한국   대만   중국   일본 
Bernardo de Claraval ? Wikipedia, a enciclopedia livre Saltar para o conteudo

Bernardo de Claraval

Origem: Wikipedia, a enciclopedia livre.
  Nota: "Sao Bernardo" redireciona para este artigo. Para outros significados, veja Sao Bernardo (desambiguacao) .
Bernardo de Claraval
Bernardo de Claraval
Sao Bernardo de Claraval
Sec. XVII. No estilo de Philippe de Champaigne , atualmente em Saint-Etienne-du-Mont , em Paris .
Abade de Claraval ; Doutor da Igreja ( Doctor Mellifluus )
Nascimento 4 de dezembro de 1090
Castelo de Fontaine-les-Dijon , Borgonha
Morte 20 de agosto de 1153  (62 anos)
Claraval , na moderna Franca
Canonizacao 18 de janeiro de 1174
por Papa Alexandre III
Festa liturgica 20 de agosto
Atribuicoes habito branco dos cistercienses ; diabo preso numa corrente; cao branco
Padroeiro Cistercienses ; Borgonha ; templarios ; apicultores
Portal dos Santos

Bernardo de Claraval (em frances : Bernard de Clairvaux ; castelo de Fontaine-les-Dijon , 1090 ? Ville-sous-la-Ferte , 20 de agosto de 1153) foi um abade frances , canonizado em 1174 e proclamado Doutor da Igreja . Foi o principal responsavel por reformar a Ordem de Cister , na qual entrou logo depois da morte de sua mae. Foi o fundador da Abadia de Claraval ( Clairvaux ), na Diocese de Langres .

Em 1128 Bernardo participou do Concilio de Troyes, que delineou a regra monastica que guiaria os Cavaleiros Templarios e que rapidamente tornou-se o ideal de nobreza utilizado no mundo cristao. Depois da morte do papa Honorio II em 1130, Bernardo foi instrumental para reconciliar a Igreja durante o chamado "cisma papal de 1130 ", que so terminaria definitivamente com a morte do antipapa Anacleto II em 1138.

No ano seguinte, Bernardo ajudou a organizar o Segundo Concilio de Latrao . Em 1141, Inocencio convocou o Concilio de Sens para tratar da denuncia de Bernardo contra Pedro Abelardo . Com bastante experiencia em curar cismas na Igreja, Bernardo foi em seguida recrutado para ajudar no combate as heresias que grassavam no sul da Franca.

No Oriente Medio, depois da derrota crista no cerco de Edessa, o papa encarregou Bernardo de pregar a Segunda Cruzada , cujo fracasso seria depois considerado parcialmente culpa sua.

Bernardo morreu aos 63 anos, depois de passar quarenta anos enclausurado . Foi o primeiro cisterciense no calendario de santos , tendo sido canonizado por Alexandre III em 18 de janeiro de 1174. Em 1830, Pio VIII proclamou-o Doutor da Igreja.

Entre suas obras estao a regra monastica da Ordem dos Templarios , o "Tratado do Amor de Deus" e o "Comentario ao Cantico dos Canticos". E tambem o compositor ou redator do hino " Ave Maris Stella " e da invocacao " O clemente, o piedosa, o doce Virgem Maria " da oracao " Salve Rainha ". [ 1 ]

Biografia [ editar | editar codigo-fonte ]

Primeiros anos (1090?1113) [ editar | editar codigo-fonte ]

Os pais de Bernardo eram Tescelin, senhor de Fontaines , e Aleth de Montbard, ambos oriundos da mais alta nobreza da Borgonha . Ele foi o terceiro de sete filhos, seis dos quais homens. Aos nove, foi enviado para uma escola em Chatillon-sur-Seine dirigida pelos clerigos seculares de Saint-Vorles. Em sua educacao, demonstrou grande apreciacao pela literatura - principalmente para poder estudar a Biblia - e dedicou-se por algum tempo a poesia . Bernardo era especialmente devoto da Virgem Maria e escreveu depois muitas obras sobre a " Rainha do Ceu ", como ele a chamava. Suas conquistas academicas lhe valeram grande admiracao de seus professores. [ 2 ]

Bernardo tinha apenas dezenove anos quando sua mae morreu, um evento que o fez pensar em se retirar do mundo para viver uma vida de solidao e oracao . [ 3 ] Em 1098, Sao Roberto de Molesme fundou a Abadia de Cister , perto de Dijon , [ 4 ] com o objetivo de restaurar a " Regra de Sao Bento " o seu rigor original. Depois de voltar para sua terra natal, Roberto deixou sua nova abadia aos cuidados de Santo Alberico, que morreu em 1109 . Em 1113, Santo Estevao Harding havia acabado de sucede-lo como abade quando Bernardo e trinta outros jovens da nobreza foram admitidos na Ordem de Cister . [ 5 ]

Abade de Claraval (1115?1128) [ editar | editar codigo-fonte ]

Abadia de Claraval , na regiao de Champanha-Ardenas (Franca). Fundada por Bernardo, foi sua residencia por mais de 40 anos. Ali foi abade e escreveu a maior parte de suas obras.

A pequena comunidade de beneditinos reformados de Citeaux , que teria uma profunda influencia sobre o monasticismo ocidental, cresceu rapidamente. Tres anos depois, Bernardo foi enviado a frente de um grupo de doze monges para fundar uma nova casa no Vallee d'Absinthe, na Diocese de Langres , uma regiao que ele batizou de "Claire Vallee" (que evoluiu depois para "Clairvaux" e tornou-se "Claraval" em portugues). [ 6 ] A nova abadia , fundada em 25 de junho de 1115, ligou seu nome, Abadia de Claraval , ao de Bernardo dai em diante. [ 3 ] Durante uma ausencia do bispo de Langres, Bernardo foi abencoado como abade por Guilherme de Champeaux, bispo de Chalons-sur-Marne e, a partir dai, uma forte amizade nasceu entre os dois. Guilherme era tambem professor de teologia em Notre-Dame de Paris e fora o fundador da Abadia de Sao Vitor na mesma cidade. [ 2 ]

Os primeiros anos da nova abadia foram muito dificeis. O regime era tao austero que Bernardo ficou doente e, somente depois da intervencao de seu amigo Guilherme e por imposicao do capitulo geral da ordem que o regime seria relaxado. Apesar disso, o mosteiro progrediu rapidamente. Discipulos chegavam de todas as partes para servirem sob a direcao espiritual de Bernardo, incluindo seu pai e todos os seus irmaos. Humbelina, sua irma, permaneceu no mundo secular, mas, com o consentimento do marido, ela tambem se tornou freira no convento beneditino de Jully-les-Nonnains . Futuramente, Geraldo de Claraval ( Gerard de Clairvaux ), irmao mais velho de Bernardo, tornar-se-ia um obedientiarius em Citeaux. Contudo, a abadia logo ficou pequena demais e novos grupos de monges foram enviados para fundar novas casas. Em 1118 , a Abadia de Trois-Fontaines foi fundada na Diocese de Chalons ; em 1119, a Abadia de Fontenay na Diocese de Autun; em 1121 , a Abadia de Foigny, perto de Vervins , na Diocese de Laon . Porem, nao foram so vitorias para Bernardo neste periodo. Durante uma ausencia de Claraval, o grao-prior da Abadia de Cluny foi a Claraval e atraiu o sobrinho de Bernardo, Roberto de Chatillon, para sua abadia, o que deu causa a mais longa e emocional de todas as cartas de Bernardo. [ 2 ]

Em 1119, Bernardo esteve presente no primeiro capitulo geral da ordem, convocado por Santo Estevao de Citeaux. Apesar de nao estar ainda com trinta anos de idade, Bernardo foi ouvido com grande atencao e respeito, especialmente quando discursou sobre suas ideias a respeito de uma retomada do espirito primitivo de cumprimento das regras e maior fervor em todas as ordens monasticas . Foi este capitulo que decidiu a versao definitiva da constituicao da ordem e dos regulamentos da "Carta de Caridade" que o papa Calisto II confirmou em 23 de dezembro de 1119. No ano seguinte, Bernardo escreveu sua primeira obra, "De Gradibus Superbiae et Humilitatis" , e botou por escrito suas homilias em "De Laudibus Mariae" . Os monges negros de Cluny , porem, estavam descontentes com o papel de lideranca que Citeaux vinha assumindo entre as demais ordens e, por isso, os tentaram fazer com que estas regras parecessem ser impraticaveis. A pedido de Guilherme de Sao Teodorico, Bernardo defendeu-as em sua "Apologia", dividida em duas partes. Na primeira, provou ser ele proprio inocente das acusacoes de Cluny e, na segunda, contra-atacou as acusacoes. Demonstrou sua profunda estima pelos beneditinos de Cluny e afirmou ama-los tanto quanto os seus demais irmaos nas outras ordens. Pedro, o Veneravel , abade de Cluny , respondeu a Bernardo e assegurou-o de sua grande admiracao e sincera amizade. Neste interim, Cluny tambem iniciou suas reformas e o abade Suger , ministro de Luis VI da Franca , convertido pela "Apologia" de Bernardo, renunciou a vida secular e voltou para seu antigo mosteiro para restaurar a disciplina. O zelo de Bernardo se estendeu alem disso aos bispos, demais clerigos e a populacao laica. Sua carta ao arcebispo de Sens , desta epoca, e considerada como sendo um tratado sobre a vida episcopal ( "De Officiis Episcoporum" ). Do mesmo periodo e tambem sua obra "Graca e Livre Arbitrio". [ 2 ]

Doutor da Igreja (1128?1146) [ editar | editar codigo-fonte ]

Aparicao da Virgem Maria a Sao Bernardo no estilo Lactatio Bernardi . Um dos pilares da fe de Bernardo era sua crenca na mediacao da Virgem nos assuntos da fe.
1655. Por Murillo , atualmente no Museu do Prado , Madrid .

Em 1128, Bernardo participou do Concilio de Troyes, convocado pelo papa Honorio II e presidido pelo cardeal Mateus, bispo de Albano , com o objetivo de resolver definitivamente a disputa entre os bispos de Paris e de propor algumas regulamentacoes para a Igreja da Franca . Os bispos reunidos elegeram Bernardo como secretario do concilio e o encarregaram de escrever os estatutos sinodais . Como resultado do concilio, o bispo de Verdun foi deposto. Foi ali tambem que Bernardo delineou a regra monastica que seria seguida pelos Cavaleiros Templarios e que tornar-se-ia o ideal de nobreza cristao. Por volta da mesma epoca, Bernardo escreveu sua eulogia aos templarios, a "Liber ad milites templi de laude novae militiae". [ 7 ]

Contudo, novamente Bernardo se viu criticado e chegou a ser denunciado em Roma , acusado desta vez de ser um monge se metendo em assuntos que nao lhe diziam respeito. O cardeal Harmerico, em nome do papa, escreveu a Bernardo uma dura carta de admoestacao na qual afirma que "nao e adequado que sapos barulhentos e problematicos deixem seus pantanos para se meter com a Santa Se e os cardeais" . [ 2 ] Bernardo respondeu afirmando que, se ele ajudou no concilio, foi por que foi arrastado para la a forca e continuou:

Mas, ilustre Harmerico, se voce desejar , quem seria mais capaz de libertar-me da necessidade de ajudar no concilio senao voce mesmo? Proiba que sapos barulhentos e problematicos saiam de suas tocas, que deixem seus pantanos... Desta forma, seu amigo nao mais sera exposto a acusacoes de orgulho e presuncao. [ 2 ]

A carta, apesar do tom, foi muito bem recebida por Harmerico e pela Santa Se .

Cisma [ editar | editar codigo-fonte ]

A influencia de Bernardo logo se faria sentir tambem nos assuntos provinciais. Ele defendeu os direitos da Igreja contra os avancos de reis e principes e lembrou Henrique Sanglier, arcebispo de Sens , e Estevao de Senlis, bispo de Paris, de seus deveres. Com a morte de Honorio II, ocorrida em 14 de fevereiro de 1130 , um cisma irrompeu na Igreja depois que dois papas foram eleitos, Inocencio II e Anacleto II . Inocencio, depois de ser expulso de Roma por Anacleto, refugiou-se na Franca . O rei Luis VI convocou um concilio de bispos franceses em Etampes no mesmo ano. Bernardo foi escolhido para decidir entre os rivais pelo posto e escolheu Inocencio. Depois do concilio, Bernardo viajou para o Reino da Inglaterra para tratar com Henrique I suas duvidas em relacao ao novo papa - a maioria dos bispos ingleses havia apoiado a eleicao de Anacleto - e convenceu-o da correcao da escolha. O Sacro Imperio Romano-Germanico ja havia se decidido por Inocencio depois da intervencao de Sao Norberto de Xanten , amigo de Bernardo. Ainda assim, Inocencio insistiu que Bernardo o acompanhasse durante sua apresentacao ao imperador Lotario III , que tornou-se o seu maior aliado entre os nobres europeus. Depois de diversos concilios, como o de Etampes, Wurzburg, Clermont e Rheims, todos apoiando Inocencio, havia ainda uma grande divisao no mundo cristao. No final de 1131, os reinos da Franca, Inglaterra, Castela , Aragao e o Imperio Germanico apoiavam Inocencio, ao passo que a maior parte da Italia , o sul da Franca e a Sicilia , juntamente com os patriarcas orientais em Constantinopla , Jerusalem e Antioquia apoiavam Anacleto. [ 3 ] [ 8 ]

Sao Bernardo converte o conde de Poitiers , Guilherme X .
1641 . Por Wouter Crabeth II.

Em 1132, Bernardo acompanhou Inocencio II numa viagem a Italia e, quando passaram por Cluny, o papa extinguiu todas as taxas que Claraval pagava tradicionalmente aos cluniacos, o que iniciou uma discussao entre os monges brancos (cistercienses) e os monges negros (cluniacos) que perduraria por vinte anos. Em maio do mesmo ano, Inocencio, apoiado por Lotario III, finalmente entrou em Roma, mas o imperador, sentindo que suas forcas seriam insuficientes para resistir a guerra de guerrilha dos aliados de Anacleto na peninsula, recuou para alem dos Alpes e obrigou Inocencio a se refugiar em Pisa em setembro de 1133. Bernardo, que havia retornado para casa em junho para continuar seu trabalho de paz, teve que retornar para a Aquitania no final de 1134 depois que o conde de Poitiers , Guilherme X novamente passou a apoiar Anacleto, voltando atras numa promessa feita a Bernardo tres anos antes. Ele convidou-o para uma missa na igreja de La Couldre e, durante a Eucaristia , "advertiu o duque a nao desprezar Deus como ele despreza Seus servos ". [ 2 ] Guilherme cedeu novamente e o cisma aparentemente terminou.

Bernardo seguiu novamente para a Italia, onde Rogerio II da Sicilia estava tentando forcar a Republica de Pisa a apoiar Anacleto. La, conseguiu reconquistar a alianca do Ducado de Milao para o papa depois de os milaneses terem rompido com o papado ao seguir o arcebispo Anselmo V, que foi deposto. Por isso, recebeu - e recusou - uma proposta para tornar-se o novo arcebispo de Milao , preferindo voltar para Claraval. Acreditando estar seguro em seu claustro, Bernardo dedicou-se com renovado vigor a composicao das obras que lhe valeriam, seculos depois, o titulo de " Doutor da Igreja ". Entre elas, seus famosos sermoes "Sobre o Cantico dos Canticos ". Em 1137, Bernardo foi novamente obrigado a abandonar seu refugio por ordem do papa, que precisava dele para acabar com a disputa entre Lotario e Rogerio da Sicilia. Numa conferencia de paz em Palermo , Bernardo convenceu o rei siciliano a apoiar Inocencio II, silenciando assim um dos ultimos defensores do cisma. Anacleto morreu "de desgosto e amargura" em 25 de janeiro de 1138, encerrando definitivamente a disputa. [ 2 ]

Em 1139, Bernardo ajudou a organizar o Segundo Concilio de Latrao , que condenou os poucos que ainda aderiam ao cisma. Na mesma epoca, recebeu a visita, em Claraval, de Sao Malaquias , o Primaz de Toda Irlanda e uma amizade muito estreita se formou entre eles. Malaquias queria tornar-se um cisterciense, mas o papa nao permitiu; ele acabaria morrendo em Claraval em 1148. [ 2 ]

Disputa com Abelardo [ editar | editar codigo-fonte ]

Pedro Abelardo . Apesar de sua controversia com Sao Bernardo e sua condenacao por heresia , Abelardo e muito mais conhecido por sua famosa historia de amor com a abadessa Heloisa , revelada atraves da correspondencia entre os dois. Antes de 1853. Cour Napoleon, no Louvre .

No final do seculo XI , um espirito de independencia floresceu entre filosofos e teologos , o que, por um tempo, levou a exaltacao da razao e do pensamento racionalista . O movimento encontrou um poderoso e ardente defensor em Pedro Abelardo , cujo tratado sobre a Santissima Trindade acabou sendo condenado como heretico em 1121 numa decisao que forcou o proprio Abelardo a atira-lo no fogo. Porem, ele continuou a desenvolver sua doutrina inabalado. Bernardo, ao saber disso atraves do relato de Guilherme de Sao Teodorico , encontrou-se com Abelardo com o objetivo de persuadi-lo a emendar suas obras, o que ele prometeu fazer depois de mostrar-se arrependido. Porem, assim que Bernardo partiu, mudou de ideia. [ 9 ] Furioso, Bernardo denunciou Abelardo ao papa e a Curia Romana . Este, por sua vez, tentou discutir com Bernardo, mas ele se recusou num primeiro momento afirmando nao acreditar que assuntos desta importancia deveriam ser resolvidos atraves de analises logicas (e sim atraves de argumentos teologicos). As cartas de Bernardo a Guilherme revelam, alem disso, que Bernardo estava apreensivo por ter que confrontar um famoso logico. Abelardo continuou a exigir um debate publico e fez com que seu desafio ficasse amplamente conhecido, dificultando a situacao para Bernardo. Em 1141 , a pedido de Abelardo, o arcebispo de Sens convocou um concilio de bispos perante o qual os dois deveriam apresentar seus casos, abrindo assim a possibilidade de Abelardo limpar seu nome. [ 9 ] Na noite anterior ao debate, Bernardo conseguiu convencer varios dos prelados da justica de sua causa e, no dia seguinte, logo depois do discurso inicial de Bernardo, Abelardo, sabendo da intriga, resolveu se retirar sem sequer tentar responder. [ 9 ] O concilio decidiu em favor de Bernardo e o julgamento foi confirmado pelo papa. Abelardo se submeteu sem resistencia e se retirou para Cluny, onde viveu sob a protecao de Pedro, o Veneravel , ate morrer dois anos depois. [ 3 ]

Ordem de Cister e heresia [ editar | editar codigo-fonte ]

Meditatio super Salve Regina , 1495

Com o mosteiro lotado, Bernardo enviou uma grande quantidade de grupos de monges para a Alemanha, Suecia, Inglaterra, Irlanda, Portugal, Suica e Italia. Alguns, por ordem de Inocencio II, se apoderaram da Abadia de Trois-Fontaines, de onde emergiria o futuro papa Eugenio III em 1145, [ 10 ] a quem Bernardo enviaria depois, a seu pedido, instrucoes que depois seriam compiladas no "Livro das Consideracoes", uma cujas ideias principais eram que a reforma da Igreja deveria comecar com a santidade do proprio papa, que assuntos temporais eram acessorios e que os principios de piedade e meditacao deveriam preceder a acao. [ 11 ]

Tendo ajudado antes a acabar com um cisma na Igreja, Bernardo foi novamente convocado, desta vez para combater a heresia . Henrique de Lausanne , um antigo monge em Cluny, adotou as doutrinas hereticas de Pedro de Bruys e passou a divulga-las, um pouco modificadas, depois da morte dele. [ 12 ] Em junho de 1145, a convite do cardeal Alberico de Ostia, Bernardo viajou para o sul da Franca, [ 13 ] onde sua pregacao, apoiada por sua aparencia ascetica e suas roupas simples, foi instrumental para acabar com a nova seita. Tanto henriquianos quanto pedrobrusianos comecaram a rarear ja no final do mesmo ano. Logo depois, Henrique foi preso, levado ate o bispo de Toulouse e, provavelmente, preso pelo resto da vida. Numa carta ao povo de Toulouse , indubitavelmente escrita antes do final de 1146, Bernardo urge os habitantes da cidade a extirparem os ultimos resquicios da heresia. Enquanto estava na regiao, Bernardo tambem pregou contra o catarismo . [ 10 ]

Segunda Cruzada (1146?1149) [ editar | editar codigo-fonte ]

Sao Bernardo pregando a cruzada
Rei Luis VII da Franca toma a cruz e aceita a cruzada.
Ambos os eventos ocorreram num campo perto de Vezelay , onde Sao Bernardo pregou para uma grande multidao defendendo a Segunda Cruzada.

Em 1146, noticias alarmantes para os cristaos comecaram a chegar da Terra Santa . A maior parte do Condado de Edessa havia caido nas maos dos turcos seljucidas depois da vitoria muculmana no Cerco de Edessa. [ 14 ] O Reino de Jerusalem e os demais estados cruzados estavam agora a beira de um desastre similar. Diversas embaixadas de bispos vindos do Reino Armenio da Cilicia chegaram para pedir ajuda ao papa; vieram tambem a Roma embaixadores do rei da Franca. O papa, pressionado, encarregou Bernardo de pregar uma nova cruzada e prometeu conceder aos participantes as mesmas indulgencias que Urbano II havia concedido na anterior . [ 15 ]

Num primeiro momento, o entusiasmo popular pela empreitada foi pifio, assim como ja ocorrera em 1095. Bernardo entao achou por bem se ater aos resultados que a tomada da cruz poderia gerar: a absolvicao dos pecados e de recepcao da graca divina . Em 31 de marco, na presenca de Luis VII da Franca , Bernardo pregou para uma enorme multidao reunida num campo em Vezelay . James Meeker Ludlow descreve a cena da seguinte forma: [ 16 ]

Um grande palanque foi erguido numa colina fora da cidade. Rei e monge apareceram juntos, representando a vontade combinada da terra e do ceu. O entusiasmo da plateia de Clermont quando Pedro, o Eremita , e Urbano II lancaram a primeira cruzada era equivalente ao fervor sagrado inspirado agora por Bernardo, que gritava: "O vos que me ouvis! Apressai-vos para aplacar a furia do ceu, mas nao imploreis mais por sua bondade reclamando inutilmente. Vesti-vos em panos de saco e tambem cobri-vos com impenetraveis escudos [a cruz]. O ruido das armas, o perigo, as labutas, as fadigas da guerra, sao as penitencias que Deus agora impoe sobre vos. Apressai-vos assim para expiar seus pecados atraves de vossas vitorias sobre os infieis e que a libertacao dos lugares santos seja a recompensa de vosso arrependimento". Como da vez anterior, os gritos de " Deus vult !" preencheram o silencio no campo e ecoou na voz do orador: "Amaldicoado seja aquele que nao manchar sua espada de sangue!"
 
? James Meeker Ludlow.

Quando Bernardo terminou, a multidao se alistou em massa e, segundo o relato, acabaram com os panos de saco para vestirem-se com o "escudo da cruz" . Conta-se que Bernardo entregou suas proprias roupas para ajudar na empreitada. [ 15 ] Ao contrario da Primeira Cruzada, esta nova tentativa atraiu a realeza, como Eleanor de Aquitania , rainha da Franca; Teodorico da Alsacia , conde de Flandres ; Henrique , o futuro conde de Champagne ; o irmao de Luis VII, Robert I de Dreux ; Afonso-Jordao de Toulouse ; Guilherme II de Nevers ; Guilherme de Warenne, 3º earl de Surrey; Hugo VII de Lusignan e diversos outros nobres e bispos. Mas um apoio ainda maior foi conquistado entre a populacao e Bernardo escreveu para o papa apenas alguns dias depois afirmando que "cidades e castelos estao agora vazios. Nao sobrou um homem para cada sete mulheres e por toda parte ha viuvas de maridos vivos". [ 15 ]

Bernardo entao foi para o Imperio Germanico , onde os relatos de milagres que se multiplicaram a cada passo de sua viagem sem duvida contribuiram para o sucesso de sua missao. Conrado III da Alemanha e seu sobrinho, Frederico Barbarossa , receberam a cruz das maos do proprio Bernardo. [ 14 ] O papa Eugenio foi pessoalmente a Franca depois para reforcar a pregacao e, assim como ja havia acontecido na cruzada anterior, a pregacao deu inicio a uma serie de ataques a populacao judaica da regiao. Um fanatico monge frances chamado Radulphe foi, aparentemente, o responsavel por muitos massacres na Renania ( Colonia , Mainz , Worms e Speyer ), argumentando que os judeus nao estariam contribuindo financeiramente para o resgate da Terra Santa. Os arcebispos de Colonia e Mainz se opuseram veementemente aos ataques e pediram que Bernardo denunciasse Radulphe, o que ele fez. Porem, conforme a campanha avancava, Bernardo foi forcado a ir dos Flandres ate a Alemanha para lidar com o problema pessoalmente. Depois de encontrar Radulphe pessoalmente em Mainz, conseguiu finalmente silencia-lo ordenando que voltasse para seu mosteiro . [ 17 ]

Os ultimos anos de Bernardo foram de grande tristeza por causa do fracasso desta cruzada, que, por ter sido pregada principalmente por ele, acabou tornando-se tambem um fracasso pessoal. [ 18 ] Ele considerava que era seu dever enviar um pedido de desculpas ao papa e ele foi inserido na segunda parte do "Livro de Consideracoes". Nele, Bernardo explica como os pecados dos cruzados teriam sido responsaveis pelo desastre. Quando iniciou sua tentativa de convocar uma nova cruzada, Bernardo tentou desassociar seu nome completamente da Segunda. [ 19 ]

Anos finais (1149?1153) [ editar | editar codigo-fonte ]

A morte de seus contemporaneos serviu de aviso a Bernardo de que seu proprio fim se aproximava. O primeiro a morrer foi Suger , em 1152, sobre quem Bernardo escreveu ao papa Eugenio III elogiando: "Se existe um vaso precioso adornando o palacio do Rei dos Reis, e a alma do veneravel Suger" . Conrado III e Henrique morreram no mesmo ano. Quando o proprio Eugenio morreu em 1153, Bernardo perdeu seu melhor amigo e consolador. Sao Bernardo morreu em 20 de agosto de 1153 aos sessenta e tres anos de idade, quarenta dos quais passou enclausurado. [ 10 ] Foi enterrado na Abadia de Claraval , mas, depois que ela foi dissolvida em 1792 durante a Revolucao Francesa , seus restos mortais foram levados para a Catedral de Troyes.

Teologia [ editar | editar codigo-fonte ]

Sao Bernardo de Claraval foi nomeado Doutor da Igreja em 1830 . No 800º aniversario de sua morte, Pio XII emitiu uma enciclica sobre Bernardo, "Doctor Mellifluus" , na qual chama-o de "O Ultimo dos Padres" . Bernardo nao rejeitou a filosofia humana, que e genuina e leva a Deus, mas diferenciou os diversos tipos de conhecimento, colocando no posto mais alto o teologico . Tres elementos centrais da mariologia de Bernardo sao: sua explicacao para a virgindade perpetua de Maria , a "Estrela do Mar" ; como os fieis deveriam rezar para a Virgem Maria e como ele percebia a Virgem como " Medianeira ".

Bernardo tambem defendia algumas doutrinas que os reformadores posteriores retomariam no inicio da Reforma. Por isso, alguns o identificam como sendo um protestante antes de seu tempo. A realidade, porem, e que Bernardo defendia uma mistura de doutrinas reformistas e outras defendidas pela Igreja Catolica Romana ate hoje. [ 20 ] Bernardo era, por exemplo, cetico em relacao a doutrina da Imaculada Conceicao de Maria . [ 21 ] Era tambem de grande importancia para os reformadores o conceito de justificacao de Bernardo. Calvino cita Bernardo diversas vezes para demonstrar a validade historica da doutrina da " Sola Fide ", [ 22 ] [ 23 ] que Lutero descrevera como sendo um artigo de fe sobre o qual a Igreja se sustenta ou rui. [ 24 ] Calvino tambem cita-o quando desenvolve sua doutrina de uma retidao forense exterior, traduzida geralmente como "retidao imputada". [ 25 ] [ 26 ]

Espiritualidade [ editar | editar codigo-fonte ]

Bernardo foi instrumental ao re-enfatizar a importancia da " Lectio Divina " e da contemplacao sobre as Escrituras na Ordem de Cister. [ 27 ] Ele observou que, quando ela era negligenciada, sofria o monasticismo e, mais, considerava que ela juntamente com a contemplacao guiada pelo Espirito Santo eram chaves para nutrir a espiritualidade crista. [ 27 ]

Expandindo sobre a doutrina de Santo Anselmo de Cantuaria (outro Doutor da Igreja), Bernardo transmutou o cristianismo calcado no ritual sacramental tipico da Alta Idade Media numa nova fe, mais pessoal, que tinha a vida de Cristo como modelo e com grande enfase na Virgem Maria. Ao contrario do vies racionalista utilizado para compreender o divino adotado pelo escolasticismo , Bernardo pregava uma fe mais imediata tendo Maria como intercessora.

Obras [ editar | editar codigo-fonte ]

Entre as obras de Sao Bernardo estao:

  • "De gradibus humilitatis et superbiae" ("Os Passos da Humildade e do Orgulho"), seu primeiro tratado, escrito em meados da decada de 1120. [ 28 ]
  • "Apologia ad Guillelmum Sancti Theoderici Abbatem" ("Apologia a Guilherme de Sao Teodorico"), escrito em defesa dos cistercienses contra as alegacoes dos monges cluniacos. [ 29 ]
  • "De Conversione Ad Clericos Sermo Seu Liber" ("Sobre a Conversao de Clerigos"), um livro enderecado aos jovens clerigos de Paris, escrito em 1122. [ 30 ]
  • "De Gratia et Libero Arbitrio" ("Sobre a Graca e o Livre Arbitrio"), escrito por volta de 1128 em defesa dos dogmas catolicos da graca e do livre arbitrio seguindo os principios lancados por Santo Agostinho (tambem Doutor da Igreja). [ 31 ]
  • "De diligendo Dei" ("Sobre Amar Deus"), escrito possivelmente em 1128, delineia sete estagios da ascensao que leva a uniao com Deus. [ 32 ]
  • "De Laude Novae Militiae" ("Um Elogio a Nova Cavalaria"), enderecada a Hugo de Paynes , o primeiro grande-mestre da Ordem dos Templarios e prior de Jerusalem (1129). Uma eulogia aos templarios, ordem instituida em 1118, e uma exortacao aos cavaleiros para que se portassem corajosamente em suas diversas funcoes. [ 33 ]
  • "De praecepto et dispensatione libri" ("Livro de Preceitos e Dispensacoes"), escrito entre 1141 e 1144, contem respostas a questoes sobre alguns pontos da " Regra de Sao Bento " que os abades podem ou nao podem decidir. [ 34 ]
  • "De Consideratione" ("Sobre Consideracao"), escrito entre 1148 e 1153, enderecada ao papa Eugenio III. [ 35 ]
  • "Liber De Vita Et Rebus Gestis Sancti Malachiae Hiberniae Episcopi" ("A Vida e a Morte de Sao Malaquias, o Irlandes"). [ 36 ]
  • "De Moribus Et Officio Episcoporum" , uma carta enderecada a Henrique, arcebispo de Sens , sobre os deveres dos bispos. [ 37 ]
Morte de Sao Bernardo em 1153, em Claraval.
Convento de Sao Bernardo , em Portalegre , Portugal ].

Sao numerosos tambem os seus sermoes :

  • Os mais famosos sao seus "Sermones super Cantica Conticorum" ("Sermoes sobre o Cantico dos Canticos"). Embora ja se tenha sugerido que o sermao seja apenas um artificio retorico num conjunto de obras cujo objetivo era unicamente ser lido, principalmente por que estas obras literarias bem trabalhadas e longas jamais poderiam ter sido anotadas corretamente por um monge enquanto Bernardo pregava, academicos modernos tendem a acreditar que, embora o que se encontra nestes textos tenha certamente sido escrito por Bernardo, os textos provavelmente tem sua origem em sermoes pregados aos monges de Claraval. [ 38 ] Bernardo comecou a escreve-los em 1135 e morreu sem te-los completado, deixando oitenta e seis. [ 39 ] [ 40 ] Algum tempo depois da morte de Bernardo, o monge cisterciense ingles Gilberto de Hoyland recebeu a incumbencia de continuar a serie. Ele escreveu mais 47 sermoes antes de morrer em 1172, levando a serie ate o capitulo 5 do Cantico dos Canticos . Outro abade cisterciense ingles, Joao de Ford, escreveu mais 120 e completou o comentario-sermao sobre o livro biblico.
  • Ha 125 "Sermones per annum" ("Sermoes sobre o Ano Liturgico") sobreviventes.
  • Ha tambem diversos "Sermones de diversis" ("Sermoes sobre Diferentes Topicos").
  • Trecho do Sermao de quarta-feira da Semana Santa

Finalmente, ha 547 cartas inequivocamente atribuidas a Bernardo. [ 41 ]

Muitas cartas, tratados e outras obras foram erroneamente atribuidas e sobreviveram. Elas sao atualmente referidas como sendo de Pseudo-Bernardo :

  • "Meditacoes", obra provavelmente escrita em algum momento do seculo XIII. Ela circulou amplamente durante a Idade Media sob o nome de Bernardo e era uma das mais populares obras religiosas da Idade Media Tardia . Trata principalmente do auto-conhecimento como sendo o principio da sabedoria e comeca com a famosa frase "Muitos sabem muito sem conhecer a si proprios". [ 42 ]

Legado [ editar | editar codigo-fonte ]

A teologia e a mariologia de Bernardo continuam sendo de grande importancia, principalmente para as ordens dos cistercienses e trapistas , nas quais seus textos sao prescritos como leituras obrigatorias. Bernardo foi o responsavel direto pela fundacao de 163 mosteiros em diferentes partes da Europa e, quando morreu, o numero era de 343. Sua influencia levou o papa Alexandre III a lancar reformas que levariam ao estabelecimento do " Codigo de Direito Canonico ". [ 43 ] Bernardo foi ainda o primeiro monge cisterciense a entrar para o calendario de santos , tendo sido canonizado por Alexandre III em 18 de janeiro de 1174. Pio VIII proclamou-o Doutor da Igreja em 1830, conhecido como "Doctor Mellifluus" ("Doutor da Voz de Mel") por sua eloquencia . Os cistercienses dedicam a ele as mesmas honras reservadas aos fundadores da ordem por seu extensivo trabalho para expandi-la em seus primeiros anos. [ 10 ]

Escultura alegorica do Papa Alexandre III e de S. Bernardo de Claraval coroando D. Afonso Henriques , no Mosteiro de Alcobaca .

Na " Divina Comedia ", de Dante Alighieri , Bernardo e o ultimo dos guias de Dante, conduzindo-o atraves do Paraiso (cantos XXXI?XXXIII). O motivo parece ser o misticismo contemplativo de Bernardo, sua devocao a Virgem Maria e sua reputacao de eloquencia. [ 44 ]

A cidade brasileira de Sao Bernardo do Campo foi batizada em homenagem a Sao Bernardo.

Sao Bernardo e Portugal [ editar | editar codigo-fonte ]

Ha lendas que associam Sao Bernardo a Portugal . Diz-se, por exemplo, que o proprio Bernardo teria vindo a Portugal quando se estabeleceu a Ordem de Cister no pais ( Mosteiro de Sao Joao de Tarouca , em 1142), e ate que teria estado na Abadia de Alcobaca , um dos maiores coutos cistercienses de toda a Europa (o que evidentemente era impossivel, ja que a ela foi consagrada no ano da morte de Bernardo). [ carece de fontes ? ]

Estudos recentes dao como certo que Sao Bernardo esteja associado a independencia de Portugal . Parece ter sido por sua mediacao (ou pelo menos, por mediacao da sua abadia) que o papa enviou um legado a Peninsula Iberica que reconheceu, senao a independencia nacional, pelo menos o titulo de duque a Afonso Henriques e a submissao do novo pais a Santa Se em troca do pagamento de quatro oncas de ouro anuais. [ carece de fontes ? ]

Referencias

  1. ≪S. Bernardo de Claraval, abade, Doutor da Igreja, +1153≫ . Evangelho Quotidiano  
  2. a b c d e f g h i " St. Bernard of Clairvaux " na edicao de 1913 da Enciclopedia Catolica (em ingles). Em dominio publico .
  3. a b c d Bunson (1998) p.129.
  4. ≪Brief Introduction to the Cistercians≫ (em ingles) . Consultado em 3 de janeiro de 2015  
  5. McManners (1990) p.204.
  6. Smith, William (2010). Catholic Church Milestones: People and Events That Shaped the Institutional Church . Indianapolis: Left Coast. p. 32. ISBN   978-1-60844-821-0  
  7. Durant (1950) p.593.
  8. St. Bernard of Clairveaux by Msgr. Leon Cristiani c 1970
  9. a b c Evans (2000) p.115 ? 123.
  10. a b c d Bunson (1998) p.130.
  11. McManners (1990) p.210.
  12. Chisholm, Hugh , ed. (1911). ≪ Bernard, Saint ≫. Encyclopædia Britannica (em ingles) 11.ª ed. Encyclopædia Britannica, Inc. (atualmente em dominio publico )  
  13. McManners (1990) p.211.
  14. a b Riley-Smith (1991) p.48
  15. a b c Durant (1950) p.594.
  16. Ludlow, James Meeker (1896). The Age of the Crusades (em ingles). [S.l.]: Christian Literature Co. p. 164-167  
  17. Durant (1950) p. 391.
  18. Bunson (1998) p. 130.
  19. Runciman (1952) pp. 232?4 and pg. 277.
  20. Bernard of Clairvaux: The Times, the Man, and His Work
  21. Bernard of Clairvaux. "The Letters of St. Bernard of Clairvaux" Epistle 174 Tr. by Bruno Scott James. 1998
  22. Calvino. "Livro 3 cap 2 secao 25." Institutes of the Christian Religion. Philadelphia: Westminster, 1960.
  23. Calvino. Livro 3 cap. 12 secao 3." Institutes of the Christian Religion. Philadelphia: Westminster, 1960.
  24. Lutero. Luther Werke, Weimar Ausgabe. Herman Boehlau: Weimar, Alemanha, 1930, Vol.40, p.130.
  25. Calvino. Livro 3 cap. 11 secao 22." Institutes of the Christian Religion. Philadelphia: Westminster, 1960.
  26. Calvino. Livro 3 cap. 25 secao 2." Institutes of the Christian Religion. Philadelphia: Westminster, 1960.
  27. a b Christian spirituality: themes from the tradition by Lawrence S. Cunningham, Keith J. Egan 1996 ISBN 978-0-8091-3660-5 pp. 91?92
  28. O texto em latim esta disponivel na Patrologia Latina , CLXXXII 939-972C.
  29. Patrologia Latina , CLXXXII 893-918A.
  30. Patrologia Latina , CLXXXII 833 -856D.
  31. Patrologia Latina , CLXXXII 999-1030A.
  32. Patrologia Latina , CLXXXII 971-1000B.
  33. Patrologia Latina , CLXXXII 917-940B.
  34. Patrologia Latina , CLXXXII 857-894C.
  35. Patrologia Latina , CLXXXII 727-808A, com o titulo de "De Consideratione Libri Quinque Ad Eugenium Tertium" .
  36. Patrologia Latina , CLXXXII 1073-1118A. Ha uma versao em ingles em "The life and death of Saint Malachy, the Irishman" , traduzida e anotada por Robert T. Meyer, (Kalamazoo, Mich: Cistercian Publications, 1978).
  37. Patrologia Latina , CLXXXII 807-834A.
  38. Jean LeClercq, 'Introduction', in Bernard of Clairvaux,  On the Song of Songs , vol 2, Cistercian Fathers series no7 (Spencer, MA: Cistercian Publications, 1976), vii-xxx
  39. Wim Verbaal, "Preaching the Dead from Their Graves: Bernard of Clairvaux's Lament on His Brother Gerard," in: Speculum Sermonis: Interdisciplinary Reflections on the Medieval Sermon , ed. Georgiana Donavin, Cary J. Nederman, and Richard Utz. Turnhout: Brepols, 2004. pp. 113?39
  40. Patrologia Latina , CLXXXIII 785 - 1198A.
  41. Reunidas em Sancti Bernardi Opera , ed Jean Leclercq et al., vols 7-8.
  42. Patrologia Latina , CLXXXIV 485-508. See Thomas H Bestul, Meditatio/Meditation , in Amy Hollywood, ed, The Cambridge Companion to Christian Mysticism , (Cambridge: CUP, 2012), p164
  43. Duffy (1997) p. 101.
  44. Botterill (1994)

Bibliografia [ editar | editar codigo-fonte ]

Edicao critica [ editar | editar codigo-fonte ]

  • A edicao critica moderna e J Leclercq, CH Talbot & HM Rochais, ed. (1957?1977). Sancti Bernardi opera (em latim). Roma: Editiones Cistercienses  

Fontes secundarias [ editar | editar codigo-fonte ]

Ligacoes externas [ editar | editar codigo-fonte ]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Bernardo de Claraval
Wikiquote
Wikiquote
O Wikiquote possui citacoes de ou sobre: Bernardo de Claraval