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Brucelose

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Brucelose
Brucelose
Vista ao microscopio.
Especialidade infecciologia , medicina veterinaria
Classificacao e recursos externos
CID - 10 A23.a
CID - 9 023
CID - 11 730510331
DiseasesDB 1716
MedlinePlus 000597
eMedicine 213430
MeSH D002006
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A brucelose e uma zoonose associada a uma bacteria intracelular (Navajo et al, 2004). Ao longo da historia foi denominada de diversas formas, dentre as quais a “febre de Malta”, “febre do mediterraneo”, “febre de Gibraltar” ou “Doenca de Bang” (Aufderheid, 1998). Apesar de a patologia ser considerada uma zoonose, nao e exclusiva dos animais, pois eles sao um vetor de transmissao do bacilo para os humanos. A brucelose consiste na contaminacao cruzada pelo bacilo de qualquer especie de Brucella entre animais domesticos e humanos. A contaminacao ocorre especialmente em Paises em vias de desenvolvimento (Navajo et al, 2004). Alguns dos animais atualmente identificados como vetores de transmissao de brucelose sao, por exemplo, gado bovino, gado caprino, porcos, veados, antilopes, entre outros (Ortner, 2003).

A febre de Malta ja constava no corpo de Hipocrates, onde estaria descrita como uma febre “ondulante” com periodos agudos e outros remitentes. Apesar da patologia ja ser conhecida e descrita por alguns, apenas em 1887 foi possivel isolar o microrganismo responsavel pela doenca. O Cirurgiao britanico, Sir David Bruce , foi quem isolou e denominou o microrganismo de Micrococcus miletensis. Em 1920, o nome foi alterado para Brucella melitensis em homenagem a Sir David Bruce. Em 1905, T. Zammit, relacionou a febre de malta em humanos com o consumo de leite de cabra. Anteriormente, em 1897, foi isolada a estirpe Brucella abortus , pelo fisico dinamarques Bernhard L.F. Bang, tendo sido determinada como fator responsavel por abortos infeciosos em gados. O primeiro caso registado de “febre ondulante” em humanos data de 1922, nos Estados Unidos da America, e cuja origem derivou da presenca do bacilo Brucella suis. Porem, o agente patogenico nao foi imediatamente reconhecido (Aufderheid, 1998).

Patogenese [ editar | editar codigo-fonte ]

O leite nao pasteurizado e os seus produtos sao a principal fonte da brucelose. O quadro e de Vermeer .

Brucella e uma bacteria Gram-negativa que pertence a familia Brucellaceae . As celulas possuem forma de bastonetes curtos e ovais (bacilos/cocobacilos) imoveis, normalmente isoladas ou, com menor aparicao, aos pares ou em cadeias curtas.

A bacteria tem como portao de entrada no organismo a via oral ou venerea. Esta se prolifera no linfonodo satelite, e migram para os testiculos, ubere, articulacoes e utero. Nas femeas, a Brucella tem tropismo pelo eritritol (hormonio produzido pela placenta no terco final da gestacao para sinalizar que o feto esta pronto), entao ela vai para a placenta e causa lesoes em glandulas uterinas e carunculas. Essas lesoes provocam endometrite ulcerativa e aborto. Nos machos, a bacteria tem tropismo por hormonios masculinos, como a testosterona, entao esta vai para os testiculos e causa lesoes, que levam a orquite , podendo causar ate a infertilidade. A Brucella  tambem podem causar danos as articulacoes, onde causa bursite e artrite.

Descoberta da Brucelose [ editar | editar codigo-fonte ]

No ano de 1887 o Dr. David Bruce descobriu a Brucella Melitensis e associou esta bacteria com a doenca zoonotica que e transmitida pelos alimentos, a brucelose. Nos primeiros tempos a descoberta de David Bruce, patologista e microbiologista foi considerada como uma doenca humana. Contudo, mais tarde verificou-se que os animais podiam ter essa doenca. Em muitos paises o foco foi na doenca animal e nao na brucelose humana, isto aconteceu visto que a doenca era endemica nos humanos e acontecia apenas em certas areas geograficas ou em grupos que estavam mais expostos ao risco de sofrerem a infecao. Apesar de a doenca ter sido descoberta em 1887 e uma doenca que pode existir desde os tempos antigos, algo descrito pela primeira vez no tempo dos Romanos.

No contexto atual existem algumas medidas de prevencao nos matadouros, como por exemplo o uso de equipamento de prevencao atual ou o abate dos animais que estao infetados com a doenca. Estes tipos de medidas nao existem nos matadouros clandestinos por isso a doenca continua a infetar novos animais e humanos pelo consumo de carne provenientes dos animais ou pelo contacto com os mesmos.

Na atualidade nao existe uma vacina para os humanos, no entanto a doenca e tratada com um esquema de antibioticos, isto e, normalmente dois ou mais antibioticos. A prevencao nos animais e por uma vacina para que estes nao fiquem infetados e transmitam a doenca.

Primeiros casos de brucelose [ editar | editar codigo-fonte ]

Os primeiros casos de brucelose foram reportados em esqueletos humanos datados da idade do bronze, e sao provenientes de sitios arqueologicos da Jordania, Bahrein e Territorios Palestinos [ 1 ] . Essas zonas sao o centro historico da domesticacao de ovelhas e cabras entre outros animais (D’Anastasio et al., 2011). Estes primeiros casos de brucelose em humanos podem ter sido culpa do contacto permanente esses mamiferos e pela ingestao de leite ou produto proveniente de animais infetados [ 1 ] .

Epidemiologia [ editar | editar codigo-fonte ]

O queijo, principalmente fresco, feito artesanalmente a partir de leite nao pasteurizado e uma fonte importante da doenca

Um dos bacilos que mais frequentemente contaminam os humanos e a especie Brucella melitensis e, afeta maioritariamente jovens adultos e adultos de meia idade. Alguns estudos epidemiologicos demostram que o contacto com animais infectados por parte de profissionais, como por exemplo, agricultores, veterinarios, pastores, aumentam consideravelmente o risco de contracao da patologia (Ortner, 2003). A contaminacao pelo bacilo em seres humanos pode ter multiplas origens e, e feita de forma direta ou indireta. O contagio por forma directa corresponde a aproximadamente 75% das transmissoes e e feita pelo contacto cutaneo com animais infetados, com produtos resultantes de abortos, placentas, secrecoes vaginais, fezes, urina … A contaminacao indireta, por sua vez, e feita pela por via digestiva, sobretudo pelo consumo de leite ou manteiga nao pasteurizada ou queijo fresco. O contagio entre humanos e pouco frequente.

Sinais e Transmissao [ editar | editar codigo-fonte ]

Os sintomas provocados por esta doenca sao febres, cansaco, suores noturnos, anorexia, dores de cabeca, costas e articulacoes, podendo levar a um envolvimento hepatico. Estes tipos de sintomas podem durar semanas ou meses. Apesar da sua baixa mortalidade, a doenca pode evoluir para um estado cronico. A duracao da doenca muda consoante o tempo de prevalencia dos sintomas. Caso estes sintomas ocorram durante um periodo de dias, estamos perante um caso de brucelose aguda, onde sao necessarias algumas semanas de incubacao; se os sintomas se mantiverem por varios anos , passamos para um estado cronico. O estado cronico desta doenca, pode levar a varias complicacoes, como lesoes supurativas nos ossos, articulacoes, baco, rins ou figado. A transmissao e feita com o contacto com os animais o que permite dizer que a transmissao e de caracter profissional na maioria dos casos, contudo os consumidores de animais infetados tambem podem ser contaminados.

Sinais e sintomas [ editar | editar codigo-fonte ]

Os principais sintomas da brucelose em humanos sao similares aos da gripe, como:

  • Febre
  • Cansaco corporal
  • Dor e enfraquecimento das articulacoes
  • Calafrios
  • Sudorese
  • Fraqueza
  • Dor de cabeca e no corpo em geral

Complicacoes incluem:


Brucelose como arma biologica [ editar | editar codigo-fonte ]

O contacto com um animal infetado pode resultar numa infecao num ser humano, e se a doenca e geralmente nao fatal, pode causar doencas no longo termo que sao recorrentes e que sao marcadas por febres e mal-estar debilitantes (Hayhurst et al., 2003). Na literatura e referido que as especies de Brucellae ainda nao foram usadas como armas de bioterrorismo, Brucellae podem facilmente infetar animais e humanos por vias aereas ou por produtos de origens animais (Doganay e Doganay, 2012). Brucellae Podem sobreviver longos periodos de tempo sem estar num hospedeiro, como resultado dessa caracteristica, as Brucellae , e mais parecisamente as Brucella meliten sis, Brucella abortus e Brucella suis, estavam entre os primeiros organismos a serem considerados como armas biologicas (Hayhurst et al., 2003). Pappas et al. Classificou todas as especies de Brucellae como sendo os agentes biologicos com o menor grau de perigosidade entre 15 diferentes agentes biologicos (Doganay e Doganay, 2012). De fato as tres especies de Brucellae mencionadas anteriormente sao guardadas na lista de agentes dos Centros de Controlo de Doencas e Prevencao (Hayhurst et al., 2003).

No inicio do seculo XXI muitos paises iniciaram programas de armas biologicas, determinando a virulencia, a estabilidade, a produtividade, e a infecciosidade (Doganay e Doganay, 2012). Certas caracteristicas das especies de Brucellae fazem delas uma agente mais ou menos adequado para criar uma arma biologica, a facilidade da disseminacao, a estabilidade do armazenamento,e a disponibilidade de cepas virulentas sao caracteristicas chaves para criar uma arma biologica (Doganay e Doganay, 2012).

Durante as historias varios paises como o Japao, os Estados Unidos da America, e a URRS tiveram programas de desenvolvimento para a criacao de uma arma biologica com base na brucelose, e essas armas usavam a brucelose tanto na forma liquida como na forma solida, e podiam ter uma capacidade de producao de 100 toneladas (Doganay e Doganay, 2012). Foi estimado que lancamento de 50 Kg de Brucella suis desde um aviao ao longo de 2 Km e 10 Km contra o vento numa cidade de 500’000 habitantes ia afetar 125’000 pessoas e matar 500, e no caso de um ataque com o uso de disseminacao por aerossol numa populacao urbana de 1997 o custo economico seria de 477,7 milhoes de dollars por 100’000 pessoas expostas (Doganay e Doganay, 2012).


Brucelose nos caes [ editar | editar codigo-fonte ]

Os caes podem ser infetados pela brucelose, sobretudo pela Brucella canis , mais tambem podem ser infetados por tres outras especies de Brucella ( Brucella abortus, Brucella melitensis e Brucella suis ) (Hollet, 2006).

A primeira infeccao num cao pela Brucella suis foi publicada em 1931, em 1963 foram reportados varios abortos caninos, mas so em 1966-1967 e que foi isolado a Brucella canis (Hollet, 2006).

Os primeiros casos de brucelose canina foram reconhecidos em colonias de beagles nos Estados Unidos da America, mas agora existe evidencias que a brucelose afeta varias especies de caes e em diferentes paises (Flores-Castro et al., 1977). Brucella canis e uma pequena bacteria que tem os caes como hospedeiros, e tem propriedades antigenicas semelhante as da Brucella ovis, a Brucella abortus pode infetar os caes que comem tecidos abortados ou fetal de gado infetado (Hollet, 2006). Foram feitos varios procedimentos sorologicos para diagnosticar as infecoes por Brucella canis em caes e em seres humanos, esses testes ocorreram durante estudos epidemilogicos (Flores-Castro et al., 1977). Os metodos sorologicos usados, os mais comuns, incluem o teste rapido de aglutinacao em lamina (SAT), a aglutinacao por tubo (TAT), e o 2-mercaptoetanol teste de aglutinacao em tubo (ME-TAT), o TAT e o unico metodo publicado que foi avaliado por extenso estudo bacteriologico (Flores-Castro et al., 1977).

Caes saudaveis podem ser portador ou mesmo transmitir a doenca atraves de recursos naturais, por exemplo o acasalamento, contacto oronasal e ingestao de tecidos ou fluidos contaminados (Hollet, 2006). Ainda segundo Hollet (2006) os sinais clinicos sao varios, podem ser assintomaticos, linfadenaptica, orquite, e epididea, perda embrionaria, tambem pode ser o aborto ou a atrofia testicular (Hollet, 2006). Para tratar a doenca nao deve ser usado so um antibiotico, mas deve ser feito uma terapia combinada, mas com a possibilidade de recaida o melhor tratamento e a remocao da instalacao ou a eutanasia (Hollet, 2006).

Brucelose nos primatas [ editar | editar codigo-fonte ]

Num hominideo (familia de mamiferos primatas, que incluem a especie humana e seus ancestrais fosseis) que existiu ha cerca de 2,3 a 2,5 milhoes de anos, foram encontradas lesoes osteologicas nas vertebras lombares (L4 e L5), que observadas macro, micro e radiologicamente, sao lesoes consideradas patognomonicas a brucelose [ 1 ] .

A presenca da brucelose, encontra-se associada ao consumo de proteinas animais, pelo que, o Australopithecus africanus , que apresentava lesoes caracteristicas da brucelose, podera ter ingerido carne infetada ou carne de antilopes jovens. E o facto de a dieta das especies do genero Homo ser comum a chimpanzes e a outros primatas nao humanos, indica que todas as especies podem contrair a doenca [ 1 ] .

A descricao de uma nova especie isolada assim como dois casos de natimortos em primatas nao humanos, abre a possibilidade de existir uma especie brucelar no passado que pode nao ser conhecida (Natalia et al., 2009).

Diagnostico [ editar | editar codigo-fonte ]

Pode ser feito tanto pelo isolamento e identificacao da bacteria (diagnostico direto) como pela pesquisa da resposta imunologica a infeccao (diagnostico indireto). O diagnostico direto e feito atraves de exames bacteriologico dos tecidos e produtos dos animais infectados (tecidos fetais e genitais) e o diagnostico indireto pela pesquisa de anticorpos, atraves da sorologia, bem como pela pesquisa da resposta celular pelo teste cutaneo ou testes in vitro . Os testes sorologicos permitem a pesquisa de anticorpos no soro, liquido seminal e leite dos animais infectados.

Diagnostico paleopatologico de brucelose [ editar | editar codigo-fonte ]

Para um diagnostico de brucelose com algum grau de confianca e necessario ter em conta os padroes mais comuns da patologia. Em primeiro lugar deve-se analisar macroscopicamente, sempre que possivel, todo o esqueleto. Para isso e necessario analisar e descrever os padroes de distribuicao das lesoes osseas. Apos a identificacao e descricao das lesoes osseas e necessario fazer um diagnostico diferencial, pois existem diversas patologias que causam padroes de lesao ossea semelhante. Os ossos mais afetados pelos bacilos de Brucella sao as vertebras, mais frequentemente as lombares. Os ossos longos raramente sao afetados. Nestes ossos, a brucelose e muito semelhante a osteomielite supurativa, exibindo um padrao de destruicao ossea, formacao de abcessos e espacamento do periosteo. As regioes articulares tambem sao comumente afetadas, em especial as articulacoes sacroiliacas, coxofemoral e do joelho (Curate, 2003/2004). Nas vertebras, as lesoes mais comuns consistem num pequeno foco destrutivo na margem antero-superior do corpo vertebral. A actividade inflamatoria brucelar afeta apenas a regiao em contacto com o anel fibroso, produzindo uma osteolise do canto antero-superior das vertebras (Curate, 2003/2004). A distribuicao topografica das lesoes em cada corpo vertebral esta limitada a parte anterior proxima ao anel fibroso, com ou sem envolvimento da parte central da lamina vertebral. Outra caracteristica da inflamacao vertebral associada a brucelose e a formacao de osso novo na superficie anterior dos corpos vertebrais. Em muitos casos, esta neo-formacao ossea exibe uma aparencia incomum, aspera e irregular (Curate, 2003/2004). A epifisite do angulo antero-superior das vertebras lombares, descrita por Agustin Pedro-Pons como um sinal patognomonico da brucelose. Esta expressao radiologica tem sido usada para guiar o diagnostico desta efemeridade, o chamado Sinal de Pedro-Pons. O segmento lombar e o mais afetado pela epifisite brucelar, especialmente a L4 e L5 (Curate, 2003/2004). Na regiao dorsal, onde e menos comum, afeta preferencialmente as duas ultimas vertebras. O Sinal de Pedro-Pons, resume-se a uma erosao do angulo superior do corpo vertebral, por norma acompanhada de um halo marginal de adensamento osseo, tambem designado por esclerose. Para uma possivel analise de erosao interna do angulo antero-superior das vetebras, pode-se recorrer ao raio-x como metodo complementar de diagnostico (Ortner, 2003). Para alem do raio-x, pode-se correr a analises de DNA na tentativa de indicar a presenca do bacilo (Navajo et al., 2004).

Lesoes provocadas no esqueleto [ editar | editar codigo-fonte ]

As complicacoes mais comuns desta doenca sao osteoarticulares (cerca de 40% dos casos clinicos), Espondilite e Osteomielite vertebral. Afeta, geralmente, as vertebras toracicas e lombares e algumas articulacoes como a sacroiliaca, a coxofemoral e a do joelho. Os ossos longos, raramente sao afetados por esta doenca (Jones, 2019) [ 1 ] .A brucelose, apresenta lesoes identicas as lesoes provocadas pela osteomielite, como destruicao ossea, formacao de abcessos e espessamento do periosteo. Por apresentar lesoes identicas a outro tipo de doencas, os estudos paleopatologicos sobre a brucelose sao limitados devido a preservacao dos ossos afetados e estes serem de diagnostico dificil por apresentarem lesoes identicas a outras doencas (Jones, 2019) [ 1 ] .A lesao mais comum, encontrada nas vertebras, e a destruicao causa por um foco destrutivo na margem antero-superior do corpo vertebral. A estrutura afetada, possui uma aparencia porosa. Uma outra caracteristica associada a esta doenca, e a formacao de osso novo na regiao anterior dos corpos vertebrais, que apresenta um aspeto irregular, sendo um indicador de que o processo inflamatorio afetou o periosteo do osso. Para detetar pequenas irregularidades nas vertebras, como aumentos da densidade ossea no redor da lesao devemos fazer uma radiografia para provar que nao e uma lesao postmortem (Curate, 2004). Na paleopatologia as destruicoes dos corpos vertebrais entre 4 a 10mm com uma esclerose nos corpos vertebrais intactos sao lesoes mais tipicas no individuo com brucelose e a idade da morte do individuo tambem e um fator para completar o diagnostico, visto que, a brucelose nao e fatal como a tuberculose ou mal de pott.Em 1929, um patologista, Agustin Pedro-Pons, descreveu a lesao antero-superior como sendo um sinal patognomonico da brucelose, e ficou denominado como o sinal de Pedro-Pons. A lesao do angulo antero-superior e denominada epifisite brucelar, que tende a atacar, especialmente, as vertebras lombares L4 e L5 e corresponde a erosao do angulo antero-superior do corpo vertebral, acompanhada por esclerose (Curate, 2004).

Tratamento [ editar | editar codigo-fonte ]

A vacinacao contra a brucelose e feita em animais para evitar o contagio a humanos. O tratamento se da a partir da associacao de antibioticos ( tetraciclina , rifampicina , estreptomicina e gentamicina ou um aminoglicosideo doxiciclina ) que atenuam e controlam os sintomas da doenca.

Alguns estados do Brasil, por exemplo Parana e Santa Catarina, ja possuem um protocolo de tratamento da brucelose humana, o que facilita o diagnostico e posterior tratamento da doenca. Segundo o Conselho Regional de Medicina Veterinaria de Santa Catarina, o tratamento e prolongado e com o uso de antibioticos especificos. Em alguns pacientes o quadro persiste por mais de um ano com complicacoes osteo-articulares em 20% a 60% dos casos, febre e abscessos em certos orgaos, em casos mais graves pode levar a obito. [ 2 ]  

A Coordenacao do Programa Estadual da Brucelose Humana da Diretoria de Vigilancia Epidemiologica/Secretaria de Saude de Santa Catarina informou que em 2012, ano em que o Protocolo de Tratamento da Brucelose Humana foi adotado, houve 25 pessoas reagentes a  doenca, em 2013 foram 74 pessoas, em 2014 foram 20 e em 2015 este numero subiu para 130 pessoas. 

Ja no caso animal existe vacinacao que atua na prevencao da doenca, porem nao existe tratamento para os animais ja contaminados. Pela legislacao Federal, a vacinacao (amostra B19) dos bovinos e recomendada, em dose unica, somente nas femeas com idade entre 3-8 meses. As bezerras sao marcadas com ferro candente no lado esquerdo com um V e os algarismos finais do ano de vacinacao. A resposta sorologica das bezerras vacinadas tende a desaparecer rapidamente, ao contrario do que ocorre com a vacinacao dos animais adultos. Os animais positivos as tecnicas sorologicas devem ser eliminados. 

Prevencao [ editar | editar codigo-fonte ]

  • Exame de todo o rebanho anualmente.
  • Abate dos animais contaminados.
  • Isolamento das matrizes que abortarem.
  • Comprar animais somente em rebanhos (planteis) livres da doenca. Isso porque animais com exames de sangue (sorologia) negativos, vindos de rebanhos que tem animais infectados, podem conter a doenca em estagio de incubacao.
  • Pasteurizacao do leite.
  • Cozimento prolongado da carne em fogo alto.
  • O uso de EPIs por parte dos profissionais que manuseiam os animais.
  • Dar o destino correto ao material organico contaminado.
  • Esterilizar equipamentos.

Referencias

  1. a b c d e f D'Anastasio, R., Staniscia, T., Milia, M. L., Manzoli, L., & Capasso, L. (2011). ≪Origin, evolution and paleoepidemiology of brucellosis≫. Epidemiology & Infection . 139(1): 149-156  
  2. Governo, Portal do; Geral, Ouvidoria; Informacao, Acesso a; Administracao, Saeb-Sec da; Seagri - Sec. da Agricultura, Pecuaria; Educacao, Sec-Secretaria da; Social, Secom-Secretaria de Comunicacao; Cultura, Secult-Secretaria de; Secti - Sec. de Ciencia, Tecnologia e Inovacao. ≪ADAB combate a brucelose bovina≫ . Agencia de Defesa Agropecuaria da Bahia - Governo da Bahia . Consultado em 25 de maio de 2017  

Bibliografia [ editar | editar codigo-fonte ]

Aufderheid, A. & Matrin-Rodriguez, C.1998. The Cambridge Encyclopedia of Human Paleopathology. Cambridge University Press. pp. 192-193.

Curate, F. 2003/2004. A brucelose em paleopatologia: um estudo de caso proveniente da necropole Crista de Cacela Velha. Antropologia Portuguesa, 20/21

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