한국   대만   중국   일본 
Denis Diderot ? Wikipedia, a enciclopedia livre Saltar para o conteudo

Denis Diderot

Origem: Wikipedia, a enciclopedia livre.
Denis Diderot
Denis Diderot
Retrato de Denis Diderot pintado
por Louis-Michel van Loo em 1767.
Oleo sobre tela ; 81 cm x 75 cm.
Nascimento 5 de outubro de 1713
Langres
Morte 31 de julho de 1784  (70 anos)
Paris
Sepultamento igreja de Saint-Roch
Nacionalidade Frances
Cidadania Reino da Franca
Progenitores
  • Didier Diderot
Conjuge Anne-Antoinette Diderot
Filho(a)(s) Angelique Diderot
Alma mater
Ocupacao Filosofo e escritor
Obras destacadas Encyclopedie
Movimento estetico Enciclopedistas , Materialismo
Religiao nenhuma ( ateismo )
Pagina oficial
http://www.denis-diderot.com
Assinatura

Denis Diderot ( frances:  [d?ni did?o] ) ( Langres , 5 de outubro [ 1 ] de 1713 ? Paris , 31 de julho de 1784 ) foi um filosofo e escritor frances . Notavel durante o iluminismo , e conhecido por ter sido o cofundador, editor chefe e contribuidor da Encyclopedie , junto com Jean le Rond d'Alembert .

Biografia [ editar | editar codigo-fonte ]

Denis Diderot nasceu na Champanha e comecou sua educacao formal no Colegio Jesuita de Langres. Seus pais eram Didier Diderot (1685?1759), um cuteleiro , e sua esposa Angelique Vigneron (1677?1748). Tres dos cinco irmaos de Diderot chegaram a idade adulta, Denise Diderot (1715?1797), Pierre-Didier Diderot (1722?1787) e Angelique Diderot (1720?1749).

Diderot ingressou no colegio jesuita de Langres em 1723 (data mais provavel). O ensino fornecido pelos jesuitas, que detinham o monopolio da educacao secundaria na Franca de entao, enfatizava o ensino das linguas classicas ( grego e latim ) e uma atencao rigorosa as oracoes catolicas , o que visava a atenuar a influencia humanista e secular . Diderot foi um aluno muito perspicaz e recebeu ate mesmo algumas mencoes honrosas e premiacoes em virtude de seu excelente desempenho escolar.

Em 1726, o bispo de Langres concede, a Diderot, a tonsura . Tudo indicava que o jovem Denis seguiria uma carreira eclesiastica. A familia de Diderot esperava que ele herdasse a prebenda de seu tio, o conego Didier Vigneron. Contudo, por uma serie de infortunios (o testamento em que o tio legava a prebenda ao sobrinho se tornou invalido porque so chegou a Roma apos a morte de seu autor), Diderot nao recebeu o beneficio esperado, embora recebesse a alcunha de abade (" abbe ") por parte de seus concidadaos.

Por motivos ainda nao inteiramente esclarecidos, em 1728, aos dezesseis anos, Diderot parte para Paris e passa a frequentar o colegio de Harcourt (Liceu Saint-Louis). Em 1732, recebe o grau de mestre em artes na Universidade de Paris . Pouco se sabe sobre os primeiros anos de Diderot em Paris. Sabe-se que considerou a possibilidade de estudar direito , que sua conduta foi motivo de preocupacao para seu pai e que passou por dificuldades financeiras.

Diderot iniciou sua carreira como tradutor . Em 1743, ele traduz a Grecian History , de Temple Stanyan. E, contudo, a traducao de An inquiry concerning virtue or merit , de Ashley-Cooper, 3º Conde de Shaftesbury , sob o titulo Essai sur le merit et la vertu , publicado em 1745, que Diderot se torna um pouco mais conhecido. A primeira peca relevante da sua carreira literaria e Lettres sur les aveugles a l'usage de ceux qui voient (Cartas sobre os cegos para uso por aqueles que veem), em que sintetiza a evolucao do seu pensamento desde o deismo ate ao cepticismo e o materialismo ateu , e tal obra culminou em sua prisao. Sua obra-prima e a edicao da Encyclopedie ( 1750 - 1772 ) ou Dictionnaire raisonne des sciences, des arts et des metiers (Dicionario razoado das ciencias, artes e oficios), onde buscou reportar todo o conhecimento que a humanidade havia produzido ate sua epoca. Demorou 21 anos para ser editada, e e composta por 28 volumes. Mesmo que, na epoca, o numero de pessoas que sabia ler fosse pouco, ela foi vendida com sucesso. Denis conseguiu uma fortuna. Deu continuidade com empenho e entusiasmo apesar de alguma oposicao da Igreja Catolica e dos poderes estabelecidos. Escreveu tambem algumas outras pecas teatrais de pouco exito. Destacou-se particularmente nos romances , nos quais segue as normas dos humoristas ingleses, em especial de Sterne : A Religiosa , O Sobrinho de Rameau , Jacques, o fatalista e seu mestre . Escreveu varios artigos de critica de arte .

Foi um dos primeiros autores que fizeram da literatura um oficio, mas sem esquecer jamais que era um filosofo. Preocupava-se sempre com a natureza do homem , a sua condicao, os seus problemas morais e o sentido do destino . Admirador entusiasta da vida em todas as suas manifestacoes, Diderot nao reduziu a moral e a estetica a fisiologia , mas situou-as num contexto humano total, tanto emocional como racional . Diderot e considerado por muitos um precursor da filosofia anarquista . Alguns estudiosos acreditam que, sob inspiracao de sua obra " A Religiosa ", barbaries foram praticadas contra religiosos e freiras na Revolucao Francesa de 1789 com o deturpado intuito de "protege-los" contra os crimes praticados pela Santa Se . Ha, ainda, um suposto dossie encontrado por Georges May em 1954, que mostra a obra "A religiosa" como pura ficcao e nao um retrato da realidade.

Morreu em 31 de julho de 1784 e encontra-se sepultado no Panteao de Paris , na Franca . [ 2 ]

Diderot na cultura popular [ editar | editar codigo-fonte ]

Existe uma anedota de um fato que nunca aconteceu sobre Euler e Diderot, quando este estava em Sao Petersburgo influenciando a corte russa com seu ateismo , e Euler foi chamado a intervir. Euler teria uma prova matematica da existencia de Deus , e teria dito "senhor, , entao Deus existe. Responda!" Diderot nao teria conseguido responder, e teria se retirado humilhado sob os risos da corte. Esta anedota e completamente falsa. [ 3 ] [ 4 ]

Coloquio entre a Marechala e Diderot, ou Dialogo do Crente (Marechala) com o nao Crente (Thomas Crudeli/filosofo) [ editar | editar codigo-fonte ]

O Coloquio (dialogo), foi escrito provavelmente no ano de 1774. Ele acontece entre Crudele, nome ficticio adotado por Diderot, e a Marechala, segundo a edicao da Bibliotheque de la Pleiade (embora a edicao de P. Verniere (Garnier) e a de Laurent Vernine ( Editions Robert Laffont ) o substitua por Diderot). [ 5 ]

Formulacoes filosoficas sobre a moral ( bem / mal ) no ser humano sao construidas por Diderot nesse dialogo, com a plasticidade de sua linguagem e a representatividade das suas personagens e armacoes ficcionais. A narrativa visa a que o leitor, faca uma analise filosofica profunda sobre a questao acima citada. O bem e o mal no ser humano (uma questao moral), nao estao ligados diretamente a ser ou nao ser religioso, diz o filosofo para a Marechala, fato este contestado por ela. Mas, ao longo do dialogo, Crudele (Diderot-filosofo), adotara um metodo de analise da questao, onde a Marechala ira compreender o ponto de vista e a analise do filosofo, e ela com isso tambem estara fazendo uma abordagem filosofica.

A Marechala, seria a esposa de Victor Francois , Duque de Broglie e Marechal da Franca (1718-1804). O coloquio sobre a questao do bem e do mal no ser humano no crente e nao crente teria entao ocorrido em Paris no ano de 1771.

A Marechala e uma crista catolica e devota , que cre que o bem esta relacionado aos fundamentos religiosos e o mal aos que nao seguem uma religiao. Ja o filosofo Crudele (Diderot), nao relaciona essas questoes morais ao fato de ser ou nao ser religioso. Para Crudele, ser bom ou ser mal e uma questao moral e individual.

O individuo nao necessita ser um religioso para praticar o bem, mas sim ter uma conduta correta. Diz Crudele, "Nao pensais que se possa ter nascido tao afortunadamente, que se encontre grande prazer em praticar o bem?". [ 6 ] A Marechala, por sua vez, tenta persuadi-lo ao contrario, pois, segundo sua concepcao, e por temor do castigo de Deus, que devemos ter uma boa conduta moral, praticar o bem para esperar alcancar as delicias divinas, ficar longe dos vicios . Ja os incredulos nao terao salvacao e sim a danacao eterna, quando morrerem.

Mas, aos poucos, Crudele, vai alargando suas conviccoes, e se convencendo que nao e necessario que o ser humano tenha alguma crenca divina para ser bom.

Marechala ? "O mal ha de ser o que apresenta mais inconveniente do que vantagens; e o bem, ao contrario, o que apresenta mais vantagens do que inconvenientes". [ 7 ]

Crudele (Diderot), chama a atencao da Marechala, pois o que ela esta fazendo e filosofia ao debater sobre esta questao, o que a surpreende positivamente. Tambem aponta como os religiosos sao intolerantes por nao compartilhar o seu entendimento com os pagaos , e ate mesmo entre os seus, e que isso tem repercussoes "funestas". Com a intolerancia religiosa, muitas pessoas padeceram ao longo dos seculos. A Marechala concorda com Crudele em relacao a essa analise.

Crudele critica as instituicoes monasticas e os cristaos pela maneira como se comportam, sendo individualistas e intolerantes e nao obedecendo o Evangelho que dizem seguir. Sao proselitistas , nao obedecendo as regras de conduta moral estabelecidas pela religiao crista, o que nao deveria acontecer com quem se diz religioso e cristao.

Embora admire a conduta crista da Marechala e de seu esposo, "Do fato de ser impossivel sujeitar um povo a uma regra que convem apenas a alguns homens melancolicos , que a calcam sobre seus proprios caracteres ". [ 8 ] (...) "Mas, Senhora Marechala, acaso existem cristaos? Eu nunca os vi". [ 9 ] "A religiao e como o casamento . O casamento que constitui a desgraca de tantos outros, constitui a felicidade e a do Marechal (...) a religiao que fez e fara tantos malvados", [ 10 ] nao deixa de criticar aos que fazem ma conduta, aos que agem com hipocrisia .

O filosofo (Diderot) permite que cada um pense de uma determinada maneira, nao cre em supersticoes nem que vem de fora nem de dentro das religioes, tem o compromisso com a verdade , repugna o mal provocado tanto pelos religiosos quanto pelos nao religiosos, alimenta a esperanca do bem comum e nao se oculta na vaidade . Teve o intuito de provocar reflexao na Marechala, em busca de aumentar seu conhecimento, o que a levou a reflexoes profundas sobre a questao do bem e do mal no ser humano.

Bibliografia [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Essai sur le merite et la vertu , escrito por Anthony Ashley-Cooper traducao francesa e anotacao por Diderot (1745)
  • Philosophical Thoughts , ensaio (1746)
  • La Promenade du sceptique (1747)
  • The Indiscreet Jewels , novel (1748)
  • Lettre sur les aveugles a l'usage de ceux qui voient (1749)
  • Encyclopedie , (1750?1765)
  • Lettre sur les sourds et muets (1751)
  • Pensees sur l'interpretation de la nature , ensaio (1751)
  • "Systeme de la Nature," (1754)
  • Le Fils naturel (1757)
  • Entretiens sur le Fils naturel (1757)
  • Le pere de famille (1758)
  • Discours sur la poesie dramatique (1758)
  • Salons , critique d'art (1759?1781)
  • La Religieuse , Roman (1760; revisado em 1770 e no inicio da decada de 1780; o romance foi publicado pela primeira vez como um volume postumamente em 1796).
  • Le neveu de Rameau , dialogue (1763). [ 11 ]
  • Lettre sur le commerce de la librairie (1763)
  • Mystification ou l’histoire des portraits (1768)
  • Entretien entre D'Alembert et Diderot (1769)
  • Le reve de D'Alembert , dialogue (1769)
  • Suite de l'entretien entre D'Alembert et Diderot (1769)
  • Paradoxe sur le comedien (escrito entre 1770 e 1778; publicado pela primeira vez postumamente em 1830)
  • Apologie de l'abbe Galiani (1770)
  • Principes philosophiques sur la matiere et le mouvement , essai (1770)
  • Entretien d'un pere avec ses enfants (1771)
  • Jacques le fataliste et son maitre , romance (1771-1778)
  • Ceci n'est pas un conte , conto (1772)
  • Madame de La Carliere , conto e fabula moral, (1772)
  • Supplement au voyage de Bougainville (1772)
  • Histoire philosophique et politique des deux Indes , em colaboracao com Raynal (1772?1781) [ 12 ]
  • Voyage en Hollande (1773)
  • Elements de physiologie (1773?1774)
  • Refutation d'Helvetius (1774)
  • Observations sur le Nakaz (1774)
  • Essai sur les regnes de Claude et de Neron (1778)
  • Est-il Bon? Est-il mechant? (1781)
  • Lettre apologetique de l'abbe Raynal a Monsieur Grimm (1781)
  • Aux insurgents d'Amerique (1782)

Ver tambem [ editar | editar codigo-fonte ]

Outros projetos Wikimedia tambem contem material sobre este tema:
Wikiquote Citacoes no Wikiquote

Referencias

  1. Sobre a data exata do seu nascimento, ver George R. Havens, ≪ The Dates of Diderot's Birth and Death ≫ in Modern Language Notes , Vol. 55, No. 1 (jan 1940), p. 31-33
  2. Denis Diderot (em ingles) no Find a Grave
  3. Brown, B.H. (1942). ≪The Euler-Diderot Anecdote≫. The American Mathematical Monthly . 49 (5): 302?303. doi : 10.2307/2303096   ; Gillings, R.J. (1954). ≪The So-Called Euler-Diderot Incident≫. The American Mathematical Monthly . 61 (2): 77?80. doi : 10.2307/2307789  
  4. Dirk J. Struik, "A Historia Concisa das Matematicas
  5. Guinsburg, Jacob, 2000. “Diderot Obras I Filosofia e Politica”, Sao Paulo, editora Perspectiva S.A., p. 233
  6. Ibid.,p. 235.
  7. Ibid., p.236.
  8. Ibid., p.238
  9. Ibid., p.239.
  10. Ibid., p.240.
  11. Diderot "Le Neveu de Rameau", Les Tresors de la litterature Francaise , p. 109. Collection dirigee par Edmond Jaloux; http://www.denis-diderot.com/publications.html
  12. ≪A Philosophical and Political History of the Settlements and Trade of the Europeans in the East and West Indies≫ . World Digital Library . 1798 . Consultado em 30 de agosto de 2013  
Acesse todos os temas sobre Filosofia atraves do Portal:Filosofia .