Sarcofago de Constantina
Igreja de
Santa Costanza
Constantina
(
325
?
354
), mais tarde conhecida como
Santa Constantina
ou
Santa Constanca
, foi a filha mais velha do imperador romano
Constantino
e de sua segunda esposa
Fausta
, filha do imperador
Maximiano
. Recebeu o titulo de Augusta por seu pai, e e venerada como uma santa, tendo desenvolvido uma lenda medieval em desacordo com o que e conhecido da personagem real.
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1
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Em 335 Constantina casou-se com seu primo
Hanibaliano
, filho de
Dalmacio, o Censor
, quem Constantino tinha feito "Rei dos Reis e Senhor das Tribos Ponticas". Apos a morte do imperador Constantino, grandes expurgos ocorreram na familia imperial e seu marido foi executado em 337.
Pela segunda vez,
Constancio II
da a mao de Constantina a um de seus primos,
Galo
. Galo foi feito um
cesar
do Oriente e seu nome mudou para Constancio Galo para promover sua legitimidade cerca de 349/350, que tambem presumivelmente foi o momento de seu casamento. Neste segundo casamento Constantina gerou Anastacia, cujo nome completo e destino sao desconhecidos.
Constantina e Constancio Galo foram entao enviados de
Roma
para
Antioquia
, na
Siria
, para governar aquela parte do
Imperio Romano do Oriente
.
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3
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Ela nao voltaria a Roma ate sua morte. Em 354, quando Constancia chamou por Galo, o cesar enviou Constantina a seu irmao com objetivo de atenuar sua posicao em consideracao a Constancio. Enquanto estava a caminho para encontrar Constancio II, ela morreu em Cenos Galicanos (
Caeni Gallicani
) na
Bitinia
(
Anatolia
). A causa de sua morte foi uma subita febre alta de causa desconhecida.
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4
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Seu corpo foi enviado para Roma e enterrado perto da
Via Nomentana
em um mausoleu que seu pai, o imperador Constantino, tinha comecado a construir para ela. Este mausoleu mais tarde se tornaria conhecido como Igreja de
Santa Costanza
, momento que Constantina era venerada como santa. Seu sarcofago de
porfiro
esta em exposicao no
Museu do Vaticano
.
Apos se casar com Hanibaliano, seu pai a fez augusta, mas foi principalmente um titulo honorario. Depois que seu marido foi executado em 337, Constantina desapareceu do registro imperial ate 350, isto e, quando
Magnencio
revoltou-se contra seu irmao, Constancio II, o que causou grande agitacao politica. Isso a levou a se envolver diretamente na revolta politica. Ela exerceu seu poder politico pedindo a
Vetranio
para desafiar Magnencio, assim, na esperanca de proteger seus proprios interesses politicos e preservar seu poder.
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3
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Nao so Constantina exercitou o poder politico por conta propria como, inerentemente, por ser um membro feminino da familia imperial romana, foi uma ferramenta politica. Como viuva, ela poderia ser oferecida em casamento para garantir a alianca politica. Isso aconteceu duas vezes. Em 350, a fim de tentar um acordo pacifico por casamento, Magnencio ofereceu-se para casar com Constantina e ter Constancio II casado com sua filha;
Constancio II recusou a oferta. Pouco depois, em 351, Constancio II usou Constantina para um proposito politico diferente e deu-a em casamento a Constancio Galo, que foi feito cesar no Imperio Romano do Oriente, e eles mudaram-se para Antioquia.
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3
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A
Paixao de Artemio
(12) alega que o casamento foi feito para garantir a lealdade de Galo
mas pode ter tido pelo menos a ver com Constantina, que, alem de ter poder conhecido como filha de Constantino e esposa de Hanibaliano, tinha solicitado a oposicao de Vetranio
para Magnencio, e cuja mao havia sido solicitada para Constancio por embaixadores de Magnencio.
O casamento, alem de beneficiar Constancio, livrou-a de uma situacao perigosa no imperio romano e colocou-a em uma posicao da qual pode controlar o cesar mais jovem e inexperiente. Por outro lado, e possivel que Constancio tenha visto o casamento como uma forma de remover sua intrusiva - talvez traidora - irma do volatil oeste. Se a mencao na
Paixao de Artemio
(11) de cartas de Constantina para seu irmao preserva uma tradicao genuina, e possivel ate mesmo que Constantina tenha iniciado a proposta de casamento com Galo.
Galo governou o Oriente a partir da Antioquia, e seu proposito era manter sob controle a
ameaca sassanida
. Galo, no entanto, alienou-se do apoio de seus suditos com seu governo arbitrario e impiedoso. Constantina apoiou seu marido. E em Antioquia que Constantina parecia tornar-se politicamente ativa na forma tipica das mulheres imperiais romanas. De acordo com
Amiano Marcelino
, ela foi sinistra e cruel, em grande parte operando escondida da vista do publico, mas ainda poderosamente controlando. Ele sugere que ela chamou assassinos para muitas pessoas, "Galo [...] tinha apenas forca suficiente para responder que a maioria deles tinha sido massacrado por insistencia de sua esposa Constantina".
Enquanto isto nao pode ser provado, ele da a sua personagem a percepcao de cruel e violenta.
Quando, apos receber as reclamacoes dos antioquianos, Constancio II convocou tanto Galo como Constantina, mas de acordo com Amiano, Constantina tentou ir primeiro sozinha na esperanca de que seus lacos familiares ajudariam a aliviar as tensoes, "ela partiu na esperanca de que como ele era seu irmao ela seria capaz de suaviza-lo".
Em sua ultima tentativa de usar seu poder politico, Constantina tentou reunir-se com seu irmao para tentar acalma-lo em seu conflito com seu marido Constancio Galo.
Relicario do braco de Santa Constantina em
Santa Maria della Scalla
, em
Siena
Edward Gibbon
comparou Constantina a uma das furias internas atormentadas com uma sede insaciavel de sangue humano. O historiador disso que ela encorajou a natureza violenta de Galo, em vez de convence-lo a mostrar razao e compaixao. Gibbon afirma que sua vaidade foi acentuada, enquanto as qualidades suaves de uma mulher estava ausentes em sua maquiagem. Ela teria aceitado um colar de perolas em troca de consentimento para a execucao de um nobre digno.
De acordo com Amiano Marcelino, Constantina parecia ser extremamente cruel e violenta. Ele retratou-a como incrivelmente cheia de orgulho e perturbadoramente violenta "seu orgulho estava inchado alem da medida; ela foi uma Furia em forma mortal, incessantemente adicionando combustivel a raiva de seu marido, e como sede de sangue humano, como ele".
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Na
Idade Media
, Constantina desenvolveu uma lenda, relacionada com a vida de
Santa Ines
; as origens desta nao sao claras, embora ela certamente foi enterrada em um mausoleu,
Santa Costanza
, ligada a grande basilica constantiniana sobre a
catacumba
onde se acredita estar enterrada Ines. O mausoleu sobrevive em grande parte intacto, mas agora so algumas partes do muro da basilica sobrevivem. Na versao contada pela
Legenda Aurea
ela pegou
lepra
e foi, entao, milagrosamente curada ao orar no tumulo de Ines na
Basilica de Santa Ines fora dos Muros
. Constantina fez um
voto de castidade
, converteu seu noivo Galicano e, eventualmente, deixou sua fortuna para seus servos,
Joao e Paulo
para eles gastares em obras cristas. A historia, com elaboracoes consideraveis, sobrevive em varias formas literarias, e como um figura na vida de Santa Ines, Constantina aparece no final na
Taca de Ouro Real
no
Museu Britanico
.
Referencias
- Marcelino, Amiano (1986).
The Later Roman Empire: (a.D. 354-378)
. [S.l.]: Penguin Books Limited.
ISBN
9780140444063
- Gibbon, Edward (1825).
A Historia do Declinio e Queda do Imperio Romano
. [S.l.: s.n.]
- Webb, Matilda (2001).
The Churches and Catacombs of Early Christian Rome
. [S.l.]: Sussex Academic Press.
ISBN
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- Jones, Arnold Hugh Martin; John Robert Martindale; John Morris (1971).
The Prosopography of the Later Roman Empire
. [S.l.]: Cambridge University Press.
ISBN
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- Kleinhenz, Christopher (2004).
Medieval Italy an encyclopedia
. Nova Iorque: Routledge.
ISBN
978-0-415-93929-4
- Muller, Karl Otfried (1868).
Fragmenta historicorum graecorum,
. [S.l.]: Harvard University Press