o etanol e isopropanol , foram utilizados durante muitos anos como agentes antimicrobianos e como transportadores para outros antimicrobianos insoluveis em agua, como o iodo e fenois . Devido a seu baixo custo, evaporacao rapida e ausencia de residuo, mostram-se uteis para a desinfeccao de objetos inanimados.

Glutaraldeido [ editar | editar codigo-fonte ]

Ver artigo principal: Glutaraldeido

Este produto foi aprovado pela Environmental Protection Agency dos EUA. Seu uso foi preconizado inicialmente em 1962, depois de estudos de Pepper & Lieberman.

Suas solucoes aquosas inativadas tem pH de 3,7 a 4,5. A solucao inativada e fornecida em pH acido e se mantem estavel no armazenamento. Neste caso nao e esporicida. As solucoes ditas potencializadas ou ativadas, a solucao sofre polimerizacao gradual e perde sua atividade em aproximadamente 30 dias. A solucao potencializada utiliza como potencializador e estabilizador uma mistura isometrica de alcoois lineares etoxilados.

Desinfetantes da pele e das mucosas (antissepticos) [ editar | editar codigo-fonte ]

A sua concentracao nao pode ser toxica para as celulas . Sao exemplos o alcool etilico (70º), peroxido de hidrogenio (10 volumes), eosina (para Gram -positivos), permanganato de potassio , hipoclorito de sodio (0,48%) e iodopovidona (derivado do iodo , altamente eficaz, excepto no caso da hepatite B ).

Desinfetantes de instrumentos [ editar | editar codigo-fonte ]

Como por exemplo os aldeidos, usados em estetoscopios e termometros , o hipoclorito de sodio, usado so em material nao oxidavel, como as pincas e tesouras, ou o oxido de etileno , que em mistura com o Co² e usado em camaras, esterilizando tudo o que seja sensivel a temperatura (batas, toucas, material descartavel,etc).

Natureza quimica [ editar | editar codigo-fonte ]

Os antissepticos e desinfectantes podem tambem ser agrupados de acordo com a sua natureza quimica:

  1. Fenol e compostos fenolicos: (ex. hexaclorofeno)
    • Eficaz contra Gram-positivos;
    • Pouco activo contra Gram-negativos;
    • Ineficaz na presenca de sangue.
  2. Halogeneos:
    • Derivados do cloro (hipoclorito de sodio) ? actuam inibindo a actividade das proteinas celulares e a sintese de DNA;
    • Derivados do Iodo (iodopovidona, iodofor ) ? interagem com enzimas e proteinas inibindo-as por reaccao de oxidacao de grupos ?SH e por ligacao do iodo ao grupo ?NH dos aminoacidos.
  3. Sais metalicos:
  4. Oxidantes (peroxido de hidrogenio, permanganato de potassio):
    • Oxidam lipidos de membrana e DNA.
  5. Alcoois ( etanol ):
  6. Compostos de amonia quaternaria ( Cetrimina a 1%, Benzalconio )
    • Inactivados pela presenca de material organico.
  7. Clorexidina :
    • Promove a desorganizacao estrutural e funcional da membrana citoplasmatica.
  8. Oxido de etileno:
    • Agente alquilante que inactiva enzimas e proteinas;
    • Usado em mistura nao explosiva com CO2 ou com hidrocarbonetos halogenados.
  9. Aldeidos (formaldeido (muito toxico) e glutaraldeido):
    • Inactivacao de proteinas e acidos nucleicos.
  10. Beta- propriolactona :
    • Possui caracteristicas cancerigenas, mas os seus vapores sao usados na esterilizacao.

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

Bibliografia [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Farmacologia e Terapeutica para Dentistas; Jonh A. Yagiela, Enid A. Neilde, Frank J. Dowd; quarta edicao; Guanabara Koogan ; 1998.
  • Biosseguranca e controle de infeccao cruzada, em consultorios odontologicos; Santos, livraria editora; Jayro Guimaraes Jr; 2001

Ligacoes externas [ editar | editar codigo-fonte ]