Conspiracao da Polvora

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Conspiracao da Polvora

Relato do final do seculo XVII ou inicio do XVIII.
Local
Data 5 de novembro de 1605
Alvo(s) Jaime VI & I e Camara dos Lordes
Participante(s)
  • Robert Catesby
  • John Wright
  • Thomas Wintour
  • Thomas Percy
  • Guy Fawkes
  • Robert Keyes
  • Thomas Bates
  • Robert Wintour
  • Christopher Wright
  • John Grant
  • Ambrose Rookwood
  • Sir Everard Digby
  • Francis Tresham
Motivo Retaliacao contra a proibicao do catolicismo na Inglaterra do seculo XV

Tentativa de implementacao de um governo catolico.

A Conspiracao da Polvora , tambem chamada de Traicao da Polvora, foi uma tentativa de assassinato contra o rei Jaime I da Inglaterra por um grupo provinciano de catolicos ingleses, liderados por Robert Catesby . Ficou conhecida como um dos "mais memoraveis acontecimentos da historia inglesa". [ 1 ]

O plano era explodir, com trinta e seis barris de polvora, armazenados no porao do Palacio de Westminster , a Camara dos Lordes durante a cerimonia de abertura do parlamento em 5 de novembro de 1605 . [ 2 ]

Contexto Historico [ editar | editar codigo-fonte ]

Sucessao do trono ingles [ editar | editar codigo-fonte ]

A crise sucessoria que se arrastava na Inglaterra desde Henrique VIII encontra no fim do reinado de Elizabeth I ? que finda, tambem, o poderio da dinastia Tudor ? um ponto sensivel. [ 3 ] Elizabeth, que reinara sozinha desde a morte de sua irma Maria , em 1558, morre em 24 de marco de 1603 sem deixar conjuge ou filhos, portanto, sem herdeiros diretos para o trono ingles. [ 4 ]

Maria Stuart , prima catolica de Elizabeth, rainha da Escocia ate falecer em 1567, deixara para seu filho Jaime VI o trono escoces. O monarca agora era tambem considerado como sucessor preferido a Coroa inglesa. Sua ascensao teria sido alavancada pelo secretario de Estado ingles Robert Cecil e pelo apoio de diversos catolicos que depositaram em seu governo as esperancas de uma abertura religiosa que desimpedisse a pratica do catolicismo, entre eles o lider jesuita Robert Persons , mais tarde "inimigo encarnicado da coroa”. [ 3 ]

James VI assume o trono ingles como James I em 24 de marco de 1603, quando procede a Uniao das Coroas da Inglaterra, Escocia e Irlanda , todas sob seu reinado. Ambos territorios, contudo, mantem-se como dominios independentes, com jurisdicoes e parlamentos proprios.

Jaime VI da Escocia, I da Inglaterra [ editar | editar codigo-fonte ]

Sabe-se que a concepcao politica de James I pautava-se no direito divino dos reis e numa nocao de soberania de cunho bastante autocratico . Contudo, a historiografia discute ainda hoje se ele fora ou pretendera ser um despota absolutista . [ 5 ]

Para Jaime I, um rei poderia fazer o que lhe aprouvesse, mas um bom rei deveria limitar-se, de boa vontade, pela lei. [ 6 ] Fundamentado numa argumentacao biblico- exegetica , o monarca defendia que toda autoridade instituida o era por vontade de Deus e que na escolha divina nao caberia a intervencao do homem. Pois, um “mau rei e enviado de Deus como uma maldicao ao seu povo e uma praga por seus pecados”. [ 7 ] Assim, ainda que um rei pudesse ultrapassar os limites da tirania, caberia aos suditos obedece-los independentemente de seus excessos.

Deste modo, Jaime colocava seu poder acima do parlamento. Os representantes deste, por sua vez, carregavam ora uma concepcao da soberania enquanto bem herdado e propenso a revisao, quando assim o povo decidisse, [ 8 ] ora uma ideia de que, se o rei teria origem divina, todo equipamento necessario a execucao de seu poder tambem revestia-se de carater sagrado, de modo que “caso alguma instituicao politica tivesse que prevalecer, deveria ser a assembleia nacional, bastiao da luta contra o poder despotico e em prol das liberdades sagradas dos suditos do reino”. [ 9 ]

Assiste-se, entao, no reinado de Jaime I na Inglaterra, a uma relacao conflituosa entre rei e parlamento. Segundo Arthmar, [ 10 ]

“Manifestacoes contra as proclamacoes reais, editadas durante os periodos de abstinencia parlamentar, se fizeram frequentes. Outros pontos de oposicao dos Comuns ao soberano viriam a aflorar nas fortes criticas a alianca com a Espanha, na exigencia de maior rigor contra os catolicos, na reafirmacao do poder parlamentar de derrubar e processar ministros, na insatisfacao com os atos das cortes reais, em suma, em praticamente todas as instancias, domesticas ou externas, de exercicio das prerrogativas do rei”. [ 8 ]

Relativamente as questoes financeiras, de acordo com Hume, havia uma situacao peculiar a monarquia inglesa, ao menos desde Elizabeth, que tornou os reis da linhagem Stuart especialmente sensiveis as investidas do parlamento: pois a Coroa nao dispunha de recursos monetarios ou mesmo de um exercito para sustentar as suas prerrogativas que, uma vez suprimidas, nao possuiam os meios efetivos de salvaguardar a sua dignidade e assegurar a aplicacao das leis, restando como apoio a Coroa unicamente a opiniao dos suditos, formada pela tradicao e pelos exemplos passados. [ 11 ]

Visto que a relacao de Jaime I com os suditos fora permeada de ambiguidades e expectativas frustradas, em especial no que se refere a um esperado aumento da liberdade religiosa pelos catolicos, a “opiniao popular” sobre seu reinado nao se punha necessariamente como positiva. Desobediencia e tiranicidio eram topicos recorrentes na retorica contemporanea, mais notadamente entre os jesuitas, [ 12 ] fatores que nos ajudam a compreender o quadro geral em que se deu a Conspiracao da Polvora.

Religiao na Inglaterra [ editar | editar codigo-fonte ]

No reinado de Elizabeth I a Igreja Anglicana havia realizado sua ruptura efetiva com Roma , mas o catolicismo ainda possuia diversos adeptos na Inglaterra (H. C., 2006, p.02) e para eles, como vimos, a sucessao monarquica envolveu grande tensao acerca  das orientacoes religiosas do futuro rei.

Aos olhos dos contemporaneos havia diversos motivos para acreditar que Jaime I governaria em prol de uma tolerancia religiosa. Filho de Maria Stuart, o monarca era catolico batizado, casado com a tambem catolica Anne , da Dinamarca. Esta, em 1601, enviara uma carta ao entao papa Paulo V , dizendo que “pela graca do Espirito Santo, nos estamos voltando novamente a vida, das trevas da heresia a luz da verdade Catolica” de acordo com Brodick, [ 13 ] numa postura que levava a crer que ambos se colocariam a disposicao do restabelecimento desta doutrina no reino escoces e, futuramente, em Inglaterra. Anne, a proposito, parece ter sido peca fundamental na aproximacao calculista que Jaime buscava forjar com o catolicismo.

Alem disso, os conflitos que James protagonizara com relacao a Igreja Kirk ? igreja nacional escocesa desde 1560, de linha calvinista presbiteriana ? indicavam sua suposta aversao ao protestantismo . Esperava-se que, no trono ingles, o monarca revertesse a ordem dos privilegios e se vingasse das “heresias protestantes”. [ 14 ] Entretanto, no primeiro ano do governo de Jaime o parlamento reafirma a legislacao elizabetana contra os recusantes ? catolicos que nao se conformavam ao anglicanismo; no ano seguinte (1604) o rei se pronuncia contra a “Igreja papista” e inicia uma serie de perseguicoes aos nao-conformistas.

“Jaime chega a criar um Conselho com o objetivo pouco hospitaleiro de exterminar os jesuitas e seculares do reino, e foi esse o momento em que ‘destrocaram todas as esperancas sobre as quais os catolicos haviam construido seu bem-estar’, palavras do padre Gerard”. [ 15 ]

Ha, portanto, um desapontamento com James que aparentemente daria em seu governo certa abertura para com o catolicismo. Em 1602 o papa Clemente insistia para a conversao de Jaime ? rumores da possivel conversao do rei circulavam em Roma, Espanha e Franca ainda em 1605 ano da Conspiracao da Polvora. [ 16 ] Assim, sobre o cunho deste evento que foi chamado de “Traicao dos jesuitas” conforme Brodick, [ 17 ] defende-se ora ter sido um ato desesperado para o restabelecimento do catolicismo, ora uma intervencao forjada para incriminar e perseguir os cristaos catolicos na Inglaterra. [ 18 ]

Avaliacao geral do reinado de Jaime I [ editar | editar codigo-fonte ]

Pode-se notar que a figura de James I foi bastante contraditoria. Seu discurso deixava em aberto questoes que tangem ao poder de um governante com relacao a lei, conforme apontado anteriormente, e nota-se que sua postura ambigua colocava duvidas acerca de seu carater absolutista ao passo que deixava tambem o governante livre para, se assim julgasse, modificar as leis conforme lhe aprouvesse.

No que diz respeito as questoes financeiras da coroa, quando assumiu o governo de Elizabeth I com grandes dividas, ao inves de quita-las, como esperado, James somente realizou outras maiores e perante isso seu governo nao teria minimas condicoes de arcar financeiramente com conflitos belicos internos ou externos, pois impossibilitado de aumentar o exercito e mesmo suas cavalarias. [ 19 ]  

Relativo a religiosidade, conforme visto anteriormente, seu reinado tambem carregou polemicas, dada a incerteza de se finalmente sob seu governo a Inglaterra retomaria o catolicismo em sua completude ou acirraria a perseguicao vigente aos seus ritos.

Visto que haviam tantos posicionamentos adversos relativos as posturas religiosas e politicas que seriam assumidas pela coroa perante seus suditos, denota-se como uma fragilidade implicava na outra, fosse a questao religiosa, como tambem a financeira e bem como a que se refere aos posicionamentos conturbados do rei frente ao parlamento que, em conjunto, conformariam as condicoes que denotaram dada instabilidade politica enfrentada por Jaime I no periodo em que se procede a Conspiracao da Polvora.

Conspiracao [ editar | editar codigo-fonte ]


Os conspiradores, liderados por Catesby, planejaram suas acoes como um ultimo recurso frente as atrocidades cometidas pela coroa contra a fe catolica, justificando assim suas intencoes frente ao ataque que articulavam contra o parlamento. Analisando a iniciativa do grupo, e possivel caracteriza-la, nao apenas como uma acao terrorista, mas, tambem, por tiranicidio. Tentando justifica-lo como um direito a resistencia. [ 20 ]

O Parlamento se tornou o alvo das explosoes, pois foi atraves de sua delegacao, juntamente com a coroa, que a fe catolica se tornou proibida e, por saberem das datas de suas reunioes e da certeza da presenca do rei, no dia da abertura dos trabalhos. [ 21 ]

E importante ressaltar que o ato de derrubada pela violencia de um governo tiranico, nao era condenado de todo pelo catolicismo, Sao Thomas de Aquino no seculo XIII e os catolicos do seculo XVI, discutiam estes pontos em sua literatura e pensamento politico. [ 20 ]

No entanto a Traicao da Polvora, estava mais ligada a tradicao Catolica do duplo efeito. Pois, em uma questao tao complexa que envolveria a morte de inocentes, os conspiradores se basearam na questao de que o efeito positivo da acao se sobreporia nos efeitos negativos, que deveria ser involuntaria e nao desejada. [ 22 ]

Recrutamento Inicial [ editar | editar codigo-fonte ]

Para a realizacao do ato era necessario que mais catolicos, de confianca, aderissem ao movimento, portanto um recrutamento se fez necessario. Como a ideia de conspiracao iniciou-se no ano de 1604, foi em 20 de maio desse ano que a primeira reuniao se deu na estalagem Duck and Drake, onde Catesby apresentou sua ideia simples e ao mesmo tempo horripilante, a destruicao do governo existente. [ 23 ] Tambem fazia parte do plano dos conspiradores o sequestro da filha do Rei James, a princesa Elisabeth, a fim de coroa-la rainha sob a tutela de um bom Lorde catolico. [ 24 ]

Nessa primeira reuniao estavam presentes: o proprio Catesby, Wintour, Wright, Guido e Percy, que fizeram um juramento de sigilo sobre um livro de oracoes. Depois, como era domingo, o padre John Gerard celebrou a missa em outra sala, sem nada saber sobre a reuniao que antecedera sua celebracao eucaristica. [ 25 ]

Plano Inicial [ editar | editar codigo-fonte ]

Foi em outubro, de 1604, em Londres e no campo, que os detalhes finais do plano foram elaborados, tentaram organizar-se nos menores detalhes, por fim o plano consistia em reunir a maior quantidade possivel de polvora, nos poroes do Parlamento. Decidiram, tambem, a maneira como Guy Fawkes devia acender o estopim no celeiro, e logo depois sair correndo para evitar a explosao fugindo de barco pelo Tamisa. Organizariam uma rebeliao no interior, que deveria coincidir com a explosao em Londres.

Por fim, a princesa Elisabeth, filha de Jaime I, seria aclamada como rainha titere. E, ao mesmo tempo, Guido, em Flades, estaria explicando o que havia ocorrido para as potencias catolicas e que fora, delegado a eles, os conspiradores, o dever sagrado de explodir o governo ingles, na figura dos Lordes do Parlamento e da propria pessoa do rei. [ 26 ]

Recrutamento Adicional [ editar | editar codigo-fonte ]

Em outubro de 1604, se juntou aos conspiradores um sexto elemento, Robert Keyes, filho de pai protestante e mae catolica, Keys era descrito como “um homem digno de confianca e honesto, alto e de barba ruiva; podia-se contar com ele tambem, como Guy Fawkes, para mostrar coragem in extremis .”. [ 27 ]

No inicio de dezembro de 1604, juntou-se ao grupo o setimo conspirador, Thomas Bates, empregado de Catesby. [ 27 ]

Em marco de 1605, Robert Wintour, John Grant e Kit Wright, foram inseridos no segredo da conspiracao. [ 28 ]

Robert Catesby ainda recrutou mais tres conspiradores o jovem, rico e dedicado catolico Ambrose Rookwood que logo se tornou um dos mais entusiasmado dos membros do bando. [ 29 ]

Francis Tresham se tornaria o decimo segundo, recrutado por Catesby em 14 de outubro, [ 30 ] embora esse afirmasse, ate o momento de sua morte que “jamais fora em nenhum sentido um conspirador ativo.”. [ 31 ]

O decimo terceiro e ultimo conspirador, foi Everard Digby, tinha 24 anos de idade e fora recrutado por duas razoes, tinha bons cavalos e bons estabulos. [ 32 ]

Carta de Monteagle [ editar | editar codigo-fonte ]

Lord Monteagle, pertencia a geracao de Catesby e estiveram juntos na Rebeliao comandada pelo Conde de Essex, ainda contra Elisabeth I. [ 21 ]

Porem, sua participacao na Conspiracao da Polvora, inicia-se em 26 de outubro de 1605, ao receber uma misteriosa carta sombria e duvidosa que mudaria o rumo da conspiracao.

Na carta continha a seguinte mensagem:

"Meu senhor, pelo amor que tenho por alguns de vossos amigos, importa-me a vossa preservacao. Por isso, eu vos aconselharia, como zelais por vossa vida, a inventardes alguma desculpa para evitar vossa presenca nesse Parlamento; pois Deus e o homem concordaram em punir a perversidade desse tempo. E nao facais pouco deste conselho, mas retirai-vos para o vosso campo [condado], onde podereis esperar a ocorrencia em seguranca. Pois embora nao haja nenhuma aparencia de agitacao, digo-vos contudo que todos os presentes receberao um terrivel golpe nesse Parlamento; e no entanto nao verao quem os fere. Este conselho nao deve ser condenado porque pode vos fazer o bem e nao pode vos fazer mal algum; pois o perigo tera passado logo que tenhais queimado esta carta. Espero que Deus vos de a graca de fazer bom uso desta sagrada protecao eu vos recomendo." [ 33 ]

E ao contrario do que lhe foi pedido, Monteagle levou a carta para o ministro, o Conde de Salisbury. [ 34 ]

E, existem varios indicios de que a carta tenha sido escrita pelo proprio Monteagle, pois ao saber da conspiracao, ele teria engendrado tal acao com o intuito de se safar de uma possivel implicacao de participacao no ato. [ 35 ]

Descoberta [ editar | editar codigo-fonte ]

No sabado, 2 de novembro, enquanto os catolicos ligados a conspiracao, festejavam no condado de Warwickshire o Dia de Finados, [ 36 ] o conselho do Rei Jaime se reunia e tomava conhecimento da carta de Monteagle e do possivel ataque que sofreriam na abertura do Parlamento.

Deliberaram que o Lord Camareiro, na segunda-feira, 4 de novembro, um dia antes da data marcada para a explosao, fariam uma inspecao meticulosa nas duas Camaras. [ 37 ]

No dia da busca, Lord Suffolk, fez a primeira busca acompanhado de outros Lordes, incluindo Lord Monteagle. O primeiro achado, veio do porao de John Whinniard, alugado por Thomas Percy, la encontraram uma quantidade incomum de lenha. O nome de Thomas Percy era conhecido pelos Lordes. E, de imediato a autoria da carta lhe foi atribuida por Lord Monteagle. [ 38 ]

Representacao de Guy Fawkes sendo capturado.

Um segundo grupo de busca voltou aos poroes de Westminster, comandados por sir Thomas Knevett , por volta da meia noite, ordenados pelo rei, sob a ordem de serem mais especificos sobre o que havia naquele espaco, e para a surpresa de todos “descobriram um vulto de botas, capa e chapeu escuro esquivando-se embaixo das instalacoes do Parlamento, como se preparando para fugir, foi imediatamente capturado e amarrado com muita forca.” Era Guy Fawkes, o plano havia fracassado. [ 39 ]

E na Camara dos Comuns, realizou, entao a seguinte anotacao no dia 5 de novembro de 1605:

Nesta ultima noite, a Camara Superior do Parlamento foi inspecionada por sir Thomas Knevett; e ali foi capturado um certo Johnson, empregado do Sr. Thomas Percy; que pusera 36 barris de polvora na galeria arqueada debaixo da Camara com o proposito de explodir o rei, e toda a comitiva, quando ali estivessem reunidos. Depois descobriu-se que varios outros cavaleiros faziam parte da conspiracao. [ 40 ]

Ultimo esconderijo [ editar | editar codigo-fonte ]

Ao saberem da descoberta, um grupo fugiu para o norte, em torno de 36 homens, em busca de apoio para formar uma resistencia armada contra o governo, chegando em

“Holbeach House, perto de Kingswinford, logo na entrada de Staffordshire”, uma casa a qual eles acreditavam poder levantar algum tipo de fortificacao para resistir quando chegasse a hora. [ 41 ]

Porem, no caminho ate a chegada em Holbeach, o bando havia saqueado uma quantidade significativa de polvora de Whewell Grange, e, tento a polvora molhado com a chuva durante o trajeto decidiram coloca-la para secar perto do fogo, uma atitude desesperada, que resultou na explosao que Catesby tanto ansiava. “Foi uma labareda rapida e violenta, que engoliu, junto Rookwood, John Grant e o amigo deste, Henry Morgan”. [ 42 ]

Nesse interim, uma tropa de duzentos homens, comandadas por sir Richard Walsh, seguia o bando, era apenas uma questao de tempo para que fossem apanhados, eles sabiam que a morte era certa, no embate com a tropa, ou nas maos dos carrascos.

Catesby, entao, tomando e beijando o crucifixo disse que tudo que fizera fora por honra e gloria daquela cruz, nao se arrependia de seus atos. Com a espada em punha, demonstrou coragem, e estava disposto a morrer por seus ideais. [ 43 ]

No embate com a tropa, Tom Wintour, foi ferido no ombro, o que lhe custou o movimento do braco, mas sobreviveu para contar a historia da Traicao da Polvora. Os proximos a cairem foram: Jack Wright e Kit Wright. Ambrose Rookwood que fora ferido na explosao da polvora na noite anterior, foi capturado e acoitado. Wright e Percy tiveram seus corpos dilacerados com extrema brutalidade. [ 43 ] Grant e Morgan, tambem feridos no incendio da polvora, acabaram facilmente capturados. [ 44 ]

Robin Catesby, ainda sobreviveu o bastante, para rastejar superando sua agonia para o interior da casa, onde conseguiu encontrar um quadro da virgem Maria, e morrer segurando-o nos bracos. [ 44 ]

Investigacao [ editar | editar codigo-fonte ]

Alem do prisioneiro, encontrado no porao, que se apresentara pelo nome de John Johnson, Thomas Percy, homem do conde de Northumberland, era o outro nome que sabia estar associado a traicao. [ 45 ]

Um rapido processo de investigacao foi instaurado, e ao final do dia o Lord Juiz Principal, sir John Popham, ja tinha, conhecimento dos catolicos considerados subversivos, apresentando a Salisbury os nomes de: Robert Catesby, Ambrose Rookwood, “um certo Keys”, Thomas Wynter, John Wright, Christopher Wright, alem de Thomas Percy. [ 46 ]

E gracas aos espioes de Salisbury, foi facil localizar o bando que fugia para o norte.

Os capturados em Holbeach: Thomas Wintour, Ambrose Rookwood e John Grant, foram levados primeiro para Worcester sob a custodia do xerife, todos em pessima forma fisica. De la, mandados para a Torre de Londres. Enquanto isso, os corpos de Robert Catesby e Thomas Percy que haviam sido sepultados, foram exumados de seus tumulos no interior por ordem do governo, tendo suas cabecas cortadas, para serem exibidas nos cantos da Casa do Parlamento. [ 47 ]

Thomas Bates e Robert Keyes tambem acabaram sendo capturados. Sir Everard Digby, que pretendera transformar-se em sir Fulke Greville em Warwick, foi descoberto com dois empregados, por um pequeno pelotao de perseguidores. estes tres conspiradores, tambem foram levados para Londres. [ 48 ]

Robert Wintour, era o unico que se mantinha em liberdade, ate meados de dezembro. Francis Tresham, foi preso em Londres, em consequencia da denuncia de Guy Fawker, no interrogatorio sofrido em 12 de novembro, foi levado para a Torre tres dias depois.

Tres nobres catolicos, Lord Montague, Lord Mordaunt e Lord Stourton, todos com ligacoes que foram consideradas comprometedoras com a fracassada conspiracao, tambem foram levados para a Torre e, a eles, juntou-se em 27 de novembro o conde de Northumberland. [ 48 ]

Robert Wintour e Stephen Littleton foram capturados no dia 9 de janeiro de 1606. [ 49 ]

Reacao [ editar | editar codigo-fonte ]

A Conspiracao da Polvora nasceu das estruturas governamentais inglesas que, proibindo a religiao catolica, fez com que o povo cristao se organizasse revoltado com as perseguicoes e proibicoes aos seus cultos religiosos. A conspiracao foi descoberta, impedindo que tal ato prosseguisse. Apos a falha do ataque a Coroa e ao Parlamento e com a morte dos principais nomes da conspiracao, todos aqueles que sabiam ou nao sobre esta traicao se apresentaram ao rei. O Rei, Jaime I, um homem culto e virtuoso, apresenta-se ao Parlamento e em discurso se coloca como o “descobridor da conspiracao” e, por ser astuto se mostrou, a principio, misericordioso aos catolicos ingleses.

Interrogatorios [ editar | editar codigo-fonte ]

O mes de novembro foi marcado, nao so por interrogatorios mas, tambem, marca o inicio da adocao de metodos de tortura para obter informacoes dos conspiradores. Ganhando um carater brutal, a partir do dia 6 deste mes. O Conselho consegue, apos a confissao de Guido, prisioneiro revoltoso, informacoes, reais ou nao, dos planos e envolvidos na conspiracao. Os interrogatorios duraram 23 dias, deixando para proximo passo o interrogatorio das esposas e dos outros acusados.

"...uma doenca perigosa exigia um remedio desesperado." [ 50 ]

Essa foi a resposta de John Johnson, codinome de Guy Fawkes, ao ser questionado sobre as consequencias que seus atos trariam as pessoas inocentes que seriam mortas com a explosao. Sendo o primeiro a passar pelo interrogatorio, nao apresentou estar arrependido de seus atos, pois, acreditava em sua fe e buscava poder exerce-la de forma livre. Durante as revelacoes pos-torturas, os principais nomes dos traidores foram identificados. Dentre esses nomes nao constou nomes de padres. E importante ressaltar que, antes da traicao se concretizar, alguns padres catolicos ja sabiam de tal organizacao, ao ouvir as confissoes dos revoltosos.

As mulheres catolicas inglesas tiveram um papel ativo durante a proibicao e a conspiracao em si. Elas tinham como papel principal o ensinamento e difusao da fe catolica em recintos privados. Uma delas, Eliza Vaux, ao ser interrogada, nao deixou escapar informacoes sobre os padres que ajudara em segredo.  

Segundo FRASER, apenas duas confissoes foram publicadas: a de Guy Fawkes de 8 de novembro de 1605 e Thomas Wintour de 23 de novembro do mesmo ano. O envolvimento dos padres jesuitas, nao seria perdoado pelo Rei que, apos a confissao de Thomas Bates, afirmando sua participacao na conspiracao, mencionou os sacerdotes catolicos. Buscando mais informacoes em relacao a traicao, o Conselho Privado do Reino Unido passa a admitir a torturar dos envolvidos com os conspiradores. Entre os torturados esteve Joao Pequeno ? arquiteto dos esconderijos dos padres ? que mais sofreu nos interrogatorios e que morre em 2 Marco de 1606, apos varias sessoes de tortura mas, fora declarado como suicida.

Como haviam padres que sabiam da conspiracao, mas nao denunciaram os traidores, ao ser capturado, padre Garnet, que nao tinha envolvimento na conspiracao, mas que sabia sobre sua organizacao e finalidade, confessa ser culpado por omissao e traicao.

Jesuitas [ editar | editar codigo-fonte ]

O envolvimento dos padres jesuitas aconteceu de forma indireta, pois, sabendo sobre o fato que viria a ocorrer, em regime confessional, nao os permitia revelar a ninguem essa trama. O padre Tesimond foi o primeiro que soube sobre a conspiracao, apos a confissao de Catesby. Por sua vez, o padre, se sentindo incomodado com tal informacao recorreu ao padre Henry Garnet para compartilhar o que lhe fora revelado.

“Em 15 de janeiro de 1606, decidiu-se que ja se acumulara material suficiente para instaurar processo contra alguns padres.” [ 51 ]

Enviando a Roma informacoes sobre as acoes dos catolicos na Inglaterra padre Garnet, suportou algum tempo guardar essa informacao para si. Nao tendo a mesma sorte que padre Tesimond que, ao ver o desenrolar dos acontecimentos e sabendo que seu nome aparecia como principal padre envolvido na traicao junto com padre Garnet foge para Roma. Os padres Garnet e Oldcorne que, escondidos durante oito dias, foram capturados e levados para interrogatorios.

Mesmo tratado com respeito, padre Garnet foi mantido recluso e vigiado, tendo suas correspondencias fiscalizadas, houve difamacao do seu nome por sir William Waad, na certeza de que o faria confessar a participacao na traicao.

Julgamentos [ editar | editar codigo-fonte ]

A explosao ocorrida anteriormente ao dia 5 de novembro, dia para acabar com os corpos governamentais ingleses (Rei e Parlamento), reduziu o numero dos conspiradores. Os que sobreviveram passaram por interrogatorios, mas, pelo nivel de traicao, haveria condenacao a morte. Entre os sobreviventes estavam Guy Fawkes, Thomas e Robert Wintour, John Grant, Ambrose Rockwood, Everard Digby, Robert Keyes e Thomas Bates.

Durante o seculo XVII a forma de se julgar estava vinculada aos espetaculos publicos, pois, qualquer que fosse a acusacao, ela ja teria sido comprovada durante os interrogatorios realizados. O promotor responsavel pelo caso, sir Edward Coke, se apressou em retirar toda e qualquer ligacao da Coroa com o fato de todos terem se declarado inocentes nesse caso. Os acusados puderam se defender e, confessando sua culpa estava Rockwood; Fawkes se declarando inocente apresentou o porque de se apresentar de tal forma, sendo ele acusado por crimes que nao havia cometido. Thomas Wintour se sentiu culpado pela traicao; Robert Keyes declarou que a morte era tao boa agora quanto em qualquer outra ocasiao; Thomas Bates e Robert Wintour pediram misericordia; John Grant declarou que estava sendo condenado por uma conspiracao que jamais se realizou.

Enfatizando a relacao dos padres com a conspiracao, Coke fez questao de coloca-los como responsaveis pela organizacao e efetivacao do plano. Essa forma de apresentar os padres catolicos diz respeito a intolerancia sofrida pela fe catolica na Inglaterra.

Sendo acusado indevidamente, Garnet foi considerado culpado tendo como sentenca ser “enforcado, arrastado e esquartejado”. [ 52 ]

Execucoes [ editar | editar codigo-fonte ]

As execucoes chegaram para todos os condenados, sendo executados uns na Catedral de Sao Paulo e outros no Palacio de Westminster . Entre as penalidades estava presente o enforcamento para todos os revoltosos. Divididos em grupo, os primeiros a sofrerem a execucao foram sir Everard Digby que reconhecia ter violado a lei inglesa, mas nao cometido os crimes de que fora acusado. Robert Wintour, John Grant e Thomas Bastes, que se mostrou arrependido ao pedir perdao ao Rei e a Deus, no dia 30 de janeiro.

No dia seguinte foi executado Tom Wintour, Ambrose Rockwood, arrependido pedindo a Deus que abencoasse o Rei e sua familia. Robert Keys fora esquartejado ainda vivo apos sua corda arrebentar antes de ter o pescoco quebrado, como foi o caso de Guy Fawkes.

Na Catedral de Sao Paulo, foi executado o padre Garnet que fez suas preces em latim e que, com a intervencao da populacao, apos ser lancado ao enforcamento, teve o restante da sentenca concluida ja estando morto.  

Como e possivel notar, todos os revoltosos, mesmo os que se arrependeram de participar da conspiracao, nao se revoltaram contra sua fe. Mantiveram-se catolicos e realizando suas preces ate o fim de suas vidas. Motivo que trara novos debates para a Inglaterra do seculo XVII.

Consequencias [ editar | editar codigo-fonte ]

Henry Percy IX, Conde de Nothumberland (1564-1632).

Nos dias que se seguiram as execucoes, o principal assunto em Londres era a religiao e suas consequencias, os debates giravam em torno de pontos como: armas e municoes. Discutia-se que essas deveriam ser confiscadas dos recusantes, tambem era discutido a retiradas deles dos exercitos e e claro uma conversa anticatolica “bastante virulenta”. [ 53 ] Os familiares dos conspiradores, sofriam perseguicoes, "vingancas financeiras", por mais que nao tivessem tido um julgamento publico oficial, eram socialmente menosprezados. [ 54 ]

Os Lordes da camara que foram presos, foram submetidos a um processo de perdao politico. [ 55 ] Desses, o unico que realmente perdeu prestigio politico, financeiro e social, foi o Henry Percy o Conde de Northumberland. [ 56 ]

A seguranca do rei tambem foi outro assunto extremamente debatido, pois, uma vez colocada em risco sua seguranca nao havia garantias que um novo atentado nao pudesse ocorrer. Essa preocupacao com a seguranca foi aproveitada pelo governo para manter sua caca aos traicoeiros catolicos. [ 57 ]

Novas limitacoes foram impostas aos catolicos ingleses, nao podiam mais exercer a profissao de advogados, fazer parte do exercito ou da marinha, "trabalhar como executor testamenteiro", ser guardiao de menores, ter direito a educacao universitaria ou votar em eleicoes locais e/ou nas parlamentares ate a Emancipacao Catolica no ano de 1829. [ 58 ]

Em fevereiro de 1606, sir Thomas Smith, declarou que a mancha de sangue, causada pela Traicao da Polvora, jamais desaparecia da religiao Papista. [ 59 ]

Outra questao que podemos relacionar, como uma consequencia das politicas que se desenvolveram no reinado de Jaime I pos Conspiracao da Polvora, e fato de que, esse foi considerado o mais importante da casa Stuart por definir o inicio das disputas entre concepcoes divergentes sobre o arranjo constitucional do pais, deflagrando um processo que culminaria nas Guerras Civis. [ 60 ]

Ate os dias atuais, os poroes da Camara dos Lordes sao inspecionados na abertura do Parlamento; e uma pratica ritualistica, que nasceu com o ocorrido de novembro de 1605. [ 61 ]

Estado de Conspiracao [ editar | editar codigo-fonte ]

Ao longo dos seculos que sucederam a Conspiracao da Polvora os estudiosos sobre o assunto se dividiram em duas categorias distintas: os “pro-conspiradores” e os “nao-conspiradores”. O primeiro grupo acredita fielmente na existencia da Traicao da Polvora, o segundo acredita que o fato foi uma fabricacao do governo da epoca, em busca de sustentar a politica anticatolica e de exclusao da pequena burguesia do processo administrativo do reino. [ 1 ]

Exemplos dessa dubiedade, podem ser encontrados em obras que foram publicadas recentemente e ao longo desses 400 anos pos traicao.

Escritores, romancistas, historiadores e ate mesmo panfletarios criaram um corpus distinto para o estudo do ocorrido, [ 62 ] como, por exemplo, o livro do padre Francis Edwards: Guy Fawkes: the real story of the Gunpowder Plot? , de 1969, que levanta a hipotese de que "toda a conspiracao foi planejada por Robert Cecil, o conde de Salisbury ", tal teoria aponta que o fato foi forjado com a ajuda de agentes duplos, incluindo o proprio Catesby, para justificar sua perseguicao aos catolicos ingleses moderados. [ 63 ] Os primeiros relatos e rumores, de uma possivel participacao de Salisbury, datam de novembro de 1605. E, e possivel relacionar que essas narrativas convinham aos reinos catolicos estrangeiros, pois esses, estavam ansiosos para afastar qualquer ligacao de seus governos com o atentado. [ 64 ]

Investigantig Gunpowder Plot de 1992, escrito por Mark Nicholls, busca apontar a realidade da traicao. A categorizando como um dos maiores desafios enfrentado por um governo dos primordios da era Moderna. [ 62 ] Na visao dos "pro-conspiradores", a tentativa de ataque, foi um ato de pessoas que buscavam impor a aceitacao de sua crenca, essa vertente de estudo e mais ampla e conta com varias teorias, que incluem os jesuitas, principalmente na figura do Padre Garnet, como o mentor da Conspiracao. [ 65 ]

Noite da Fogueira [ editar | editar codigo-fonte ]

Representacao de Guy Fawkes sendo queimado em uma celebracao da Noite da Fogueira.

Outra heranca da Traicao da Polvora, e a chamada Noite da Fogueira, inicialmente denominada Noite de Guy Fawkes, as primeiras fogueiras foram acessas no dia 5 de novembro de 1605, com um sermao realizado logo depois. Celebrando o fracasso do ataque dos conspiradores papistas. Nos anos que se seguiram, a celebracao podia ser grande, nos periodos onde o anticatolicismos estava mais elevado, ou menores, com a calmaria da disputa religiosa. [ 66 ]

Ao atravessar o Atlantico, pelas maos dos imigrantes ingleses para o novo mundo, a noite passou a ser denominada de o Dia do Papa, onde o "populacho" queimava um boneco do Papa.

Com o passar dos anos, essa celebracao, ganhou cunho anarquico, com caracteristicas antigovernamentais. Quando qualquer figura politica poderia ser queimada, desde que, o Papa tambem queimasse junto. [ 67 ]

Simbolo Pop da Anarquia Moderna [ editar | editar codigo-fonte ]

Mascara inspirada em Guy Fawkes, simbolo moderno de anarquia.

A historia de Guy Fawkes perpetuou por todos esses anos no imaginario dos ingleses a cada comemoracao do 5 de novembro, e inspirou producoes da cultura POP como a graphic novel “V de Vinganca” de Alan Moore e David Lloyd e sua adaptacao para o cinema dirigida por James McTeigue , "V de Vinganca" . [ 68 ]

Mas a influencia da imagem de revolucionario de Fawkes, ultrapassou os limites da ficcao. Atraves das acoes de grupos ativistas como os hackers do “ Anonymous ”, que se utilizam da mascara criada por David Lloyd, desenhista do quadrinho “V de Vendetta”, [ 69 ] e inspirada nas imagens que retratam Fawkes, tomou as ruas de diversas partes do mundo como um sinal de resistencia e busca pela liberdade. [ 70 ]

O uso da mascara com rosto do personagem “V”, inspirado em Fawkes, se tornou presente nas principais manifestacoes populares em diversos paises, inclusive durante os eventos da Primavera Arabe, e durante as manifestacoes no Brasil em 2013, sendo associada como simbolo da anarquia, da luta pelos direitos civis, pela liberdade e pela justica. [ 69 ]

Referencias

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  2. CROFT, Pauline (2005). ≪The Gundpowder Plot≫. History Review  
  3. a b ISSA, Pedro Henrique R. de O. Jaime I, A Conspiracao da Polvora e o Pensamento Politico Moderno. Humanidades em Dialogo, Vol. III, nº I, Nov. 2009, p. 74
  4. FRASER, Antonia. A conspiracao de polvora: terror e fe na revolucao inglesa - Record: Sao Paulo, 2000, p.19
  5. ISSA, Pedro Henrique R. de O. Jaime I, A Conspiracao da Polvora e o Pensamento Politico Moderno. Humanidades em Dialogo, Vol. III, nº I, Nov. 2009, p. 73-89
  6. ISSA, Pedro Henrique R. de O. Jaime I, A Conspiracao da Polvora e o Pensamento Politico Moderno. Humanidades em Dialogo, Vol. III, nº I, Nov. 2009, p. 82
  7. JAIME I, apud MCILWAIN, 1918, p.59, apud ISSA, 2009, p.84
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  9. HUME, 1778, pp. 94-95, 194-195, 352-354, apud ARTHMAR, 2015, p.670
  10. ARTHMAR, Rogerio. David Hume e as Financas de James I. Revista Economica, vol 35, nº 3 (140), Julho e Setembro, 2015, p. 661-679
  11. ARTHMAR, Rogerio. David Hume e as Financas de James I. Revista Economica, vol 35, nº 3 (140), Julho e Setembro, 2015, p. 673
  12. ISSA, Pedro Henrique R. de O. Jaime I, A Conspiracao da Polvora e o Pensamento Politico Moderno. Humanidades em Dialogo, Vol. III, nº I, Nov. 2009, p. 86
  13. 1961, p. 290-291, apud ISSA, Pedro Henrique R. de O. Jaime I, A Conspiracao da Polvora e o Pensamento Politico Moderno. Humanidades em Dialogo, Vol. III, nº I, Nov. 2009, p.75
  14. ISSA, Pedro Henrique R. de O. Jaime I, A Conspiracao da Polvora e o Pensamento Politico Moderno. Humanidades em Dialogo, Vol. III, nº I, Nov. 2009, p.74
  15. ISSA, Pedro Henrique R. de O. Jaime I, A Conspiracao da Polvora e o Pensamento Politico Moderno. Humanidades em Dialogo, Vol. III, nº I, Nov. 2009, p.75
  16. FRASER, Antonia. A conspiracao de polvora: terror e fe na revolucao inglesa - Record: Sao Paulo, 2000, p.51
  17. 1961, p. 290-291, apud ISSA, Pedro Henrique R. de O. Jaime I, A Conspiracao da Polvora e o Pensamento Politico Moderno. Humanidades em Dialogo, Vol. III, nº I, Nov. 2009, p.77
  18. HOUSE OF COMMONS INFOTMATION OFFICE, The Gunpowder Plot House of Commons Information Office Factsheet G8 , Parliamentary Copyright (House of Commons) set/2010 , issn 0144-4689
  19. ARTHMAR, Rogerio. David Hume e as Financas de James I. Revista Economica, vol 35, nº 3 (140), Julho e Setembro, 2015, p.13
  20. a b FRASER, Antonia (2000). A conspiracao de polvora: terror e fe na revolucao inglesa . Sao Paulo: Record. pp. p. 138  
  21. a b FRASER, Antonia (2000). A conspiracao de polvora: terror e fe na revolucao inglesa . Sao Paulo: Record. pp. p. 141  
  22. FRASER, Antonia (2000). A conspiracao de polvora: terror e fe na revolucao inglesa . Sao Paulo: Record. pp. p. 142  
  23. FRASER, ANtonia (2000). A conspiracao de polvora: terror e fe na revolucao inglesa . Sao Paulo: Record. pp. p. 132  
  24. FRASER, Antonia (2000). A conspiracao de polvora: terror e fe na revolucao inglesa . Sao Paulo: Record. pp. p. 152  
  25. FRASER, Antonia (2000). A conspiracao de polvora: terror e fe na revolucao inglesa . Sao Paulo: Record. pp. 133?134  
  26. FRASER, Antonia (2000). A conspiracao de polvora: terror e fe na revolucao inglesa . Sao Paulo: Record. pp. p. 187  
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  28. FRASER, Antonia (2000). A conspiracao de polvora: terror e fe na revolucao inglesa . Sao Paulo: Record. pp. p. 149  
  29. FRASER, Antonia (2000). A conspiracao de polvora: terror e fe na revolucao inglesa . Sao Paulo: Record. pp. p. 182  
  30. FRASER, Antonia (2000). A conspiracao de polvora: terror e fe na revolucao inglesa . Sao Paulo: Record. pp. p. 183  
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  68. Souza, Paula Tainar de (2014). ≪Historia e cinema: a relacao entre o acontecimento "a conspiracao a polvora" e a ficcao "V de Vinganca".≫. Anais do II Seminario Internacional Historia do Tempo Presente, 13 a 15 de outubro de 2014, Florianoplois, SC  
  69. a b Souza, Paula Tainar de (2014). ≪Historia e cinema: a relacao entre o acontecimento "a conspiracao da polvora" e a ficcao "V de Vinganca " ≫. Anais do II Seminario Internacional Historia do Tempo Presente, 13 a 15 de outubro de 2014, Florianopolis, SC  
  70. Cruz, Fernanda La (22 de marco de 2018). ≪As origens e as guerras do Anonymous, o grupo hacker mais poderoso do mundo≫ . Super Interessante . Consultado em 20 de novembro de 2019  
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