Comite Internacional da Cruz Vermelha

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Comite Internacional da Cruz Vermelha
Comite Internacional da Cruz Vermelha
O emblema da Cruz Vermelha tornou-se um simbolo internacional da causa humanitaria, protegido pela Convencao de Genebra
Residencia Suica
Premios Nobel da Paz (1917) , Nobel da Paz (1944) , Nobel da Paz (1963)

O Comite Internacional da Cruz Vermelha ( CICV ) MHM e uma organizacao humanitaria, independente e neutra, que se esforca em proporcionar protecao e assistencia as vitimas da guerra e de outras situacoes de violencia.

Com sua sede em Genebra , Suica , o CICV faz parte do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho , juntamente com a Federacao Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC) e 192 Sociedades Nacionais. E a organizacao mais antiga e honrada dentro do movimento e uma das organizacoes mais amplamente reconhecidas no mundo, tendo ganho tres Premios Nobel da Paz (em 1917, 1944 e 1963). [ 1 ] [ 2 ]

No seu constante dialogo com os Estados, o CICV insiste continuamente no seu carater neutro e independente. Somente sendo assim, livre para atuar de forma independente em relacao a qualquer governo ou a qualquer outra autoridade, a organizacao tem condicoes para atender aos interesses das vitimas dos conflitos, que constituem o centro da sua missao humanitaria.

Os Estados Partes (signatarios) da Convencao de Genebra de 1949 e seus Protocolos Adicionais de 1977 (Protocolo I, Protocolo II) e 2005 deram ao CICV um mandato para proteger as vitimas de conflitos armados internacionais e internos. Essas vitimas incluem feridos de guerra, prisioneiros , refugiados , civis e outros nao combatentes. [ 3 ]

Historia [ editar | editar codigo-fonte ]

Ambulancia militar alema .

A organizacao foi fundada por iniciativa de Jean Henri Dunant , em 1863 , sob o nome de Comite Internacional para ajuda aos militares feridos , (ver: saude militar ) designacao alterada, a partir de 1876 , para Comite Internacional da Cruz Vermelha .

A assistencia aos prisioneiros de guerra teve grande avanco a partir de 1864 , quando foi realizada a Convencao de Genebra , para a melhoria das condicoes de amparo aos feridos, e em 1899 , quando foi realizada a Convencao de Haia , que disciplinava as "normas" de guerra terrestre e maritima.

Atualmente, o CICV nao tem se limitado apenas a protecao de prisioneiros militares, mas tambem a detidos civis em situacoes de guerra ou em nacoes que violem os Estatutos dos Direitos Humanos . Preocupa-se ainda com a melhoria das condicoes de detencao, a garantia do suprimento e distribuicao de alimentos para as vitimas civis de conflitos, a prover assistencia medica e a melhorar as condicoes de saneamento especialmente em acampamentos de refugiados ou detidos.

Tambem tem atuado em assistencia a vitimas de desastres naturais, como enchentes, terremotos , furacoes , especialmente em nacoes com carencia de recursos proprios para assistencia as vitimas.

O Comite Internacional da Cruz Vermelha baseia-se no principio da neutralidade, nao se envolvendo nas questoes militares ou politicas , de modo a ser digna da confianca das partes em conflito e assim exercer suas atividades humanitarias livremente.

A 1 de Julho de 1983 foi feito Membro-Honorario da Ordem do Merito de Portugal . [ 4 ]

Navio hospital USNS Mercy , Marinha dos Estados Unidos .

Missao [ editar | editar codigo-fonte ]

A missao da CICV e proteger e apoiar vitimas dos conflitos armados e outras situacoes de violencia, sem importar quem elas sejam. Esta missao foi outorgada pela comunidade internacional e possui duas fontes:

  • As Convencoes de Genebra de 1949, que incumbem o Comite de visitar prisioneiros, organizar operacoes de socorro, reunir familiares separados e realizar atividades humanitarias semelhantes durante conflitos armados;
  • Os Estatutos do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, que encorajam a organizacao a empreender um trabalho semelhante em paises que nao vivem uma guerra internacional, mas possuem situacoes de violencia interna, as quais portanto as Convencoes de Genebra nao se aplicam.

Suas principais atividades sao:

  • visitar prisioneiros de guerra e civis detidos;
  • procurar pessoas desaparecidas;
  • intermediar mensagens entre membros de uma familia separada por um conflito;
  • reunir familias dispersas;
  • em caso de necessidade, fornecer alimentos, agua e assistencia medica a civis;
  • difundir o Direito Internacional Humanitario (DIH);
  • zelar pela aplicacao do DIH;
  • chamar a atencao para violacoes do DIH e contribuir para a evolucao deste conjunto de normas.

Alem disso, o CICV procura agir de forma preventiva e atua em parceria com as Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho em cada pais, a exemplo da Cruz Vermelha Brasileira (CVB) no Brasil, e com a Federacao Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.

Principios Fundamentais [ editar | editar codigo-fonte ]

Na entrada do CICR

O trabalho do Comite Internacional da Cruz Vermelha esta baseado em sete principios fundamentais:

  • Humanidade ? socorre, sem discriminacao, os feridos no campo de batalha e procura evitar e aliviar os sofrimentos dos homens, em todas as circunstancias;
  • Imparcialidade ? nao faz nenhuma distincao de nacionalidade, raca, religiao, condicao social e filiacao politica;
  • Neutralidade ? para obter e manter a confianca de todos, abstem-se de participar das hostilidades e nunca intervem nas controversias de ordem politica, racial, religiosa e ideologica;
  • Independencia ? as Sociedades Nacionais devem conservar sua autonomia, para poder agir sempre conforme os principios do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho;
  • Voluntariado ? instituicao de socorro voluntario e desinteressado;
  • Unidade ? so pode haver uma unica Sociedade Nacional em um pais;
  • Universalidade ? instituicao universal, no seio da qual todas as Sociedades Nacionais tem direitos iguais e o dever de ajudar umas as outras.

Emblemas [ editar | editar codigo-fonte ]

Desde que o CICV foi criado, seus fundadores identificaram a necessidade de utilizar um emblema unico e universal, facilmente reconhecido. A ideia era que o emblema protegesse nao apenas os feridos em campanha, mas tambem as pessoas que prestavam assistencia, incluindo as unidades medicas, mesmo as do inimigo. De acordo com os Convenio de Genebra e seus Protocolos Adicionais, os emblemas reconhecidos sao a cruz vermelha, o crescente vermelho e o cristal vermelho. Estes emblemas estao reconhecidos pelo direito internacional e tem a funcao de proteger as vitimas de conflitos e os trabalhadores humanitarios que prestam assistencias as mesmas.

Quem tem direito a usar os emblemas? Os membros do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, incluindo as unidades de saude das forcas armadas, voluntarios das Sociedades Nacionais, delegados do CICV e os meios de transporte de saude.

O Direito Internacional Humanitario (DIH) [ editar | editar codigo-fonte ]

O Direito Internacional Humanitario (DIH) e um conjunto de normas ? entre elas Convencoes de Genebra e as Convencoes de Haia ? que rege as praticas de guerra com o objetivo de limitar os efeitos dos conflitos armados por razoes humanitarias. Embora a pratica da guerra seja muito antiga, apenas ha 150 anos os Estados criaram normas internacionais para proteger as pessoas. O DIH, de quem o CICV recebeu dos Estados o mandato de guardiao, e tambem conhecido como "Direito da Guerra" ou "Direito dos Conflitos Armados".

As operacoes do CICV no mundo [ editar | editar codigo-fonte ]

Com 12,3 mil funcionarios, o Comite Internacional da Cruz Vermelha esta presente em mais de 80 paises por meio de delegacoes, subdelegacoes, escritorios e missoes. As atividades fazem parte do mandato da organizacao de proteger a vida e a dignidade das vitimas de guerra e de promover o respeito pelo Direito Internacional Humanitario.

Conflito na Siria [ editar | editar codigo-fonte ]

Em resposta a violencia que afeta a Siria desde marco de 2011, o CICV presta assistencia as pessoas que estao dentro da Siria, que enfrentam condicoes de vida extremamente dificeis, e as centenas de milhares de sirios que tiveram que fugir para a Jordania e o Libano. O trabalho do CICV realizado no pais e feito em conjunto com o Crescente Vermelho Arabe Sirio. A organizacao distribui alimentos e outros artigos basicos, restabelece o abastecimento de agua, apoia os servicos de saude e restabelece o contato de membros de familias afastadas pelo conflito.

O presidente do CICV, Peter Maurer, realizou uma visita de tres dias em janeiro de 2014 ao pais. Durante a missao, ele realizou reunioes oficiais com representantes de alto escalao do governo e pressionou para que a organizacao tenha maior acesso humanitario e seguro a populacao que necessita ajuda. Maurer esteve ainda com familias deslocadas pelo conflito na zona rural de Damasco e com funcionarios e voluntarios do Crescente Vermelho Arabe Sirio.

Presente na Siria desde 1967, o CICV tambem trabalha no Gola ocupado. A organizacao se ocupa do restabelecimento dos contatos entre sirios e parentes detidos no exterior.

Operacao na Somalia [ editar | editar codigo-fonte ]

Na Somalia, o CICV presta assistencia emergencial as pessoas afetadas diretamente pelo conflito armado, que vivem em uma situacao quase sempre agravada por desastres naturais, e administra extensos programas de primeiros socorros, assistencia medica e assistencia basica a saude. Promove o respeito ao Direito Internacional Humanitario (DIH) e realiza projetos de agricultura e agua para melhorar a seguranca economica e as condicoes de vida da populacao.

O agravamento da seca do Chifre da Africa motivou o Comite a aumentar sua operacao no pais, no qual milhares de pessoas sofrem com a escassez de agua e de alimentos. A organizacao comecou a trabalhar na Somalia em 1977, para responder as necessidades humanitarias da guerra entre este pais e a Etiopia.

Fatalidades [ editar | editar codigo-fonte ]

No final da Guerra Fria , o trabalho do CICV na verdade se tornou mais perigoso. Na decada de 1990, mais delegados perderam a vida do que em qualquer outro momento de sua historia, especialmente quando trabalhavam em conflitos armados locais e internos. Esses incidentes muitas vezes demonstraram falta de respeito pelas regras das Convencoes de Genebra e seus simbolos de protecao. Entre os delegados mortos estavam:

  • Ricardo Heider. Ele foi morto em 9 de junho de 1942 na Grecia.
  • Matheus Vischer. Ele foi morto em 20 de dezembro de 1943 na Indonesia.
  • Johann Jovanovits. Ele foi morto em 4 de fevereiro de 1946 na Alemanha.
  • Otto Anderegg. Ele foi morto em 16 de maio de 1946 na Indonesia.
  • Carlos Huber. Ele foi morto em 19 de novembro de 1946 na Alemanha.
  • Jorge Oliveira. Ele foi morto em 13 de dezembro de 1961 na Republica Democratica do Congo.
  • Roberto Carlsson. Ele foi morto em 30 de julho de 1968 na Nigeria.
  • Dragan Hercog. Ele foi morto em 30 de julho de 1968 na Nigeria.
  • Jacob Sturzenegger. Ele foi morto em 12 de marco de 1975 no Vietna .
  • Luis Gaulis. Ele foi morto em 29 de marco de 1978 no Libano.
  • Alain Bieri, Andre Tieche, Charles Chatora. Eles foram mortos em 18 de marco de 1978 no Zimbabue.
  • Cristina Rieben. Ela foi morta em 17 de janeiro de 1980 em Uganda.
  • Jurg Baumann. Ele foi morto em 21 de setembro de 1980 no Sudao.
  • Andre Redard. Ele foi morto em 12 de maio de 1982 em Angola.
  • Alain Jossi. Ele foi morto em 28 de outubro de 1984 na Etiopia.
  • Michel Zufferey. Ele foi morto em 5 de janeiro de 1985 no Sudao.
  • Marc Blaser. Ele foi morto em 16 de dezembro de 1985 em Angola.
  • Catherine Chappuis, Nuno Ferreira. Eles foram mortos em 14 de outubro de 1987 em Angola.
  • Pernette Zehnder. Ela foi morta em 18 de outubro de 1987 no Libano.
  • Juanito Patong, Walter Berweger. Eles foram mortos em 19 de janeiro de 1990 nas Filipinas.
  • Mohammad Zamany. Ele foi morto em 16 de agosto de 1990 no Afeganistao.
  • Yar Faqir. Ele foi morto em 1º de setembro de 1990 no Afeganistao.
  • Pedro Altwegg. Ele foi morto em 6 de outubro de 1990 na Somalia.
  • Rais Khan, Mostu Khan. Eles foram mortos em 9 de julho de 1991 no Afeganistao.
  • Antonio Arulanthu. Ele foi morto em 24 de outubro de 1991 no Sri Lanka.
  • Wim Van-Boxelaere. Ele foi morto em 14 de dezembro de 1991 na Somalia.
  • Jon Karlsson. Ele foi morto em 22 de abril de 1992 no Afeganistao.
  • Frederico Mauricio. Ele morreu em 19 de maio de 1992 aos 39 anos, um dia depois que um transporte da Cruz Vermelha que ele escoltava foi atacado na antiga cidade iugoslava de Sarajevo.
  • Salomao Jarboe. Ele foi morto em 26 de agosto de 1992 na Liberia.
  • Kurt Lustenberger. Ele foi morto em 14 de janeiro de 1993 na Somalia.
  • Sarah Leomy, Suzanne Buser. Eles foram mortos em 27 de agosto de 1993 em Serra Leoa.
  • Michel Kuhn. Ele foi morto em 28 de agosto de 1993 no Tajiquistao .
  • Antoine Munderere. Ele foi morto em 13 de outubro de 1993 em Ruanda.
  • Angela Gago-Gallego, Julia Narrea. Eles foram mortos em 25 de fevereiro de 1994 no Peru.
  • Kiew Sambath. Ele foi morto em 11 de abril de 1994 no Camboja.
  • Rodrigues Cambiote. Ele foi morto em 13 de agosto de 1994 em Angola.
  • Fernanda Calado (Espanha), Ingeborg Foss (Noruega), Nancy Malloy (Canada), Gunnhild Myklebust (Noruega), Sheryl Thayer (Nova Zelandia) e Hans Elkerbout (Holanda). Eles foram baleados a queima-roupa enquanto dormiam na madrugada de 17 de dezembro de 1996 no hospital de campanha do CICV na cidade chechena de Nowije Atagi, perto de Grozny. Seus assassinos nunca foram pegos e nao havia motivo aparente para os assassinatos.
  • Rita Fox (Suica), Veronique Saro ( Republica Democratica do Congo, ex-Zaire), Julio Delgado (Colombia), Unen Ufoirworth (RD Congo), Aduwe Boboli (RD Congo) e Jean Molokabonge (RD Congo). Em 26 de abril de 2001, eles estavam a caminho com dois carros em uma missao de socorro no nordeste da Republica Democratica do Congo, quando foram atacados por atacantes desconhecidos.
  • Ricardo Munguia (El Salvador). Ele trabalhava como engenheiro hidraulico no Afeganistao e viajava de Kandahar para Tirin Kot com colegas locais em 27 de marco de 2003, quando seu carro foi parado por homens armados desconhecidos. Ele foi morto em estilo de execucao a queima-roupa, enquanto seus colegas foram autorizados a escapar. Ele tinha 39 anos. A morte levou o CICV a suspender temporariamente as operacoes no Afeganistao. Assim, a suposicao de que a reputacao do CICV de neutralidade e trabalho eficaz no Afeganistao nos ultimos trinta anos protegeria seus delegados foi destruida.
  • Vatche Arslanian (Canada). Desde 2001, ele trabalha como coordenador de logistica para a missao do CICV no Iraque . Ele morreu quando viajava por Bagda junto com membros do Crescente Vermelho Iraquiano. O carro deles acidentalmente entrou no fogo cruzado dos combates na cidade.
  • Nadisha Yasassri Ranmuthu (Sri Lanka). Ele foi morto por atacantes desconhecidos em 22 de julho de 2003, quando seu carro foi alvejado perto da cidade de Hilla, no sul de Bagda.
  • Emmerich Pregetter (Austria). Ele era um especialista em logistica do CICV que foi morto por um enxame de abelhas em 11 de agosto de 2008. Emmerich estava participando de uma viagem de campo junto com a equipe de Agua e Habitat do CICV em um comboio que entregava material de construcao para a reconstrucao de uma clinica cirurgica rural. na area de Jebel Marra, West Darfur, Sudao.
  • Kristofer Scott. Ele foi morto em 25 de janeiro de 2011 na Liberia.
  • Khalil Dale. Ele foi morto em 29 de abril de 2012 no Paquistao.
  • Hussein Saleh. Ele foi morto em 20 de junho de 2012 no Iemen.
  • Abdul Bashir-Khan. Ele foi morto em 29 de maio de 2013 no Afeganistao.
  • Dieudonne Ruhamanyi, Pascal Barholere. Eles foram mortos em 20 de novembro de 2013 na Republica Democratica do Congo.
  • Siradjou Mamadou. Ele foi morto em 8 de marco de 2014 na Republica Centro-Africana.
  • Michael Greub. Ele foi morto em 4 de junho de 2014 na Libia.
  • Laurent Du Pasquier (Suica). Foi Gerente Administrativo e Financeiro na cidade de Donetsk, no leste da Ucrania. Ele foi morto por um projetil que caiu perto do escritorio do CICV em 2 de outubro de 2014. Ele tinha 38 anos.
  • Hamadoun Daou. Ele foi morto em 30 de marco de 2015 no Mali.
  • Mohammed Al-Hakami, Abdulkarem Ghazi. Eles foram mortos em 2 de setembro de 2015 no Iemen.
  • Alexis Marboua. Ele foi morto em 12 de outubro de 2016 na Republica Centro-Africana .
  • Emmanuel Lukudu, Ghulam Maqsood, Ghulam Rasoul, Ghulam Mortaza, Ahmad Khalid, Najibullah Sahebzada, Sayed Shah-Agha. Eles foram mortos em 8 de fevereiro de 2017 no Afeganistao.
  • Lorena Enebral-Perez. Ela era especialista em fisioterapia e solicitou uma missao no Afeganistao, onde poderia se concentrar em criancas com deficiencia. Em 11 de setembro de 2017, enquanto trabalhava no centro de reabilitacao fisica do CICV em Mazar-i-Sharif, Lorena foi baleada por um paciente em uma cadeira de rodas. Ela tinha 38 anos.
  • Atteyipe Youssouf. Ele foi morto em 4 de novembro de 2017 na Republica Centro-Africana.
  • Hanna Lahoud. Ele foi morto em 21 de abril de 2018 no Iemen.
  • Saifura Hussaini. Ela foi morta em 16 de setembro de 2019 na Nigeria.
  • Hauwa Liman. Ela foi morta em 16 de outubro de 2019 na Nigeria.
  • Saidi Kayiranga, Ahmed Wazir, Hamid Al-Qadami, John Kaka. Eles foram mortos em 20 de marco de 2020 no Sudao do Sul.
  • Diomede Nzobambona. Ele foi morto em 23 de agosto de 2021 em Camaroes.

Em 2011, o CICV lancou a campanha Assistencia a Saude em Perigo para destacar os riscos para os profissionais humanitarios de saude. [ 5 ]

Organizacao [ editar | editar codigo-fonte ]

O CICV esta sediado na cidade suica de Genebra e possui escritorios externos chamados delegacoes (ou, em casos raros, “missoes”) em cerca de oitenta paises. Cada delegacao esta sob a responsabilidade de um chefe de delegacao que e o representante oficial do CICV no pais. Dos seus 3 000 funcionarios profissionais, cerca de 1 000 trabalham em sua sede em Genebra e 2 000 expatriados trabalham em campo. Cerca de metade dos trabalhadores de campo atuam como delegados que gerenciam as operacoes do CICV, enquanto a outra metade sao especialistas como medicos, agronomos, engenheiros ou interpretes. Nas delegacoes, a equipe internacional e assistida por cerca de 15 000 funcionarios nacionais, elevando o total de funcionarios sob a autoridade do CICV para cerca de 18 000. As delegacoes tambem costumam trabalhar em estreita colaboracao com as Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha dos paises onde estao baseadas e, portanto, podem convocar os voluntarios da Cruz Vermelha Nacional para ajudar em algumas das operacoes do CICV. [ 6 ] [ 7 ]

Relacoes dentro do movimento [ editar | editar codigo-fonte ]

Em virtude de sua antiguidade de sua posicao especial sob o Direito Internacional Humanitario , o CICV e a principal agencia do Movimento da Cruz Vermelha, mas resistiu a algumas lutas de poder dentro do movimento. O CICV entrou em conflito com a Federacao e algumas sociedades nacionais em varios momentos. A Cruz Vermelha americana ameacou suplantar o CICV com a criacao da Federacao Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho como "uma verdadeira Cruz Vermelha internacional" apos a Primeira Guerra Mundial . Elementos da Cruz Vermelha Sueca desejavam suplantar a autoridade suica do CICV apos a Segunda Guerra Mundial . Com o tempo, os sentimentos suecos diminuiram e a IFRC passou a trabalhar de forma mais harmoniosa com o CICV apos anos de discordia organizacional. Atualmente, a divisao de Cooperacao do Movimento da IFRC organiza a interacao e cooperacao com o CICV. [ 8 ] [ 9 ] [ 10 ]

Em 1997, o CICV e a FICV assinaram o Acordo de Sevilha, que definiu ainda mais as responsabilidades de ambas as organizacoes dentro do movimento. De acordo com o acordo, a Federacao e a agencia lider do movimento em qualquer situacao de emergencia que nao ocorra em um conflito armado. [ 8 ] [ 9 ] [ 10 ]

Aceitacao de Magen David Adom [ editar | editar codigo-fonte ]

Desde a sua criacao em 1930 ate 2006, a organizacao Magen David Adom , o equivalente israelense a Cruz Vermelha, nao foi aceita como parte da Federacao, pois usava a Estrela de David , que o CICV se recusou a reconhecer como um simbolo aceitavel. Isso significava que, embora as ambulancias arabes fossem protegidas pelo CICV, as ambulancias israelenses nao. Em maio de 2000, Bernadine Healy, presidente da Cruz Vermelha Americana, escreveu: usado por decadas como a razao para excluir o Magen David Adom ? o Escudo (ou Estrela) de David". Em protesto contra a percepcao de discriminacao anti-Israel do CICV, o ARC retirou seu apoio financeiro. Parte da convencao de Genebra, o CICV adotou o novo Cristal Vermelho. Magen David Adom entao centralizou a placa da Estrela de David dentro da sinalizacao recem-aceitada e, em 2006, foi aceito como membro pleno. Yonatan Yagodovsky, diretor do departamento de arrecadacao de fundos do MDA, disse em um artigo publicado em outubro de 2011 que "o MDA continuara a usar seu emblema e logotipo, e ninguem nunca nos pediu para tira-lo". [ 11 ]

Relacoes Internacionais [ editar | editar codigo-fonte ]

A cerimonia do Premio Nobel da Paz em 1963 , quando o premio foi concedido conjuntamente ao CICV e a Federacao. Da esquerda para a direita: Rei Olav da Noruega, Presidente do CICV Leopold Boissier, Presidente da Liga John MacAulay.

O CICV prefere envolver os Estados diretamente e se baseia em negociacoes discretas e confidenciais para fazer lobby pelo acesso aos prisioneiros de guerra e melhoria em seu tratamento. Suas descobertas nao estao disponiveis ao publico em geral, mas sao compartilhadas apenas com o governo relevante. Isso contrasta com organizacoes relacionadas, como Medicos Sem Fronteiras e Anistia Internacional , que estao mais dispostas a expor abusos e aplicar pressao publica aos governos. O CICV argumenta que esta abordagem permite maior acesso e cooperacao dos governos a longo prazo. [ 12 ]

Quando o acesso e concedido apenas parcialmente, o CICV aceita o que pode e continua fazendo lobby discretamente para obter mais acesso. Na era do apartheid na Africa do Sul , foi concedido acesso a prisioneiros como Nelson Mandela cumprindo sentencas, mas nao aos interrogados e aguardando julgamento. Apos sua libertacao, Mandela elogiou publicamente a Cruz Vermelha. [ 13 ] [ 14 ]

A presenca de organizacoes humanitarias respeitaveis ??pode fazer com que regimes fracos parecam mais legitimos, de acordo com Fiona Terry, chefe do centro de pesquisa operacional do CICV. Terry afirma que "isso e particularmente verdadeiro para [o] CICV, cujo mandato, reputacao e discricao conferem a sua presenca uma qualidade particularmente afirmativa". Reconhecendo esse poder, o CICV pode pressionar os governos fracos a mudar seu comportamento, ameacando se retirar. Como mencionado acima, Nelson Mandela reconheceu que o CICV forcou um tratamento melhor para os prisioneiros e teve influencia sobre seus captores sul-africanos porque "evitar a condenacao internacional era o principal objetivo das autoridades". [ 15 ] [ 16 ] [ 17 ]

Referencias

  1. ≪Nobel Prize awarded organisations≫ . NobelPrize.org (em ingles) . Consultado em 10 de agosto de 2023  
  2. ≪National Society directory | IFRC≫ . www.ifrc.org (em ingles) . Consultado em 10 de agosto de 2023  
  3. ≪International Committee of the Red Cross≫ . International Committee of the Red Cross (em ingles). 3 de outubro de 2013 . Consultado em 10 de agosto de 2023  
  4. ≪Cidadaos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas≫ . Resultado da busca de "Comite Internacional da Cruz Vermelha". Presidencia da Republica Portuguesa . Consultado em 3 de abril de 2016  
  5. Webster, Paul Christopher (20 de setembro de 2011). ≪The deadly effects of violence against medical workers in war zones≫ . CMAJ (em ingles) (13): E981?E982. ISSN   0820-3946 . PMC   3176880 Acessível livremente. PMID   21859874 . doi : 10.1503/cmaj.109-3964 . Consultado em 10 de agosto de 2023  
  6. RTS/SRF/sb (16 de setembro de 2020). ≪Red Cross faces Covid-related job cuts in Geneva≫ . SWI swissinfo.ch (em ingles) . Consultado em 10 de agosto de 2023  
  7. ≪Comite Internacional da Cruz Vermelha≫ . Comite Internacional da Cruz Vermelha . 18 de novembro de 2014 . Consultado em 10 de agosto de 2023  
  8. a b Andre Durand, History of the International Committee of the Red Cross: From Sarajevo to Hiroshima , (Geneva:ICRC, 1984), 147.
  9. a b Forsythe, The Humanitarians , 37.
  10. a b Forsythe, The Humanitarians , 52.
  11. ≪MDA symbol on ambulances in Yesha still unresolved≫ . Consultado em 6 de outubro de 2011 . Copia arquivada em 8 de novembro de 2011  
  12. Merson, M. H.; Black, R. E.; Mills, A. J., eds. (2006), International Public Health: Diseases, Programs, Systems, and Policies , ISBN   978-0-7637-2967-7 2nd ed. , Boston: Jones and Barlett, p.  497   .
  13. Mandela, Nelson (10 de julho de 2003), Speech before the British Red Cross, London   .
  14. Forsythe, David P. (1993), ≪Choices More Ethical Than Legal: The International Committee of the Red Cross and Human Rights≫, Ethics and International Affairs , 7 (1): 139?140, doi : 10.1111/j.1747-7093.1993.tb00147.x   .
  15. Mandela, Nelson (1994), Long Walk to Freedom , ISBN   978-0-316-54585-3 , London: Little, Brown, p. 396   .
  16. Mandela, Nelson (16 de maio de 2000), Interview on Larry King Live , CNN   .
  17. Terry, Fiona (2002), Condemned to Repeat? The Paradox of Humanitarian Action , ISBN   978-0-8014-3960-5 , London: Cornell University Press, p. 45   .

Ligacoes externas [ editar | editar codigo-fonte ]

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Nobel da Paz
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Nobel da Paz
1963
com Federacao Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho
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Precedido por
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1996
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